Apenas Amor, parte 3 - A FESTA II

Um conto erótico de Sociólogo
Categoria: Homossexual
Contém 2220 palavras
Data: 08/09/2013 10:43:14

Apenas Amor, parte 3 – A FESTA II

_Como assim, o Lucas vive falando de mim? - Eu questionei sem entender mesmo o que ele queria dizer.

_Nada não. - Ele ficou sério sem mais nem menos. - Melhor eu ficar calado e você ficar quieto em algum canto esperando o Alemão, longe de qualquer espertinho por aí, senão o Alemão pode perder a cabeça se alguém fizer alguma coisa com você, inclusive a gente. Falou! Rafael, não bebe nada, tá?

_Como assim? Owh! - Eu tentei falar, mas ele saiu apressadamente sem me dar respostas. Odeio ficar sem respostas. Estava num lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas. E pior! A única pessoa conhecida fez dos meus anos na escola um inferno!

_E aí gatinho!? – um rapaz moreno, alto e forte, sem exageros, foi logo passando a mão pela minha cintura e me puxando para perto dele.

_Ei! – tentei afastá-lo de mim. – Me solta! - Não funcionou muito, mas, por sorte, um outro rapaz nos separou.

_Vamos largar o carinha aí, amizade! – isso foi o moreno baixo com cara de mau que me ajudou.

_Cara, fica na sua!

_Você não vai querer brigar, vai? – Ao dizer isso, a cara do mais alto que tentou me assediar mudou completamente. Realmente, não seria bom brigar ali, aquela seria uma das maiores e mais sofisticadas academias da cidade, e uma briga poderia impedir que os marombadinhos se matriculassem lá. Por fim, ele saiu e foi embora, a contragosto.

_Prazer, Jader. – Disse erguendo sua mão para mim, não era dos mais bonitos exemplares que estavam presentes, mas tinha seu charme.

_Prazer, Rafael. – Disse, sendo o mais simpático possível, já que ele foi simpático ao me livrar do rapaz inconveniente.

_Que tal um drinque? – Com um sorriso grandioso no rosto.

_Eu não bebo, desculpe-me. – Disse, mais uma vez constrangido naquele lugar.

_Sério? – Ele disse segurando-me pelo braço e me levando em direção ao bar improvisado naquela academia. Ao chegarmos lá, ele serviu-se de alguma coisa para beber, um líquido transparente misturado a um líquido verde claro turvo, que depois descobriria ser “Big Apple” e “Schweppes”. _ Toma um pouco, garanto que vai gostar, amizade!

O sorriso do rapaz era, de fato, muito bonito, contagiava mesmo. Ele sabia ser simpático. Devia fazer uns trinta minutos que eu estava na festa e ainda não poderia ir embora e voltar para minha casa, meus pais achariam isso uma desfeita, o melhor seria mesmo aproveitar minha próxima hora, que seria muito ruim mesmo. Não havia como ou o que piorar, na pior das hipóteses, como diz o dito popular: relaxa e goza!

Aceitei o drinque e experimentei. De fato o sabor era diferente de tudo que havia experimentado. Não ousaria compará-lo a um bom vinho italiano ou português, mas tinha seu diferencial. Era algo cítrico, ácido e, controversamente, adocicado. Aquilo era mesmo muito bom. Alguns drinques se seguiram, enquanto a conversa ia se desenrolando. Confesso que o Jader não era dos exemplares mais inteligentes que eu já havia conhecido, mas era mais inteligente que a média dos frequentadores daquele lugar, ao menos pelos pedaços de conversas que eu conseguia ouvir dos pares próximos a mim.

Tudo estava normal, até ter que me virar para onde as luzes insistiram em incidir. Uma voz grave chamou a atenção de todos ao microfone. No movimento brusco para me voltar ao hall do segundo piso, meus olhos turvaram a imagem e dei uma leve titubeada, o Jader, providencialmente, me segurou pela cintura, ficando colado atrás de mim. Nada demais, pensei, afinal o cara estava me ajudando. O Lucas falava alguma coisa, lembro-me ser algo sobre a inauguração da academia, dava as boas-vindas aos presentes, falava sobre a missão da empresa, o compromisso com o bem estar, bom condicionamento físico e, principalmente, a dedicação ao melhoramento do estado de saúde de todos.

Ao pé do meu ouvido o Jader dizia alguma coisa, enquanto a tentava mordiscar. Eu, inutilmente, tentava me esquivar, porém meu corpo estava letárgico, causa do álcool em meu sangue, comprometendo o funcionamento normal do meu sistema nervoso central. Eu nunca havia sido assediado como o que acontecia naquele momento, assim como, ainda, por motivos diversos, não havia beijado ninguém. O rapaz que outrora se mostrara um gentleman ao me livrar do primeiro engraçadinho agora se enroscava em mim como uma serpente e, como uma centopeia, parecia ter mil mãos para me tocar por inteiro. Tentava empurrá-lo. Inútil. Nunca senti tanta falta de músculos como naquele momento. A formação corporal e muscular do rapaz faziam dele um ser muito mais capaz que eu, e meu estado alcoolizado me tornava uma presa fraca e indefesa.

_Me solta, Jader! – Eu tentava argumentar. As palavras saiam embargadas de meus lábios, assim como a minha voz era arrastada. Eu até pensava em questões lógicas, mas parecia uma tarefa árdua demais conseguir transportar tudo que eu pensava até meus lábios e verbalizar meu raciocínio.

_Que nada, delicinha... pode confessar que você está gostando... – Ele dizia enquanto mantinha os beijos em meu pescoço, minha orelha, nuca e até boca. Eu não o correspondia. Virava-me de lado a outro tentando fugir de seus lábios. – Deu mole pro papai aqui desde a hora que te tirei dos braços do idiota frouxo que tentou te pegar... vai confessa que tá louquinho por mim, vai?!

_Me larga seu idiota... me solta!

Eu já não conseguia ouvir mais nada que acontecia. O barulho, as pessoas, a voz do Lucas, tudo isso não estava acontecendo. Só tinha um louco tentando me estuprar, ou ao menos isso que estava passando em minha cabeça e, pior, não havia ninguém ali para me ajudar. Parecia um pesadelo infernal aquilo tudo. Mas como num sonho louco, o corpo do Jader se desgrudou do meu assim que ouvi um baque seco. Desequilibrei-me, o Giovane me segurou. Ainda continuava tonto. Olhei para o meu lado e vi o chute que um corpo grande de um homem louro desferia contra o pequeno Jader estirado ao chão, foram vários chutes, até que a voz rouca e grave do Lucas disse: _Nunca mais encoste no Rafa, tá ouvindo e nem ouse aparecer aqui na academia, se eu tiver de novo eu te mato.

Tido isso, e após todos os convidados pararem para ver o show protagonizado por mim, pelo Jader e pelo Lucas, ele, andando como um tigre feroz e bufando como um touro louco veio em minha direção. O Giovane tratou logo de me largar. Eu consegui me manter de pé, com certa dificuldade. Mas consegui tecer meias palavras de agradecimento, na verdade um seco: Obrigado.

_Obrigado nada! – Ele disse me pegando pelo braço, sua mão conseguia cobrir todo meu bíceps. Ele me apertou forte e me arrastou para fora da Academia. – O que você pensa que está fazendo se esfregando assim em qualquer um que aparece, heim?

Eu estava confuso. E com medo. Mais com medo que confuso. Afinal, deveria ter uns trinta minutos que eu não bebia nada. E se já havia isso tudo que eu não bebia, deveria ter muito tempo que eu estava naquele lugar, mais tempo que eu havia planejado. Contudo, apesar do medo, algo dentro de mim e dentro dos olhos cerúleos do Lucas me faziam ver que ele estava com raiva. Descobriria não ser de mim, mas dele mesmo, por não ter me protegido. E o Lucas estava com ciúme.

_Me solta! – Eu gritei quando já estávamos no estacionamento da academia. – Você está me machucando!

_É o que você merece mesmo, que eu te dê uma boa surra pra aprender a se esfregar em qualquer um como uma bichinha louca por rola! – Quando ele disse aquilo meus olhos marejaram. Eu que estava com raiva agora. Eu que estava sendo, mais uma vez, humilhado pelo idiota do Lucas. Tentei me soltar em vão. Tentei esmurrá-lo ao peito, mas parecia que ele tinha uma armadura sobre seu peitoral, por fim, fechei meu punho e soquei-lhe a face. Ouvi um estalo e depois um grito. O estalo foi de minha mão e o grito meu. Ele manteve seu rosto na mesma posição, mas seu olhar mudou repentinamente de raiva para preocupação.

_Veja o que você fez! – Ele disse soltando meu braço esquerdo e tentando olhar meu punho direito.

_Não que você me toque, seu troglodita imundo. – Eu disse com o rosto encharcado em lágrimas, tanto da raiva, como da dor e vergonha.

_Rafael, fique quieto e cale essa sua boca. – Ele disse seriamente. Sua voz parecia um trovão e seu olhar o mais mortal que eu já vi alguém dar. – Você pode ter quebrado a sua mão. Da próxima vez que for bater em alguém saiba o que você está fazendo. Entre logo no carro, vamos passar no hospital.

_Eu não vou a lugar nenhum com você! Vou ligar para o meu pai, disse entre lágrimas e tentando pegar o telefone, que estava no bolso direito, com a mão esquerda.

_Eu não estou te perguntando se você quer ou não ir, eu estou mandando você entrar e não vai ligar pra ninguém. – Ele diz as últimas palavras com a voz um pouco alterada, até cospe um pouco enquanto fala. – Entendeu?

Eu estava acuado e com muito medo. O Lucas sempre foi a pior parte da minha vida durante toda a minha adolescência, agora ele estava maior e mais forte, sem contar que o tempo fora, numa cidade maior que BH poderia tê-lo feito mais cruel ou mesmo um psicopata. Tá! Eu estava viajando, mas é o que o medo faz com a gente. Eu entrei no carro e, agora, eu chorava mais que antes.

_O que você vai fazer comigo?

_Cala a boca, Rafael. Cala essa maldita boca e para de chorar. Fica igual uma mulherzinha chorando.

_Você vai me matar?

Quando eu disse isso, coincidiu com um sinal vermelho que o fez parar e começar a rir descontroladamente. Fiquei com mais medo ainda. Ele era mesmo um psicopata e eu estava nos meus últimos segundos. Até que…

_O quê? – ele olhou nos meus olhos um pouco ofegante pela crise de risos. – Você tá achando que eu vou te matar? Você está louco? Eu estou te levando para o hospital, vamos passar no Hospital da UNIMED para o médico ver o se tem alguma coisa quebrada na sua mão. Só isso, seu bobo. – Ele estava mais calmo. A voz ainda era grave, mas estava num tom menos ofensivo e amedrontador. Isso me fez respirar mais tranquilamente e parar de chorar.

_Você não vai mesmo tentar fazer nada de mal por eu ter atrapalhado a inauguração da sua academia?

_Claro que não, Rafinha. Eu que te peço desculpas. Ver aquele pilantra filho da puta se agarrando em você me deixou louco. Agora para de chorar que vou te levar ao hospital e, assim que seu pilequinho passar, te levar pra casa. Se bem que você tá um pouco fedido de álcool para voltar. Seu pai vai me matar se te ver assim.

_Tenho que ligar pra ele.

_Pra quê?

_Meu pai fica me esperando chegar pra ir dormir.

_Típico dos seus pais. Eles acham que você é de vidro. Isso que me deixava tranquilo em Sampa, saber que você estaria sempre extremamente protegido e cuidado.

Aquele comentário veio junto a um riso tranquilo e me deixou com a pulga atrás da orelha. Era muito estranho como o Lucas estava diferente e como o mundo estava de cabeça para baixo naquela noite. Eu não comentei nada. Fiquei um pouco calado, até que, quase chegando ao complexo rodoviário da Lagoinha, no final da Avenida Antônio Carlos, eu quebro o silêncio.

_Minha mão não está quebrada.

_Como você pode saber? É médico?

_Sou antropólogo, pesquiso na área de Bioantropologia, mais especificamente Antropologia Forense. Não sinto dor compatível com um trauma ósseo, não tenho hematomas, nem alguma deformidade óbvia, meus dedos se locomovem bem, o que não aconteceria se tivesse quebrado o punho, a mão ou os dedos, consigo pinsar, agarrar e apertar com a mão, além da mesma estar quente.

_Continua o mesmo geniozinho de sempre. – Ele estava com a face mais serena, como quando o revi no início da noite. – Tem certeza disso?

_Sim. – Disse seco.

_Então vamos pra minha casa, já que estamos aqui. – Estávamos já no centro da cidade, ele estava se dirigindo para a zona sul da cidade. Achei que ele ainda moraria com os pais, na Pampulha.

Ele pegou o celular, ainda no trânsito. Não era proibido na época dirigir e falar ao celular. Procurou algum telefone na agenda e iniciou a chamada. Não demorou muito até que alguém atendesse.

_Sr. Paulo? Aqui é o Lucas, tudo bem?

_Não, não. O Rafinha está ótimo. Estou ligando porque gostaria saber se ele pode dormir aqui em casa, pois vamos fazer um rebate amanhã, sabe? Um churras com a galera mais chegada pra comemorar a inauguração de hoje. E queria muito que o Rafinha estivesse aqui, aí para ele não ter que voltar e depois ir lá pra casa ele já dorme aqui, pode ser?

_Obrigado! Boa noite!

_Pronto! Seu pai já deixou você ficar em casa. Assim que chegar, você toma um banho, tenho roupas em casa do seu tamanho e depois vamos dormir.

_Tá bom. – não estava afim de discutir, até porque ele não era das melhores pessoas pra se discutir quando estava com raiva. Aquela noite eu fiquei com muito medo do Lucas…

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Comentários

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Conquistando os bombados da academia hahahaha. Quantas indiretas direitas hein?! Agora ele vai usufruir de.você, te agarrar durante a noite...hihihi. Ainda bem que lembrei de olhar seu conto, não se estresse com os retardados que aparecem os homofóbicos e umas bichinhas adoram atacar os contos homo, por favor não pare de postar!!! Abraços :P

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Conquistando os bombados da academia hahahaha. Quantas indiretas direitas hein?! Agora ele vai usufruir de.você, te agarrar durante a noite...hihihi. Ainda bem que lembrei de olhar seu conto, não se estresse com os retardados que aparecem os homofóbicos e umas bichinhas adoram atacar os contos homo, por favor não pare de postar!!! Abraços :P

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Conquistando os bombados da academia hahahaha. Quantas indiretas direitas hein?! Agora ele vai usufruir de.você, te agarrar durante a noite...hihihi. Ainda bem que lembrei de olhar seu conto, não se estresse com os retardados que aparecem os homofóbicos e umas bichinhas adoram atacar os contos homo, por favor não pare de postar!!! Abraços :P

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Não concordo com as palavras do Escritor_Crítico, aliás, nunca concordei. Esse cara é muito chato, ele é uns dos Críticos da CDEA. Mas não liga pra esse cara, ele só fala besteira. Falando da sua história: Creio que o Rafael tem um lado meio estranho, as vezes é muito sentimental e as vezes meio arrogante. Sem dúvida, entre as duas que leio na CDC, a sua é a melhor. Mas não demore para postar em? Diferente do Crítico_Escritor, que não escreve nada, a minha nota é 10.

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Escritor crítico, cadê seus escritos? Ué, ñ escreve? Assim é fácil criticar... esperando você escrever para ver o quanto bom vc pode ser, na verdade vc deve escrever pessimamente mal, e pior, sem criatividade alguma e sem nenhum relacionamento na vida. Sua crítica é super bem vinda, mas antes de tudo, escreva e faça sua crítica embasada em algo, se a narrativa é boa e a escrita é ótima, e o enredo é ruim, quer dizer que sou muito bom em 2/3 dos pontos, sabe quanto é isso né? Ñ, deve ser ruim tb em matemática, né? Aí fica difícil, além de ser ruim em portuga é em matemática tb. Convidei-te a ler essa história? Ñ. Leu pq quis, leu os capítulos anteriores? Espero que ñ, vc ñ faz falta neles... passar bem, queridinha... e escreve para que eu possa fazer uma avaliaçao de verdade... bjinhos...

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