PARALELO
Sempre fui do tipo nerd, bitolado nos livros. Enquanto muitos adolescentes namoravam, saíam para festas, eu ficava em casa, estudando, lendo romances, e imaginando se algum dia, eu sentiria a tal “felicidade”.
Diferente dos adolescentes bonitos, de sorriso perfeito, eu nunca fui bonito. Imagine: um garoto de dezesseis anos, magro, 1,68 de altura, de aparência infantil, em meio a colossos de quase dois metros de altura, com músculos, tatuagens e copos com bebida nas mãos. É o cúmulo isso, ver todos crescendo, desenvolvendo, e eu aqui, baixinho, magricela.
Droga Filipe...
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11 de Janeiro de 2013
São quase nove da manhã. Encontro-me na cozinha, lavando a louça do café da manhã.
- Mãe, quando as aulas começam? – questionei enquanto terminava de lavar as xícaras de café.
Não obtive resposta.
“Ela deve ter saído...” – pensei.
Fechei a torneira e fui para o quarto tirar minha roupa e ir tomar um banho.
Meu celular toca.
*Você tem 1 nova mensagem*
Cheguei ao quarto e fui pegar meu celular, que ficava em cima da cômoda.
*Ler mensagem*
“Mesmo que eu tenha mudado de cidade, eu ainda vou atrás de você. Tu te prepara, que por mais que eu tenha vacilado, eu vou te mostrar que mudei e que ainda te amo.”
“Maldito...”
Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Como que depois de tanto tempo ele decide enviar uma mensagem como essa para mim!?
Mesmo chorando, decido responder a mensagem:
“Porque depois de tanto tempo você decide isso? É pra me deixar mal não é? Pois então, conseguiu me deixar mal.”
Logo após a mensagem ser enviada, desligo o celular, me jogo na cama, e começo a chorar.
“Como fui tão idiota em ter amado ele!?”
Foi a única coisa que pensei, antes de adormecer.
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“Onde estou?”
Acordo em um “vazio”, totalmente nu.
- Mãe!! – exclamei.
Não obtive resposta.
Olho em volta, procurando alguém.
- Filipe... – sussurrou uma voz masculina.
“Por favor... Ele não...” – meu coração acelera.
- SAI DAQUI!!! – exclamei enquanto comecei a correr, sem rumo algum.
Realmente não sei onde estou. Não sei porque estou aqui.
- Filipe, volta pra mim!!! – exclamou a voz masculina.
Ouvi então tiros.
- Não!!!!! – gritei, enquanto acordava assustado.
Meu coração parecia que ia sair pela minha boca.
Levantei da cama, e fui pra fora de casa, cambaleando, com uma dor de cabeça infernal. Sento no meio fio em frente de casa, e abaixo minha cabeça.
- Sabia que ia encontrar você...
Me desesperei, enquanto ouvia a voz de quem eu queria manter distância.
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Bom, sou novo aqui na CDC, e essa é uma pequena introdução do que virá mais à frente. Espero que mesmo que pequena, essa introdução já sirva para algo... Ou não...
Obrigado e abraços :)