Quando levantei e vi meu primo pegando no meu pau senti muito tesão, por pensar que era Guilherme, mas quando vi que não era meu tesão passou e meu pau logo ficou mole. Depois que ele parou de pegar no meu pau me levantei e fiquei fitando seus olhos pequenos.
Diego puxou dois travesseiros para de baixo de suas costas e se levantou um pouco. Ele deu uma rápida olhada no ambiente e viu que tudo estava escuro, já era noite, por volta das oito da noite. Ele ficou nervoso com sigo mesmo por ter dormido dedando tempo.
― Vejo que não mudou nada ― comentou Heitor. Pegando o livro de história de Diego o foliando, depois de rir um pouco ele se inclinou e colocou o livro sobre a mesinha ao lado da cama. ― Continua o nerd de sempre.
― Algumas pessoas não mudam ― comentou Diego. Jogando seu olhar para o livro. ― Por falar em mudar... Eu lembro que combinamos de nunca mais nos tocarmos. Isso não mudou.
― Ei seu ― disse Heitor. ― Mas quando entrei e vi você todo excitado não resisti.
Diego só havia ficado uma vez com Heitor. Isso aconteceu no ano passado durante uma discussão que os pais de Diego tiveram. Mas isso já estava no passado e nunca mais iria acontecer.
― Se meus pais entram aqui e pega você fazendo isso...
Heitor deu uma pequena risada sem humor, depois disse.
― Não vão, meus pais estão conversando com eles. Eu vim chamar você para o jantar.
― Obrigado, já pode ir.
Heitor compreendeu que Diego não o queria em seu quarto. Ele deu uma breve olhada na janela que estava aberta depois se levantou.
― Primo... Eu não queria que nossa amizade terminasse assim.
Diego não disse nada, nem o fitou. O melhor a fazer era ignora-lo para ele ir embora. Depois que Heitor deixou Diego a sós ele tirou a rouba e foi tomar um banho para ir jantar.
Se ela estava nervosa sabe esconder isso direitinho. Ele pensou, quando entrou na sala e vendo a mãe de relance com um grande sorriso.
― Olha como ele cresceu ― exclamou Julio. O pai de Heitor.
― O seu também cresceu muito irmão ― disse Gabriel.
― Vem dar um beijo na tia ― pediu a mãe de Heitor.
Diego se forçou a sorrir e foi até a tia lhe dar um beijo. Depois que ela o abraçou. Olivia veio da cozinha dizendo que tudo já estava pronto. Heitor olhou para Diego e seguiu os pais que foram para o quintal, onde a mesa estava pronta. Quando ele Diego começou a andar seu pai o segurou na sala.
― Filho ― disse Gabriel, cochichando no ouvido de Diego. ― Sua mãe e eu não queremos que ninguém saiba que estamos...
Gabriel se calou quando Julio voltou à sala.
― Vou ao banheiro lavar as mãos.
Depois que ele se foi Gabriel se aproximou de Diego para continuar. Mas já sabendo do o que o pai iria dizer ele falou:
― Ok pai já entendi.
Gabriel deu um tapa nas costas do filho e sorriu. Julio passou pela sala novamente e os dois o seguiram. Durante todo o jantar Heitor fitou Diego o secando com os olhos e isso o incomodou. Pois ele já não tinha mais certeza se iria resistir o primo o massageando uma outra vez.
Nas primeiras horas de sol da segunda-feira, David, se levantou com a enfermeira batendo na porta do quarto. Assim que ela entrou caminhou pelo quarto e acordou a Sra. Freitas e lhe deu dois comprimidos. Enquanto isso David foi tomar água.
Sua mãe teve outro ataque de tosse e ele não foi embora para ficar cuidando dela durante a noite.
Tudo estava calmo quando ele saiu do quarto, calmo de mais, apenas às três da manhã que tudo ficou movimentado quando um paciente começou a passar mal, mas fora isso só se ouvia as enfermeiras andando por todos os lugares.
― Mãe ― disse David ― Aqui a sua água ― ele pegou um copo e estendeu para sua mãe que ainda estava deitada. ― Mãe levanta tenho que ir para casa.
Com muito custo sua mãe se levantou e tomou a água. A Sra. Freitas não estava nada bem e pelo que o médico disse a David, ela teria que ficar ali por um bom tempo.
― A senhora tinha que tentar se levantar não é.
Ela olhou feio para ele.
― E você quer que eu morra deitada em uma cama.
― Não, mas a senhora se machucou feio quando caiu, agora vai ter que ficar aqui no hospital por um longo tempo.
― Maldição... E, você o que ta fazendo aqui? Não tinha que começar a dar aula hoje?
― Tenho só quis ver como à senhora esta eu fiquei muito preocupado.
― Só vou estar bem quanto morrer agora vá trabalhar.
― Quantas vezes já pedi para não falar desse jeito? ― Ela não o respondeu.
David jogou o copo no pequeno cesto de lixo que ficava do lado de fora do quarto de sua mãe depois que a beijo e se despediu.
Em casa ele sentou no sofá e olhou no relógio.
― Seis horas tenho tempo ― ele disse em voz alta apesar de estar sozinho. ― Vou tomar banho e comer alguma coisa.
David tirou a rouba e logo depois entrou debaixo da chuveiro. Enquanto ele tomava banho suas lagrimas começaram a cair. Agora ele poderia chorar sem ninguém para ver seu estado. Depois que saiu ele se trocou e preparou um rápido café forte.
― Diego vai tomar café da manha? ― perguntou Olivia. Entrando no quarto de Diego sem bater.
― Vou sim ― ele respondeu colocando o uniforme o mais rápido que conseguiu para a mão não o ver sem rouba.
― Anda logo você já ta atrasado.
― Já to indo.
Diego entrou no banheiro para dar os toques finais no cabelo coberto por gel. Depois de se perfumar ele pegou a mochila a colou nas costas e saiu.
Seu pai já estava na mesa tomando café e lendo o jornal diário. Ele se sentou e esperou sua mãe lhe trazer seu cereal com leite.
― Vai começar tudo de novo ― disse Diego olhando seu pai e depois sua mãe.
― Você tem que tirar boas notas ou nada de viagem no fim do ano ― disse seu pai se lembrando de que prometera uma viagem para Diego, isso é, se ele tirasse boas notas. E Diego poderia escolher para onde queria ir.
― Sempre tiro boas notas.
Assim que David chegou ao colégio Jaqueline Carla suas amigas os cercaram. Ele olhou para Eduarda que estava vestindo uma calça jeans aperta e uma camisa xadrez ― só faltou à bota, ele penou. Depois seus olhos foram para Victoria que estava usando um vestido preto que quase cobriam seus pés.
― Sua mãe não esta no hospital ― disse Victoria. ― Você tinha que ficar com ela.
― Mas se eu ficar com ela quem vai pagar o hospital?
Ela olhou para ele e depois de pensar um pouco ela disse:
― Tem razão.
― Ei, porque não disse que ficou de frente para sua melhor amiga? ― perguntou Eduarda com um grande sorriso.
― Aquela mulher... Não... É... Minha... Amiga ― ele disse letamente quase soletrando. ― E para de dizer isso ― ele pediu em um tom autoritário.
Eduarda gostava de provocar o amigo e não iria parar tão cedo. Eles conversaram por mais alguns minutos antes do Sr. Aparecido, entrar na sala dos professores para dar alguns recados de ultima hora e apresentar os novos docentes. Segundo Eduarda não chegou nenhum gato. Depois de muita conversa um som ecoou nos corredores e os professores saíram para ir a suas salas.
Victória sempre pegava a sala ao do lado da secretaria ou da diretória. Com sua voz baixa ela não conseguiria dar suas aulas de Biologia, em uma sala que os alunos conversassem alto. Eduarda não tinha esse problema, pois, além de ter uma personalidade forte sua voz era alta e em bom tom assim suas aulas de Inglês sempre foram prosperas. David infelizmente pegou uma das piores salas, a que pegava mais sol na parte na tarde, mas isso não era seu maior problema. Seu verdadeiro problema tinha nome, Eliane, o pior de tudo é que agora ela ficaria em uma sala de frente para a minha. Eliane era professora de português. Ela era a professora mais chata de todo o coleigo e não só por gritar com os alunos, mas também por sempre querer se achar mais que todo mundo.
― Bom amigos eu já vou indo ― disse Victoria, parando na sua sala. A turma do primeiro ano estava conversando, mas assim que ela entrou o silencio pairou.
― Não acredito que aquela... ― Eduarda olhou para os lados. ― Vaca... conseguiu a sala que você queria
― Eu não gosto do jeito que ela trata os alunos. Ano passado ela deixou que eles usassem os celulares.
― Às vezes eu também deixo ― Eduarda deu um curto sorriso. ― Ou você não gosta do jeito que ela trava você? Bom se ela causar problemas me fala que eu dou um jeito nela ― Eduarda sorriu e entrou na sua sala.
David andou mais um pouco antes de chegar à sua sala, alguns meninos ainda estavam entrando. Ele parou do lado de fora esperando que todos entrassem.
― Eu já disse isso um ano inteiro... ― disse Eliane para dois garotos do segundo ano que estavam do lado de fora da sala. ― Depois do sinal ninguém entra na minha aula.
― Mas professora é o primeiro dia nós perdemos a hora...
― Deveria ter pedido um relógio de presente de natal, não acha? ― ela olhou para David e fazer uma expressão qualquer e em seguida entrou na sala.
― Desculpa, eu me atrasei ― disse Diego ao se aproximar de David.
― Tudo bem ― disse David com um sorriso. ― Vamos comercar a aula?
Depois que os dois entraram David, sentou-se à mesa no centro da sala. Ele esperou até que todos fizessem silencio para começar as apresentações.
― Bom pessoal é isso ― ele disse, depois de falar sobre o plano de ensino para o ultimo ano. ― Eu já disse quem eu sou e o que veremos agora e a vez de vocês se apresentarem. Quem quer começar as apresentações? ― perguntou David olhando para todos, quando ele viu uma garota morena se levantar ele sorrio.
Diego olhava indiferente para todos. Ele sabia que não seria nada fácil mais um ano com aquela turma. Ele olhou para os lados e não viu Heitor nem os outros dois rapazes então ele se virou um pouco mais e viu o primo conversando com Mateus, Guilherme e outras garotas. Quando ele voltou a olhar para frente David se virou para ele.
― Sua vez.
Todos já haviam se apresentado menos ele. É claro, que ele não iria se apresentar, nunca gostei disso. Alem do mais David já o conhecia há um ano. Ele olhou para David e balançou a cabeça dizendo com os olhos “não vou fazer isso”
― Tudo bem. Parece que tinha alguém querendo falar alguma coisa. Quem era?
― Sou eu professor ― disse Débora, se levantando do lado de Heitor. ― Eu e as outras meninas queremos dizer que: no fim de semana vai ter o baile dos ex-alunos e queríamos pedir a ajuda de todos para arrumar a quadra na sexta ― ela jogou uma mexa do cabelo loiro para trás e se sentou.
― O baile é para ajudar na formatura, não é?
― É sim ― falou uma das meninas sentadas no fundo.
― Então todos tem que ajudar. Bom já que ninguém tem mais recados vamos começar.
No restante da aula David foi falando o que veríamos mais uma vez aquele ano. E eu fui anotado tudo em meu caderno, eu acho que fui o único a fazer isso. Meu primo, Heitor, não me olhava do mesmo jeito que me olhou ontem à noite, mesmo assim me olhava raramente. Guilherme não me olhou nenhum vez, não que me importei com isso. Pelo contrario achei melhor assim.
Eu não queria que terminasse, mas logo a aula de David terminou. Agora era minha aula de matemática.
Diego saiu da sala sem olhar para os lados nem para ninguém, como sempre vez. Antes de ir para a aula de matemática ele deve que passar no bebedouro. E infelizmente, foi abortado por seu primo que segurou em sue braço e o levou para dentro da banheiro.
― O que você quer? ― Diego perguntou nervoso.
― Eu quero falar com você ontem à noite eu não tive a oportunidade ― Heitor não ligou para os rapazes que entravam e saiam do banheiro.
― Não temos nada para falar ― Diego saiu do banheiro e seguiu para sua aula de matemática.
No restante do dia ele evitou falar com Heitor toda vez que ele se aproximava ela saia corendo. Estava dando certo, mas uma hora ele teria que enfrentar o primo. Quando terminou as aulas ele foi ligeiro e foi para casa antes de ser encurralado mais uma vez.
David estava no portão quando um rapaz parou um carro na frente do colégio. De dentro do carro o rapaz olhou para David e deu um sorriso. David retribuiu o sorriso e balançou a mão dando um “oi”. Débora passou por David como um raio e entrou no carro que acabara de estacionar. O rapaz só saiu quando Débora quase deu um grito para ele a levar para casa.
Finalmente, a noite do baile chegou.
Continua...
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