Do jeito que tinha que ser

Um conto erótico de NewDoctor
Categoria: Homossexual
Contém 1108 palavras
Data: 30/10/2013 20:23:18

Então é isso, finalmente a semana dos calouros havia chegado. Após meses de trabalho duro planejando e fazendo esse evento acontecer, finalmente iríamos ver os resultados de tanto esforço.

Que grosseria a minha, vocês não fazem ideia de quem eu sou. Me chamo Gustavo, tenho 19 anos, 1,82 de altura, 90kg, olhos e cabelos castanhos e curso medicina em uma universidade pública. Estávamos em meados de fevereiro e o evento que eu mais esperava desde novembro do ano anterior finalmente havia chegado: a semana dos calouros. Acho que o motivo de eu ter esperado tanto por esse dia é que eu teria melhores chances de me lembrar exatamente como me senti acolhido e bem recebido nessa universidade que amava tanto e ainda fazer os novos integrantes dessa família se sentirem da mesma forma.

Eu havia chegado às 6:30 no auditório onde se iniciariam as atividades para acabar de preparar algumas coisas, mas eu era o único ali, então resolvi começar o trabalho sozinho mesmo. Depois de algum tempo ouvi passos e quando me virei pra olhar, vi a garota mais linda do mundo, minha namorada, Milla. Ainda não acreditava no quão sortudo eu era por ela estar comigo. Recebi um beijo de bom dia e um daqueles sorrisos que são capazes de iluminar até o mais nublado dos dias.

Milla - Você não perde essa mania de madrugar nos lugares, né, Guto?

Gustavo - Ah, Milla... Você sabe que eu tava ansioso demais pra esse dia chegar. Não pude evitar. Hahaha.

Milla - Hahaha. Lindo. Você já ligou pro resto da galera? Onde eles estão?

Gustavo - Não liguei não, ainda tá cedo. Resolvi ir ajeitando as coisas por aqui enquanto o pessoal não chega.

Milla - Hum... Entendi. E ainda tem algo que eu possa fazer pra ajudar ou você já fez tudo?

Gustavo - Ainda falta pegar aqueles cartazes sobre SUS que estão no depósito e colar no auditório. Você pode ir pegar?

Milla - Claro, já volto.

Ela me deu um leve selinho e foi embora. De repente eu comecei a lembrar de nossa história, de como nos conhecemos no ensino médio, de como nossa amizade surgiu e cresceu quase que instantaneamente e como logo ela virou paixão, como estudamos juntos para o vestibular e como passamos juntos, como ficamos na mesma sala na universidade e estávamos juntos até aquele dia.

Era impossível pra mim sequer imaginar meu futuro sem a Milla, porque ela era minha namorada, claro, mas além disso ela era minha melhor amiga, e isso era algo que eu tinha certeza de que nunca iria mudar. Senti alguém tocando meu ombro, me puxando de volta dos meus devaneios para o mundo real.

Bené - E aí, nego, tudo show?

Gustavo - Bené! Que susto! Não chega na surdina assim, cara! - Bené é o meu melhor amigo. Eu o conheci na universidade e nossa amizade só havia evoluído desde então. Ele era uma das melhores pessoas que eu conhecia, porque tinha uma alma tão pura e inocente, e ele não conseguia ver o mal nas pessoas, o que era algo bem difícil de encontrar.

Bené - Hahahahahahaha. Te assustei, foi? Não tive a intenção, foi mal.

Gustavo - Tá, tá. Tudo bem. Só não faz mais isso.

Milla - Oi, Bené, bom dia. Tudo bom? - Ela disse voltando do depósito com muitos cartazes na mão, alguns quase caindo.

Bené - Tudo show, nega - ele disse enquanto eu e ele a ajudávamos a segurar os cartazes.

Gustavo - Gente, daqui a pouco os calouros vai chegar, vamos colar logo esses cartazes e ir pra entrada fazer a recepção pra eles.

Tudo bem - eles responderam juntos.

Colamos os cartazes e esperamos na entrada enquanto calouros e veteranos (que, como nós três, estavam organizando a SeCal) chegavam e assumiam seus lugares nas cadeiras e nos bastidores. Era muita gente e muita coisa pra ser feita, mas eu estava adorando cada minuto daquilo, eu estava certo em esperar tanto aquele evento, era incrível ver o olhar deslumbrado dos novatos descobrindo um mundo novo, vendo o sonho da universidade se tornar realidade. E naquele momento eu vi um olhar que não se assemelhava aos outros na multidão. Ele não parecia deslumbrado, ele parecia entediado. Eu não o conhecia, aquele rapaz tinha que ser um calouro já que eu nunca o havia visto na instituição, mas porque ele não parecia se enquadrar na cena com o resto dos novatos? Ele reparou o meu olhar curioso, e naquele momento ele começou a vir na minha direção na mesa de recepção.

Luís - Gustavo! - ouvi alguém chamar atrás de mim e vejo Luís, outro cara que estava organizando a SeCal.

Gustavo - Fala, Luís - eu disse relutantemente me virando para olhar pra ele.

Luís - A gente precisa de ajuda aqui com os microfones, eles não estão funcionando. Você pode vir dar uma olhada?

Gustavo - Milla, você pode me cobrir aqui?

Milla - Claro, Guto. Pode ir.

Antes de seguir o Luís para os bastidores eu lancei um olhar para o lugar onde aquele rapaz com o olhar diferente havia estão alguns instantes antes, e ele não estava mais lá. Após resolver o problema, nossa iniciamos a primeira palestra do dia, onde a coordenadora do curso explicava algumas das diretrizes, e eu procurei pelo auditório por aquele rapaz, por alguma razão, mas ele não estava ali. Achei estranho, mas resolvi dar atenção à palestra. Depois de alguns minutos meu olhar passou por uma das janelas e eu o vi do lado de fora, sozinho. Ele estava sentado em um banco, parecia estar mexendo no celular, e eu decidi ir até ele. Passei entre as pessoas no auditório lotado e cheguei ao lado de fora. Enquanto eu me aproximava , eu reparei um pouco nele: seu corpo essa mais ou menos parecido com o meu, em altura e peso, porém seus cabelos eram loiros e bem curtos, estilo militar e seus olhos eram de um azul profundo.

Gustavo - Oi, eu me chamo Gustavo, prazer - eu disse estendendo a mão para ele.

Felipe - Prazer, meu nome é Felipe - ele respondeu sem levantar os olhos da tela do celular.

Gustavo - Então, Felipe - eu disse recolhendo minha mão. Eu vi que ele estava no meio de uma partida de Subway Surfers- porque você não está lá dentro com os outros calouros?

Felipe - Hahaha - ele riu, finalmente elevando o olhar para me encarar assim que perdeu a partida- Você me fez perder. E eu pareço um calouro pra você?

Gustavo - Éeerh - eu balbuciei buscando algo pra dizer enquanto aquele estranho me encarava.

Meu primeiro conto, galera, deixem críticas aí e se vocês gostarem eu continuo, ok? Fiz curto só pra vocês terem uma ideia do que eu pretendo fazer. Desculpem os possíveis erros.

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Comentários

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Muito bom, faço a mesma pergunta do Augusto3 é veridico o conto.

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Muito bom, faço a mesma pergunta do Augusto3 é veridico o conto.

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