Como Chamas 3x03: GAROTOS BONITOS TAMBÉM PODEM SER ESPIÕES.

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1314 palavras
Data: 06/09/2013 13:48:21

Como Chamas 3x03: GAROTOS BONITOS TAMBÉM PODEM SER ESPIÕES.

- Isso é tão ferrado. Falou Felipe se sentando ao meu lado e me abraçando. Eu havia acabado de contar a ele sobre o segredo do Jeremiah e tudo o que aconteceu. É claro que ele quis se acertar com Jeremiah, mas eu o havia feito mudar de ideia.

- Mas agora ta tudo bem. Falei.

- Não ta nada, se aquele garoto tocar em você outra vez...

- Ele não vai pode ficar tranquilo.

Felipe me apertou mais um pouco e então seguimos para a sala. Jeremiah e Alice estavam rindo alto.

- Bom dia Dan, o Joaquim pediu pra você ir falar com ele urgente.

- Mas acabei de chegar...

- É por isso que tem que correr.

Troquei um olhar rápido com Felipe e me virei de volta para o corredor. A sala de Joaquim era no final do corredor, notei que não havia muitas pessoas na empresa hoje. As poucas que haviam grudaram os olhos em mim e começaram a cochichar umas nos ouvidos das outras. O que estava acontecendo? Abri a porta devagar.

- Joaquim?

- Dan? Entre, precisamos conversar.

Entrei na sala e me sentei na cadeira de couro de frente para ele. Joaquim me encarava serio, deixando claro que nossa conversa não seria nada agradável.

- Vou ir direto ao assunto. Dan, porque esta tendo que fazer serviços comunitários?

Me encolhi um pouco.

- Como assim?

- Eu digo, porque tem uma ordem judicial te obrigando a trabalhar de graça essa semana?

- Bom, eu me meti em problemas. Mas já foi resolvido.

Joaquim coçou a barba e suspirou.

- O diretor da empresa está me fazendo perguntas sobre isso, quer saber se você esta envolvido com drogas ou coisa assim.

- Não estou. Eu... Fui sentenciado por contaminar uma prova de um assassinato.

Joaquim riu, mas quando notou que eu não estava rindo, ele parou e me encarou pasmo. Porque era tão difícil de me imaginar em uma confusão dessas?

- Serio isso?

- Totalmente. Se quiser posso trazer o relatório...

- Não precisa. Eu dou meu jeito. Pode voltar ao trabalho.

- Ta bom. Falei me levantando e saindo.

Todos esses problemas estavam me deixando perdido. E eu não sabia se o silencio de meu perseguidor era bom ou ruim. Afinal, ele podia ter simplesmente tentado me deixar me paz, mas também podia estar armando outra coisa muito ruim.

###

Horas depois, eu estava dentro do cubículo que era o banheiro químico aonde eu deveria tirar minha roupa e colocar aquele macacão terrível.

Meu iPhone começou a tocar e eu dei um pulo. Me livrei das mangas do meu casaco e o peguei no bolso de trás do meu jeans. Era o número da escola. O que seria agora?

- Alo? Falei ao atender.

- Dan? - disse uma voz feminina - Aqui quem está falando é a diretora de sua escola.

- E você deseja...?

A mulher pigarreou do outro lado da linha.

- Bem, recebemos informações de que você estaria cumprindo serviço comunitário como punição judicial?

- Verdade, porque?

- Não queremos que esta noticia se espalhe pelos alunos da escola, afinal, não queremos você passando mal exemplo para ninguém, não é mesmo?

Revirei os olhos e troquei o celular de orelha.

- Eu também não quero que ninguém saiba.

- Ótimo. Fique calado e também ficaremos, tudo bem?

- Tudo. Desliguei o celular e joguei no bolso novamente. Aquilo era serio? Quem se importava com um garoto cumprindo serviço comunitário? Poderia ser pior. Eu poderia estar preso ou n reabilitação ou coisa do tipo. Mas não, eu só fui mandado para o lugar errado, na hora errada.

Terminei de me trocar e sai do micro-banheiro. O garoto bonito/marrento estava encostado em uma arvore e me encarava com um sorriso presunçoso no rosto.

- Pelo tempo que levou pensei que sairia com sapatos de cristais. Ele falou rindo.

- Talvez eu devesse, porque assim poderia mandar um deles na sua cabeça. Respondi e comecei a catar lixo em meio as folhas.

- Durão. - Ele falou se aproximando. - Leon.

O garoto estendeu a mão para mim. Olhei para ele por dois segundos e então voltei a ignorar. O ultimo garoto que se apresentara para mim - John - tinha péssimos amigos e eu não queria mais um.

- Eu não preciso usar o macacão porque meu pai é o xerife. Eu não fiz nada errado, estou aqui por causa dele.

Filho do xerife? Ele poderia me ajudar a descobrir o que estava escrito no bilhete pego com Violet. Virei para ele e ri.

- Que chato, mas então, você sabe sobre o meu motivo?

- Sei que acham que você matou alguém.

Me virei chocado para ele.

- Mas também ouvi que você pode estar escondendo informações da policia.

- Isso é mais provável.

- Você esta escondendo? Ele perguntou.

Eu apenas dei um sorriso, não estava querendo flertar, mas ele não estava caindo na minha, então resolvi ir direto ao assunto.

- Preciso saber algo que esta no relatório da morte da minha amiga. Você tem como me ajudar? Perguntei.

Leon ergueu as sobrancelhas e sorriu.

- Nossa, você é mesmo radical, hein. Mas, diz ai, o que quer?

###

Eram quase nove em ponto da noite quando eu estava entrando de fininho no gabinete do xerife. Leon estava atras de mim, procurando na gaveta de arquivos. Eu preciso descobrir o que havia naquele bilhete. Violet conseguiu descobrir quem era o perseguidor lendo aquele bilhete, talvez eu também pudesse descobrir.

Minutos se arrastaram e eu e Leon trocávamos vários olhares na escuridão. Havia muito policiais passando de um lado para o outro no corredor, e isso me preocupava. Se me pegassem ali seria o fim. Eu nem sairia, seria jogado atras das grades para a sempre.

- Psiu! Ele fez para mim tirando uma pasta de arquivo do gavetão. Me aproximei dele. Na pasta havia varias anotações com meu nome, uma foto minha e outra de Violet. As fotos do dia do incêndio estavam por baixo. Passei os olhos sobre tudo até que vi a pontinha de um saquinho de plástico fechado. Eu puxei o bilhete com o saquinho e tudo.

Então, alguém forçou a maçaneta. Quase gritei de susto e olhei para Leon.

- Vai para debaixo da mesa. - Ele sussurrou para mim. - Vai logo, anda!

Apertei os dedos em volta do saquinho de plástico e me abaixei, engatinhando até ficar completamente em baixo da mesa. Ouvi a porta se abrir e as luzes se acenderam.

- O que diabos você está fazendo aqui? Perguntou uma voz bem grossa.

- Vim te fazer uma visitinha, pai. Falou Leon em um tom falso de animação.

Houve passos pesados caminhando até a mesa, pararam bem ao meu lado. Prendi a respiração e fechei os olhos com força.

- Ta procurando o que?

- Não tem nenhum dos seus amiguinhos maloqueiros aqui não ne?

- É claro que não.

- Não vou retirar o castigo. Disse o xerife.

- Eu estou gostando, de qualquer jeito. - Falou Leon. - Nos poderíamos sair agora para eu te contar...

- Sabe que não posso. Disse o xerife, ríspido como sempre.

- Pai, aconteceu uma coisa com o carro e acho melhor você vê.

- Mais que merda você fez agora.

Segundos depois, as luzes se apagaram e a porta bateu, presumi que haviam finalmente saído. Tirei meu celular do bolso e apontei para o bilhete. Com certeza, eu não iria conseguir sair dali levando ele e também não queria dar outro motivo para ninguém me chamar de assassino de novo. Li o bilhete algumas vezes antes de devolver ele ao gavetão e sair correndo dali. Não fazia muito sentido para mim.

VÁ ATÉ O CANDLE''S AMANHA A NOITE. A RESPOSTA QUE TANTO PROCURA ESTÁ LÁ.

Havia algo escrito por cima do plástico, atras do bilhete, e o virei para ler.

DE ACORDO COM O RELATÓRIO DOS ELETRICISTAS, A COMPANHIA TOCOU NAQUELE EXATO MOMENTO E ENTÃO A GAROTA DEVE TER IDO ABRIR A PORTA E SEGUNDOS DEPOIS HOUVE OS DISPAROS. AO QUE TUDO INDICA, ELA CONSEGUIU PEGAR A PESSOA QUE DEIXARA O BILHETE AINDA NA PORTA.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Danny-w13 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários