Entre Livros e Paixões - 27

Um conto erótico de Renato
Categoria: Homossexual
Contém 1797 palavras
Data: 25/10/2013 16:56:40
Assuntos: Homossexual, Gay

Após admirar esse homem maravilhoso, eu sentei em uma cadeira em frente a sua mesa, ele sentou do outro lado e começou.

-Hora, hora, se não é a mais nova celebridade da escola...Sr Renato?- ele disse sorrindo simpáticamente

-Oh, professor, bondade sua achar isso.

-Que nada rapaz, eu estava na praça naquela noite do show da sua banda, vcs vão longe. Eu moro ali perto e fiquei bem surpreso quando vi vários alunos da minha escola no palco.

-Na verdade professor, é sobre a Banda que eu queria falar com vc.

-o que eu posso fazer pra ajudar vcs?

-Bom, um de nossos membros saiu da banda, teve que viajar para o EUA

-O Alexander era um excelente aluno segundo relato dos professores, e como eu pude constatar nas duas vezes que o vi tocando, um excelente músico.

-Pois é, a gente queria fazer alguns testes para tentr substituilo e consegui um baixista tbm, e se a gente tiver sorte alguém pra ficr na percussão. Só que pra isso a gente precisa de espaço, e eu estava pensando se o Sr. Poderia liberar o mini-auditório da escola pra gente fazer os testes.

-Hum...Isso é possível...mas com uma condição

-Condição? Qual?

-Eu quero que vcs toquem na festa de encerramento da feira de ciências, no dia 12 de junho.

-daqui 2 semanas?

-isso mesmo

-Condição aceita professor.

E foi com um grande sorriso no rosto que eu aceite a proposta dele e sai correndo para avisar a Marília que além d conseguir o auditório, eu consegui um segundo show pra gente fazer.

Cheguei na sala atrasado, mas eu tinha um bilhete do diretor, então não teve problema. Sentei ao lado da Marília e lhe contei tudo, ela quase deu gritinhos de excitação. A gente marcou de se reunir na casa dela mais tarde naquele dia para preparar panfletos sobre os testes e distribuir na escola no dia seguinte. Os testes seriam na segunda.

Carlos, ela e eu voltamos para casa juntos. Era uma quinta-feira e eu tinha aulas no conservatório, por isso só pude ir para casa da Marília depois das 18:30. Ela já estava produzindo um modelo de panfleto no Corel Draw, estava bem bonito.

-Se a gente reunir um pessoal bem talentoso vai dar pra fazer um show bem completo no dia 12, vai ser seu presente de aniversário atrasado!!

-meu oq??

-Presente de aniversário....ei Renato, vc tah perdido no tempo?? Seu aniversário? Dia 10 de junho...lembrou???

Eu tinha esquecido completamente com toda essa confusão sentimental, meu aniversário de 15 anos estava chegando!!!

Eu e ela terminamos o modelo de panfleto e fomos imprimir em uma papelaria erto da casa do Carlos, a gente deixou o panfleto na papelaria e foi perturbar o Carlos na casa dele. Ele só de cueca samba canção quando abriu a porta, e não se preocupou de ir se trocar por todo o tempo que nós dois ficamos lá. Eu percebi que a Marília não estava confortável naquela situação, ela evitava olhar para Tórax do Carlos, e ficava vermelha como pimenta. Eu confesso que fiquei impressionado com que quantidade de coisas que um uniforme e algumas camisas pólo conseguem esconder, mas fiquei longe de ficar corado ou incomodado com isso. Já a Marília não conseguia esconder a admiração, coitada, o Carlos percebeu e começou a provocar a menina. Sentou bem em frente dele e de vez em quando ao longo da conversa ele deslizava a mão pelo tórax e coçou o saco de forma exagerada durante todo o tempo que a gente ficou lá. Eu tinha que admitir que ele sabia ser provocante. Para um NERD monitor de física ele até que podia ser bem interessante para uma garota...ou para um garoto. Eu sabia que ele arrastava um bonde por mim, mas tudo que havia acontecido com o Alex ainda era muito recente para eu abrir qualquer brecha para o Carlos, mas eu tbm sabia que se a Marília desse a menor chance ele pegaria ela...ela e qualquer outra garota que desse bola, o cara era o maior Galinha.

Eu continuei a observa o jeito dele enquanto conversava, não contente com oq já estava fazendo ele apoiou uma das pernas no braço do sofá, uma coisa que eu comumente faço tbm, para ficar mais confortável, mas não de samba canção, e não na frente de uma garota ou de um amigo gay que acabou de terminar com o namorado. E a julgar pelo pulo que a Marília Du do sofá dizendo que estava na hora de ir embora e pegar as impressões eu podia jurar que ela tinha visto alguma coisa balançando dentro da cueca dele.

Ela se despediu rápido e saiu da sala e me aguardou do lado de fora, eu olhei para o Carlos quando ela saiu e começamos a rir.

-Vc não presta Carlos

-Ah presto sim...presto tanto que ela saiu correndo com medo de avançar em mim

-Agora vc vai ficar se achando por causa disso?

-Depende, se vc disser que gostou tbm eu vou ficar me achado

-Vem cá, cadê seus pais que te deixam receber visitas assim

-Ah, ele saíram pra jantar e não voltam tão cedo...

-tah bom então...até amanhã

-Até- ele disse me indicando a porta.

A Marília estava se abanando com uma pasta, ainda estava muito vermelha.

Ela se virou paramim, e eu não consegui esconder um sorriso.

-O que foi?

-nada

-Mas esse Carlos é mesmo um sem vergonha, ele podia ter posto uma camisa...

-é podia

-Droga! Eu sou uma menina sabia!! Ele podia me tratar com o mínimo de respeito

-é podia

-Vc vai ficar monosilábico agora??

“ai meu deus, ela deve tah de TPM” foi meu primeiro pensamento.

Passamos na papelaria, pegamos os panfletos e voltamos para casa. Quando cheguei a mamãe estava vendo ma fotos com o tio João, ambos á haviam jantado. Eu fui até a cozinha preparei um sanduíche e depois fui para o meu quarto, abri meu e-mail e nenhum sinal de vida do Alex...eu não sei pq eu ainda esperava?

Deitei na minha cama e adormeci olhando para as estrelas do teto, antes de dormir uma força maior que eu arrastou a imagem do olhar “dele” no dia em que fizemos amor pela primeira vez, para a minha mente...o olha que eu jurei nunca esquecer....adormeci.

Acordei no dia seguinte com a impressão de que tive um sonho muito bom, mais não consegui me lembrar. Tomei um banho, troquei de roupa e fui tomar meu café da manhã sozinho(minha mãe saiu cedo para o trabalho). Quando estava saindo encontrei a Marília na mureta do vizinho, e como no dia anterior ela me cumprimentou com um abraço. Nos dois começamos a andar para e escola encontramos o Carlos no caminho.

- Bom dia Renato,bom Dia Marília – Ele disse piscando pra ela

-Bom dia Carlos- ela disse com uma voz azeda.

A caminhada foi bem divertida, o Renato foi o tempo todo falando de como ele tem aproveitado o tempo livre dele fazendo abdominais e flexões, e como ele achava que isso tava deixando ele mais saudável. Ele perguntava para a Marília se ela não tinha achado isso ontem a noite quando viu ele sem camisa, ela ficou muito sem graça de novo e disse que não tinha nem reparado que ele tava semi nu. Mas o rosto vermelho dela lhe traía, e o Carlos adorava deixá-la sem graça, e eu achava a coisa toda muito divertida. Quando chegamos na escola a Alê veio falar com a gente, e nós a avisamos sobre os testes e entregamos a ela um punhado de panfletos sobre os testes. A Marília tinha pedido para imprimir uns cartazes também, e eu e ela fomos pregá-los em pontos estratégicos da escola. Eu puxei o assunto do Carlos

- Marília, vc sabe que o Carlos ta te provocando, né?

-Isso é palhaçada desse garoto, eu não me sinto nem um pouco atraída por ele!

-Marília!!! Eu falei em tom de incredulidade.

-Tá bom, talvez eu ache ele bonitinho, e nossa as flexões e abdominais realmente estão fazendo efeito- Ela disse essa segunda parte respirando fundo

-é... com certeza estão- eu disse rindo

-Mas vc sabe, é só uma atração, nada mais do que eu sentiria por qualquer garoto bonito-Ela fez uma pausa e disse: “Vc sabe que eu estou gostando de outra pessoa”

Eu fiquei muito sem graça e foi a minha vez de ficar corado, ela continuou.

-O problema, e que normalmente os garotos bonitos não ficam por ai só de cueca samba canção, alisando os músculos na minha frente, sabe- ela fez outra pausa e continuou- E além disse ele arrasta um trem por vc...

A gente terminou de pregar o cartaz no mural de avisos do pátio interno inferior e pegamos uma escada para o pátio interno superior. Quando começamos a pregar o segundo cartaz, ele se virou para mim e perguntou:

-ele beija bem- Ela falou tão rápido que eu mal entendi a pergunta

-O quê?

-Ele beija bem?- Ela repetiu

Eu congelei quando ela me perguntou isso, esse beijo não me trasia boas recordações, mas eu respondi.

-Não foi bem um beijo Marília, eu meio que ataquei o pobre do Carlos em um momento de raiva.

-Mas ele retribuiu, eu estava lá Renato, eu vi tudo lembra

-sim, ele retribuiu, mas eu não me lembro desse beijo direito, na verdade eu nem me concentrei nesse beijo, eu estava muito preocupado em enfurecer vc sabe quem.

-Então o beijo dele não te fez esquecer tudo que tava acontecendo ao seu redor?

-Era bem difícil esquecer oq estava acontecendo Marília, até pq um beijo pra fazer isso tinha que ser “O” beijo, e além disso nos fomo interrompidos por um murro.

-eu já recebi um beijo que me fez esquecer tudo que estava ao meu redor- ela disse com um sorriso que me deu a impressão de que ela estava mergulhada em uma lembrança muito doce.

-eu posso saber quem lhe deu esse beijo tão bom? –Eu perguntei interessado

-É claro, na verdade eu achei que vc soubesse. Afinal a gente estuda junto desde sempre!

-desculpa, mas eu realmente não sei!

-As vezes eu esqueço que até alguns meses atrás vc vivia no seu próprio mundo e squecia que existia vida ao seu redor!

-é, as vezes até eu me esqueço- Eu disse pensativo –Mas me conta, quem foi?

-O Matheus, a gente namorou por dois meses

-MENTIRA!!!! Sério??? Meu deus mas ele desentope a pia da Carlinha na tua frente!!! Isso é um absurdo

-Ei, relaxa, isso foi no ano passado, já passou.

Eu queria entender, fiquei perplexo com isso queria saber tudo.

- Deixa eu te contar a história toda pra vc entender.

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