O diario de Lucas PG1

Um conto erótico de Nelson Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 656 palavras
Data: 23/10/2013 19:53:33

Particularmente cruel era o olhar do Lucas naquela noite. Cabeça raspada,barba por

fazer,comprimidos e bebida. Seus olhos azuis se destacavam no denso ar cinzento de Smug

da cidade.

Industrias em todo lugar. O ar parece o cheiro de merda que você sente ao entrar no

banheiro quando alguem acaba de sair. Bolas. Mais uma parte nojenta,de uma cidade

nojenta,de um mundo nojento. As prostitutas vendem seus corpos ,como quem distribui os

irritantes panfletos de planos odontológicos: “Nossa empresa fornece manutenção grátis” .

Burocratas. Só o barulho da faca que eu uso pra arranhar o chão me distrai. Risca

como giz. Uma vez ,quando eu era criança ,conheci uma mulher que vivia com um homem que

batia nela; Ela apanhava todo dia,certa vez ele cortou o rosto dela pra que ela não pudesse ser

bonita pra mais ninguém. Um dia ,mais tarde,ela jogou uma panela cheia de macarrão

escaldante encima do pau dele. Ele nunca mais bateu nela,pra falar a verdade,ela que passou a

a bater nele constantemente. Essas coisas me fazem pensar,cheguei á seguinte conclusão:

Assustar alguem é uma arte. Se você assusta pouco,a pessoa não muda,se assusta demais

,ela se revolta e fica cheia de coragem, no modo “foda-se” ,Mas se você assusta alguem na

medida certa,pode fazer com que essa pessoa faça o que você quiser que ela faça. Eu fiz isso.

Com a Rachel , Paola,Bratonele…. Todas putas. Todas sem amor e mesmo assim muitas

vezes amadas. Eu assustei elas e as fiz fazer as coisas que fizeram. Consegui faze-las

aceitarem meus desejos e minhas necessidades. A primeira foi minha prima. Deal,Era uma

menina branca,tinha seus 13 anos,eu tinha 14,a gente sempre se pegava nas reuniões de

família e a coisa foi esquentando. Depois de um tempo perdeu a graça e eu tive que convencer

ela a fazer umas coisas novas. A principio ela não quis. Então,eu torci os braços dela e

sussurrei aquelas palavras no ouvido dela. Aquelas palavras certas que fazem qualquer pessoa

fazer o que você quiser. As palavras que mais assustam . Comecei com um arranhão na coxa

dela;do bumbum até o joelho… Depois que ela não sentia mais tanta dor,arranhei a outra coxa.

Tudo isso usando uma lamina velha… Assim se deu por mais uns dois anos. Eu fingia que

amava ela nas reuniões convencionais e ela sustentava meu desejo. Fazia por amor,mas no

fundo sabia que era errado. Todos os meses Deal surgia com um corte novo… Com grampos

grudados ao corpo,com a roupa rasgada… A principio os pais dela acharam que era briga com

outras garotas,depois interpretaram que ela seria uma suicida em potencial. Depois de um

tempo,fingir que nada acontecia era o melhor . Ignoravam os cortes no braço dela… As roupas

manchadas de sangue. Nos encontrávamos em galpões abandonados. Fazíamos no chão,nos

colchoes velhos. Encima de toneis enferrujados… Deal ia para satisfazer seu desejo de mulher

e seu amor por mim. Eu ia pra satisfazer meu desejo por sangue. Não que a imagem de Deal

dobrada para mim,com seus glúteos batendo em minhas virilhas não fosse bom…. Mas ver

isso com o sangue dela escorrendo era muito melhor… Colocava um saco na cabela

dela,puxava ela pelo saco,fazia ela sufocar até o máximo que aguentasse… Mas quem

diria,quem não aguentou fui eu. Ela estava amarrada,mãos para trás. Coloquei o saco em sua

cabeça,como de costume. Puxei,mas dessa vez,não levei uma lamina velha a suas coxas.

Levei uma gillete a seu pescoço… Ela retorceu. Tentou pronunciar palavras que não passaram

de grunidos de garganta aberta… Respirava pelo corte… Sangrava. Foi ficando mole e

desfaleceu. Foi meu apogeu. Deixei que ela caísse sobre a cama,sangrando,uma poça de

sangue…Continuei a usar aquele corpo morto. Foi bom. Acabei por chegar a um prazer que

nunca havia atingido

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive maisumcigarro a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários