Olá queridos. Mais um post. Gente, eu quero que vocês comentem, pois é fundamental para mim a opinião de vocês. Um bom texto não é desenvolvido sem um bom leitor. Beijos e boa leitura...
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Eles ficaram trocando mensagens e a felicidade reinava entre eles. Mas será que esta felicidade será duradoura? Tanto gente que não é feliz, querendo estragar a alegria dos outros...
Daniel acordou no outro dia, e quase tropeçou no Kadu. Ele sempre esquecia que o mesmo, dormia no chão de seu quarto. Por sorte, o Kadu não acordou. Daniel escovou os dentes, e colocou uma roupa que destacava suas belas pernas. Queria que o Ricardo reparasse nele quando chegasse à faculdade. Falando em Ricardo, os últimos pensamentos do Daniel se voltaram exatamente para o namorado. Ele estava vivendo o momento mais feliz de sua vida, pois o homem no qual sempre amara desde o colegial, agora era dele, só dele! Seguiu para cozinha, onde o resto da família estava reunido. Sua mãe acabar de por um bolo quente sobre a mesa, e ele caiu em cheio naquela delícia.
- Bom dia família! – ele estava muito feliz e mal podia esperar, para ver o seu amor. Não havia conseguido dormir, pesando no Ricardo, nos sabores que só o corpo dele proporcionava...
- Quanta felicidade, maninho. – disse a Jéssica, passando o requeijão para ele.
- O dia tá tão lindo! Nada é capaz de estragar o meu dia hoje. – ele falava com euforia.
- Posso até imaginar o motivo desta alegria. É algum paquera? – Jéssica foi direta e lhe deu uma piscadela.
- Que irmã mais curiosa eu tenho. – ele retribuiu o piscar de olhos.
- Quem é o rapaz meu filho? – perguntou o pai dele, num tom sério e indo direto ao ponto.
- Mais gente, eu só estou feliz. Será que felicidade significa agora estar acompanhado? – ele preferiu não revelar o segredo de seu namoro. – NÂO é ninguém Sr. Renato. – ele enfatizou o não.
- Eu só espero que você faça boas escolhas de seus envolvimentos, meu filho. Lembre-se do que conversamos, e ande sempre com a camisinha no bolso. – o pai dele tratava sua homossexualidade com tanta naturalidade, que as suas colocações evidenciavam os fatos. Em contra partida, ele era um pai muito cauteloso, e quando era necessário pegar no pé dos filhos, ele não titubeava. Na verdade, o Sr. Renato, sempre soube que o filho era gay. Esperou o momento certo em que o Daniel o chamou para conversar, e deu total apoio ao filho.
- Pai, eu estou atrasado para faculdade. Beijos. – ele disfarçou a conversa e se levantou da mesa. Deu um beijo no rosto da mãe e do pai, e saiu com a Jessica, que lhe deu uma carona.
Já dentro do carro, ela insistia em saber quem era o caso do irmão.
- Ai Jéssica, você tá pior do que chiclete. Tá bom sua chata, eu vou lhe contar. Mais ó, boca fechada hein? Eu ainda não quero alarmar nada.
- Conta logo Dan. Ele é bonito? Vocês já?...
- Calma! Uma pergunta de cada vez. – ele deu uma pausa na voz. – Eu estou namorando o Ricardo.
- Aquele Ricardo? Aquele?...
- É Jéssica. AQUELE Ricardo. – ele respondeu ao espanto da pergunta dela, com uma entoação na voz.
- Eu não acredito que você caiu na lábia daquele cara de novo? Poxa Dan, não foi ele quem lhe deixou daquele jeito, quando você nem quis sair à rua?
- Jéssica, nós dois conversamos, e ele me pediu perdão. Eu sinto que ele gosta de mim. O Ricardo mudou muito, e o meu coração sente isso... Eu dei uma nova chance pra ele. Eu amo aquele homem.
- Eu só espero que ele não te machuque de novo. Você sabe o quanto eu te amo, e odeio te ver sofrendo. Existem muitos caras por aí, que gostam de se aproveitar da ingenuidade alheia.
- O que eu menos sou, é ingênuo. E pode ficar tranquila que eu sei lidar com o Ricardo. Posso te assegurar que ele é outra pessoa.
- Pra ser sincera, ele é um pedaço de mau caminho. Meu Deus! Que homem lindo. – Agora que você me disse da mudança dele, então eu posso falar... Ele é um deus grego.
- Você já tem o Fernando, pode tirar os olhos do meu. – Daniel riu para ela.
- Como é ele na cama? – Jéssica não tinha nenhuma vergonha lhe dizer aqueles tipos de perguntas.
- Jéssica! Eu fico sem graça desse jeito.
- Ah, para de bobagem. Com a gente não tem isso. Então, ele faz ou não faz?
- Bem... – ele tentou ensaiar uma resposta para irmã. – O Ricardo, ele tem um jeito mais agressivo, selvagem, sabe?
- Ai meu Deus! Adoroooo. O Fernando é da linha romântica. Às vezes eu quero algo mais selvagem, e fico com medo de ele pensar algo ruim ao meu respeito.
- Conversa com ele maninha. Vocês já se entenderam/
- Ainda não. Teremos uma longa conversa. Pronto! – disse ela, parando o carro em frente à faculdade.
O Daniel se despediu de sua irmã, e de longe avistara o Ricardo conversando com os amigos. Ela tinha razão... Ele era mesmo tão lindo. A barba por fazer, cabelos castanhos com alguns fios caídos na testa, e um sorriso que desbancava qualquer um. Eu era um homem de sorte!
Daniel passou por ele, e este piscou os olhos para ele disfarçadamente. Ele foi ao encontro do Leo, que estava recuado num canto.
- Oi Leo. Bom dia!
- Oi amigo. Bom dia! E aí? Vai me contar quem é o cara? Embora eu desconfie de quem seja?
- Tá tão visível assim em minha testa?
- Um letreiro enorme: Eu estou namorando o Ricardo. – Leo zoava com a cara dele.
As aulas seguiram monótonas. A distração do Daniel era tirada, por diversas mensagens enviadas pelo Ricardo. Ele teve de pedir para ir ao banheiro, antes que o professor de estatísticas o repelisse. Daniel entrou no banheiro vazio, e quando lavava as mãos, foi surpreendido pelo Ricardo, que o abraçou por trás e o arrancou para dentro de um dos boxes.
- Você está louco? Alguém pode entrar aqui e nos ver.
- Eu ainda não te disse, mais adoro correr certos riscos. – Ricardo mordiscava o queixo dele. – Fala baixinho pra ninguém nos escutar.
- Seu maluco! Eu estava morrendo de saudades de vocês. Fui dormir ontem a noite, pensando em sua boca.
- Eu também meu amor. Você quer me enlouquecer com esta calça jeans apertada? Assim eu não resisto. – ele colocou a mão do Daniel sobre o seu pau, para que ele sentisse sua potência.
- Você é muito safado! Por acaso sua mãe lhe dá gemada no café da manhã. – ele riu.
- É só ficar perto do meu bebê que eu fico desse jeito. Vem cá vem! Me dá um beijo gostoso.
Eles se beijaram sem pressa. Um sentindo o sabor da boca do outro. A língua do Ricardo explorava o céu da boca do Daniel. Seus lábios faziam movimentos perfeitos.
- Você escutou um barulho? Entrou gente no banheiro! – Daniel estava apavorando, ao mesmo tempo em que curtia a situação.
Eles não resistiram um ao outro, e fizeram um troca-troca de sexo oral alucinante. Ricardo quase gozava na boca do outro, mais conseguiu ejacular dentro da privada.
- Eu te amo, te amo, te amo. – ele abraçava o Daniel.
- Vamos voltar, senão irão desconfiar.
Eles se ajeitaram e seguiram para suas salas. Marcaram de se encontrar mais tarde. No fim da aula, Daniel mal falou com ele e o Leo, e seguiu em disparada para o trabalho. A sua rotina estava só começando. Ao chegar, o seu chefe, um senhor carrancudo, pediu para que ele elaborasse uma planilha de controle de notas fiscais, e fizesse cotação de alguns materiais. O dia para ele seguiu atribulado e agitado. O telefone não parava de tocar, e a cada toque, um fornecedor chato.
- Boa noite gente, até amanhã. – ele se despedia dos colegas e seguia para casa. Ao chegar, arrancou os sapatos dos pés e se jogou no sofá, num cansaço intenso.
- Oi meu filho. Já chegou?
- Oi mãe. Tô um bagaço! E morrendo de fome. Ainda sobrou daquele bolo?
- Claro meu amor. Vai querer agora, ou quer tomar um banho antes?
- Vou tomar uma ducha mãe. Onde está o Kadu?
- Ah! Seu amigo pediu para avisar, que foi dar uma volta com dois colegas seus que ele conheceu no acampamento.
Daniel achou a noticia meio estranha. A aproximação do Kadu com o Diego e o Carlos, os tais colegas, estava muito acelerada.
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- E ai Cara? Tem muita mulher gostosa lá na tua terra? – um deles perguntava ao Kadu, com uma garrafa de vodka nas mãos.
- Tem bastante. Um dia eu levo você lá.
- Você trouxe o dinheiro da parada? – dizia o outro, já embriagado.
Kadu exibiu 150 reais para os dois. O Diego dirigia o carro, no qual eles estavam, parando numa rua totalmente escura e com pessoas esquisitas. Um homem que estava encostado num muro se aproximou do carro deles e lhes deu um pacote com droga pesada. O que se encontrava no banco de trás, fez sinal para o Kadu repassar a grana para o estranho. Saíram dali, e foram para um bairro tranquilo, onde puderam experimentar a droga comprada e ficaram alucinados.
E agora? O Kadu não revelou ao Daniel que usava drogas. Como será daqui pra frente?
CONTINUA...