Naquele domingo ficamos em casa enfurnados o dia todo, jogamos videogame, assistimos a filme, ou simplesmente ficávamos sem fazer nada deitados na cama um olhando para a cara do outro, eu curto muito esses momentos e os valorizo muito, a noite eu fui embora para minha casa, deixar ele sozinho um pouco afinal de contas para aquele namoro dar certo ele também precisava sentir minha falta, e se eu ficasse junto a ele o tempo todo isso provavelmente não iria acontecer, ao me deitar ainda trocamos alguns sms's e fui dormir, na Segunda-feira pulei super cedo da minha cama me arrumei, fui a uma cafeteria e depois trabalho, e pode parecer estranho afirmar isso, mas depois que comecei a me envolver com ele, as coisas simplesmente melhoraram no trabalho, apareceu uma oportunidade muito interessante e Florianópolis, e fui convidado a participar do evento como palestrante convidado, e ainda entraria em outra licitação para uma campanha de alcance nacional, fiquei todo empolgar e queria contar pra ele, mais me segurei, na hora do almoço liguei pra ele ir comer comigo, e fomos ao Giraffas, não estava afim de restaurantes caros e protocolos até na hora de comer, queria coisa simples de bandejão.
Quando chegamos ao shopping ele foi andando na frente como sempre fazia, ele tem a mania de andar muito rápido, já eu sou meio lento, ele foi subindo os degraus do shopping na minha frente e simplesmente não me segurei e travei meu pé entre os dele, só que ele caiu tão rápido que não tive como segurar ele alem de cair no chão ainda gritou, provavelmente de susto ou de frescura mesmo, minha iniciativa era a de ajudar ele a se levantar o mais rápido possível só que ele caiu tão bonitinho no chão que me deu outra crise de riso e não conseguia ajudar ele, um dos guardas foi quem ajudou ele, coitado do Fred ficou todo sem graça com a situação, e provavelmente iria me dar a maior bronca, então tratei de parar o riso e fiquei meio serio esperando.
Para minha surpresa ele ao invés de brigar comigo simplesmente se levantou e me empurrou, como eu estava agachado cai no chão e ele saiu rindo na minha frente, me levantei e fui atras dele, essa palhaçada toda na entrada do shopping que estava cheio de gente, ele ia andando todo rápido na frente quando de forma abrupta para na vitrine de uma loja e já ia entrando, eu desenvolvi uma técnica quando ele faz isso, é a de pegar ele pelo braço e arrastar para o mais longe possível do vicio dele, e literalmente arrastando ele pelo braço chegamos ao restaurante nosso almoço foi tranquilo fiquei tão envolvido com ele que até me esqueci de contar de viagem a trabalho que faria a Floripa, fomos embora, mas quando já chegava no escritório decidi voltar ao shopping, entrei na loja que ele tinha parado em frente e comprei a camisa que ele tinha ficado olhando, escrevi um bilhete a próprio punho e entreguei na casa dele, pedi para a Delicia deixar em cima da cama.
Ele tinha falado que queria trocar o carro dele, pois já estava começando a dar manutenção e como eu ficaria mais ou menos dez dias fora, deixei o meu com ele, para que tivesse como trocar o dele, considerando que não ficaria a pé durante o processo todo, entreguei o carro no apartamento, deixei a chaves na cozinha e ainda comi uns pães de queijo que a Delicia fazia, minha irmã me buscou e fomos embora para casa, me arrumei, organizei minha mala e fui para o aeroporto, em Floripa tudo corria muito bem até o quarto dia onde tive um dialogo muito estranho com uma mulher em uma clube noturno da cidade.
– Olá, Boa noite, Tudo bem contigo!?
– Tudo ótimo e você?
– Muito bem também, qual seu nome!?
– Marcelo, muito prazer. E o Seu!?
– Letícia. Então Marcelo é Paulista!?
– Não, sou goiano mesmo.
– Quer me pagar uma bebida?!
– Melhor não!
– E porque não!? É casado?!
– Não, tenho namorado e sou gay, esse drink não nos levaria a lugar algum.
– Ownt, esse foi o pior fora que levei na vida, não precisa mentir dizendo que é gay apenas para me dispensar poderia dizer na dura não me incomodaria em nada.
– Não estou inventando, apenas disse a verdade, sou gay assumido mesmo, e namoro um rapaz, se quiser sentar para conversar sinta-se a vontade eu apenas disse que não nos levaria a lugar algum.
– Não curto gays, Obrigada.
E foi embora, ainda hoje me lembro perfeitamente desse dialogo, pois ela alem de muito bonita, foi bem grossa no final do dialogo, deve ter tido algum problema com gays, o namorado dele deve te-la trocado por um rapaz provavelmente, tem mulheres que não superam isso muito bem, tinha ate me esquecido do telefonema do Fred me contando que tinha trocado de numero, e mudado as fechaduras do apartamento dele por conta do ex-namorado, meus compromissos em Floripa se encerraram no domingo, decidi ir embora na segunda de manhã já estava louco pra ver o Fred, e tive um monte de ideias para o Atelier dele acompanhando as palestras, e workshop's anotei tudo, montei algumas apresentações e decidi que assumiria a conta publicitária da empresa dele.
Na Segunda-feira quando cheguei pedi pra ele ir me buscar no aeroporto que já tinha chegado, e pra ser sincero o primeiro momento que senti que ele estava realmente gostando de mim foi quando chegou no aeroporto e eu vi o seu sorriso ao me encontrar, foi aquele momento meio “cinema” onde a pessoa te procurando cruza o olhar com o seu, ele deu um sorriso e fomos para casa, montei uma reunião com ele apresentei meus projetos e planos para ele e sua marca, linhas de investimentos, entre outras coisas, deixei com ele apenas a parte criativa da campanha, que seria modelos e designs, fechamos duas campanhas uma publicitaria impressa e uma virtual coisa pequena, mas já ajudaria e muito, depois disso eu me dediquei literalmente ao projeto dele, tinha dias em que nem nos falávamos e fui deixando ele em off, como eu falei eu fui deixando ele sentir minha falta, se ficar sempre presente não dá...
Foram quase duas suas semanas sem nos falar direito, quando finalmente chamei ele a minha casa para conversarmos, decidi dar um chá de P#$% nele para fidelizar o parceiro, quando ele entrou na minha casa já fui tratando de pegar ele de jeito para o deixar mudo sem espaço pra falar nada, ou reclamar, e o que eu mais gosto no relacionamento sexualmente falando, é que se toco a nuca dele com minha barba ele já fica todo mole e se entrega fácil pra mim, quando senti que já estava todo entregue disse a ele, que tinha me afastado pra deixa-lo sentir minha falta, e mesmo que tivesse demorado muito tudo bem, cada um tem seu tempo, enquanto fui tirando a roupa dele, e o sapato, fiquei em silencio, até que ele me pediu pra falar alguma coisa, e implorou, a única coisa que disse foi...
– Eu te amo.
Senti que ele relaxou na cama, e ai eu pude continuar, ele estava com os olhos lavados de lagrimas, entre as pegadas e beijos perguntei se ele me amava a resposta veio em cima da pergunta foi como se ele me esperasse perguntar, e eu curti muito aquilo, finalmente o gélido e meticuloso Frederico estava sendo espontâneo, as preliminares demoraram muito, muito mesmo mais do que estou acostumado, tem gente que gosta de dinheiro, carro, esporte, eu gosto de bunda, e a do Fred é meu parquinho particular, então me acabo mesmo, depois de transarmos eu fui a cozinha fazer alguma coisa pra comer ainda pelado, uma coisa que nunca entendi foi o fato de ele não curtir ficar pelado na minha frente, a não ser no banho ou no sexo, enquanto fazia uma bagunça pra comermos eu perguntei...
– Porque não fica pelado na minha frente Môrr!?
– Eu fico pelado na sua frente, só não gosto de ficar dentro de casa pelado, e me assusta a sua facilidade em ficar assim...
– Eu estava dentro de você agora, literalmente falando, eu que não entendo essa sua vergonha em ficar pelado.
– Que forma indelicada de falar Marcelo, mas não é vergonha nem timidez, é que eu não gosto mesmo de ficar sem roupa, ainda mais aqui, agorinha sua irmã e seu sobrinho chegam por ai.
– Nem vou falar mais nada, se acha isso tudo bem, agora vem aqui me beijar e comer comigo.
Ele veio todo bonitinho com aquela cara de menino safado e me deu um beijo me abraçando, logico que fiquei “armado” de novo, mas não transamos ele queria sair a noite, se eu transasse de novo provavelmente dormiria 12 horas seguidas, então ficamos nos beijos mesmo e comemos um lanche que eu fiz, ele implica de eu gostar de comer tudo com iogurte, mas é uma mania minha mesmo, ele gosta de suco e eu de iogurte, ficamos conversando um tempinho em casa sobre coisas da vida e decidindo onde iriamos sair para curtir a noite, depois de comermos, ainda trocamos mais uns beijos e decidimos ir a uma balada hétero da cidade, nós e os amigos dele, como sempre fazíamos e que naquela altura já eram meus amigos também, ele escolheu o que eu ia vestir e foi pra sua casa se aprontar para sairmos...
Continua...
