The Cuckoo's Calling -7- Barcelona 1

Um conto erótico de Sam/Ariel
Categoria: Homossexual
Contém 1622 palavras
Data: 04/10/2013 23:41:34

Delegacia de Madrid, 23:30pm.

Depoimento gravado de “Antônio Pablo” , testemunha do incidente ocorrido no Museu do Padro:

PARTE 1

“ Meu nome é Antônio Pablo, moro na Espanha desde meu nascimento em uma casa próximo ao Museu, trabalho de segurança e em todo tempo que trabalho lá nunca vi uma coisa assim.”

PARTE 2:

“-Estava de vigia fora da exposição do Museu do Padro e então eu vi um senhor, ele aparentava ter uns 60 anos, andava lentamente com um sobretudo e um chapéu preto, não consigo me lembrar das características físicas, carregava um livro que tinha um pentagrama na capa. Não sei por que me lembrei disso. Eu sei que ele me perguntou qual era a exposição de hoje, então eu disse que não sabia, porque eu apenas um segurança, ele sorriu e disse “Pode me dizer então onde fica o balcão de informações” , eu apontei para dentro do Museu, perto da exposição principal ainda não revelada. Ele agradeceu e entrou, de repente uma bola de futebol americano quebrou o vidro e algo semelhante a um vulto entrou, seguido logo atrás de uma espécie de cachorro, era tão grande!”

PARTE 3: - Antônio treme na mesa

“ – Ele... Ele, esse cachorro destruiu tudo! Ninguém conseguiu para-lo, eu tentei entrar porém... A porta se fechou sozinha! Eu...Eu não consegui mais abri-la e o cachorro pegou um pedaço de metal que era a exposição e um vulto preto desmaiou todos lá dentro, o senhor saiu montado nesse cachorro! Já deve estar morto... Foi um ato muito corajoso dele! É como se eu já tivesse visto esta cena.”

FIM DA GRAVAÇÃO.

Estávamos no trem, de partida para Barcelona.

Conseguimos com um plano amador pegar a primeira parte da plataforma e não houve intervenção de Katherine, isso é um bom sinal, porém, eu pensei em todas aquelas coisas que estavam acontecendo, eu ainda não podia acreditar que roubei um museu! Isso é errado, mas é pelo “bem da humanidade”.

Não conseguia me sentir como um super herói , eu estava um pouco atordoado, tudo isso era novo para mim, e acho que para Joseph e David também, eles estavam dormindo em na suíte particular do metrô, e eu comecei a pensar sobre tudo, tudo mesmo, o que seria de mim depois que acabasse de coletar as plataformas? Deve ser cedo para pensar isso, mas... Sinto-me sozinho mesmo estando acompanhado e acho que estou gostando “Um pouco” da companhia dos dois. Eles são engraçados e atenciosos, são carinhosos e também e corajosos. Sabe quando você sente que não é bom o suficiente para uma pessoa?

Quando falo isso quero englobar tudo, condição financeira, física, aparência, espírito, personalidade e mais algumas outras coisas, não quero me inferiorizar, mas tudo é tão errado, é errado eles estarem lutando por uma coisa que eu deveria estar fazendo sozinho, querendo ou não eles só estão aqui porque são reencarnações de meus amantes, mas não os vejo como tal. Dói saber que dias atrás David estaria na Irlanda vivendo uma vida tradicional e Joseph estaria com várias líderes de torcida bebendo e viajando, e eu tirei tudo isso deles por causa de um destino que eu não escolhi, agora eles são presos a mim, e eu quero liberta-los.

As pessoas fazem suas escolhas, as pessoas tendem á te culpar pelas suas escolhas e você aceita essa culpa como sua, não podendo mudar nada disso. Isso é atordoante, é atordoante saber que esses museus e obra de arte são a contagem regressiva para que eles vão embora. Isso não vai prendê-los, eles têm um espírito livre que nem a própria arte conseguiria capturar, isso é o que chamamos de “Livre Arbítrio”.

“Quem garante que o pássaro fica preso na gaiola?”

Eu teria de definir o conceito para amantes, Joseph e David são héteros, sofrer por alguém oposto é o que torna a dor mais intensa. E eu estava sofrendo por eles.

Eu deixei uma carta há com todos meus sentimentos escritos nela, o primeiro beijo com eles, o quanto errado era tudo aquilo, não queria que eles passassem a vida obrigados a ficar ao meu lado, me despedi, pedi que voltassem a suas vidas e disse que estava indo sozinho cumprir o resto da missão.

Eu iria pegar o próximo artefato sozinho.

Deixei-os dormindo, sai do trem peguei minhas malas e fui pegar um táxi até outra estação, enquanto isso comprei um café e esperei o Taxí sentado em um banquinho próximo a uma pracinha , quando senti um vento gélido e uma presença conhecida. Katherine.

-A passeio em Madrid, querido? – Ela disse, estava com uma boina, bota, óculos escuros e sobretudo preto.

-A gente faz o que pode. – Dei um sorrisinho irônico. – Qual é a do seu amigo?

-Kurt? Ele só quer brincar, você sabe, ele me mandou pegar as relíquias, mas por enquanto estou aproveitando o passeio, não estou pegando pesado. – Ela deu um sorriso de lado. – Posso lhe fazer uma pergunta?

-Claro. – Tomei um gole de café.

-Você está viajando por museus e essas coisas, então tem uma noção básica sobre poesia e arte. Você conhece a “Divina Comédia?”

-Ah, sim, conheço, mas o que isso tem a ver com seu amigo?

-Bom então você deve conhecer o quadro “Inferno de Dante”, certo?

-Novamente perguntando, o que isso tem a ver com seu amigo? – Tomei mais um gole de café.

-Não posso dizer tudo, mas já que você vai fracassar eu irei te contar. O meu “amigo” é tão culto que quer fazer arte no mundo, ele quer que uma utopia justa para todos, sem mais mortes e dor. Ele quer trazer o inferno a Terra. –Ela deu um sorriso irônico. – Não se preocupe querido, tem um espaço especial para você, afinal ele é apaixonado por você! Haha!

O café ficou amargo de repente.

-ELE QUER O QUE? – Eu a olhei espantado, não consegui conter minha excitação. –ISSO É POSSÍVEL?

-O que não é possível para um Deus, querido? –Ela piscou. – Afinal nós dois somos bruxos, o que não é possível para nós, certo?

Ela sumiu.

Fui criado com um caráter religioso, mesmo não tendo me apegado a religião sabia que o Inferno não era uma coisa muito agradável, sei que não devia acreditar nisso, mas... Depois que foi mostrado a magia á mim, eu não posso duvidar de mais nada.

Será que foi um erro ter deixado meus companheiros para trás?

Não, não foi. O que iria acontecer daqui para frente iria ser responsabilidade minha, podia ser um pouco infantil, mas não poderia prendê-los, e iria fazer aquilo sozinho.

Peguei o Táxi, parei próximo a estação, não achei que a estação de Madrid fosse um lugar tão vazio, continuei andando, só conseguia ouvir o barulho de rodinhas da minha mala, aquilo era tão estranho, você nunca vê uma estação vazia, principalmente em uma cidade como Madrid, andei e andei, e continuava vazio, eu fui chegando perto e atendente olhava com um olhar vazio.

-Eu queria uma passagem para...

-Barcelona, o Trêm saí as 04:00 senhor.

-Ahh, obrigado.

Paguei a passagem achando tudo aquilo muito estranho, quando passei minha bagagem no detector de metais (Que não detectou a plataforma) tive a impressão de ter visto os olhos azuis de Kurt olhando diretamente pra mim, eu senti um enjoo e mesmo assim embarquei. Sentei no número designado na minha passagem, apenas conseguia ver uma mulher de meia idade já dormindo á dois bancos do meu, uma jovem lendo um livro de medicina paliativa e outro senhor com um pacote de salgadinhos.

Ouvi um apito e o trem começou a andar, os barulhos dos trilhos foram ficando constantes e então uma luz vermelha piscou no vagão em que eu estava, uma voz com um tom calmo disse:

“-Senhores, peço que mantenham a calma, um possível descarrilamento está acontecendo, porém, nossa central já tem tudo sobre controle.”

“Esse trem vai descarrilar e explodir” - Pensei eu.

Fui jogado subitamente ao chão devido á um forte tremor, olhei para os lados e estranhamente a senhora e os outros passageiros haviam sumido.

“Vai acabar tudo bem, Alba” – Uma voz disse ao telefone. Era Kurt. Ele me colocou em uma armadilha.

Estava um pouco difícil andar, minhas botas pareciam ter ficado mais pesadas e minha blusa de lã também, eu cambaleei e bati de costas na porta, não tinha acesso a meu livro e não sabia nenhum feitiço de cor. Eu estava em uma situação um pouco ruim.

O trem tremeu mais forte, estava passando por cima de uma ponte que ficava sobre um abismo.

-DROGA! – Eu esbravejei.

-Vai tudo acabar bem. –Eu vi a figura forte e loira no final do vagão.

-Kurt? Por que você está fazendo isso? –Eu gritei ainda sentado ao chão.

Ele chegou até mim, andando normalmente, os passos dele ignoravam o tremor do trem , ele se abaixou, passou a mão em meu rosto e sussurrou.

-Vamos ficar juntos pela eternidade, não se preocupe, acabará tudo bem. –Ele beijou meu rosto e ficou me observando, é como se seus olhos azuis penetrassem minha alma, senti frio. Logo atrás a figura de burca flutuava e observava, sumiu rapidamente, assim como Kurt.

Eu ouvi o ferro se rompendo.

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Olha, devo começar pedindo minhas humildes desculpas por sumir tanto tempo, é que estou fazendo muitos planos para o ano que vem e esse ano me deixou atarefado, muitas preocupações.

Enfim, o capítulo está super ruim, tive um bloqueio criativo, bloqueio não, uma barragem. Tentava escrever e não conseguia, consegui escrever apenas hoje kkk , me perdoem, pelo capítulo, se não gostarem podem me xingar nos comentários.

Sobre a figura de burca... Quem garante á vocês que é Alba? Acharam justa a atitude de Ariel?

Até mais, prometo postar em breve, bjs de luz e vejo vcs depois.

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Comentários

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Posta logo, to amando esse conto, rápidoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

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poxxaaa voce sumiu.....continua o conto please!!!

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muuuuuuuuuuuiiiito bom com sempre rsrrsr ^^

ah sobre esta decisao naum curti,sei ke os dois vao kerer ver ele,e se isso naum acontecer ficarei triste d+(mas duvido)rsr e msm ke demore para postar vc ta indo mais do ke bem rs e esta parte naum foi ruim ta :)

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Que bom que voltou, amoooooooo sua história.. Nããaãooooooo demora, please.

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Que bom você ter voltado. Espero que não suma novamente...

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mas o vc demorou...achei Q tinha parado de postar ...

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