Parte 2
Voz – vais falar de uma vez ou vais deixar a profita dar aula?
Rute – Muito bem ca vai então a razão pelas escolhas da maria. A maria há uns anos atras…
Maria – Eu não sei o que é que esta gente toda te a ver com a vida de uns e de outros, eu vou-me embora… E maria saiu, toda a gente ficou preocupada com ela pois ela saiu com os olhos e a cara toda vermelha da raiva que sentia. Ninguém sabia para onde ia. Tiago saiu logo atras dizendo…
Tiago – Nem pareces ser a Rute que nos conhecíamos, a amiga e irmã que tanto nos adorávamos!
Rute ouviu tudo e pouco se importou…
Rute – O que esta feito esta feito, não e ela fugindo que ira mudar as coisas! Ela não é o que toda a gente pensa! Há uns anos atras ela engravidou e abortou. Talvez tenha sido por isso que a puseram fora de casa. O pai da criança, bom talvez ate podesse ter sido o tiago, eles andam sempre juntos. A questão é, como é que ela pode fazer isto? Era uma criança, por amor de deus!
Todos ficaram indignados. Não pelo que a rute contou mas sim pela sua atitude de divulgar algo tao sensível e tao complexo que nem a ver com ela tinha. Todos pediram a professora para sair, pois queriam ir a procura da maria para saber como estaria. Nisto, já a policia ana tinha saído, mal ouviu as primeiras palavras da rute contando a historia da maria. Todos se juntaram a procuravam a maria.
Maria que tinha saído as pressas e muito revoltada não parava de chorar, pois o que lhe tinha acontecido não foi algo assim tao simples. Tiago, tinha-a encontrado e ficou com ela. Eles eram os melhores amigos, desde pequeninos que se conheciam, assim como a rute também. Eles os três eram inseparáveis, mas algo aconteceu para que a rute os odiasse tanto, e vice versa. Maria não aguentou a dor que sentia pela atitude de rute e pelo que lhe tinha acontecido há uns anos. Reviver aquela situação de novo, dava cabo dela. Ela então pegou no pó que tiago trazia com ele, contra a vontade dele, e ingeriu tudo. Digamos que a dosagem não era nada pouca. Maria saiu e foi andando pelas ruas, pelos bares. Bebeu tudo o que encontrava e não queria saber de mais nada. Tiago aflito ligou então para a professora que por sua vez, ligou para a agente ana. Esta logo tratou de por todos os agentes a sua procura.
Já se passava da 22h e nada de maria, ate que ana ligou para o tiago para pedir uma informação desse tal passado, e encontrou-a. Estava na praia. Segundo tiago, foi para la que ela foi quando abortou, pois o mar acalma-a e traz-lhe paz. E lá foi a agente ana atras de maria. Chegou la e viu-a deitada, a tremer de frio e com cara de quem chorou muito. Ana logo ligou para os seus colegas a dizer para cancelarem a busca visto que ela a tinha encontrado e que daqui para a frente ela trataria do caso. Ana logo tratou de dar o seu casaco a maria que disse…
Maria – É irónico vestir um casaco de policia…
Ana não disse nada e apenas a abraçou. Maria chorou. Chorou muito nos bracos de ana até que adormeceu. Ana pegou-a ao colo e pose-a no seu carro e levou-a para sua casa. Antes de arrancar, ligou para o tiago…
Ana – Tiago? É a agene ana. É para dizer que a maria esta bem e ficara comigo esta noite. Penso que ficara melhor num sitio menos tentativo a drogas. Espero que me entende.
Tiago – Sim sim claro. Entendo perfeitamente, e acho melhor. Aqui ela não conseguiria se acalmar direito. Muito obrigada senhora agente.
Ana – Obrigada eu tiago. Boa noite.
Tiago – Boa noite.
Tiago mal que desligou o telefone pensou muito no que podia fazer para ajudar a sua melhor amiga. Nessa noite nao dormiu, pois queria falar com os seus companheiros da casa. Pediu-lhes para que arranjassem um outro sitio para viverem. Pois estava cansado daquela vida e que iria deixar as drogas definitivamente. Os seus colegas não reagiram bem ao seu comunicado, ameaçaram-lhe ainda, mas ele deu a volta a situação e se não saíssem dali ele iria contar tudo o que sabia sobre os assaltos que tinham feito.
Na casa da agente ana as coisas iam mais calmas. Ana carregou a maria desde o carro ate a sua casa e deitou-a no sofá e com todo o cuidado tentava-a acordar. Maria foi abrindo os olhos devagarinho e sem entender nada perguntou…
Maria – Onde e que eu estou? E porque e que estou contigo?
Ana – A policia sou eu e tu é que fazes o interrogatório han…
Maria deu um sorrisinho, mas logo baixou a cabeca. Estava envergonhada por ter ingerido novamente algo que lhe fazia tao mal.
Ana – Vai tomar um banho, para ficares melhor. Eu vou preparar algo para tu comeres.
Maria agradeceu e foi tomar banho, como estava ainda meio zonza pediu ajuda e ana levou-a ao wc e ajudou-a a por dentro da banheira. Tirou-lhe peca por peca e deixou-a a tomar banho. Obvio que ana se sentia bastante atraída por maria, mas não era a altura de tentar nada. Ate porque na cabeca de ana aquilo não podia de forma alguma acontecer, apesar do quase beijo mais cedo.
Logo foi para a cozinha preparar algo para maria comer para quando saísse do banho. Arranjou também o sofá onde fez uma cama. Maria saiu do banho e estava vestida com uma sweet branca e umas calcas de pijama que ana dispensou para ela. Ana deu um sorriso quando a viu vestida assim.
Maria – O que foi?
Ana – Nada. So que eu sabia que iria-te ficar bem essa camisola.
Maria – Humm, sei… Sera que poso ficar com ela?
Ana – Claro. Eu já não a uso há já algum tempo, podes ficar sim.
Maria – Obrigada.
Ana – Não precisas agradecer.
Maria – Obrigada não so pela camisola. Pelo casaco também, pelo abraco e por não fazeres perguntas nem criticares ou dares sermão…
Ana – Bem, não te iria deixar morrer de frio, e tao pouco te deixaria desamparada. E não tenho motivos nem razoes para te criticar ou te dar sermões. E depois não e pelo que fizeste ou deixaste de fazer que deixaria de gostar de ti… (um silencio de fez…) Agora come enquanto esta quentinho. Vou preparar-te um leite para beberes antes de dormires.
Maria – Como sabes que gosto de leite antes de dormires?!
Ana – E quem não gosta?
Maria – Tu bebes?
Ana – Humhum, é como que me desse uma noite mais tranquila. E depois imagino que tenhas passado algumas noites sem ele.
Maria – Se fosse so algumas…
Ana chegou-se mais perto de maria e disse...
Ana – Tu tens quem se preocupa contigo, não deites tudo a perder. Ainda es jovem, podes mudar tudo o que tu quiseres. Fazer planos, concretiza-los e ate sonhar e ter mais. Não afastes ninguém quando tu precisas. Ninguem quer o teu mal.
Maria – Porque te preocupas tanto comigo?
Ana – Preocupo-me com toda a gente… (disse dirigindo-se para o frigorifico tirando o leite).
Maria – Acredito que sim. Mas a semana passada vi o diogo a chorar por causa do seu cachorro que morreu e não te vi la a abraca-lo… (disse chegando-se mais perto de ana).
Ana – Bem se queres comparar a tua situação com a dele, tudo bem… Vou preparar-te o quarto. Dormiras la e eu na sala.
Maria – Eu posso ficar na sala…
Ana – Não, eu ficarei… Fica a vontade já volto…
E assim se separaram. Maria acabou de comer e lavou e arrumou o que haverá sujado. Entretanto ana estava a arranjar a cama para maria ter uma boa noite de sono. Maria bateu a porta e perguntou se podia entrar, ela disse que sim. Como ana estava de costas para ela, maria chegou por tras dela e abracou-a. Ana sentiu-se bem com ela a abracando-a, mas mesmo assim afastou-a pensando que estava a fazer algo errado.
Maria – O que foi?!
Ana – Nada… nada… vou buscar o teu leite para descansares, deves estar bastante cansada…
Maria segurou-a pelo braco e por instinto deram as suas mãos.
Maria – Desculpa se te desiludi hoje ao ter uma recaída…
Ana – Não me desiludiste. Bem pelo contrario. So mostraste ser uma pessoa bastante forte e corajosa.
Maria – Mas mesmo assim, eu acho que te desiludi… estava a conseguir, claro que sentia toda aquela vontade de querer ingerir e para ser sincera, ainda sinto, mas há algo em mim que diz que devo parar…
Ana – Entao para… Eu acredito em ti!
Aquelas palavras fizeram com que maria desse um sorriso de orelha a orelha. Ana sorriu também. E assim permaneceram por alguns segundos. Ana chegava a sua cara mais perto e quando faltava milímetros para que os lábios das duas se tocassem o telemovel toca. Ambas dao um salto assustando-se.
Maria – Podias por um toque mais suaves. Não sei como ainda não tiveste um ataque cardíaco.
Ana – Vou levar o teu conselho em consideração, se levares as minhas palavras também.
Maria – Desde aquele dia que te tratei mal que levo… Desculpa-me também por isso…
Ana fez carinho na sua face e atendeu o telemóvel. Saiu do quarto e voltou com o copo de leite na mao para maria.
Ana – Toma. Deita-te e bebe. Vais te sentir bem.
Maria – Quando vivia com os meus pais também me faziam isto…
Ana – Tens saudades?
Maria – E quem não tem?!
Ana passou de novo a mao no rosto de maria fazendo-lhe um carinho. Maria pegou na sua mao fazendo-lhe também um carinho.
Ana – Bom já esta tarde e tu amanha tens aulas cedo. Não te podes atrasar. Vou pedir ao tiago para te vir buscar, eu amanha so irei a escola de tarde.
Maria fez que sim com a cabeca e devolveu o copo a ana que deu um beijo em sua testa e a tapou.
Maria – Fica comigo ate adormecer…
Ana – Hamm… Podes ficar com a luz acesa se te sentires mais confortável…
Maria – Mas não me sentirei tao segura…
Ana não sabia o que fazer. Por um lado queria ficar ali com ela, mas por outro tinha medo. Ana saiu do quarto e foi por o copo na cozinha. E enquanto tomava banho, maria dava voltas e voltas na cama. Não conseguia adormecer apesar do cansaço que sentia. Ana saiu do seu banho e deitou-se no sofá para tentar dormir. Não conseguia também. Resolveu então ir ate ao quarto ver se maria estaria bem. Maria ouviu a porta a abrir e fechou olhos, como que se estivesse a dormir. Ana abriu um pouco a porta e ficou encostada a ombreira da porta vela dormir. Ana sorria. Desencostou-se e deu e tentou ir ate maria, mas mal que deu um passo em frente deixou cair uma moldura que havia numa mesinha a entrada da porta. Maria não teve como não, e abriu automaticamente os olhos assustada.
Ana – Desculpa… Vim ver como estavas e acabei por te acordar…
Maria – Não tem mal. (Maria levantou-se e foi ajudar ana a pegar a moldura do chao. Ana espetou um vidro no dedo…)
Ana – Ai porra… desculpa o palavrao, mas isto doeu mesmo!
Maria riu-se e disse…
Maria – Uma rapariga com esta idade a queixar-se por um cortezinho que mal se ve?!
Ana – Por acaso estas-me a chamar de velha?!
Maria – Não longe de mim! (Disse ironicamente, mas brincando)
Ana – Para tu informação apenas tenho 28 anos, não sou assim tao mais velha do que tu!
Maria – Entao se não es assim tao mais velha, não te afastes. Isso não importa! Não para mim…
Ana desolhou de maria e levantou-se para deitar a moldura no lixo quando maria a puxou novamente pelo braco.
Maria – Para de fugir! Pareces uma criancinha a fugir de um fantasma!
Ana – Essa comparação não e la muito boa, hoje em dia eles ate de vampiros gostam. E riram. Maria pegou a moldura que estava na sua mao e pouso-a no móvel e fez um curativo no seu dedo magoado.
Maria – Pronto, o doi doi ta curado.
Ana – Para! Isto doi muito!
Maria – (Chegando-se cada vez mais perto de ana…) Humhum, doi muito… eu sei…
Ana – (fazendo o mesmo…) Humhum…
Ambas fecharam os olhos, entrelaçaram as mãos de uma da outra e encostaram os lábios. Nem uma nem outra faziam nada, apenas sentiam a respiração uma da outra com os seus lábios a tocarem-se. Ana, delicadamente, pegou no rosto de maria e foi dando vários beijinhos pela sua face… testa, bochechas, olhos, nariz… E quando finalmente chegou aos seus lábios, tocou-lhes com os dedos. Maria segurava a cintura de ana, quase que a juntando ao seu corpo. Voltaram novamente a fechar os olhos e finalmente se beijaram. Foi um beijo suave, meigo, sinceramente sentido. Um beijo apaixonado e bastante calmo. Maria começou a subir as suas mãos pelas costas de ana por baixo da sua blusa. Ana parou e disse…
Ana – Não! Tu precisas dormir e eu também… É tarde…
Maria – Sei… Dorme aqui, por favor…
Ana sorriu e abanou a cabeca dizendo que sim. Maria deitou-se numa ponta e ana, na outra. Maria foi-se chegando para o lado de ana. Ana já se sentia bastante quente e com vontade de beijar novamente maria e avancar, mas também não queria. Não enquanto tudo não estive devidamente esclarecido. E quando digo tudo, é tudo mesmo. Maria abraco-a por tras ficando as duas de conchinha, dando um beijo em seu pescoço. Ana largou-se dela e disse…
Ana – Maria por favor… Não me facas isto. Tu não estas bem e eu, sinceramente, também não… Não quero que as coisas aconteçam assim, isto é tudo muito repentino…
Maria – Eu compreendo… (Virou-se para o outro lado pensando que ela não quisesse estar com ela pelo que ela tinha feito no seu passado).
Agora foi a vez de ana a abracar por tras e ficar de conchinha com ela.
Ana – Não fica assim, não gosto de te ver triste… Eu prometo que te irei ajudar em tudo o que tu precisares… Não te irei abandonar… Toma, agarra a minha mão. Teras todo o meu apoio!
Maria sorriu e agarrou a mao de ana com toda a sua forca.
Ana – Mas não me a arranques, ainda preciso dela para disparar contra a algum criminoso. Maria olhou para ela com os olhos muitos abertos como quem diz “não me assustes, mais do que já me assustas”, e ambas riram. Beijaram-se uma vez mais e adormeceram.
Bom esta foi a parte 2 deste conto. Espero que tenham gostado, e que estejas a gostar da historia. Ainda haverá muita reviravolta!