Capitulo dez: A verdade nem sempre é melhor que a mentira.
NICOLAS
Fazia muito tempo que não pensava nela, mas nesse ultimo dia, eu lembraria dela para sempre.
Tinha onze anos de idade e Yuri doze. Estávamos sozinhos em meu apartamento, pois meu pai estava no hospital trabalhando - acho que nunca disse isso, mas meu pai é médico - e minha mãe tinha ido na padaria. Brincavamos os dois de pique-esconde e era a vez dele contar.
- Um, dois,ele começou devagar.
Corri pelo apartamento o mais silenciosamente que pude procurando um potencial esconderijo. Por mais que o apartamento fosse grande, falatavam opções de esconderijos. Procurei pela sala e nada, procurei pela cozinha e nada, no meu quarto e no banheiro não tinham bons esconderijos. Fui então para o quarto dos meus pais. Me esconderia embaixo da cama, mas era uma cama box e não tinha espaço embaixo dela. Entrei então no guarda-roupa onde meu pai guardava seus sapatos. Fechei a porta e esperei.
- Quarenta e nove, cinquenta e lá vou eu! - ouvi sua voz gritar da sala.
O ouvi andar pela casa e vez ou outra esbarrar em algo fazendo barulho. Tive de me segurar para não rir quando ele abriu o armário embaixo da pia e deixoiu cair uma panela. Encostei no fundo do guarda-roupa só para sentir a madeira ceder um pouco. Levei um susto achando que tinha quebrado. Me virei e constatei que o guarda-roupa tinha na verdade um fundo falso e que ao encostar nele, eu o tinha soltado. Tirei o fundo falso e ali se encontrava um volume escuro. O peguei e constatei ser um pouco pesado. Estava revestido com um saco plastico preto a desimbrulhei e em minhas mãos eu tinha um revolver. Era lindo, com cano grosso e prateado. Senti meu coração acelerar, pois sabia o quão perigoso aquilo era.
- Te achei! - Yuri abriu a porta do guarda-roupa me fazendo gritar com o susto.
Senti a arma vacilar na minha mão e sabia que se meu dedo estivesse co gatilho, eu a dispararia. Os olhos de Yuri foram de meus olhos assustados para a arma que segurava. Ele os arregalou instantaneamente.
- Deixa eu ver - ele pediu entusiasmado.
- Não posso, é perigoso - disse a ele com a voz trêmula.
Yuri ignorou o que eu disse e me tomou o revolver da mão. O adimirou por um longo tempo avaliando cada detalhe. Depois a segurou com as duas mãos e a aproximou do rosto como se para testar a mira. Imitou varias poses de atiradores sempre rindo. Eu por outro lado estava tenso. Imaginava que a qualquer momento a arma seria disparada e feriria um de nós dois.
- Me da a arma - pedi para Yuri tentando ser firme, mas minha voz ainda vacilava.
- Deixa só eu ver - resmungou apontando a arma para a janela.
- Deixa eu gardar antes que alguém chegue - supliquei.
Rindo, Yuri apontou a arma para meu rosto. Vi o interior escuro de seu cano prateado e engoli em seco. Fechei os olhos assustado quando ele imitou com a boca o som de um tiro. Ele caiu na gargalhada com minha reação.
- Deixa de ser idiota Yuri - disse quando ele me entregou a arma.
Sabia que ele iria querer vê-la de novo outro dia e sabia que se eu negasse isso a ele, ele a pegaria sem minha permição. Pedi que ele saisse do quarto, tranquei a porta e escondi a arma no lugar em que a achei. Nas semanas que se seguiram, ele inssistia para ver a arma e eu sempre a neguei até que ele pareceu esquece-la.
Já tinhamos voltado de Santa Cataria a quatro mêses e minha vida seguia melhor do que nunca. Me sentia feliz como nunca havia me sentido, Yuri parecia ter superado o que eu lhe contei, minha mãe também parecia mais feliz coforme eu ficava feliz. Ela e meu pai não brigavam a um bom tempo assim como meu pai e Yuri. Na verdade, nesses ultimos dias ele estava sendo bem educado com Yuri. Puxava assunto com ele sempre que podia, perguntava a mim sobre ele, se estava bem e se precisava de algo, quando Yuri ia para casa, meu pai o abraçava como um filho, e assistia filmes conosco na sala a noite. Por mais que Yuri estivesse gostando dessa nova versão de meu pai, ele estava desconfiado e não era para menos.
- Achei uma musica para nós - ele anunciou na sala.
Desde o mês anterior ele tinha posto na cabeça que deveriamos ter uma musica. Não sei de onde ele tirou isso, acho que de um filme. Sinceramente eu achava uma coisa um tanto brega, mas ele dizia que era romântico e que todo casal deveria ter uma musica que os fizesse lembrar dos momentos bons que tiveram juntos.
- Sério? - disse tentando demonstrar intusiasmo, mas soou mais como sarcasmo.
- Sério! - exclamou tão excitado que ignorou o sarcasmo.
Levantou do sofá fazendo com que minha cabeça, que estava em seu colo, caísse no sofá.
- Desculca Nick - disse me dando um selinho e correndo para o quarto.
Me sentei no sofá e tirei meu cabelo ruivo dos olhos com a mão direita quando ele voltou trazendo o tablet que eu lhe dei de natal, afinal o dele ele tinha quebrado. Sentou-se ao meu lado e vasculhou a play list do ipad mini até encontrar a musica que queria.
O violão começou a tocar lento e depois veio a cantora e Yuri cantando em português nossa musica:
Tudo o que eu sabia esta manhã quando acordei
É que sei alguma coisa agora
Sei alguma coisa agora que não sabia antes
E tudo o que vi desde 18 horas atrás
São olhos verdes, sardas e o seu sorriso
Na minha mente fazendo com que me sinta bem
Só quero conhecer você melhor
Conhecer você melhor, conhecer você melhor agora
Só quero conhecer você melhor
Conhecer você melhor, conhecer você melhor agora
Só quero conhecer você melhor
Conhecer você melhor, conhecer você melhor agora
Só quero conhecer você, conhecer você, conhecer você
Por que tudo o que sei é que dissemos "olá"
E os seus olhos tem jeito de quererem voltar pra casa
Tudo o que sei é um simples nome, tudo mudou
Tudo o que sei é que seguramos a porta
Você será meu e eu serei sua
Tudo o que sei desde ontém é que tudo mudou
E todas as minhas paredes seguiam de pé pintadas de azul
Mas vou derrubá-las
Derrubá-las e abrir a porta pra você
E tudo o que sinto no meu estômago
São borboletas, da mais linda espécie
Compensando o tempo perdido, voando
Fazendo com que me sinta bem
Só quero conhecer você melhor
Conhecer você melhor, conhecer você melhor agora
Só quero conhecer você melhor
Conhecer você melhor, conhecer você melhor agora
Só quero conhecer você, conhecer você, conhecer você
Por que tudo o que sei é que dissemos "olá"
E os seus olhos têm jeito de quererem voltar pra casa
Tudo o que sei é um simples nome, tudo mudou
Tudo o que sei é que seguramos a porta
Você será meu e eu serei sua
Tudo o que sei desde ontem é que tudo mudou
Volte e diga-me por que
Me sinto como se tivesse sentido sua falta todo esse tempo
E encontre-me aqui esta noite
E diga-me que isso tudo não é coisa da minha cabeça
Só quero conhcer você melhor
Conhecer você melhor, conhecer você melhor agora
Só quero conhecer você, conhecer você, conhecer você
Por que tudo o que sei é que dissemos "olá"
E os seus olhos têm jeito de quererem voltar pra casa
Tudo o que sei desde ontem é que tudo mudou
Tudo o que sei é que dissemos "olá"
Então livre-se das suas maiores esperanças
Tudo o que sei é chuva que cai
E tudo mudou
Tudo o que sei é uma graça recém-encontrada
Todos os meus dias, conhecerei seu rosto
Tudo o que sei desde ontem é que tudo mudou
O ouvir cantar a musica inteira junto com os cantores. Originalmente, a musica era um dueto que soava lindamente na vós de seus dois cantores, mas na voz de Yuri, soava como o canto de anjos. Até aquele momento, nunca o tinha visto cantar e me surpreendi com seu talento.
- Gostou? - perguntou inseguro.
Se eu gostei? Parecia ter sido feita para nós. Cada palavra era um pedacinho de nossa história. Era perfeita.
- Eu amei - respondi - De quem é?
Tinha de saber quem estava cantando sobre nós.
- É "Everything has changed" da Taylor Swift com Ed Sheeran - ele respondeu sorrindo - Que bom que você gostou. Vai ser nossa musica agora.
YURI
Estava ansioso para mostrar a musica para ele, mas tinha medo de ter feito uma má escolha. Talvez a musica fosse melosa demais e ele não gostasse. Fiquei super feliz quando ele disse que tinha adorado. Escutei essa musica no TVZ na noite anterior e corri para baixa-la. Não sei de onde veio, mas eu sentia que deveriamos ter uma musica só nossa. Quando escutei sua melodia e ouvi sua letra, sabia que era aquela. Nem olhei a legenda no rodapé enquanto o clipe rolava, pois não precisava já que falo inglês.
Beijei Nicolas suavemente e ele correspondeu apaixonado. Estava entorpecido por seu toque como sempre ficava quando nos beijavamos, pois nosso amor me embreagava.
Quem o notou ali foi Nicolas já que eu não via nada além de meu amado. Nicolas se afastou de mim e eu olhei para trás e ali estava meu pai com os olhos arregalados na soleira da porta da cozinha, óbviamente sem graça de presenciado nosso beijo.
- Me desculpe pai, eu não vi o senhor ai - tentei explicar.
- Não, tudo bem - ele tentou disfarçar o desconforto com a situação - Eu só ia comprar tomate que sua mãe pediu.
A essa hora, Nicolas já tinha escondido o rosto na almofada do sofá.
- Ok então - nunca havia ficado tão sem jeito em uma converça com ele.
Meu pai pegou as chaves de casa ao lado da televisão e saiu de casa, mas não sem antes esbarrar na mesa de centro me fazendo rir e o fazendo corar. Quando a porta da sala se fechou Nicolas levantou a cabeça da almofada. Seu rosto estava vermelho de vergonha quando eu ri e o abracei.
NICOLAS
Os dias se passaram e uma coisa toldava minha mente. Meu pai tinha que saber sobre mim. Me sentia péssimo depois de sair com Yuri e chagar em minha casa e ter de soltar sua mão. Me sentia péssimo de ter de mentir para ele. Não era omitir que namoravamos que eu estava fazendo. Eu mentia, pôs sabia que no fundo meu pai sabia sobre mim. Queria que minha casa fosse como a de Yuri onde todos sabiam sobre ele e estava tudo bem. De alguma forma eu sentia que a minha casa seria como a dele. Meu pai parecia gostar de Yuri agora, ou ao menos se sentia grato por ele não deixar que eu fosse para o fundo do poço novamente com a vizita de Enzo. Talvez ele tenha percebido que odiar Yuri não o afastaria de mim. Sinceramente eu não sabia se uma das alternativas estava certa ou se haveria uma terceira alternativa que eu desconhecia, mas o fato era que eles se davam bem .
- Vou contar a verdade para o meu pai - disse a Yuri naquela noite.
Ele se sentou na cama pensativo.
- Quer que eu esteja lá com você? - sua voz não denunciava qualquer emoção.
- Eu gostaria - disse me sentando e beijando seu ombro - Mas essa é uma coisa que devo fazer sozinho.
- Tem certeza? - Ele se virou para mim.
Eu o deitei na cama e adimirei a beleza de seu corpo nú. Montei em cima dele e tasquei-lhe um beijo nos lábios.
- Absoluta - e fizemos amor mais uma vez aquela noite.
Vesti minha roupa bem cedo naquele dia e fui para casa antes de Dona Marta e Seu Pedro acordarem. Yuri me deu um beijo antes de eu ir.
- Não importa o que aconteça, eu vou estar sempre ao seu lado.
Suas palavras me deram forças, pois mesmo que perdesse meu pai com o que eu estava prestes a lhe contar, ainda teria o amor de minha vida.
Cheguei em casa aquela manhã e encontrei minha mãe preparando o café na cafeteira.
- Por que voltou tão cedo? - pelo seu tom de voz percebi que estava preocupada que tivesse acontecido algo de ruim entre Yuri e eu.
- É que eu resolvir contar pro meu pai a verdade sobre mim - falei - Fiquei tão ansioso que quase não dormi a noite.
- Tem certeza que está pronto pra qualquer reação que ele tiver filho?
- Acho que nunca vou estar - disse percebendo a veracidade daquelas palavras.
Ela me abraçou me reconfortando. Eu a abracei sentindo medo. Medo de ser rejeitado por ele. Medo de perder meu pai.
O café da manhã foi tenso, pelo menos para mim. Minha mãe e meu pai conversavam de bom humor enquanto eu olhava. Era raro, mas logo de manhã meu pai estava com um excelente humor. O que me deu um pouco mais de coragem.
- Precisamos conversar - disse ao meu pai quando terminamos de tomar o café da manhã.
Ele percebeu meu tom de voz tenso e deixou de sorrir para assumir uma expressão de preocupação. Olhei para minha mãe que estava tão tensã quanto eu.
Os levei até o sofá e os fiz sentar e fiz o mesmo no outro sofá. Procurei por um longo tempo pelas palavras certas, mas elas pareciam não existir.
- Eu não fui totalmente honesto com o senhor pai - comecei da forma que julguei ser melhor - O senhor tem percebido que desde que voltamos de Blumenau eu tenho estado mais feliz. Posso ver que o senhor vê isso e eu vejo que isso o tem deixado feliz também.
- Mas é claro que sim! Você é meu filho! - disse como se fosse um absurdo eu ter de fazer aquela constatação - Você é o meu único filho. Eu quero te ver feliz. Quero vê-lo casado com filhos. Quero vê-lo se formar e seguir carreira em medicina como você sempre disse que queria. Quero vê-lo ter tudo que sempre quis!
O que ele disse só dificultou tudo.
- Eu também pai. Mas a parte dos filho, bom vou ter que adota-los.
Ele se fez de desentendido.
- Como assim?
Minha mãe segurou suas mãos e eu respirei fundo antes de lhe dizer.
- O motivo de eu estar feliz é que encontrei alguém - tentei amenizar o maximo possivel.
Ele sorriu orgulhoso, porém ainda estava tenso.
- Isso é bom, e qual é o nome dela - ele ainda fingia não estar entendendo, ou talvez fosse seu subconciente que o impedia de ver onde eu queria chegar.
- Yuri - foi só o que eu disse.
O sorriso de meu pai se desfez e o silencio preencheu a sala tornando o ambiente extremamente opressivo. As mãos de meu pai soltaram as da minha mãe e ele a olhou acusadora.
- Você já sabia, não é? - pude ver que ele se segurava para não chorar.
- Sabia - ela admitiu preferindo não fazê-lo.
Meu pai sacudiu a cabeça positivamente e deu uma risada de raiva e se levantou do sofá.
- Yuri, não é?
Assenti.
Em um movimento tão rápido que eu só vi quando era tarde demais, meu pai me deu um tapa no rosto com as costas da mão. E esse fou o primeiro de muitos. Minha mãe tentava impedi-lo, mas a fúria o tornara extremamente forte. Tentava me defender de seus golpes, mas ele era forte demais até pra mim. Logo ele se cançou de me bater com a mão me bateu com seu chinelo. Doía demais, mas não tanto quanto sua rejeição.
- Filho meu não é viado! - ele gritava - É influência daquele demonio do Yuri! - o acusava - Você não era assim!
- Pelo amor de Deus Ivan! Você vai :mata-lo!
Foi então que ele parou e eu o olhei pela primeira vez desde que tinha começado a me bater. Em suas mãos, haviam hematomas roxos das pancadas que tinha me dado. Seu rosto vermelho estava lavado de lagrimas.
- Me desculpa pai? - supliquei a ele.
- Eu não tenho filho! - disse indo para o quarto e se trancando lá.
Olhei para minha mãe que chorava e parecia com medo de encostar em mim por algum motivo. Não aguentei olhar para ela, me levantei mancando e sai de casa.
- Volta aqui Nicolas, você precisa ir para o hospital! - ela girtou pra mim.
A ignorei e fui o mais rapido possivel de encontro a ele. Precisava vê-lo o mais rápido possivel. Precisava dele me dando forças. Precisava dele para me fazer feliz novamente. Só ele saberia como me tirar dessa.
O espaço entre os dois prédios parecia mil vezes maior que o de costume e os vizinhos que olhavavam para mim preocupado (não em como eu estava, mas no que tinha me acontecido) só tornava o caminho mais distante. Horas pareceram se passar até que cheguei a porta do 720 onde ele estaria me esperando do outro lado da porta. Toquei a campainha e ouvi sua mãe gritar: "Yuri abre a porta que eu estou ocupada!". Pouco tempo depois ela foi aberta e eu pude ouvir ao fundo o som de nossa musica tocando. Imediatamente me senti melhor.
Ignorei seu olhar assustado ao me ver e o abracei apertado mesmo com meu braço direito doendo muito e não respondendo muito bem aos meus comandos.
- Ele te bateu? - Yuri perguntou cheio de ira.
Assenti e fui conduzido para dentro por ele. Yuri fechou a porta e me sentou no sofá. Foi até a cozinha e trouxe sua mãe até mim. Ela arregalou os olhos e cobriu a boca.
- Nós vamos te levar para o hospital - Dona Marta disse.
- Não precisa, eu estou bem - menti.
- Você já se olhou no espelho Nicolas? - Yuri perguntou com a voz firme pegando um espelho oval da parede.
E vi o que eles viram. Minha roupa estava vermelha com o sangue que escorria de meu nariz visivelmente quebrado. Em minha boca, havia um corte e um de meus dentes havia quebrado. Meu braço esquerdo estava dobrado em um angulo estranho e decorado com manchas roxas assim como todas as partes vizives de meu corpo.
Alguem bateu violentamente na porta e antes que ela fosse aberta por Yuri eu já sabia quem era. Ali estava meu pai em frente a um Yuri estatico. Apontava a arma para seu rosto.
- Já veio ver o demônio? - ele me disse ao me ver ali - depois dele, você é o proximo.
- Por favor não pai - implorei a ele inutilmente.
- Eu já disse que não tenho filho!
Talvez ele tenha pensado, ou apenas agido por impulso, mas Yuri segurou a mão de meu pai a forcando para baixo. Meu pai se assustou com o movimento brusco de Yuri e disparou a arma. Marta gritou no momento em que seu filho caíu ferido no chão junto com meu mundo. Em seu peito, o sangue escorria.
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É gente esse foi o penultimo capitulo e imagino que muitos de vocês devem estar tristes assim :como eu fiquei ao escreve-lo.
Não tenho muito o que dizer sobre esse capitulo, pois eu mesmo estou sem palavras sbre ele.
Esperem o próximo capitulo para o encerramento da história.
Se quiserem ouvir a musica que Yuri escolheu para ser a musoca dos dois, o link para o clip segue abaixo:
http://www.youtub.com/watch?v=w1oM3kQpXRow1oM3kQpXRo