Olá pessoal antes de iniciar a parte de hoje gostaria de mais uma vez pedir desculpa a voces pelas demoras em escrever, é que a minha rotina não está nada favorável, eu estudo, trabalho e estudo de novo, o único horário que eu tenho pra escrever é o mesmo que eu tenho para fazer as lições da escola e da faculdade, então tentarei encontrar uma forma de me adaptar a essas mudanças sem que eu tenha que abandonar vocês.
No mais, vamos ao conto, espero que gostem
Yure ~
*CONTINUAÇÃO
Senti que perdi meu chão, agora sim eu queria morrer de verdade, as lagrimas rolavam pelo meu rosto, eu sentado na cama e ele em pé, frente a ela. Nada mais faria sentido, ele era a minha vida, a pessoa que me fortalecia a cada dia que se passava a expressão séria que ele mantinha sobre a face era o que me deixava mais irritado.
- Vo... você ta falando sério Bruno? – eu dizia entre lagrimas e soluços.
- Nunca falei tão sério na minha vida, e pare de chorar, voce não é mais nenhuma criança.
- Bruno por favor não faz isso comigo, voce é quem está sendo infantil.
- eu infantil Felipe?
- Sim voce, porque até agora não me deu oportunidade de me explicar.
- Então vai se explica. – ele sentou na cadeira do computador.
Respirei fundo, puxei toda a coragem que existia dentro do meu ser e soltei.
- Pode não parecer, mas voce é a única coisa que me mantém vivo até hoje, eu te amo até mais que a mim mesmo, eu nunca teria coragem de te trair Bruno, eu jamais colocaria alguém em seu lugar, eu prefiro morrer a fazer isso. Voce é meu chão, eu não estou dizendo isso pra voce fazer as pazes comigo, estou dizendo porque é a pura verdade.eu comentei com o Anderson sobre a nossa discussão e não fazia a mínima idéia que ele planejava me convidar para uma festa, e voce mesmo sabe que eu só vou se voce for junto, coisa que é muito diferente do que voce faz, eu faço tudo por voce Bruno, sempre fiz, dou o melhor de mim pra te fazer sempre estar perto. –fiz uma pausa, precisava respirar um pouco.
- terminou? –ele perguntou.
- Não, não terminei como acabou de mostrar agora você não tem paciência comigo, acho que nunca teve apenas fingia. – ele me interrompe.
- Olha Felipe, eu acordo cedo pra ir trabalhar, quando chego em casa querendo descansar não posso porque sempre trago trabalho pra casa e mesmo assim faço de tudo pra estar presente a voce que é um menino mimado que só quer tudo no seu momento, sabe eu sinto falta de quando a gente namorava, de quando eu te via apenas uma vez por dia, era isso que me fazia ter paciência com voce, eu ficava ansioso esperando a hora da escola pra ouvir voce me contar como foi o seu dia, mesmo sendo pra voce me falar que era a mesma coisa de sempre, eu ficava feliz em apenas ver como voce se sentia bem quando estava comigo, eu ainda sinto sua falta, não de voce, mas do Felipe maduro que voce era antes, do menino que tímido que me conquistou com apenas um olhar, uma palavra, um beijo, eu sinto falta dos carinhos que voce me fazia, de quando voce ria das piadas que eu contava, mas não voce tinha que mudar e se tornar uma pessoa possessiva que quer tudo pra voce, e estou cansado Felipe, cansado disso tudo, cansado de voce.
- Bruno eu posso tentar mudar.
- Enquanto voce tenta aço melhor voltar pro seu quarto e esperar essa mudança acontecer lá.
Eu nunca tive uma conversa séria com o Bruno, e essa conversa só me serviu pra uma coisa, o culpado de tudo era eu, sai do quarto enxugando meu rosto, peguei minhas chaves e sai, ao perceber que abri a porta ele vem atrás de mim. Ouço ele me chamando, não tava nem ai pra ele, só queria sair um pouco, distrair a mente. Ao passar pelo portão, sinto o frio da madrugada misturado com alguns raios do sol que estava pra amanhecer tocar meu corpo, tempo ainda estava úmido e um pouco nublado, meu corpo arrepia por inteiro, vaguei sem direção, queria estar o mais longe possível daquele prédio, as lagrimas secavam no meu rosto eu mal conseguia enxergar um metro a minha frente devido a neblina que se formara durante a noite, percebi que não estava mais no nosso quarteirão, foi aqui que veio o meu desespero pois também não era nenhum quarteirão conhecido, voltei a chorar, só que agora de medo, o Bruno tinha razão em me achar infantil, eram essas as atitudes que teria que aprender a controlar, uma das minhas mãos abraçava meu corpo na tentativa de esquentar o meu corpo enquanto a outra enxugava as poucas lagrimas que com dificuldades escorriam pelo meu rosto, num baque vou ao chão.
Olho para cima tentando ver em que eu havia esbarrado e me deparo com um rapaz, ele me olhava furioso e logo atrás dele tinha mais uns três.
- Está louco garoto? Voce não olha por onde anda ou faz isso de propósito? – ele pergunta irritado.
- Per.. perdão, eu não te vi ai. – era visível o meu medo, tanto que eu até tremia.
- Você está fazendo o que por aqui? Não sabe que é perigoso andar por essas ruas uma hora dessa.
- Me desculpa eu não queria incomodar vocês, eu já estou indo embora.
- ei, calma ai, já vai saindo assim sem nem se apresentar direito. – ele disse se aproximando de mim, os outros caras também se aproximavam rindo.
- Fica pra próxima, é que eu tenho que ir mesmo. – olhei para os lados e sem que ele pudesse responder algo eu corri, usei todas as minhas forças, escutava eles correndo e gritando atrás de mim, alguns cachorros latiam no portão, uma esquina, um carro e uma batida.
BAAA
Estava no chão, ainda escutei o pneu do carro riscar no chão e sai correndo. Abri meus olhos e com a vista embaçada vejo os rapazes me rondando.
- Caralho borá vazar daqui. – um deles dizia.
- Cê é louco Mané, vai deixar o muleque nessa situação?
- que se foda, vamos vazar.
Não ouvi mais a voz de nenhum deles nem de ninguém, não escutava nenhum barulho, senti que meu corpo saiu do chão, minhas vistas escureceram e eu desacordei.
...
*CONTINUA