Agradeço os comentários, é vocês tem toda razão, o Caio não é flor que se cheire, mas lembrem-se sempre pode ficar pior e sempre a alguém pior. Ao conto.
Parte 44_2
Lucas retoma a narrativa, o tempo passa a ser contado a partir do final da aula.
Muitas pessoas deram os parabéns pela declaração, eu estava até feliz, pois mesmo no meio de tanto preconceito havia pessoas que nos apoiavam. Logo que acabou a aula Rafael aparece no meu lado para irmos embora.
Rafael – vamos para casa? – ele disse e me beijou rapidamente, mas mesmo assim muito bom.
Eu – claro! Espere, para que casa vamos?
Rafael – a nossa, temos que descansar para a noite – ele disse enquanto íamos para seu carro.
Eu – não, nós vamos para minha casa, pois ainda não contei para meus pais que eu estou morando com você – eu disse avistando esse novo problema.
Rafael – vamos contar quando? – entramos no carro e começamos a voltar para casa.
Eu – não sei – eu disse pensando que eles não gostariam nada de saber disso, porque deste modo não poderão me vigia.
Rafael – temos que contar logo, até porque eles não vão deixar eu dormir de novo lá – ele falou de uma forma chorosa – e eu não quero dormir sozinho em uma cama fria nunca mais.
Eu – também não quero dormir sozinho... Vamos contar agora, durante o almoço! – eu estava convicto, agora que eu sou maior de idade eles não podem me obrigar a ficar e acho pouco provável que eles partam para a chantagem emocional.
Chegamos em casa e a primeira coisa que fiz foi abraçar minha mãe na cozinha e ir falar com o papai, depois subi para meu quarto, Rafael já estava no banheiro tomando banho. Eu pensei bastante e resolvi não entrar, se não ainda ia rolar alguma coisa e a mamãe não iria gostar nada. Ele saiu e eu entrei bem rápido para não dar tempo de olhar para ele se trocando, caso contrario eu o agarraria ali mesmo. Tomei um banho gostoso, depois me arrumei e percebi que Rafael não estava no quarto, desci para procurá-lo e descobri que ele estava ajudando minha mãe a concluir o almoço. Não interrompi, fui até a sala e fiquei esperando. Quando eles acabaram sentamos para comer. O momento de falar havia chegado.
Eu – mãe, pai, quero falar algo muito sério.
João – mais problemas? Fale.
Eu – bem, eu não vou mais morar aqui, mas prometo visitar sempre – minha mãe teve um ataque de tossidas.
João – muita calma... Meu filho, eu sei que você quer morar com seu namorado, mas é um passo muito grande, a maioria os casais espera meses e até anos para começar a morar junto definitivamente. Até entendo, vocês estão naquela fase de que tudo são flores e amores é anjinho para cá, amorzinho pra lá – eu dei um sorriso, pois era isso mesmo, flores (a estufa), anjo (Rafael) e eu o amorzinho – mas é muito provável que esse relacionamento de vocês acabe em uma briga e será muito pior se você estiver morando com ele. Será muito melhor você passar uns dias lá, mas continuar morando aqui – o jeito que meu pai falava era muito calmo, nem parecia que era aquele de dias atrás que me deu uma surra, devo supor que ele voltou a tomar seus remédios e está me tratando como um de seus pacientes?
Maria – é meu bebe, acho que Rafael concorda que às vezes ele precisa de um pouco de privacidade e eu ainda vou precisar de um tempo para me adaptar a idéia de que meu filho esta saindo do lar.
Rafael – não preciso não, nunca menti para o Lucas e ele já viu e reviu todas as partes do meu corpo, as pernas, o peito, as cochas, as a...
Eu – bem, acho que papai tem alguma razão, até porque eu não quero dar trabalho para você Rafael – tive que falar sem pensar, pois a língua de Rafael é muito solta e ele quase contou que eu tinha visto as asas dele e ia dar problema.
Rafael – você sabe que eu te amo e faria qualquer coisa por você.
Maria – então o Lucas continua morando aqui e vai a sua casa uma vez ou outra.
Rafael – é, e nos dias que ele ficar aqui eu venho dormir aqui, porque eu perco o sono em saber que você não está bem protegido em baixo de minhas asas – ainda bem que meus pais não acreditam muito em coisas sobrenaturais, então eles tomaram o que Rafael falou sobre as asas como algo comum, uma metáfora.
João – eu sei quando uma batalha está perdida, então não insistirei em afastá-los, mas que fique claro duas coisas.
Eu – o que?
João – primeiro quero que vocês comportem-se enquanto estiverem aqui, pois já fui adolescente e sei como funciona a cabeça – provavelmente aquilo tinha um duplo sentido, mas não dei bola – Segundo, continuo querendo que Rafael faça consultas regulares comigo.
Eu – por quê?
João – porque quero ter certeza do tipo de pessoa que você esta ficando.
Lucas – mas...
Rafael – Lucas, tudo bem se essas são as condições para continuar com você eu as acatarei – algo em minha cabeça gritava que isso ainda ia dar dor de cabeça.
Eu – tudo bem.
O jantar prosseguiu normalmente, conversamos um pouco sobre coisas do dia a dia e inclusive mostrei o vídeo do Rafael fazendo a declaração e me beijando. Minha mãe achou fofo e meu pai não demonstrou nada de inspirador, mas eu sabia que Rafael havia ganhado pontos com ele. Depois eu e Rafael fomos descansar e para a noite que se aproximava, minha mente dizia que ela prometia.
continua...
Façam seus comentários e continuem especulando sobre o próximo capítulo, pois adoro ver omo a mente de vocês é criativa e por vezes diabólica. Ao final ão deixem de atribuir uma nota.