Como Chamas 3x05: MUSICAS, SEGREDOS E MENTIRAS!

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1402 palavras
Data: 10/09/2013 12:11:12

Como Chamas 3x05: MUSICAS, SEGREDOS E MENTIRAS!

Encarei a tela escura e fria de meu iPhone na mesinha ao lado da cama.

Nenhuma ligação, nenhuma mensagem. Isso era ruim, mas pelo menos eu havia acertado desta vez. Eles não me queriam mesmo.

- Então, eles chutaram você? Perguntou Caio quando me sentei na mesa da cozinha. Não havia muita comida naquele apartamento e a cama era terrível, eu tive vontade de voltar para casa a noite toda.

- Eu fugi, mas eles meio que queriam que eu fizesse isso.

- Tem certeza?

- Absoluta. Passa o cereal.

Eu peguei um pouco do cereal que ele estava comendo e despejei em uma tigela de cerâmica. Era só isso o que havia de café da manha. O cereal tinha gosto de algo velho, então cuspi de volta na tigela e me levantei.

- Vou trabalhar... Tchau. Falei.

Caio murmurou alguma coisa de boca cheia. Era tão estranho morar com uma pessoa que eu mal conhecia, mas, ele também não me conhecia. Do mesmo jeito que para ele eu pudesse ser um assassino, ele também poderia ser para mim. Fechei a porta atras de mim e continuei andando. A única coisa boa de ele morar no centro, era que havia taxis por toda parte. Parei em uma esquina e dois segundos depois, Caio parou ao meu lado.

- Se quiser chegar na hora, acho melhor pegar um ônibus. Ele disse colocando as mãos no bolso e me observando fixamente.

Se tem algo que sempre achei que tive na vida, era sorte. De um jeito ou de outro, por um caminho complicado ou não, eu sempre conseguia o que eu queria. Ta, é claro que nem sempre funcionava.

Ergui a mão sorrindo, esperançoso. Então dois taxis pararam.

Dei um risinho de deboche para Caio que me encarava boquiaberto e entrei no taxi.

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Entrei direto no prédio onde eu trabalhava. O cheiro de cappuccino recém-preparado estava me dando água na boca, mas eu agora estava por conta própria, não podia mais ficar por ai bebendo café de oito reais o copo.

Entrei e dei de cara com um grupo de pessoas com feições assustadas. Joaquim e Alice pareciam tentar acalmar Felipe e Jeremiah estava em silencio.

- O que ta rolando? Perguntei.

Todos se viraram assustados para mim. Ah, droga. Eu estava me atrasando demais e Joaquim havia contado que iria me demitir.

Felipe se aproximou, furioso.

- Aonde você estava?

- Em casa. Falei rapidamente.

Ele deu uma gargalhada afetada, Alice e Joaquim me encararam, bravos também.

- Engraçado, porque sua mãe me disse que você fugiu de casa ontem a noite. Porque não atendeu nenhuma de minhas ligações?

Tirei o celular do bolso de trás do meu jeans. Apertei o botão home e nada, o telefone estava gelado. Então era isso, meu celular estava desligado. Por isso nenhuma ligação ou mensagem a noite toda.

Liguei e olhei para Felipe. Bacana, agora nem mentir eu conseguia mais.

- É complicado. Foi só o que eu disse.

- Complicado é o fato de seus pais estarem rondando cada rua da cidade, ligando para todos os hospitais e delegacias para saber o que diabos havia acontecido com você. - ele falou aquilo quase chorando. - Complicado é fato de eu pensar que algo poderia ter acontecido com você, seu idiota. Como pode...

Eu o abracei e Felipe desabou. Caramba, ele realmente me amava. Algo como uma fagulha se acendeu dentro do meu peito, mas tentei ignorar. Eu tinha problemas maiores para lidar.

Meus pais ligaram para ele?

- Quando falou com meus pais? Perguntei.

- Nick me ligou de madrugada.

Oh, Nick. Ele realmente gostava de mim e devia mesmo sentir minha falta. Mas ele havia prometido não sair de casa, e ele certamente o faria se soubesse o motivo de eu ter saído.

- Vou falar com eles.

- Antes você vai me contar o que porquê fugiu. Felipe falou.

Joaquim se aproximou.

- Acho melhor vocês terem essa conversa lá embaixo.

Me segurei para não revirar os olhos. Justo quando eu não posso beber café, meu chefe me manda direto para a cafeteria.

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- Tem certeza de que é aqui? Perguntei a Leon enquanto eu descia do carro SUV que ele dirigia.

Estávamos no Candles, um bar que ficava no meio de uma estrada que parecia abandonada nos limites da cidade. O lugar mais parecia um grande celeiro coberto com luzes de Natal, eu nunca pisaria aqui.

Mas se alguém que sabia a verdade queria que Violet viesse até aqui, então eu tinha que vir.

- Porque a surpresa? Pensei que gostasse daqui. Ele falou me encarando de forma engraçada.

Eu não tinha carro e nem uma habilitação de verdade, então tive que ligar para pedir carona para a única pessoa que não ia me encher de perguntas que eu não poderia responder.

- Verdade, só não venho aqui a muito tempo.

- Bem, vamos matar saudade! Ele disse colocando os braços em volta dos meus ombros e me arrastando para dentro. O lugar por dentro não era tão ruim, parecia animado e divertido. Exatamente o que eu precisava.

Felipe estava surtando por eu não aceitar ficar em sua casa até resolver as coisas com meus pais e eu havia prometido a Nick que iria visitar minha mãe amanhã.

- Por onde começamos? No bar ou pizza? Perguntou me Leon parecendo uma criança em um parque de diversões. No centro do lugar, um casal berrava uma canção de rock dos anosEu vamos ao bar. Falei.

Caminhamos direto para o balcão, um garço gordinho se aproximou.

- Em que posso ajudar? Ele perguntou.

Eu mordi os lábios, pensando em uma maneira de perguntar sobre a garota loira que eu nem mesmo sabia o nome.

Leon tomou a frente.

- Duas cocas por favor.

Ele colocou uma nota de dez e a empurrou para o gordinho.

- Ei, quer tentar? Ele disse tocando minha cintura.

Me virei para encarar um homem magro no palco do karaoke procurando voluntários para a proxima canção. Me encolhi.

- Não mesmo. Falei.

- O que? Vamos sim!

Leon me puxou até o pequeno palco improvisado no centro e o homem magro jogou um microfone para mim e outro para ele. A batida de Space In The Stars do Drew

Seeley estourou nos alto-falantes.

- Vou te matar. Sussurrei antes de começar a cantar.

Eu gostava daquela canção e a sabia de cor. Leon parecia sentir a mesma coisa.

Ele começou a cantar e depois do segundo verso começamos a revezar. Eu cantei o segundo refrão e então na parte a seguir começamos algo que eu estranhei.

A musica dizia:

Tell me your love has got a space in the stars

Love has got a space in the stars

Love has got space

Love has got space

A cada verso bonitinho que cantávamos, Leon olhava fixamente para mim. Ele estava me paquerando e eu estava gostando. Então a musica acabou e eu sai rapidamente do palco. Caramba. Com tanta coisa na cabeça eu não deveria estar pensando em gatinhos e paquera. Me aproximei novamente do bar, mas em um canto na lateral e vi algo que me assustou.

Uma foto pregada na parede na parede, mostrava o garçom gordinho com os braços em volta da loira maluca que estava me perseguindo. Corri para o lado aonde estava o gordinho.

- Aonde conhece a garota loira da foto?

- Que foto? Ele perguntou dando de ombros.

- Aquela pregada na parede! Eu falei me virando e seguindo ate o lugar da foto. Ignorando as outras pessoas que faziam pedidos no balcão, ele me seguiu.

- Oh, essa loira. Ela trabalhou aqui por, tipo, duas semanas.

- E quando foi isso?

- Acho que no mês passado. Ela não tinha documentos e disse que precisava de uma grana rápida. Dei o emprego a ela, mas então depois que paguei ela desapareceu.

- Ela por acaso disse o que veio fazer aqui?

- Eu não sei, ela disse algo parecido com acerto de contas ou terminar algum assunto. Thabita era muito fechada.

Suspirei e me virei de costas. Thabita era o nome da garota que queria arruinar a minha vida? Ótimo, agora como eu iria encontra-lá?

Leon se aproximou de mim, com uma expressão preocupada no rosto.

- O que houve? Você fugiu lá de cima.

- Por favor, me leva para casa?

- Calma, a noite mal começou, nós poderíamos...

- Leon, é serio, me leva pra casa? Me desculpa, mas não da pra mim hoje.

Cabisbaixo, eu o segui ate a saída. Não tinha mais clima para festa, musica ou paquera. Não esta noite.

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