VERSOS ÍNTIMOS – Parte 6

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1073 palavras
Data: 03/10/2013 22:04:41

- Alexandre... Eu estou atraído por você.

O silêncio reinou por uns segundos. Nenhuma das partes se pronunciava.

- Sandro... – antes que o Alexandre abrisse a boca, ele foi surpreendido por um beijo na boca.

******************

- O que é isso Sandro? Você ficou louco cara? – Alexandre o empurrou.

- Desculpa. Eu não sei o que deu em minha cabeça. Por favor, me desculpa. É... Eu pensei...

- Você não devia ter feito isso. Eu vou embora.

- Alexandre, eu agi sem pensar. Eu não devia ter de beijado.

- Mas beijou. Eu sou teu amigo. Ouviu? AMIGO!

- Eu acho melhor você ir. – eu disse, não suportando aquela rejeição dele. Eu sei que eu agi errado. Eu sabia que foi ridículo da minha parte, ter feito aquilo. Meu Deus! Onde eu estava com a cabeça? Na verdade, eu nem podia ter me aproximado daquele homem.

- Eu espero que você não faça mais isso.

- Eu pedi pra você ir embora. Vai Alexandre! A sua mulher precisa de você.

- Sou eu quem deveria estar chateado com você. Não faça esta cara.

- Alexandre, sai daqui! Eu já te pedi desculpa, agora eu quero ficar sozinho. E quer saber? Esqueça que um dia você me conheceu.

- Também não precisa exagerar, Sandro.

- Eu nunca devia me aproximar de você. Eu não sei o que está acontecendo comigo... Tô meio confuso, e acho melhor nós dois não nos vermos mais. Agora vai embora Alexandre!

O meu coração estava em pedaços. A rejeição dele me deixou tão mal. Mas o Alexandre não tinha culpa... Eu não devia ter beijado ele. As coisas foram longe demais. Nossos mundos são diferentes, e mesmo que ele curtisse caras, não tínhamos a menos chance!

- Tudo bem, eu vou embora. Talvez seja melhor assim. – o Alexandre abriu a porta e partiu.

O Sandro se jogou no pequeno sofá, e começou a chorar. A vida era muito ingrata com ele, e desde o dia em que perdeu os pais, nunca havia se sentindo tão sozinho e desprotegido no mundo. Ele teve de se virar, para não morrer de fome e lutar, para não entrar no mundo das drogas.

A aproximação entre os dois criou uma esperança, por mais remota que fosse, em seu coração. Ele era muito carente, e a solidão o perseguia por muitos anos.

****************

O Alexandre ia em seu carro, com a imagem do beijo em sua cabeça. – Será? Não, não pode ser. – ele dizia para si mesmo. Nem o próprio Alexandre, sabia explicar o que estava acontecendo com ele mesmo. Talvez a carência também o incomodasse... A única coisa que ele tinha certeza, era a de que, não queria perder a amizade do Sandro. Ele se sentia bem quando estava ao lado do outro, e ter de ficar longe do seu mais novo amigo, era algo que não estava em seus planos.

Ele chegou ao trabalho, com o semblante abatido. A sua vida estava turbulenta, com a Amanda o pressionando e o excessivo trabalho intenso.

- Oi. Que cara é essa? – perguntou o Mauro, ao vê-lo entrar em sua própria sala.

- O que você está fazendo aqui? Por acaso resolveu trabalhar? – Alexandre o ironizou, sabendo que o irmão não gostava muito da ideia de se tornar um executivo, tão pouco direcionar, junto a ele, os negócios do pai.

- Quê isso maninho? Eu fiquei tanto tempo longe, e você me trata assim?

- Desculpa! É que eu estou meio estressado.

- Meio? Você está extremamente estressado. Aconteceu alguma coisa?

- Não. Deve ser o trabalho. – ele não quis entrar em sua vida particular com o irmão.

- Alexandre, aquele teu amigo, que esteve lá em casa no dia do jantar... Eu queria o endereço dele. Você tem?

Ele olhou para o Mauro, com o olhar totalmente surpreso. Por qual motivo, o irmão queria saber onde o Sandro morava? – ele se perguntou.

- De quem você está falando?

- Como de quem? Tu leva o cara para jantar em nossa casa e não se lembra? Eu queria pedi desculpas a ele, por tê-lo atropelado.

O Mauro inventou aquela desculpa, como um pretexto para se aproximar do Sandro.

- Você atropelou o Sandro? Como?

- Isso não vem ao caso agora. Você vai ou não vai me dar o endereço do cara?

O Alexandre temeu que o irmão descobrisse que o Sandro era garoto de programa, e ficou meio receoso, pois ele era o único da família que não se importava para riqueza, e o Mauro poderia se assustar ao vê a humildade do local onde o outro morava.

*******************

- Você se lembra do Alexandre? – eu me joguei na cama, enquanto desabafava a minha dor com o Igor.

- O ricaço que te deu aquela grana?

- Ele mesmo. Ele brigou com a mulher, me pediu abrigo, e eu cedi.

- Vocês...?

- Claro que não Igor! Ele é hétero.

- E daí? Quantos caras existem por aí que se descobrem gay?

- Não é o caso do Alexandre. O que acontece é que, eu um idiota me atirei na boca dele e o beijei.

- JURA? – o Igor fez uma cara de espanto.

- Eu não sei o que deu em mim. Eu não devia ter deixado este homem ter se aproximado tanto.

- Amigo você está apaixonado?

- De onde você tirou esta ideia louca, Igor?

- Sandro, olha pra mim. Você não pode se envolver com este cara e com nenhum outro. Ouviu bem?

- Eu sei! Não precisa você me lembrar.

- Agora muda essa cara, e vai tomar um banho que você precisa trabalhar.

- Eu só vou para rua mias tarde. Vou dormir um pouco...

- Ok. Eu vou ter que sair. Ah! Advinha o que o Renato me propôs?

- Vindo dele...

- Que eu, você e ele, fizemos... Suruba.

Eu não acreditava no que ouvia.

- Manda aquele filho da puta ir para o inferno! – eu quase gritei.

- Eu já fiz isso. O Renato confundi as coisas. Eu acho que deva passar pela cabeça dele, que nós dois temos um caso.

- Ai, eu odeio este cara. A sua sorte, é que ele paga bem e ainda te ajuda.

- Bom, deixa eu ir Sandro.

- Beijo amigo. Tá levando camisinha na bolsa?

- Nunca ando sem elas. – nós dois rimos.

Eu tranquei a porte e me virei para ir ao quarto, quando ouço a campainha tocar. Com certeza o Igor deve ter esquecido alguma coisa...

- Você? – eu quase cair pra trás, quando vi a presença do irmão do Alexandre, parado na porta da minha casa.

- O que veio fazer aqui?

- Eu vim ter outra transa gostosa com você. – ele me lançou um olhar sexy e tarado.

CONTINUA...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Alê12 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Cara, você esta me deixando confuso, esse Mauro é uma incógnita. Fiquei com muita dó do Alexandre, as vezes fantasiamos coisas só porque alguém nos trata bem e acabamos nos ferrando. Espero mesmo que o Ale e o Sandro se entendam, por enquanto torço pra um final feliz para os dois, mas como sei que você~e é cheio de surpresas, minha opinião poderá mudar. rsrs

0 0
Foto de perfil genérica

Não acredito que o Alexandre deu o endereço dele!!??!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Tava já sentindo saudades deste maravilhoso conto !! Ta ótimo,cada capítulo é uma novidade :)

0 0
Este comentário não está disponível