Capitulo 2: Desculpas esfarrapadas.
O momento não poderia ser pior agora ele vai perceber que eu gosto dele, droga! –Refletiu Tommy, com medo de ter sido descoberto. Os dois ficaram pouco tempo calado, mas aquele tempo parecia ser uma eternidade na cabeça de Tommy.
Tenho que arranja um jeito de me explicar. O que ele vai pensar, será que ele contaria para nossos amigos do colégio? Será que falaria pra minha mãe? O que eu vou fazer, eu não sei... eu tenho que...
-Caralho velho, ainda ta de pau duro? – Perguntou Matheus, quebrando o gelo e descendo da cama pondo-se de pé diante do menino.
-Err... Me desculpa Matheus... Eu... Na... Não queria... –Articulou sem conseguir olha nos olhos do outro.
-O que? Deixa disso Tom, não precisa ficar desse jeito isso também acontece comigo de manhã, na verdade acontece com todo mundo, eu acho. Não precisa se envergonha, vamos levante-se.
-Mas...
-Olha, da próxima vez me diga quando estiver de pau duro pra que eu não chegue perto, está bem?
Por alguma razão imatura Tommy se sentiu mal ao ouvir essas palavras, possivelmente ele alimentou em seu coração a chance de que Matheus teria gostado de ver seu órgão, mas após Matheus ter dito secamente isso, o trouce de volta à realidade, essa possível rejeição trouce uma faísca de raiva ao menino.
-Isso é culpa sua! –Falou Tommy descarregando sua raiva.
-Culpa minha?
-Sim!
-A culpa é de ninguém, Afinal como eu ia saber que você estava daquele jeito?
-Sabendo... Droga, essa discursão não vai levar a nada.
-Ei, Tom, esqueça essa besteira, vou fingir que não vi isso, ok?
-ok!
-Bem e o que você veio fazer aqui?
-Vim te chamar pra ir jogar videogame lá em casa. Sabe preciso da sua ajuda pra passar uma faze –Olhou bem nos olhos de Tommy ao falar – E eu sei que você irá conseguir passa-la.
-Passa um jogo? –Tommy olhou com indiferença –Você veio aqui me acordar pra passa um jogo?
-Foi... Eu acho, mas vamos Tom você pode até almoça lá em casa.
-Não!
-Não por quê?
-Há eu tenho que termina umas atividades pra segunda.
-Você leva seu caderno e fazemos a atividade lá em casa, por favor Tom vamos! –Disse Matheus se prostrando de joelhos no chão –Vamos! Eu peço sua mãe.
-Levanta daí idiota não precisa fazer isso.
-E então você vai?
-Não
-Mas por quê?
-Eu não quero ir velho.
Matheus ficou triste ao ouvir isso, porém achou que Tommy estava brincando e que depois da merenda ele iria com ele, por isso Matheus reanimou a sua expectativa e decidiu ficar na casa até seu amigo tomar o café da manhã.
Tommy é bastante mal-humorado pela manhã, com tudo ser tão apático foge de sua personalidade, o que acontece é que ele estava colocando em prática a decisão de se afastar de Matheus sem que este percebesse, porém ao notar como o amigo estava amuado, percebeu que estaria indo rápido demais em tentar afasta-lo e nessa velocidade Matheus perceberia instantaneamente. Tommy começa uma conversa com Matheus sobre o colégio e tanta disfarça falando sobre as meninas da sala 12, ao termina ele vai ao banheiro e Matheus o espera na sala. Matheus depois de um tempo percebe que a Mãe do seu amigo havia saído pois não se ouvia barulho algum apenas o do que vinha do banheiro, o garoto fica em dúvida porquanto fica sem saber se a razão pela qual Tommy disse que não iria seria uma possível viagem de última hora da mãe ou outra coisa, perdido em pensamentos Matheus não percebe quando Tommy passa pelo corredor indo em sua direção.
-Você ainda está aí? –Disse Tommy com um sorriso.
-Hm o que?
-Nada, por que você não liga a televisão?
-Não, não precisa só passa programa besta mesmo.
Tommy anda em direção a cozinha e é acompanhado por Matheus que logo se senta à mesa observando o amigo merendar, Tommy o convida a se juntar na partilha do pão já com ele enfiado na boca, porém sua tentativa frustrada de ser afável é negado com um: “Obrigado já merendei”. Ele não insiste e após comer duas fatias e uma banana ele se retira e vai em direção ao quarto sem chamar Matheus que o observa sair da mesa com um ar de apatia. Matheus então toma a mesma direção e o segue até o quarto, a porta estava entreaberta ele sem cerimonias entra no quarto.
-Tommy você não vai?
-Eu já disse que não, né?
-Vamos, é sério vamos.
-Matheus deixa de ser chato eu já disse que não quero.
-Chato é você, por que não querer me dizer o motivo pelo que você não quer ir.
-Eu já disse, Eu não quero ir e pronto!
-Me desculpa então, pois beleza até amanhã.
-Já vai?
-Sim.
Tommy vai com ele até o portão e quanto isso sua mãe vem chegando na esquina, Matheus então percebe que o motivo era outro e fica mais triste ao perceber a indiferença de Tommy que mal olha pra ele do portão, por outro lado é Tommy que está mais incomodado por ver o amor de sua vida saindo de sua casa cabisbaixo, sua mãe pergunta o motivo dele está estar indo embora triste, Tommy entrando na casa explicar pra sua mãe o motivo.
Matheus segue com sua bicicleta o mesmo percurso que tomou para ir à casa de Tommy, mas com menos velocidade e euforia, estava triste com a situação, Tommy nunca havia dito um não pra ele ou pelo menos nunca o pegou de mal humor, mas cogitou que o seu amigo poderia estar passando por um transtorno família por isso achou que poderia tentar ajuda-lo de alguma forma. A frente na pracinha seus amigos estavam reunidos. Os meninos estavam raciocinando em um plano, o plano era achar um meio que os levassem a praia sem que os pais descobrissem –O mar era poucos quilômetros dali, e o pais nunca deixavam os filhos saírem sozinhos pois perto do litoral daquela cidade acontecia muitos sequestros.
-Bem está decidido. –Disse o mais velho do grupo –Nós iremos enganar nossos pais dessa maneira, Rodrigo você irá dizer pra sua mãe que vai almoçar na casa do Japa. E Japa você mentirá o mesmo, porém falara que irá ficar na minha casa.
-E eu? – Perguntou o mais novo do grupo.
-Você Bruno é o problema, você é o mais novo e sua mãe é muito metida – comentou insolentemente Rodrigo –Ela com certeza vai ligar pra casa onde você ficar e nosso plano será descoberto em seguida.
-Cala a boca Rodrigo! Você sempre me excluí.
-Sem discursão galera, sem discursão –Abrandou o conflito o mais velho.
-E você Marcelo a onde vai inventar que vai ficar?
-Eu tive uma ideia –Disse Marcelo percebendo que Matheus se aproximava dali na bicicleta –Matheus! Matheus vem cá! –Chamou.
Matheus vindo distraído não percebe de imediato que havia alguém o chamando apenas quando os outros meninos gritaram seu nome foi que ele percebeu. Ele pedalou em direção ao grupo ao chegar lá os garotos o contaram o que pretendiam fazer. Matheus logo desconfiou que estivessem preste a convida-lo pra armação, porém o que ele ouviu foi outra coisa:
-Agora só falta saber a onde eu vou “almoçar” Matheus.
- E o que eu tenho haver com isso?
-E então Matheus você permite eu dizer pra minha mãe que eu vou almoçar na sua casa?
-Marcelo eu não quero complicação pro meu lado.
-Não se preocupe com isso Matheus, nós nem lhe convidamos por que sabemos como você é – Levantou Rodrigo –Você é muito comportado.
-Sou mesmo e daí?
-Pois então você deixa?
-Faça como quiser, mas se me perguntarem se eu sabia disso eu vou dizer que não, ouviram?
-Legal podemos ir agora tudo pronto – Proferiu Marcelo.
-Ei, e eu? –perguntou Bruno com raiva.
-Há Marcelo, eu queria te pedir outro favor. –Bruno era o mais novo, e a molecada não queria tomar conta dele enquanto se divertiam na praia –Você pode tomar conta do meu irmão enquanto isso?
-Sem chance! Eu não vou me responsabilizar por isso que vocês estão aramando.
-A qual é cara – Falou Marcelo.
Os olhos de Bruno já estavam lacrimejando dando início a tempestade e aos trovões, antes que o garoto começasse o berreiro o irmão rapidamente tampa a boca dele e insiste com Matheus pra leva-lo com ele, mas Matheus permanece ainda duro com a proposta Marcelo então apelar pros jogos: Se ele não levar o seu irmão não emprestaria mas jogos de vídeo game pra Matheus. Logo o garoto consegue persuadi-lo e entrega o menininho nas mãos dele.
-Eu quero ir pra praia com vocês também.
-Você não vai Bruno!
-Eu vou dizer pra mãe... ela vai bater em você –Diz bruno aos soluços.
-Diga, diga que eu conto pra ela quem foi que pegou aqueles centavos escondidos da bolsa dela.
Os outros meninos começaram a rir do comentário fazendo Bruno cair aos prantos novamente menos Matheus que gentilmente diz pro menino que eles vão se divertir juntos a tarde toda jogando vídeo game –Bruno adorava Matheus pois ele sempre o tratava com carinho e afeição de irmão coisa que pra Marcelo faltava. Matheus passa a mão afagando o cabelo do garotinho e suavemente pede que deixe de chorar o prometendo leva-lo a praia outro dia.
- Matheus você está vindo da casa do Tom?
- Sim estou.
- Ótimo, eu vou lá pergunta-lo se ele não quer ir conosco.
-Você é quem sabe, mas ele está chato hoje.
- Como assim –Perguntou o Rodrigo
- Nada, esquece, ele deve estar passando por problemas, deixa ele. Pois bem... Vamos Bruno?
-Certo –Respondeu Bruno
Matheus não estava com raiva por levar Bruno com ele, enquanto verificava se o menino havia montado na garupa da bicicleta ele percebe que faria bem ter concordado porquanto haveria alguém pra jogar com ele nessa tarde e tirá-lo do tédio certo. Mas o que o irritava é que o jogo que tinha reservado para zera a tarde nem ele ou o pequeno Bruno saberia zerar. Já era 9:00 horas quando Matheus chegou em casa, o Pai havia saído, Matheus vai até a vizinha e pergunta se o pai havia deixado a chave da porta com ela a mulher que o atendeu retorna devolvendo a chave da casa dele, ele se dirigi pra casa a onde deixou sua bicicleta com Bruno o esperando.
-Vamos entre Bruno.
-Tá bom.
-Bruno me responde uma coisa, a onde os meninos vão almoça se eles vão pra praia?
-Meu irmão e eles juntaram dinheiro pra comprarem coisas lá.
-Entendo... está com fome?
-Não. Obrigado acabei de merendar.
-Bem senta aí no sofá que eu vou ligar o vídeo game pra gente jogar tá bom?
-Sim, sim você tem Dragon Ball?
-Tenho sim, você que jogar esse?
-Eu quero.
Os Dois passaram aquela manhã toda no vídeo game e Bruno se sentiu muito confortável, e mesmo quando Henrique pai de Matheus chegou em casa pra preparar o almoço ele não se incomodou com as broncas do pai sobre Matheus. Quando ouviram o voz de Henrique os chamando a mesa para almoçarem Matheus rapidamente desligou o aparelho e levou Bruno com ele, tiveram uma ótima refeição, quando voltaram para a máquina Henrique os advertiu que jogassem apenas mais um pouco e fossem fazer outra coisa que não fosse assisti televisão. Era uma hora da tarde quando a campainha tocou e Henrique foi atender. Era Marcelo que veio buscar o irmão, Bruno se despediu do anfitrião e do amigo e foi embora com irmão – Marcelo estava bastante vermelho, denotava que não havia passado protetor solar.
A tarde passou rápida como toda tarde de domingo, Matheus passou bom tempo na varanda brincando com sua bola de futebol e quando anoiteceu entrou pra dentro de casa pra tomar banho, quando retornou do banheiro para o quarto ouviu a campainha tocar outra vez e como não havia ninguém em casa foi atender apenas de toalha na cintura ao abrir a porta teve uma surpresa era Tommy.
-Olá boa noite Tom.
-Boa noite Matheus –Disse com alta voz –Matheus eu preciso falar com você e rápido.
-Pois entre –Matheus estava curioso a saber qual motivo que fez com que Tom fosse até sua casa e o que ele tinha pra contar –Me conte, porém deixa eu primeiro termina de me arruma.
-Sim, com licença.
Tommy seguiu Matheus pela escada e no momento em que os dois entraram no quarto Matheus sumariamente se desnuda deixando seu corpo totalmente desnudo avista de Tommy que rapidamente fitou-o com um olhar de luxuria, Matheus distraído não percebe como Tommy o estar comendo com o olhar, não era comum ele se desinibir na frente das pessoas, porém Tommy naquele momento havia tomado coragem pra dizer seus sentimentos de uma vez.
