- Ferdinando. - Exclamei surpreso. - Quanto tempo cara. Pensei que nunca mais ia te ver. - Parecia que fazia um milênio que ele havia matado o Bill.
- Trabalho é trabalho. Meu papel é sumir quando a merda é jogada no ventilador. Senão todo mundo sai cagado na história.
- Então, Dee. - Falou Kaue interrompendo. - Esse é o Ferdinando, está trabalhando para mim, ele vai te dar todas as orientações. Quando ele preparar tudo, vai te orientar a atrair o Sam para algum lugar.
- Aguarda meu contato, garoto. Bom te ver sadio. - Falou Ferdinando sacubindo meus cabelos e saindo do carro.
- Kaue, cara. - Falei cauteloso. - Não sei, foda eu ser cúmplice de uma assassinato.
- Melhor ser cúmplice do que ser vítima. E agora que te contei tudo isso, se não topar entrar na jogada eu mando te apagar em dois tempos.
- Tem medo de me ameaçar enquanto está só a gente aqui a sós não? - Falei rindo.
- Não, porque se eu sumir o Ferdinando acaba com você da mesma forma.
- Bom saber. - Falei levantando as mãos em sinal de rendição. - Me deixa em casa?
- Não sou uma dessas mariconas que te paga por sexo. Vá para casa sozinho.
- Não é, mas bem que gostaria de ser. - Falei puxando ele pelo braço e beijando sua boca.
- Me larga, seu imundo. - Gritou ele me empurrando. - Que coisa nojenta. Não se beija boca de prostituto.
- Kaue, cara. Eu sou do ramo, conheço os desejos das pessoas. Eu sei que você tá doido pra ficar comigo, para estar me desdenhando tanto assim. Não precisa ficar com o desejo contido. Cai de boca na minha vara e mata tua vontade. - Falei me estirando no banco do carro e colocando o pau para fora, que estava já meia bomba e ganhando volume rápido.
- Guarda essa coisa.
- Só depois de você mamar. Pode mamar aí, de boa.
- Não tô com vontade de chupar isso.
- Tem certeza?
- Tenho, seu puto enxerido, guarda logo esse cacete que meu carro já está ficando com cheiro de rola.
- Tá bom, então, vou guardar. - Falei pegando a aba do calção e fazendo menção de subir.
- Espera.
- Hã?
- Só pra dizer que teu pau é bonito.
- Olha aí, primeiro elogio da noite. - Falei rindo.
- Não vai se acostumando, seu nojento
- Que nojento o que, cheira aqui meu pau, se continuar dizendo que é nojento, eu largo profissão.
- Deixa eu ver. - Falou ele segurando meu pau. - Afasta as mãos de mim, vou só cheirar.
Deixei ele bem a vontade. Segurando meu pau, ele desceu sua cabeça até meus pentelhos e realmente cheirou, depois encostou o nariz na cabeça e inspirou novamente.
- É cheiroso mesmo. - Falou sussurrando.
- Mama nele vai. - Sussurei em resposta.
Eu sabia que tinha ganhado a parada. Ele só precisou daquele último incentivo, abriu bem a boca e enfiou meu pau inteiro dentro dela, até encostar o nariz nos pentelhos novamente, mas dessa vez com o cacete todo atolado na boca. Boca deliciosa mesmo, peguei sua cabeça com firmeza e estoquei forte. Notei que ele adorou porque ficou completamente entregue aos meus caprichos. Estoquei forte na sua garganta até sentir o gozo chegando, quando então o liberei para a gala jorrar na sua língua.
Ele sugou com gosto a porra que soltei, engoliu tudo e só tirou o pau da boca quando amoleceu.
- Que loucura. - Falou rindo se apoiandoo novamente no assento do motorista.
- Chupou bem viu. - Elogiei.
- Quanto te devo? - Perguntou se voltando novamente para mim com aquele ar azedo.
- Deve nada não, eu que provoquei o lance.
- Sem essa, não quero envolvimento com putinhos. Vamos deixar isso bem profissional, me diz ai quando tenho que pagar.
- Deixa de ser chato, meu. Puta que pariu. Tu mamou no meu cacete e eu curti, qual o problema há nisso? Quantas rolas tu não já mamou e hoje nem lembra da cara do sujeito? A gente não tá casando não, eu apenas enchi tua boca de gala.
- Tudo bem. - Falou com ar conformado. - Mas não tente nada comigo de novo, isso foi apenas uma curiosidade, nunca tinha feito nada com garoto de programa. Vamos, te deixo em casa, sei onde é que o Ferdinando já me disse.
Dirigimos em silêncio até minha casa. Quando ele encostou, apenas ficou olhando para frente como se esperasse que eu saísse sem falar nada.
- Você está esquecendo uma coisa.
- O que? - Falou ele irritado.
- Não disse quanto vou ganhar por te ajudar nesse lance do Sam.
- Verdade. Te dou 5 mil reais. Sem negociação, estou salvando a merda da tua vida também.
- 5 mil está ótimo. Quero um adiantamento. Quero 2 mil reais logo.
- Adiantamento. Para que?
- Problema meu. Quero tirar carteira e comprar uma moto. Quero adiantamento para a carteira e depois que você pagar tudo eu compro a moto.
- Vou te dar R$ 1500,00. É suficiente, te dou o resto no dia do serviço e você desparece da minha vida. Entendeu?
- Entendi.
Ele tirou uma necessaire de um compartimento secreto no carro e contou algumas notas e me entregou. Conferi, eram mesmo mil e quinhentos reais.
- Valeu, Ka. A gente se vê. - Saltei do carro soltando um beijinho.
Entrei em casa muito feliz. Adorava ganhar dinheiro e fiquei alegre também pela perspectiva de não me preocupar mais com o Samuel. Não confiava naquele Kauê, mas ele era a minha única saída naquele momento.
Já estava bem tarde e entrei em casa em silêncio, podia o Lipe estar dormindo, me surpreendi ao ver luzes acesar na cozinha. Fui até lá conferir e quase caio para trás de susto, o Lipe está conversando com um homem com farda da polícia, fiquei pensando alguns segundos se ele tinha se encrencado ou se estava pegando um policial, quando o fardado se virou para mim e simplesmente congelei no ar. Era o Thor.
Até amanha pessoal, vou escrever agora A Cigarra e a Formiga.