nas nuvens

Um conto erótico de 4line
Categoria: Homossexual
Contém 1674 palavras
Data: 24/10/2013 02:20:24

Todos os meus contos são de ficção. São histórias soltas, não formam uma série. :) Comentem.

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-Qual é a boa de hoje? – Marcela me perguntou

-A boa de hoje, minha cara, sou eu.

-Ih, eu já ouvi essa história

-Pois é

-Quando?

-Quando que nós terminamos? Antes de ontem.

-E você vai sair hoje? Não tá triste?

-Tava ontem, hoje estou melhor, vamos sair.

-E vergonha, não tem?

-Vou deixar em casa junto com a calcinha

-Bem, me desculpe, eu até concordo que você deve ser a boa da noite, mas eu prometi que ia pro aniversário da namorada da Rafa.

-A menina não tem nem nome, e você vai pro aniversário dela? Em vez de sair com sua amiga Aline que acabou de terminar o namoro?

-Camila, sei lá. Eu tenho pelo menos que passar lá, a Rafa é minha melhor amiga e a me – Camila – é enrustida, sabe? Pros pais, a Rafa é só uma amiga, eu prometi que iria pelo menos passar lá.

-Você acha que aguenta até a meia noite? Eu te pego no aniversário, e a gente vai.

-Se a gente vai sair pra você fazer a louca, eu vou dirigindo. E você vai comigo pro aniversário.

Eu não pude recusar, até porque não tinha onde beber antes da festa. Às nove horas nós chegamos no salão do aniversário. A primeira meia hora na festa foi bastante desconfortável, porque só tinha parentes da aniversariante e nós ficamos acuadas em uma mesa com a Rafa amiga da Marcela. Eu mal vi a Camila, e fiquei com pena da Rafa por ter que estar naquela situação. O clima só melhorou um pouco quando outras três pessoas chegaram na mesa, e nós começamos a ficar mais à vontade pra ir ao bar pegar drinks.

Ainda não era 23h e eu já estava meio bêbada, e, entediada com a social da mesa, por baixo da toalha eu roçava meu pé na perna de Marcela. Depois de insistir um pouco, ela concordou em ir comigo ao bar pelo menos uma vez, e na volta a gente ~sem querer~ foi parar no banheiro.

-Você está mesmo sem calcinha? – Ela me perguntou, passando a mão por baixo da minha saia – Ah, não, mas quase. Aqui está ela. – Seus dedos passaram por dentro do elástico.

-Uhm, você pode resolver esse problema... – Eu falei no ouvido dela

-Se controle, nós estamos numa festa de família... – Ela continuou me acariciando, maliciosamente – Mas você deve dormir na minha casa hoje. Prometa que vai dormir lá hoje.

-Mas é claro... – Uma mão na minha calcinha me foi um fator bastante persuasivo

A gente voltou pra mesa, eu continuei roçando de vez em quando minha perna no tornozelo de Marcela e sendo repreendida, e eventualmente deu a hora de ir para a balada. Eu peguei mais um ou dois drinks, nós nos despedimos da mesa, a aniversariante continuou sem aparecer e nós fomos embora.

Nós chegamos numa boa hora. Gatas na fila, gatas no fumódromo, gatas no balcão onde pegamos nossa primeira bebida lá dentro, gatas em todo lugar. Eu estava adorando estar solteira naquele momento, . Marcela ficou me evitando a festa inteira dizendo que não íamos pegar ninguém se ficássemos dançando juntas, e logo depois ela apareceu com uma gatinha que a gente tinha visto na fila.

Percebi que estava sobrando e fui para a área dos fumantes. Reparei numa menina de vestido azul, ela estava com uns amigos, mas veio pedir fogo para mim. E fogo é uma coisa que não se nega, né? A gente começou a conversar, e eu já estava quase passando meu braço por sua cintura quando Marcela foi me buscar.

-Ei, ei... acho que é a sua namorada. – Ela se afastou e apontou Marcela atrás de mim.

-Com licença. – Marcela disse pra me arrancar da área de fumante

-Meu deus, Marcela, por que você fez isso? Me deixa voltar!

– Acabei de lembrar que amanhã eu tenho aula depois do almoço, se a gente for agora, ainda dá tempo de dormir bem. Depois de te comer.

-Mas... ela era linda. Fica só mais um pouquinho... – Marcela apertou os olhos, mas eu sabia que podia convencê-la - Se bem que ela acha que a gente namora. – Eu lembrei desanimada

-Ai, Aline, como você é mirim. Volta lá, diz que sua namorada (euzinha, bobinha) gostou dela. Inventa qualquer coisa. Eu pago as contas e te espero no estacionamento.

Esse era o tipo de conselho que Marcela me dava.

Eu nunca me arrependia de seguir os conselhos de Marcela.

Procurei pelo vestido azul, e a encontrei saindo do banheiro.

-Sua namorada perdeu você de novo? – Ela falou jogando o cabelo por cima do undercut

-De modo algum, ela que me mandou aqui para perguntar seu nome...

-Luisa, por quê?

-Acontece, Luisa – eu me cheguei mais perto dela, as pontas dos meus dedos contornaram o triângulo recortado em seu busto – que a minha namorada te achou muito simpática, e está te chamando para conhecer uma garrafa de champagne que está há tanto tempo morando na nossa geladeira que já consideramos da família.

-Hahaha Sério? – Ela pensou por alguns instantes, eu tentei convencê-la dizendo que era perto de onde estávamos e ela finalmente concordou.

De fato era perto, e num pulo a gente estava lá. Convenientemente, os pais da Marcela estavam viajando, e deixaram ela só na casa. Eu ajudei Luisa a estacionar e nós entramos na sala. Marcela já tinha servido a champagne na mesa de centro, ela sempre tem umas garrafas de espumante em casa, eu mesma não sei quantas vezes já fui chamada pra beber champagne e terminei no quarto dela. Eu e Luisa fomos acender um cigarro, mas no processo ela viu um que estava dentro da carteira e quis acender, só que a Marcela não fuma.

-Mas vocês podem fumar, eu fico olhando.

-Ai, não seja chata... Don’t kill my vibe, bitch. Faz alguma coisa. – Luisa olhou pra mim pedindo apoio

-Faz um strip, então – Eu falei e, conhecendo Marcela, não fiquei tão surpresa quando ela subiu em cima da mesinha de centro.

Estava tocando a versão do Nouvelle Vague para Dance with me. A fumaça que saía de mim e de Luisa formava uma delicada cortina entre nós e Marcela. A jaqueta de couro, a blusa, o short jeans curtinho, e as meias – que ela jogou na gente – saíram do seu corpo enquanto nós estávamos hipnotizadas. E aí ela parou, junto com a música, de calcinha e sutiã. Luisa se levantou num impulso, e num piscar de olhos elas estavam se beijando. Eu fiquei assistindo a cena, Luisa não deixava a boca de Marcela alcançar a sua, seus dedos se enroscavam na nuca morena, eu percebi que Luisa segurou por aquele segundo a mais que faz toda a diferença e finalmente suas bocas fecharam-se num beijo.

Uma vez livre, Marcela sentou no meu colo de frente pra mim e me beijou. Minhas mãos subiram e desceram em suas costas, massageavam seus ombros, seus peitos descansando nos meus, sua boca puxando a minha para si.

Nós fomos pro quarto, então. A luz vinha de fora, meio amarelada e se derramava sobre o chão de madeira, como a colcha laranja se derramava sobre o colchão branco na penumbra mais adiante. Marcela pousou sobre a cama, nós tínhamos comentado no caminho de casa o quanto o recorte no decote de Luisa era hipnotizante, então eu abracei Luisa por trás, beijei seu pescoço e procurei o zíper nas suas costas. Senti o vestido cair com minhas mãos por todo o seu corpo, parei no seu quadril e deixei que ele caísse no chão. Ela pisou fora do vestido, só de calcinha e salto, já estava sem sutiã. Não sei se Luisa percebeu que Marcela estava quase babando pelos seus seios, mas ela se virou e apontou eles para mim.

Eles eram negros, os mamilos escuros formavam um cone e apontavam ameaçadoramente para mim, e ainda assim a circunferência que o sustentava era perfeita, cabia na mão, na curva da mão. Eu escreveria um outro parágrafo sobre a maciez da sua carne, mas antes que eu pudesse dar conta de todas as sensações que poderiam ser exploradas naquele momento, Marcela me surpreendeu me liberando do meu próprio vestido e do meu sutiã. Suas mãos vinham por trás e prendiam meus seios, me impedindo de sentir os de Luisa contra os meus, e quando elas finalmente me soltaram, eu levei Luisa num abraço para a cama.

Me deitei por cima dela, eu queria sentir seu corpo todo com o meu, mas principalmente eu queria sentí-la entre as minhas pernas, e ela atendeu meu desejo enfiando sua coxa entre as minhas. A minha calcinha molhada deslizava na sua perna para cima e para baixo. Marcela chegou na cama também e nós três nos juntamos num beijo. Eu beijei todo o pescoço de Marcela, depois seus seios, sua barriga, e por sobre sua calcinha.

Marcela estava com a mão dentro da calcinha de Luisa, e elas se beijavam. Eu tirei a calcinha das duas, depois a minha própria. Marcela ajoelhou-se na cama e sentou-se no rosto de Luisa.

-Delícia... – Eu ouvi Luisa falar antes de Marcela tomar sua boca

A bunda de Marcela era linda, ela se esfregava rapidamente no rosto de Luisa, eu ouvia os sons molhados e os gemidos de Luisa. Eu também via o quanto ela estava molhada e mergulhei entre suas pernas, a boca aberta, salivando por ela. A língua, de leve, em movimento circular... e as mãos dela no meu cabelo me puxando imploravam pela minha boca. Resisti um pouco, suas mãos me arranhavam, eu comecei a chupar.

Deitada entre as duas, ganhei os beijos mais molhados. Elas tomaram todo o meu ar, mãos exploravam meu corpo, pernas entre as minhas pernas, eu me sentia acariciada e beijada em todos os lugares... Sentia seus dedos dentro de mim, o movimento frenético no clitóris, mãos que me apertavam os seios e deslizavam na minha cintura, e as bocas que me tomavam todo o fôlego. Entre elas eu adormeci nas nuvens.

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Comentários

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Caralho,parabens,ficou excelente!Virei fa.Escreve muitissimo bem,quem dera eu escrever assim...Parabens mesmo,10 pois nao se pode dar 1000.

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