Boys don't cry - Meninos não choram! - 09

Um conto erótico de Pedro
Categoria: Homossexual
Contém 981 palavras
Data: 06/09/2013 09:46:31
Última revisão: 06/09/2013 09:50:31
Assuntos: Gay, Homossexual

- Olha o que tu fez seu viadinho!!! Gritei com o André.

- Mas eu só disse a verdade. Ele fez uma cara de inocente safado.

Joguei uma outra nota que cobria a conta e sai dali o mais rápido que pude, talvez eu ainda alcançasse o Gabriel. André ria de sua própria atitude ainda sentado na mesa

Andei a passos largos em busca de Gabriel, procurei em todos os lugares, mas não o encontrei. Eu estava morrendo de raiva do André. Minha vontade era de matar aquele cara, mas eu tinha que controlar a minha raiva. “não vai levar em nada”. Pensei, mas existia um outro eu que dizia “vai lá e ensina a ele a não fazer isso de novo”.

Fui ao banheiro molhar meu rosto na tentativa de esfriar mais a cabeça. Parece que a água fria na face tinha surtido algum efeito, eu estava um pouco mais calmo. Me olhei no espelho, mirei diretamente no fundo dos meus olhos, parecia que ali, no fundo dos meus olhos se apresentava a cena que acabara de acontecer, e o único espectador da peça era um eu muito triste.

Durante toda a semana enviei mensagens offline para o MSN do Gabriel, por algum motivo ele não respondera a nenhuma mensagem minha. (Eu sabia que o motivo era o fato de ele ter descoberto minha orientação sexual). Tentava inúmeras vezes ligar para seu celular, mas quando ele percebia que era eu o desligava.

Deitado na cama eu chorava baixinho, em posição fetal. Gabriel não era o único motivo dos meus prantos, tinha também o fato do meu pai ser o que era, as chatices do André, o garoto que queria me bater... Num dia desses aí apareceu na minha casa um dos meus melhores amigos, levei-o para o meu quarto, lá poderíamos conversar mais intimamente, chegando lá eu disse:

- Homi Augusto eu to mal que só po. Disse eu depois de ter dado-lhe um grande abraço.

- Por que po? Indagou Augusto afanando a minha nuca.

Contei-lhe toda a situação que estava passando, desde o dia em que encontrei o Gabriel pela primeira vez. Era a enésima vez que eu lhe contava essa história, a única novidade no que eu lhe contava era o recente ato em que o André estragou tudo.

- Você tem amigos que irão te ajudar a superar isso. Augusto sorriu para min.

- Eu sei disso galado, mas é que sei lá, tudo é tão difícil, por que não foi algo mais simples? Algo mais corriqueiro, tipo: Eu o conheceria, chamaria para assistir um filme pornô comigo, diria “to com vontade de bater uma punheta”, “eu também” ele me responderia, então começaríamos a se masturbar. Aí passado alguns minutos um de nós iria perguntar outro “alguém já bateu uma para você?”, “não” Diria um de nós, ai entrava o X da questão, o inicio da transa, que é marcado pela frase: “bate uma para min então”. A partir daí estaríamos transando, e faríamos isso mais vezes e mais vezes...

- To com medo de que alguém me chame para assistir um filme! - Disse o augusto rindo - não sabia que a coisa funcionava assim.

- Claro você não é gay para saber, só quem é sabe o sofrimento de o ser, claro que existe alguma felicidade em ser gay, quer dizer, deve existir...

Deitei minha cabeça em seu colo e chorei um pouco. Ele apenas afanava meu cabelos. “Pelo menos eu tenho os amigos”, pensei. E isso ninguém ia tirar de min. Nem garotos que viessem me bater, nem amores perdidos e muito menos homens que não sabem ouvir um “não”.

- Você tem que resolver esses problemas, não pode se deixar enfraquecer por eles. Disse augusto algum tempo depois.

- Lutarei! Disse eu.

Já se fazia duas semanas que o Gabriel não tinha me dado à mínima atenção, eu estava sofrendo muito com aquilo tudo. Uma coisa engraçada era que até os colegas que eu menos falava na escola tinham percebido que eu estava triste, no passo em que painho e mainha nem desconfiaram na minha tristeza.

Em um desses dias na escola decidi que iria procurar o Fabrício e o Luan, fui em todos os lugares, mas parecia que os dois não estavam lá, só porque eu queria contar a eles pela trigésima vez o que se passava comigo naquele momento. Resolvi que iria jogar vôlei com algumas pessoas que estavam lá na quadra.

Alguns caras estavam jogando na quadra, resolvi que queria mesmo jogar. Como eu conhecia o capitão pedi para entrar na partida, ele consentiu, e eu comecei a jogar com o time. Aquilo estava sendo bom para min; jogando eu tinha esquecido os problemas, estava concentrado na partida. Faltava um único ponto para ganharmos o terceiro set, e vencermos o time adversário, era minha vez de sacar, se eu fizesse aquele ponto ganharíamos.

Direcionei-me para a linha de saque. Antes de sacar canalizei toda a minha raiva para a bola que estava na minha mão. Juntando toda a minha força arremessei-a contra o campo adversário. BINGO!!! A bola caiu lá no finalzinho do campo inimigo, muito próximo à linha que delimitava o campo adversário. O ponto era nosso! Acabávamos de Ganhar aquela partida.

O nosso time pediu tempo e todos nós nos sentamos para descansar um pouco. Quando olho para as arquibancadas vejo que o namorado da Cris estava ali sentado, olhando para min, desvencilhei meu olhar imediatamente. Resolvi que era hora de voltar para casa. Mesmo sobre os protestos indignados dos colegas do time, que pediam uma segunda partida.

Quando estou saindo vejo o carro do André de frente à escola.

Continua...

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Essa história se passa no ano de 2005, e é real viu galera, bom eu to tentando revisar e tirar os erros.

Ru/Ruanito: Não entendi a sua pergunta lindo, ah e acho que logo tu não vai curtir tanto o André, ele ainda vai aprontar muito.

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Comentários

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huh, André muito chato, gostei do Augusto.!

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Demais. Acho que o André é um louco psicótico.

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