Semana passada a gente resolveu ir a um balneário um pouco distante daqui, e pra isso tivemos que acordar cedo, o que o Léo faz com gosto.
- Amor? Amor? Acorda.
Minha resposta foi só cobrir meus olhos com o edredom.
- Matheus, levanta. Tu prometeu que a gente ia.
Ele já tava puto e a melhor coisa que eu tinha a fazer era levantar mesmo.
_ Levantei.
- Acho bom mesmo. Anda, levanta, vai tomar banho que eu vou comprar cuscuz pra gente.
Não sei por aí, mas aqui a gente come com leite de coco. Já vi que em cada lugar é um jeito diferente de servir, aqui é no café da manhã. Só ouvi ele pegando as chaves e meus olhos teimavam em querer fechá-los mas se o fizesse ele ia ficar mordida o resto do domingo e com forças vindo do além eu fui tomar banho. Eu enrolo pra acordar mas da feita que eu me esperto, segura que eu tenho energia pra alimentar a América inteira por 100 anos. Não demoramos a tomar café e partimos para pegar a BR. Já disse aqui o quanto ele fica lindo de óculos escuros né? É uma coisa... E quando ele diz que eu não deixo ele usar quando eu não estou por perto, é verdade. Ficar jogando charme dele pra qualquer um assim não rola.
Fazia tempo que a gente não ia a esse lugar.
- Quero ficar perto da árvore.
Meu corpo não sabe o que é melanina.
- Tá.
- Ai, não sei pra que trouxe isso.
- Me deixa.
- Coisa de velho.
- Eu gosto. E eu ia trazer uma pra ti.
- Tá é doido, prefiro a areia.
Ele parecia um velho andando com aquela cadeira de praia pra cima e pra baixo. Na verdade ele é um velho. É ele quem me passa protetor, não deixa eu ir mergulhar logo depois de eu comer... Se duvidar não me deixa nem tomar sorvete antes da refeição. Logo que pegamos uma mesa, veio até nós o garçom. Que é o mesmo desde que a gente foi lá pela primeira vez juntos e que se chama Mateus também, só que sem o “h”. Ele é tão folgado que me chama pelo meu primeiro nome, porque diz que o meu é de pobre por ter uma bendita consoante a mais, o Léo morre de rir.
- E aí, Mateus. Tudo bom?
- Égua. Faz uma cara que vocês não vem aqui.
- Pois é.
- E aí, Xxxxx.? Ainda matando crianças?
- Não, mas se tu continuar vou matar as tuas futura crias.
- Hahaha Sei... O que vocês vão querer?
Da última vez que fui lá, tinha várias brinquedos infláveis na água e um deles era uma boia imensa com uma cama elástica em cima. E uma certa tinha uns molequinhos tentando “dar um mortal” pra trás e cair na água e um pirralhinho disse “Faz aí, tio.” Hahaaha Pra quê... Quem me conhece sabe. Nunca me desafie ou duvide de mim, sou demais competitivo e faço muitas loucuras. Dito e certo, inventei de dar o mortal mas o mesmo moleque danou de pular na água bem na hora e acabei por cair em cima dele, só senti a cabeça do moleque nas minhas costas. Ele fez um escândalo mas eu expliquei aos pais dele e ficou tudo numa boa e desde então nunca mais vou a uma cama elástica ÊÊÊÊÊ hahahaha.
Pedimos Coca e assim que o Mateus foi pegar, o Léo já veio com o tubo na mão.
- Anda, deixa eu passar.
- Não me meleca muito.
- Deixa de graça, esse aqui ainda é 60. Não achei o de 90.
- Affe.
- Depois fica parece um camarão aí reclamando.
- Égua, passa logo isso.
- Tira a camisa.
Tirei e sentei na cadeira de frente pra ele. Ele passou no meu rosto e depois foi pro meu peito.
- Anda, vira.
- Não. Dá beijo.
- Vira. – ele falou apertando meu mamilo.
- Ai hahah Não.
Ele me deu uma bitoca mas eu agarrei a cabeça dele e taquei um beijão, ele ficou todo sem graça.
- Pronto. – disse me virando e deixei ele passar na minhas costas.
As mãos deles são gordinhas, juntando com a mega habilidade dele de passar creme/óleo no corpo imaginem como fica meu pau né? Alerta.
- Anda logo com isso, Léo.
- Seu tarado, abaixa isso.
- Falei pra ti não me melecar e quem vai acabar se melecando sou eu hahaha
- Doido.
Foi só eu falar isso pra ele acelerar o processo. Ele deu um gole na Coca e resolveu ir nadar, fiquei na mesa e pedi uma tábua de frios. Como quase tudo sozinho, deixo só a azeitona pra ele hahaha a gente nem demorou muito lá, tava com cara de que ia chover muito e logo fomos embora. Logicamente, depois de almoçar.
NO caminho de volta o celular do Léo tocou, era o Lucas.
- Faaaaala.
- Ah, Matheus.
- Poxa, finge pelo menos que ficou alegre.
- Nem é isso, depois te conto o que foi. Mas sim, olha... o jogo de vocês chegou.
- Sério?
- Uhum. Chegou ontem mas o papai só me avisou hoje. Cês vão passar aqui pra pegar?
- Não. A gente tá indo pra casa agora, estávamos em Neópolis.
- Ah tá.
- Mas faz assim: a gente marca amanhã lá em casa. Vou chamar o Bruno e o Edgar.
- Tá. Vou ligar pro Maurício então.
- Beleza.
- Flw.
Desliguei e avisei o Léo.
- Amor, a gente marcou de jogar amanhã lá em casa.
- Uhum. A gente só precisa passar no super pra comprar umas coisas. Esse pessoal come pra porra.
- Hahaha Tá.
Pior que comem mesmo. Eu convidei o boy do Rafa também, queria saber da história do anel, mas o tratante não foi. Convidei minha irmã também mas ela iria a um aniversário, resumindo: coisa boa não ia prestar num apê só marmanjo jogando Just Dance.
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Olá, pessoal. Saudade de vocês, séculos que não venho aqui. Só vim porque o Theus viajou e preparou esse antes de viajar, por isso não preparou os agradecimentos e como sou ruim nisso nem vou me meter. Mas agradeço a todos por acompanharem. Como ele só volta na segunda, eu postarei esse fim de semana. Eu sei, podem chorar... Mas é o que tem pra hoje rsrsrsrsrs Ahhh venho aqui também fazer um apelo: Eu quase não escrevo aqui mas sempre acompanho alguns contos e cadê o Augusto do “Amizade+Amizade = Amor”, o LucasBH do “Foi difícil mas deu certo” ??? Apareçam pelo menos pra dizer que estão bem. Saudade do relato de vocês. O senhor Toshy também andou sumido também mas ele já deu as caras por aqui de novo ^^. Enfim, agradeço de novo a todos por lerem e aturar o Matheus que é uma tarefa nada fácil, eu sei rsrsrsrsrs Boa noite a todos e até qualquer hora.