Descobri meu amor - Parte 2

Um conto erótico de Guile18
Categoria: Homossexual
Contém 1046 palavras
Data: 01/10/2013 03:20:29
Última revisão: 01/10/2013 05:15:31

E aí galera! Essa é a continuação do relato anterior. Espero que gostem. E é claro, muito obrigado pelos comentários do conto anterior, valeu mesmo. Se vocês gostarem escreverei a Parte 3, contando como ficamos mais “íntimos”. Adoraria se continuassem comentando.

No dia seguinte, no colégio, ao vê-lo, foi a primeira vez que eu percebi que tinha algo estranho comigo, eu percebi que ao vê-lo o meu coração disparava, que quando eu estava conversando com ele eu me sentia mais alegre. Foi aí que eu me dei conta, eu estava apaixonado por ele. Fiquei muito ansioso pra chegar o intervalo, não via a hora de conversar com ele sobre o que tinha acontecido na minha casa, sobre o beijo. Foi uma tortura ter que esperar 3 aulas para o intervalo chegar.

Como de costume sentamos na arquibancada da quadra, que, diga-se de passagem, era bem grande, e aí ele já começou me pedindo desculpas, dizendo que não sabia o que tava fazendo nem porque tinha feito, e implorou pra que eu não mudasse com ele, que ele nunca mais faria aquilo de novo. Eu disse que tava tudo bem, que ele não ligasse e fiquei rindo e tirando onda como sempre faço. Mas por dentro eu tava bem triste, por mais que eu odiasse admitir, eu queria que ele fizesse de novo, queria ter a oportunidade de poder retribuir o beijo. Apesar de ter sido só um selinho, eu gostei mais dele do que dos beijos de língua que eu dava nas garotas. Eu tinha sentido algo diferente, ainda hoje nem sei explicar direito.

Mas junto com essa imensa alegria que eu estava sentindo, também veio muita tristeza. Eu não queria, nem podia sentir aquilo por um homem; tinha que sentir por uma mulher. Fiquei muito confuso, ao mesmo tempo em que eu queria sentir aquilo eu também não queria. Eu nem prestei atenção no resto das aulas naquele dia, não conseguia tirar a nossa conversa da minha cabeça. Eu queria me afastar dele para tentar voltar ao normal, mas sentia que não podia. Então fiz uma das maiores loucuras da minha vida.

Eu e meus amigos, quando íamos ao banheiro, tínhamos o costume de chamar um de nós para ir junto, pra ficar conversando. Então eu pedi ao professor pra ir ao banheiro e chamei Fabinho para ir comigo. Enquanto eu usava o banheiro nós ficamos conversando, eu terminei, lavei as mãos, e, do nada, segurei sua nuca e o beijei. E como ele, saí sem falar nada e voltei pra aula. Minha nossa, nem eu acreditei que tinha feito aquilo. Eu devia estar completamente doido para fazer uma coisa como aquela. E quando voltei a mim fiquei extremamente preocupado, fiquei pensando que ele ficaria com raiva de mim, que se afastaria. Não demorou 1min e ele voltou pra aula, fiquei com medo até de olhar para ele, mas quando olhei ele estava com um sorriso de uma orelha a outra. Sentou e continuou como se nada tivesse acontecido, mas não estava conseguindo esconder o sorriso muito bem. Fiquei tão feliz que nem dá para expressar.

No dia seguinte, no colégio, ele me pediu para ajudá-lo a estudar para a prova de química, na casa dele. CARAAACA, como eu fiquei feliz com aquele convite. E lá se foi mais um dia sem conseguir prestar atenção na aula. Quando cheguei em casa fiz as coisas o mais rápido que pude, tomei banho, almocei, arrumei a mochila, e pedi ao meu irmão pra me levar na casa dele quando ele fosse pra faculdade. Meu irmão é 3 anos mais velho que eu e na época já tinha um carro.

Quando eu cheguei, às 2:00h, o pai dele estava terminando de almoçar para ir trabalhar, e nós 3 ficamos conversando até ele ir embora. Quando ele foi embora, Fabinho me levou para seu quarto e começamos a estudar em sua cama. Mas não demorou muito até que sua mão pegasse a minha, eu fiquei sem jeito, não sabia o que fazer, o engraçado é que com garotas eu sou extremamente desenrolado, mas com ele eu vivia sem saber o que fazer. E nós ficamos nos olhando por um tempo, olho no olho - meu coração disparando, minha respiração acelerando - até que ele se aproximou, sentou-se na minha frente, colocou uma mão atrás da minha cabeça enquanto a outra continuava segurando a minha mão; segurei seu braço ao mesmo tempo em que fechávamos os olhos, e lentamente nos beijamos.

Foi uma explosão de sensações. O calor de suas mãos, seu toque firme mas ao mesmo tempo suave, a firmeza e maciez de seus lábios, sua respiração quente, tudo isso ao mesmo tempo. Seu beijo era totalmente diferente do beijo de qualquer garota que eu já beijara, é difícil de descrever. Nos beijamos por um tempo que pareceu uma eternidade, mas que deve ter sido mais ou menos 1 minuto.

Paramos e ficamos apenas nos olhando, seus olhos escuros fitando os meus. Sua mão, com um toque quente segurando minha mão e meu pescoço. Ele se levantou um pouco e foi se aproximando cada vez mais, me deitando devagar. Eu já havia fantasiado situações como essa, várias e várias vezes, mas nunca desse jeito, eu me imaginava tomando a iniciativa, eu me imaginava sendo o “ativo”. Mas lá estava eu deitado, com ele em cima de mim, me olhando de um jeito que fazia eu me sentir amado; de um jeito que me fazia, cada vez mais, querer me entregar a ele. Coloquei uma das minhas mãos em suas costas, e com a outra acariciei seu rosto, sua bochecha. Então nos beijamos, dessa vez com mais fogo, com mais força, com mais paixão. Eu nunca havia me entregado para alguém como eu me entreguei a ele. Foi o melhor beijo da minha vida.

Depois de um longo tempo, não faço a menor ideia de quanto, nós nos sentamos e do nada começamos a rir. Não sei por que mas não conseguíamos controlar, rimos, rimos e rimos mais. Me senti feliz de um jeito que eu nunca havia sentido antes.

Depois de um tempo seu pai voltou do trabalho e, junto com Fabinho, me deixou em casa. Mal consegui dormir naquela noite. Na noite que eu descobri o que é amar.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Guile18 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível