Caros amigos do CDC (snif ".")! Chegamos ao último capítulo desse conto. Espero ter agradado a muitos aqui! Reconheço, em primeiro lugar, que o sucesso desse conto é devido a vocês, leitores, que sempre comentaram e deram o feedback que precisava para melhorar esse conto cada vez mais! Muito obrigado!
Segundo, me perdoem por ter entrado pouco no ambito "erotismo" nesse conto, pois esse foi o meu primeiro que escrevo em toda a minha vida. E confesso: essa foi a melhor experiência que tive.
Terceiro, agradeço aos amigos virtuais que adiquiri aqui, como HPD, Ru-Ruanito, Edu19>Edu15, Oliveira Dan, e todos os outros! Farei um capítulo extra só com os comentários desse conto (do 1º ao 29ª)
Estou emocionado com o final e espero que votem e gostem!
O último capítuloE lá estava eu no local indicado pelos sequestradores. Era um galpão velho e escuro, sem nenhum sinal de eletricidade, água encanada. Era a definição de um galpão abandonado.
Eu sabia que teria que entrar naquele espaço. Mas eu estava confiante, pois eu tinha um plano.
Me aproximei da entrada, uma porta grande, de colunas de tábuas com pequenos espaços entre eles. Eu via que o interior daquela construção era iluminado por velas. Abri a porta bem devagar e entrei, bem sorrateiramente. Existia uma área iluminada, onde eu vi o Paulo, com os olhos vendado e a boca tampada com fita adesiva. Olhei para os lados e não havia sinal de vida, além do Paulo. Mesmo assim, me aproximei dele sorrateiramente e falei bem no ouvido dele.
EU: Paulo, sou eu, o Bira. Você está bem?
Paulo assentiu enquanto eu tentava tirá-lo dali. Tirei o adesivo da boca dele.
PAULO: Ah! Graças a Deus que você veio me salvar! Eu fiquei com tanto medo de morrer!
EU: Calma meu amor, calma que tudo vai ficar b...
Fui golpeado e desmaiei. Quando acordei, estava amarrado em uma outra cadeira, de frente para a porta do galpão e o Paulo estava do meu lado direito.
VOZ: Ora ora ora... Vejam quem está aqui, se não é o Bira, o meu ex-namorado?!
Eu sei a quem pertence aquela maldita voz!
EU: Érica? Por que você está fazendo isso? (Um filete de raiva saía junto com a minha voz.)
ÉRICA: Você ainda não percebeu? Eu sempre fui a mulher que você amou. Não importava quantas vezes a gente brigava e separava, você sempre voltava de rabinho abanando pra mim. Eu tinha você na palma da minha mão! Tudo ia tão bem, até esse filha da mãe (falou apontando para o Paulo) se meteu no meu caminho. E você sabe o que eu faço com quem atrapalha os meus planos? Eu destruo-o!
Eu tive medo daquelas palavras. Agora eu tinha consciência de que ela faria o que ela quisesse para alcançar os objetivos dela.
ÉRICA: Queridinho (falou se aproximando de mim), você se lembra do César, aquele seu melhor amigo de escola, aquele que você bateu por ter tentado transar comigo? Adivinha? Ele era inocente! Ele nunca chegou nem perto de mim, mas eu percebi que ele não desgrudava de você. Aff! Amizade pegajosa, eca! Então eu tive que inventar essa história para que vocês se afastassem. E adivinha? Funcionou! Sabia que você é muito orgulhoso e não daria a ele a chance da dúvida. E se eu conseguir afastar aquele pegajoso de você, com esse viadinho não será diferente!
Não acredito que eu fui tão cego pra não confiar no meu melhor amigo de colégio para acreditar nessa inconsequente! Eu sou um idiota mesmo! O César foi o meu melhor amigo que fiz na minha escola. Éramos tão cúmplices, que nossa amizade continuou após o período escolar. Agora eu cortei a amizade com ele por causa da Érica. Maldita seja Érica!
ÉRICA: Agora esse chato aí vai sair da sua vida por mal! Ele teve a chance de se afastar de você antes, mas ele tinha que te reconquistar! Agora você vai morrer, e morto não dá em cima de homem dos outros! (Ela saca da cintura dela uma pistola calibre 38)
E agora? Como vou salvar o Paulo daquela maníaca? Se eu não fizer nada, eu vou ver o meu amor ser morto! O Paulo já chorava de medo, e eu também!
Eu vi a minha ajuda na posição! Era o Michal, que estava escondido atrás de uma coluna do casarão. Ao lado dele eu vi uma corda amarrada. Eu segui o trajeto da corda com os olhos e vi que ela segurava uma luminária de madeira que estava justamente em cima da Érica. Eu fiz o sinal para o Michal e ele entendeu o recado.
Érica olha para mim, com a extremidade da arma apontada na cabeça do meu amor! Seria um tiro a queima roupa! Mas eu não iria deixar acontecer uma tragédia ali.
ÉRICA: Preparado para ver o viadinho aqui levar uns balaços na cabeça?
Eu coloquei o meu melhor sorriso na cabeça! Era ficou com raiva por causa do meu gesto.
ÉRICA: Por que está sorrindo?
EU: Você vai ver!
Eu balancei a cabeça e o Michal soltou a corda. So ouvi o som do atrito da corda com a coluna e a luminária caindo exatamente aonde ela estava. Esqueçi de dizer que a luminárias foi feita de uma madeira BEM pesada! O impacto fez-a desmaiar e eu consegui me soltar da cadeira com a ajuda do Michal.
Assim que me soltei, fui fazer o mesmo com o Michal, que ainda estava com os olhos vendados. Eu o soltei e nos abraçamos! Eu sentia falta daquele abraço, daquele cheiro, daquele homem. Eu amo o Paulo, com 100% de certeza!
O Michal ligou para a Polícia para atuar a Érica por sequestro e tentativa de homicídio. Ela ainda estava desacordada sob a luminária de madeira e com algumas escoriações.
A adrenalina ainda corria pelo meu corpo, mas agora eu estava mais tranquilo. Saímos dali, o Michal, o Paulo e eu, direto pra delegacia. Queríamos ver com os nossos próprios olhos que a Érica não interferiria no meu relacionamento com o Paulo durante um bom tempo.
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Algum tempo depois
Narrador: Paulo
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O luau estava lindo, cheia de convidados e amigos. Minha vó, meus amigos e o meu amor estavam lá! A lua cheia iluminava o local, acompanhadas pelas estrelas piscantes. Não poderia existir um local mais bonito e apropriado para celebrar o meu amor pelo Bira.
Não tenho mais com o que me preocupar com a Érica, pois ela foi condenada e paga a sentença num presídio feminino bem longe da onde eu moro. A Hellen tinha sido pedida em casamento pelo Juan Maciel, o namorado dela e meu colega de sala. O Michal ainda continuava solteiro, pois ele não curtia sexo casual, assim como eu. E já que estamos falando de mim, saiba que o meu namoro com o Bira estava bem firme. Acho que a aventura que passamos nos aproximou ainda mais.
O Luau estava sendo comandado pelo mesmo DJ da boate Pheros. E logo que eu me aproximei do palco, ele interrompeu a música.
DJ: Boa noite, bem vindos ao luau mais romântico de todos os tempos. Temos uma canção dedicada ao homem mais apaixonante dessa noite, capaz de mudar a personalidade de alguém que te ama.
Vamos curtir Marcin Mrozinski, I've never felt like this.
Após isso, o Bira aparece do meu lado, com um microfome na mão. A introdução da música foi tocada. Em seguida ele começa a cantar:
There was a loving deep in my heart
(Canta olhando pra mim, com a mão no peito, onde fica o coração)
You were the stranger who have came and saved it all
(Ele segura a minha mão)
There as a hunger deep in my heart
(Caminhamos para o palco de mãos dadas e com passos acelerados)
Now I'm falling
(Chegamos e ficamos no centro do palco)
(Ele canta o refrão olhando nos meus olhos)
Still I wonder why it is
You could make me feel like this
And I'm contenting the way I'm feeling (feeling)
'Cause you make me uderstand
I could be a better man
I've never, never felt like this
(Eu recebo a letra da música e um microfone. Começo a cantar também)
And everyday I think about you (warm and tender)
You were the sunshine in my life so sad and blue
I know I could have
Walk just through the clouds and I feel love
I feel love
(Cantamos juntos)
Still I wonder why it is
You could make me feel like this
And I'm contenting the way I'm feeling (feeling)
'Cause you make me uderstand
I could be a better man
I've never, never felt like this
Never, never felt like this
(Nessa hora, o coro do instrumental cantava a parte seguinte da música. Ele sumiu da minha vista, deixando-me sozinho no palco)
Just like a sun from the heart
Calling
Just like a star from the sky
Falling
Just like an angel with your face
Calling
(Ele aparece com uma caixinha azul na mão esquerda, enquanto canta a frase)
You're all I need in my life
(A seguir o instrumental segue em loop, enquanto ele começa a falar)
BIRA: Paulo, eu não tenho mais nenhuma dúvida: eu te amo! E eu quero viver esse amor junto contigo, pelo resto da minha vida. Então...
Bira se ajoelha, igual àquelas cenas de pedido de casamento de cinema e diz:
BIRA: Paulo, o amor da minha vida, Você aceita se casar comigo?
Eu gelei, todos começaram a dizer “Aceita! Aceita! Aceita!”. Parecia o meu sonho se tornando realidade! O Bira, ali, no centro do palco, para todo mundo ver, me pedindo em casamento. #EuMeSenti! A minha resposta era mais do que óbvia:
EU: Eu aceito! Eu aceito ser seu pelo resto da minha vida, se – e somente se – você aceitar ser meu pelo resto da sua vida! (Eu já chorava horrores)
BIRA: Eu aceito ser seu pelo resto da minha vida! Eu sou todo seu e você é todo meu!
EU: Então eu aceito!
O público pediu em uníssono: “Beija, Beija, Beija!” E fizemos isso. Demos o melhor beijo de toda a minha vida – isso porque ele carregava um significado muito forte: o selamento de uma união eterna entre eu e ele.
Assim que deixamos de nos beijar, e eu já estava molinho, molinho, ele começou a cantar a parte final da música:
Still I wonder why it is
You could make me feel like this
And I'm contenting the way I'm feeling (feeling)
'Cause you make me uderstand
I could be a better man
I've never, never felt like this
Esse é o fim da história. Todos nós achamos a parte do “serão felizes para sempre” a melhor parte de uma boa história. Para Bira e eu, esse era apenas o início de uma nova etapa das nossas vidas: a vida em família.
(C'est fini!)
