Sobre o olhar de engate lembrei-me de uma noite em que cheguei ao Porto ao fim da tarde
depois de uma viagem pela velha N1.
Arrumei a mala no quarto, tomei um duche troquei de roupa e desci para o restaurante para
comer qualquer coisa. Tinha começado a comer quando se sentou na mesa em frente uma
estampa de homem. Ainda novo nos seus trinta e poucos anos, vestido com um fato de três
peças impecável de corte, muito moreno, lábios grossos, sensuais e um leve sorriso
permanente. Cumprimentou-me com um leve inclinar de cabeça e sentou-se. Fui atraído
como por um magneto para o volume que as calças de corte justo não deixavam disfarçar.
Ele, devido ao volume, ou para estar mais à vontade, tinha-se sentado com as pernas bem
abertas fazendo com que eu estivesse em linha de vista com aquele espetáculo.
O cansaço da viagem pareceu desaparecer como por magia e resolvi tentar a minha sorte.
Mantive quase durante todo o jantar o olhar colado à zona de entrepernas, claro que a certa
altura a minha fixação não lhe passou despercebida e foi a vez dele de me começar a tentar
captar o olhar, a princípio algo timidamente mas depois já em plena troca de olhares, vendo
a disposição dele fixava-o uns momentos nos olhos e depois baixava-os para a braguilha
que me pareceu ter aumentado de volume! Acabámos de jantar e mandamos vir o café ao
mesmo tempo, tomamos o café agora já descaradamente de olhos nos olhos e ele sempre
com aquele sorriso delicioso, quando pousou a chávena e se levantou foi com algum
espanto que se dirigiu a mim e me convidou para tomar um copo no bar.
No corredor para o bar aproveitei para me apresentar o que ele correspondeu, no bar
pedimos dois whiskies e sentamo-nos numa mesa afastada, estavam poucos clientes e
pudemos estabelecer uma conversa íntima em que ele perguntou com um tom de voz baixa e algo tímido se eu estava
interessado nele, que tinha sentido o meu olhar algo insistente e o que é eu desejava, deixou a
frase no ar aguardando a minha resposta. Disse-lhe que sim que estava e se ele se importava a fim
de irmos para o quarto para ver como nos dávamos, senti ele pisar-me o pé e encostar a
perna à minha numa afirmação muda. Disse-me com o mesmo ar tímido que era casado e
que nunca tinha feito isto, mas que tinha muita curiosidade em estar com um homem que
por vezes se sentia atraído mas que tinha medo de ser gozado e como eu tinha avançado….tinha conseguido corresponder aos meus olhares.
Continuamos na conversa, descansei-o sobre os receios dele e terminamos o whisky.
Perguntei-lhe se queria no quarto dele ou no meu e ele disse-me que teria de ser no dele
pois estava à espera de uma chamada da mulher, mostrou-me discretamente a chave com o
número do quarto e eu disse-lhe que já lá ia ter.
Deixei-o no bar e subi ao meu quarto para ir buscar o meu kit com o gel e as camisas-de-
vénus, estávamos em plena epidemia da SIDA e era melhor tomar as precauções habituais,
embora ele dissesse que era casado... nunca se sabe.
Estava excitado e controlei-me para não correr, o quarto dele ficava no andar abaixo do meu
e nem sequer tomei o elevador, desci o lanço de escadas e daí a pouco estava a bater à porta
do quarto dele. Abriu rapidamente a porta e mais depressa a fechou puxando-me para
dentro. Estava já sem casaco nem colete e ficámos um momento a olhar um para o outro,
abracei-o e senti-o tremer, atraí-o para mim e segurando-lhe na nuca beijei-o com suavidade
naqueles lábios que me tinham tentado desde o primeiro minuto. Algo rígido correspondeu
e abraçou-me com força, beijava bem com os lábios sensuais e grossos que se abriram como
mágica à minha língua.
Continuamos a beijar agora já com ele mais descontraído e fomos andando sempre
abraçados até nos sentarmos aos pés da cama. Aproveitei para lhe tirar a gravata e começar
a desabotoar os botões da camisa. A mão dele deslizou pelas minhas costas acariciando-me
cada centímetro de pele até chegar às minhas nádegas que empinei sensualmente para lhe
permitir os avanços. Não parávamos de nos beijar, derretia-me todo nos voluptuosos lábios
que me arrepiavam a cada beijo mais lascivo que o anterior, as nossas línguas pareciam
cobras enlouquecidas nas nossas bocas.
Com a fralda da camisa de fora das calças expus-lhe o peito viril e musculado coberto de
pelos negros e sedosos, adoro homens peludos e o odor a macho inundou-me as narinas,
exalava um ainda percetível aroma a água de colonia que me excitou bastante. A mão dele
não parava de me acariciar o rabo, insinuando os dedos bem fundo do meu rego. Depois
de lhe apalpar todo o peito percorrendo e afagando-lhe os mamilos deslizei rapidamente
para o objeto da minha devoção e desapertando-lhe o cinto abri o fecho éclair da
braguilha meti a mão por entre a abertura das boxers e senti enfim a dureza da sua
masculinidade.
Ele soltou um fundo suspiro e beijou-me com mais força deitando-me de costas na cama,
inclinando-se sobre mim desapertou-me rapidamente as calças e puxou-as para baixo
arrastando as cuecas as meias e sapatos. Fiquei todo exposto deitado de costas no meio da
cama com as pernas penduradas enquanto ele se acabava de despir. Como já suspeitava tinha
um físico de atleta, muito moreno e com umas marcas brancas muito eróticas do fato de
banho. O que me fascinou foi porém a pujança da verga muito curva fazendo quase um arco
a tocar-lhe na barriga peluda e com uns abdominais bem marcados. Muito escura, no meio
de uma pintelheira que se unia aos pelos do ventre, com uns gordos colhões também muito
negros. A pichota não era muito grossa mas …era comprida!!! coroada com uma tola em
forma de chapeleta de um vermelho escuro quase roxo, desprovida de prepúcio apresentava-
se toda nua na sua pujança de órgão masculino tão por mim desejado.
Deitou-se ao meu lado e agora pele com pele continuamo-nos a beijar, passou rapidamente
a cavalgar-me e nessa posição a minha mão encontrou o membro dele como um magneto
atrai um pedaço de ferro, o pénis dele vibrava e pulsava engorgitado de sangue e expelia já
em abundância o suave fluido do pré orgasmo.
O meu rabo era apalpado e as nádegas afastadas numa incessante massagem prodigalizada
pelas fortes mas suaves mãos do meu parceiro. Sentia por vezes um dedo ou outro insinuar-
se no meu anel num pedido mudo para a minha entrega.
Reconhecendo que já era altura de ceder às suas súplicas mudas tirei uma camisa de Vénus
e com alguma dificuldade devido à grossura da tola desenrolei-a ao longo da pichota
ficando uns bons três dedos por cobrir! Devia ter bem uns dezoito a dezanove centímetros
de comprimento, ele estava de joelhos a cavalgar-me e foi só eu virar-me debaixo dele para
ficar com o membro encostado ao meu rabo. Lubricamente tomei logo a iniciativa de me
roçar nele sentindo os pesados tomates e raiz do membro bem assentes no meu rego, devia
ter o anel já bem relaxado com toda esta marmelada pois experimentei de seguida um dedo
a entrar no meu canal do gozo. Gemi feito putinha para o excitar e o descontrair pois notava
ainda uma certa timidez que o tesão não dava para ocultar, de certo modo também me
excitava ser eu a iniciar este trintão nas artes homossexuais. Não tínhamos depois da
conversa no bar trocado mais do que três ou quatro palavras, fui eu que quebrou o silêncio
só interrompido pelos chupões e lambidelas mútuas:
- Queres meter agora? Solicitei com a voz mais tesuda que consegui articular – e para o
decidir a passar a barreira de estar com um homem peguei no tubo do Ky e pondo umas
generosas gotas nos dedos untei o anel introduzindo várias vezes dois dedos bem fundo no
rabo para ele ver bem onde ia entrar lubrifiquei-lhe depois a camisa aproveitando para o
masturbar um pouco mais (como se isso fosse necessário!) peguei-lhe no membro e levantando as ancas
encostei-o ao meu rabo, empinei mais as nádegas e recuei ao encontro dele.
Senti-me então agarrado fortemente pelas ancas e quase levantado no ar e a pressão da grossa tola no meu esfíncter aumentou de repente mal me dando tempo para relaxar o anel e guiando-lhe a pichota o melhor possível naquela
pressa toda fui penetrado de repente e senti-o deslizar sem parar até estar encostado ao meu
rabo, o comprido caralho estava de certeza no fundo do meu recto! Ofegante foi a vez dele
de falar:
- Foda-se, que bom, nunca pensei que fosse assim o teu cuzinho é tão quente e apertado,
vou-te comer todo –
E se o disse melhor o fez posso dizer que não foi a melhor foda até então, fui comido por
homens muito mais delicados e que me satisfizeram melhor, mas foi sem duvida uma foda
sexualmente muito intensa, em vez de foder num ritmo lento como eu gosto para me vir à
vontade a cadencia era alta e ….profunda, quando me virou para a posição de frango assado
é que a enorme rigidez do membro aliada à enorme chapeleta me tocaram fortemente na
próstata fazendo-me vir descontroladamente, dessa vez não foi preciso fazer voz sensual
pois os gemidos foram bem reais!
Esperou até eu acalmar aproveitando para esfregar o meu esperma em toda a barriga
continuou a foder mas como de certeza não estava habituado a ter relações com ela
demorou um tempo imenso a vir-se para meu prazer de o ter dentro de mim tanto tempo
com aquela inusitada virilidade.
Quando por fim se veio ejaculou longamente e caiu ao meu lado exibindo ainda um tesão
com a camisa pendurada bem cheia de esporra. Depois de nos lavarmos tomamos outro
whisky do minibar e foi aí, os dois deitados na cama, ainda todos nus que ele me contou que
eu tinha sido o primeiro homem com quem tinha tido relações. Perguntei-lhe se tinha sido
bom e se ele estava bem ao que ele me disse que era uma experiencia que ia de certeza
repetir muitas vezes !!
Despedimo-nos sem ter voltado a foder e apesar de termos trocado endereços e telefones
nunca mais o vi.