Parte 1
Como todos os outros dias Maria levantasse com a sua dor de cabeca. Pois estava de ressaca da noite passada. Levantou-se e foi tomar o seu banho, arrumou-se, pegou na sua mala e lá foi para a escola. Mas antes de sair, pegou no pó que teria com ela e snifou para dentro de si, e assim saia para mais um dia de sua vida. Chegando a escola ela depara-se com dois carros da policia. Logo ficou a tremer pois tinha com ela cocaína e se fosse apanhada seria presa, de novo. Entao decidiu ir pelo lado da mata da sua escola onde teve que subir as grades e pula-las para entrar na escola sem ter de passar pela policia. Pensava ela que tinha escapado a esta, mas quando entrou na sua sala de aula, já atrasada, deparou-se com três policias la dentro, dois homens e uma mulher, e mais duas mulheres de bata branca. Maria ficou branca e estática, mas logou começou a ficar quente, envergonhou-se. Não pelo trazia dentro da sua mala, mas sim porque reparou que a mulher policia a olhava tao fixamente como ela olhava para ela.
-“Será que ela está-me a admirar? Duvido, com o que faco não há ninguém que o faca, de longe vê-se quem sou e o que faco. Que se lixe, nunca me importei com o que pensam de mim mesmo” – pensou Maria e dirigiu-se para o seu lugar.
-“Vamos dar inicio a nossa aula. Como sabem os jovens, como qualquer pessoa, gostam de aproveitar a vida enquanto são novos. Mas também sabem do que eles fazem para tal. E penso que estes assuntos também teem de ser debatidos nas escolas, já que são os professores que estão com vocês praticamente o dia inteiro. E para vos ajudar a ter mais informação e mais ajuda, convidei os agentes de autoridade e estas duas meninas que são psicólogas. Eles estão aqui não so para informar-vos mas também para vos ajudar. Estarão aqui por duas semanas ao vosso dispor, basta os procurar pela escola.” – disse a professora Paula olhando propositadamente para Maria.
Enquanto a professora explicava o que estariam aquelas pessoas ali a fazer o Tiago, amigo de Maria, que vivia com ela e com mais duas raparigas e um rapaz, que por sinal, tambem andavam na mesma vida que ela, perguntava a Maria:
Tiago – “Isso que foi inspirar han ahahah”
Maria – “Sabes que tenho de passar o dia bem animada se tenho que aturar esta escola. Ainda por cima com estas conversinhas de que a droga não é bom para ninguém. Vamos morrer na mesma, portanto.”
Tiago – “A falar em droga, viciaste naquela vestida de azul escuro foi? Ahaha”
Maria – “Fica quieto ok?”
E mal que o sinal tocou, ela saiu, e a professora foi atras dela.
Prof. – “Maria, maria? Espero se faz favor”
Maria – “Diga”
Prof. – “Eu tenho dois testes que precisas fazer se não iras chumbar, uma vez mais. E odiava se me fizesses chumbar-te de novo”
Maria – “Mas se as fizer irei chumbar na mesma. Não fara diferenca, não gaste tinta comigo, não vale a pena”
Prof – “Maria, se tu não fizeres nada por ti, ninguém fara. Tens de tentar, esforçar-te mais!”
Maria – “Mas porque é que tenho de fazer isso? Acha que me fara feliz uma folha de papel com uma nota positiva escrita com tinta vermelha?”
Nisto, a Ana, a policia, passa por elas e diz…
Ana – “O papel não te fara feliz, mas se o fizeres, estas a lutar por ti”. E seguiu o seu caminho olhando-a.
Maria – “E esta por ser quem é…”
Prof – “Maria, daqui a dois dias tens de comparecer na sala 7 para os realizares. Se não apareceres, chumbaras. Tu decides.”
E a professora foi-se embora deixando-lhe umas fichas com informação sobre o que sairia nos testes. Maria automaticamente deitou aquilo no primeiro caixote do lixo que encontrou e saiu da escola. Encontrou-se com os seus amigos com quem dividia a casa e lá fumaram tudo o que ada um trouxe. Voltaram para as aulas e a caminho da sala, a Ana parou a Maria puxando-a pelo braco e entregando-lhes as fichas que a ajudariam nos testes que haveria ter deitado no lixo. Maria automaticamente pensou…
“Mas… que diabos… que raio esta acabou de fazer…”
Tiago – “Sonhar acordada nunca foi bom para ninguém, sabe-se la onde podemos bater ahahah” disse o Tiago a meter-se com ela.
Maria entrou na sala e quem estava a falar era ela… Aquela mulher linda! Morena de olhos azuis, alta. O timbre da sua voz fazia vibrar a Maria. Maria não prestava atenção ao que dizia, apenas acompanhava o andamento dos seus lábios.
Ana – “Algum problema?” – dizia Ana apontando para Maria para que esta percebesse que estaria a falar com ela. Todos olhavam e o Tiago apenas se ria. Maria não dizia absolutamente nada, ate que as palavras saíram-lhe da boca, sem que ela desse conta.
Maria – “Problema? Não não, apenas estava a pensar porque raio pos a mao no lixo para me dar algo que eu considero como lixo.”
Tiago continuava a rir-se e Maria, acompanhou-o ate que a professora pediu para que tanto um como o outro saíssem da sala e aguardassem fora desta. No final da aula a agente da policia falou com os dois.
Ana – “Espero que daqui para a frente respeitem o próximo. Pelo menos os vossos colegas, já que eles prestam atenção em algo importante. E se vocês pensam que a vida que levam é das melhores, então esperem ate terem 50, 60 anos e olharem as vossas fotografias e verem que o que voces esto a ser agora, são um nada. Isso a que vocês chamam de vida é que é lixo Maria.”
Virou-se e foi-se embora. Tiago ria e ria muito, mais parecia que estava num circo a ver os espalhafato que os palhaços sempre fazem. Maria ficou seria. E por algum motivo a palavra “vida” e “lixo” permaneceram na mente dela. Eles saíram da escola e chegaram a casa. Tiago perguntou a Maria se queria uma nova “fruta” que tinha comprado a um amigo seu, e estranhou a sua resposta.
Maria – “Não Tiago. Eu quero é ir tomar um banho e dormir. Xau”
E assim saiu. Tiago estranhou tanto que nem ele experimentou a tal “fruta” nova. Pois Maria nunca tinha negado nada.
E assim se passou uma semana. Maria continuava a negar os produtos que o Tiago e os seus amigos traziam, e estes continuavam a estranhar.
Na segunda feira da segunda semana, Maria tinha-se arrumado mais cedo, e foi para a escola. Fazia já uns dias que estava limpa. Maria parecia andar a procura de alguém, mas quem?
Logo avistou quem procurava e foi ao seu encontro.
Maria – Ola bom dia, eu queria dar-lhe uma palavrinha, se fosse possível…
Ana – Bom dia, claro e o que a menina deseja?
Maria – As suas desculpas…
Ana – Como?
Maria – Semana passada tratei-a mal quando a senhora apenas queria me ajudar… E depois daquele seu sermão, não sei…
Ana interrompendo – Alguma luz se fez nessa cabeca?!
Maria – Por ai…
Ana – Muito bem, desculpas estão aceites. Sube que fez os testes…
Maria – Sim e sai-me bem, não chumbarei. Não por não ter feito estes testes, talvez por um outro motivo qualquer…
Ana – Precisas ser mais confiante e acreditar mais em ti. Não desistas, nada e fácil, mas também nada e impossível.
E assim ficaram por alguns minutos a olharem uma para a outra ate que uma colega se aproximou…
Rute – Oi oi Ana. Ahh, ola maria, sera que me podes dar uns minutos a sos com a ana??
Maria ficou com raiva. Não sabia porque. Talvez do odio que sentia pela rute. Ela era muito intrometida. Ana viu a cara de raiva que a Maria tinha e passou a mao pelo seu braco e abanou a cabeca fazendo sinal para ir, mas com uma cara de que tudo ficaria bem. Maria saiu sem dizer nada, mas ficou a pensar como aquela linda mulher a consegui acalmar. Como apenas um toque seu a conseguia fazer sorrir. Ela estremeceu com o toque de Ana, e Ana ficou olhando Maria seguir o seu caminho.
Durante essa semana ana e maria viram-se muitas mais vezes e maria parecia que andava mais calma, menos de andar a brigar com alguém, de andar com os nervos a flor da pele. Pensavam ate que ela sofria de bipolaridade, mas nada a haver.
As duas semanas se passaram e todos pensavam que ana e seus colegas se iriam embora, maria parecia triste pois pensava que nunca mais a veria, ate que anunciaram que ela, ana e seus amigos, ficariam a vigiar a escola. Maria logo ficou mais contente, e ana parecia também que tinha ficado.
Um mês mais tarde ana encontra maria a lavar os wc’s da escola e logo pergunta…
Ana – Fez porcaria de novo?
Maria – Esta porcaria não e minha, mas eu que estou a limpa-la.
Ana – Não seja espetinha…
Maria – Não fiz nada, não agora…
Ana – hummm Castigo antigo, portanto?
Maria – Pode-se dizer que sim…
Dito isto maria baixou a cabeca e ana aproximou-se dela pondo a mao no seu queixo e ajudando-a a subir, colocando o seu rosto muito perto do dela. Ambas sentiam a respiração uma na outra. Fecharam os olhos e as suas bocas estavam a milímetros de se tocarem quando rute entra e fala…
Rute – O que tens que limpar são outras coisas maria!
Ana logo olhou para maria para que esta se acalma-se. Maria simplesmente saiu e foi direto a sala de aula, onde ainda faltava um pouco para começar. Quando ana estava de saída rute puxou-a ficando muito perto dela e dizendo-lhe
Rute – Daqui a 5 mins está dentro da nossa sala. Farei um comunicado muito importante.
E saiu. Ana ficou sem saber porque haveria de assistir a essa comunicado. Apenas estava ali para amparar os alunos da escola.
Mas la foi. Todos se reuniam. A turma a professora paula, e ana, e turma inteira. A turma e a professora paula conheciam-se há 4 anos e por isso, tudo o que acontecia com um, os outros também se sentiam, apesar de alguns afastamentos.
Rute entrou e falou…
Rute – Muito obrigada prof paula, e também aos meus colegas por me deixarem falar, acreditem que valera a pena me ouvirem. Toda a gente pensa que a maria sempre foi mutio certinha antes de entrar no mundo das drogas, mas nunca ninguém chegou a aperceber porque o fez, nem porque vive com amiguinhos dela e não com a sua família, nunca ninguém se perguntou porque? Bem eu sim, tanto que me perguntei que descobri. Tenho que dizer que me chocou nunca pensei, mas depois de pensar um pouco percebi que era a cara dela.
Maria já estava toda vermelha de raiva, tentou varias vezes se levantar, mas tiago não deixou. Ana apenas acenava a cabeca dizendo varias vezes que não, e a professora dizia para dentro
Prof – aos la ver no que isto vai dar.. já estou fartinha das invenções desta rapariga para com a maria.. ela não merece…
Rute, falava falava e não dizia nada, ate que se ouvia uma voz no fundo…
Voz – vais falar de uma vez ou vais deixar a profita dar aula?
Rute – Muito bem ca vai então a razão pelas escolhas da maria. A maria há uns anos atras…
Bom espero que tenham gostado desta primeira parte. Não sei se esta bom se esta mal. Aceito criticas e opiniões. Digam algo… Amanha haverá mais…