A volta foi horrível, o clima tinha ficado pior que antes, eu estava suja de sangue, Gustavo estava sujo de sangue e Carol estava em choque com tudo aquilo
Gustavo – Não sei o que vai acontecer
Eu – Só nos defendemos
Carol – Mais mataram duas pessoas
Eu – Eles iriam nos matar de qualquer jeito
Carol – Preferia morrer
Eu – Você nunca mais diz isso Carol, eu não queria morrer e muito menos ver você morrendo e eles mereceram
Carol – Será que minha mãe ta bem? Digo...será que alguém escutou os tiros e chamou os bombeiros? Espero que sim, espero que ela esteja bem
Meus olhos encheram de lagrimas, eu sabia que sua mãe não resistiria a um tiro na cabeça, eu a olhei nos olhos e ela começou a chorar apoiada em mim
Eu – Você não está sozinha querida
Entramos na cidade, a delegacia ficava por ali, batemos de frente com ela, tinha muitos repórteres cobrindo algo que tinha acontecido, fiquei pensando umas coisas e que ainda somos menores de idade e eu acho que se nos filmassem não iria aparecer nossos rostos.
Saimos do carro e fomos em direção a porta, lá tinha um policial que nos olhou torto
P – O querem?
Gustavo – Temos que falar com alguém que possa nos ouvir, olhe pra gente
Ele olhou pra mim e pra Gustavo notando nosso estado e roupas manchadas de sangue
P – me sigam
Entramos lá dentro, fomos em direção a uma sala ele mandou nos esperarmos lá. Depois de alguns minutos apareceu outro policial, esse era diferente
P – o que querem?
Respirei fundo e comecei a dizer
Eu – A gente estava em uma festa, e minha namorada a Carol recebeu a ligação de sua mãe que dizia que alguém descobriu onde ela morava e estava mandando ela (apontei pra carol) ir pra casa e entregar a conta do banco
P – prossiga
Eu – Fomos em direção a casa e ao chegarmos lá estava tudo trancado, batemos na porta e um cara armado nos recebeu, ele colocou a gente pra dentro e Carol lhe entregou a conta do banco e em seguida ele atirou na mãe dela e mandou a gente ir com eles no carro
P – Eles libertaram vocês no caminho?
Eu – Não
P – Mais...como vocês estão aqui?
Eu – Eles param e um posto, abasteceram e começaram a sair da cidade, e...eu e o Gustavo decidimos reagir, mais por favor entenda senhor foi só por se defender eles iriam nos matar
P – o que fizeram?
Eu – Em uma oportunidade o Gustavo pegou a corrente da minha calça e passou no pescoço em um dos caras, e eu peguei a arma que estava na perna do que estava dirigindo, atirei nele e depois no outro cara que Gustavo segurava
P – Vocês mataram eles? Vocês sabem que isso foi errado? Qual a idade de vocês?
Eu – 17
P – Meu deus, preciso dos pais de vocês todos aqui agora
Ele nos deu um papel e escrevemos os números lá, eu não sabia qual seria a reação da minha mãe ao descobrir tudo isso e o pai de Gustavo então? Eu estava apavorada com tudo aquilo.
Ficamos presos naquele pequeno lugar onde deixam menores por ter cometido delitos, eu estava sentada apoiada na parede olhando para o chão
Luan – Acho que não ficaremos presos, o que você acha?
Eu – acho que...vamos responder a uma série de coisas e que a metade desse peso vai cair nos nossos pais
Gustavo – Meu pai vai querer me bater muito
Eu – Deveria dizer a policia que seu pai te deixou quase de cadeiras de rodas Gustavo, isso não é atitude de um pai
Gustavo – Eu sei, mais ele continua sendo meu pai ele nunca fez isso e foi de momento
Luan – Quem faz uma vez faz duas
Gustavo – Chega!! Okay? Chega...
Minutos de silencio...
Carol – Moço!!
P – O que foi?
Carol – Sabe se minha mãe ta bem? Ela ta no hospital?
P – Ela recebeu um tiro na cabeça, foi socorrida e seu estado é grave, só sei disso
Carol – (chora) Eu preciso sair daqui, por favor eu preciso ir ve-la
P – desculpe, mais não pode sair agora
Carol – EU PRECISO SAIR DAQUI!!
Me levantei e fui em direção a Carol
Eu – Amor, se acalme...
Carol – NÃO QURO ME ACALMAR, SAI DAQUI
Eu – Por favor, se acalme, venha aqui
A abracei mesmo com ela protestando, ela cedeu me apertou forte e fiquei pensando onde ela iria ficar sem a mãe
Passado uma hora e minha mãe, mãe de Luan e mãe de Gustavo chegaram, nos olharam e um policial fez eles entrarem uma uma sala ali perto para conversar
Lá fora a chuva caia, os flashes passavam na minha cabeça a toda hora, acabei adormecendo e tive um sonho estranho, um rapaz encapuzado vinha em minha direção ele sacou uma faca e perfurou meu estomago, senti uma dor enorme. Acordei com as mãos no estomago, estava doendo mesmo senti uma vontade enorme de vomitar e foi o que fiz, logo em seguida comecei a chorar, Luan se aproximou de mim junto com Carol
Luan – Ei...o que foi? Você ta bem pequena?
Eu – Não muito...
Luan – Está tudo bem, foi só um sonho você vai melhorar
Nossos pais saíram da sala, eu levantei com a ajuda de Luan, minha mãe estava com os olhos cheios de Lagrimas, assim como a mãe de Luan e a de Gustavo o olhava com um pouco de raiva. Abriram a porta nos dando passagem para sair, voei para minha mãe e sussurrei um “desculpa” no seu ouvido e ela disse que estava tudo bem. A mãe de Gustavo o abraçava dizendo que seu pai iria surtar e mandar ele pra longe, a mãe de Luan apenas estava aliviada pois Luan nada fez, diferente do que eu Gustavo e Carol passamos
P – Vocês ainda vão responder pelo o que aconteceu, ainda iriam nos acompanhar até onde desovaram os corpos dos rapazes, mas isso não será hoje já que está tarde e vocês estão abalados, vão pra casa e descansem
Eu estava aliviada
P – Ah, moça sua mãe não resistiu aos ferimentos, sinto muito.
Carol – o..que...
A abrecei forte, sabia que não seria nada fácil perder a mãe
Carol – E agora? O que vai ser de mim? Meu pai eu nem sei onde está e provavelmente nem...quer me ver
Eu – Carol, você pode vir comigo
Mãe – Minha casa está aberta pra você Carol
Carol – Não, eu tenho que ir pra casa e ficar lá
P – a área está toda fechada, ninguém pode entrar no momento
Eu – Vamos pra casa e eu cuido de você
Carol – (chora) me desculpa ter te envolvido nisso
Eu – Não pessa, lembra que eu iria te proteger?
Carol – Le..lembro
Eu – E?
Carol – iria..cuidar de...mim
Eu – Isso memo, vamos
Nos despedimos dos meninos e minha mãe nos levou pra casa, foi rápido até chegarmos, minha mãe fez questão de passar em uma rua alternativa pra não deixar Carol mais abalada do que já estava, chegamos e levei Carol para meu quarto
Mãe – Tomem um banho, vou preparar algo pra vocês comerem
Acenei que sim com a cabeça e ela saiu do quarto
Eu – Amor, vamos vou te ajudar a tomar banho
Carol – O-obrigada minha linda
A despi e me despi também, a levei para o chuveiro e tomamos nosso banho, foi bem relaxante, olhava pra carol com carinho e proteção e ela deu um sorriso o primeiro depois de tudo o que avia acontecido
Eu – No que está pensando?
Carol – Que sem você eu não seria ninguém, obrigada por existir pra mim
Meus olhos brilhavam
Eu – Agradeça a minha mãe, ela que me fez pra você
Carol – Okay eu vou (risos)
Nos beijamos apaixonadamente, estava com saudades de sua boca
Eu – Amo você
Carol – Ao infinito e além
Sorri
Eu – sim
Terminamos o banho e emprestei minha roupa pra Carol que ficou muito bem, descemos e minha mãe estava com tudo preparado
Mãe – Vocês estão melhores? Fiz macarronada pra vocês
Carol – Amo macarronada (sorri)
Eu – Vamos comer
Servi um prato pra Carol e um pra mim, minha mãe se sentou ao nosso lado
Mãe – Meninas, sei que tudo o que ouve está sendo difícil mais não se preocupem pois eu estou resolvendo tudo e vocês vão ficar bem
Eu – Me preocupo com o Gustavo
Mãe – Gustavo?
Eu – Sim mãe, do pai dele o mandar pra longe da gente e do Luan
Mãe – Ele tem problemas?
Eu – O pai descobriu que ele é gay e bateu nele, bateu mesmo
Mãe – Minha nossa
Eu – Mãe você nunca faria isso comigo né?
Mãe – O que você tem na cabeça Isabela? Claro que não meu bebê
Eu – E se eu dissesse que eu namoro uma menina mãe? (disse meio tensa com a resposta)
Mãe – Quem a Carol? Eu já sei que vocês estão juntas meu amor, eu sou sua mãe percebo tudo o que acontece até suas mudanças
Eu – Por que não falou nada?
Mãe – Uma hora você iria dizer, te conheço e sei que odeia mentir, fique bem não vou julgar vocês duas, logo mais vão fazer 18 anos e estão grandinhas para tomar decisões sozinhas e saber que esse mundo mesmo que com certas pessoas aceitando ainda é muito preconceituoso
Carol – Obrigada por tudo, por deixar eu ficar ums dias aqui e...
Mãe – Ums dias? Nada disso depois iremos a sua casa e você trás suas coisas pra vir morar aqui, você não tem mais ninguém aqui certo? Não posso lhe deixar sozinha e Isabela também não permitiria sua saída daqui
Carol – Você.. quer que eu fique?
Mãe – Faço questão...
Eu – Eu também, adoraria você aqui
Estava bem feliz por tudo o que minha mãe tinha dito, ela sempre foi uma mulher bem mente aberta, cheguei a pensar que ela iria brigar comigo, eu sei que ela logo que descobriu não gostou muito (coisa de mãe) mas ela entende agora. Depois de comer, minha mãe fez questão de lavar e mandar a gente assistir algo na sala, foi o que fizemos e colocamos na novela, já estava tarde, Carol estava deitada em meu colo e eu acariciava seu cabelo, minha mãe se juntou a nós. Ficamos assistindo por um tempo e Carol já dormia, Pedi licença a minha mãe peguei ela no colo e levei ela para o quarto, a coloquei na cama e a cobri, eu ainda estava sem sono e voltei pra sala, me deitando no colo de mamãe
Mãe – Como foi tudo aquilo meu bebê? Fiquei com tanto medo de ter acontecido algo contigo
Eu – Foi horrível mamãe, quando entramos na casa e o cara lá iria machucar a Carol eu fui tentar ajuda-la e o outro que estava um pouco mais a frente me deu um soco no estomago e eu cai
Mãe – Ainda doi?
Eu – Um pouco
Mãe – Levante, vou buscar um gel
Mamãe subiu e eu fiquei a esperando
...
Mãe – Aqui está, erga a camisa pra mim passar
Fiz o que ela pediu, ela passou o gel
Ela voltou a sentar e me deixar por minha cabeça em sua perna
Mãe – Melhor?
Eu – Bem melhor, obrigada mamis se não fosse você eu não sei o que seria
Mãe – Tudo bem meu bebê, vai dormir vai você já ta com sono
Eu – Vou acabar acordando Carol
Mãe – Vai não, deite com ela e a faça bem
Ouvir isso da minha mãe foi tão confortante, levantei a dando um beijo e subi para o quarto, troquei de roupa pra dormir. Carol... ela ainda dormia lindamente a luz do luar refletia seus cabelos negros ela era tão perfeita dormindo, me deitei a abraçando
Carol – Ei
Eu – Desculpe te acordar amor
Carol – Não tem problema (olhos apaixonados) quero beijinho amor
Sorri a beijei intensamente, sua língua percorria cada canto de minha boca em um desespero enorme como si eu fosse fugir dela. Paramos nosso beijo por falta de ar
Eu – Amo você (sussurrei em seu ouvido)
Carol – Amo mais ainda
Dormimos juntas abraçadas, uma sentindo a outra e aliviadas de ter uma a outra. Amanhã seria um dia difícil e seria segunda e provavelmente ficaríamos a semana toda sem ir a aula e como seria depois de voltar? Melhor pensar nisso depoisxD gostaram? Então manda um coments bem emocionante pra mim continuar *-* bjos gurias
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bye