DUAS CARAS
Capítulo 23
Nossa conversa acabou nesse momento. Eu tinha receio do que seria esse plano.
Eu e o Gabriel fomos almoçar, e depois me deixou na Câmara e ele foi para a sua seção que teria com os demais deputados. Enquanto eu organizava alguns papeis no gabinete do Gabriel, a Adriana chegou do seu horário de almoço.
- Boa tarde. – Falei.
Ela apenas me olhou acenando com a cabeça sem falar nada. Sentou-se em sua mesa e fez algumas ligações, parecia ser com alguns eleitores do Gabriel. Eu continuei fazendo o meu trabalho, e a Adriana a todo o momento me encarava. Aquilo me deixava incomodado, desde que comecei a trabalhar com o Gabriel nunca havia conversado com ela. E essa era à hora. Levantei da minha mesa, fui ate a mesa dela e me sentei na cadeira em sua frente. Ela estava mexendo no computador, virou-se e me encarou como querendo saber o que eu queria com ela.
- Adriana, nos nunca conversamos. – Falei. – Eu fico pensando, eu te fiz alguma coisa?
Ela me encarou com aquele nariz empinado e seu semblante de que “sou superior a você aqui”.
- Não me fez nada. – Falou voltando seu olhar para a tela do computador.
- Só acho que deveríamos conversar mais, trabalhamos juntos.
- Não trabalhamos juntos, alias, eu nem sei o que você faz. – Falou com deboche.
- Por que você é mal educada? Vim aqui numa boa pra conversar com você, ate acho errado o jeito com que o Gabriel te trata.
- Olha, eu não tenho nada contra você. Ate acho você um bom garoto com um futuro brilhante pela frente. Mas vou ser sincera. Você vai se prejudicar por causa do deputado.
- Por que acha isso?
- Acha que eu aceito tudo o que ele me manda? Eu estou farta. Há anos ele só me trata como um lixo, mas ele não perde por esperar.
- Adriana, você não esta pensando em prejudicar ou fazer alguma coisa contra o Gabriel né?
- Você acha que esse deputado é um santo. – Ela riu sinicamente. – Se você me ajudar, saímos ganhando. Agora se ficar contra mim ou tentar me atrapalhar, as coisas vão ficar muito feias para o seu lado.
- Como assim? – Perguntei assustado.
- Simples. A reunião que você foi. Lembra? – Confirmei com a cabeça. – O deputado e seus aliados vão dar um golpe pra tirar o presidente da Câmara. Ele faz muitas coisas ilegais, e alem de me tratar como um lixo mesmo sabendo que eu tenho a faca e o queijo na mão pra prejudicar a vida dele.
- Adriana, eu sei que você tem raiva dele por isso. Mas no que essa vingança vai adiantar?
- Garoto. Você parece não entender o que se passa debaixo do seu nariz. – Disse alterada. – Das coisas ilegais que já presenciei. De uma noite que tive de ficar presa por suspeita de ser cúmplice dele.
- Seus argumentos são convincentes. Eu concordo. Mas não teme de se prejudicar ele, acabe se prejudicando também?
O olhar da Adriana se fixou em mim.
- Há muita gente querendo derrubar o deputado, não sou apenas eu. Isso é um jogo, onde há muita gente envolvida por dinheiro e interesse, e principalmente espaço. Espaço esse que ficaria aberto com a saída do deputado. O veto a emenda que o Deputado Marques quer instituir seria a única forma de garantir o espaço dele.
- Então, essa emenda não só prejudica o presidente da Câmara como prejudica o Gabriel?
- Isso mesmo, sai o presidente e entram todas as denuncias contra o deputado.
- Vai ser você que vai denunciá-lo?
- Indiretamente.
- E o porquê me contou tudo isso? Posso contar para o Gabriel.
- Só se você quiser se prejudicar também. O dinheiro que foi investido na ultima campanha dele foi originário de trafico e corrupção. Você faz idéia de quanto foi isso?
Ela me pegou de surpresa, eu sabia dos podres dele, mas acreditava que era tudo por influência do pai dele.
- Não faço idéia.
- Mais de 10 milhões com compra de votos, impugnação e manipulação de resultados e outros crimes, e eu tenho prova de tudo isso.
- Uma quantia alta. – Falei. – Tudo isso do trafico e de desvios públicos?
- A grande parte. Tenho acesso a todos os dados do Deputado, cada centavo e a origem de seu dinheiro.
- Onde conseguiu essas coisas?
- Minhas fontes não importam. Mas eu vou te fazer uma pergunta Bruno. Eu não deveria ter tocado nesse assunto com você. Alias eu queria mesmo que se fudesse junto com o Gabriel Marques, mas te achei um garoto legal, fui com sua cara. Vou te dar a oportunidade da escolha.
Eu fiquei calado. E ela prosseguiu falando.
- Sua resposta vai decidir se você vai passar os próximos anos de sua vida na cadeia junto com o deputado. Ou você me ajuda a acabar com o deputado, ou fica quieto na sua e não se envolve em nenhuma das partes, se contar ao Gabriel, não terei piedade e você vai para as grades junto com ele, por cumplicidade e será enquadrado em vários artigos, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, e muito mais.
- Olha Adriana, eu prefiro não me envolver, eu só queria construir minha vida, mas o que ganhei foi essa bomba. – Eu já chorava.
- Não chore que isso me corta o coração. Mas então fica na sua, não se envolve, você vai continuar trabalhando, apesar de trabalhar para o deputado, você esta contratado pela Câmara, vai continuar a ganhar seu dinheiro e seus estudos vão continuar sendo pago.
Eu fiquei sem idéia de como reagir a tudo aquilo que a Adriana me falou. Ela me mostrou algumas provas que tinha contra o Gabriel, desde escutas telefônicas, comprovantes de transações ilegais, entre outras. Eu decidi por não me envolver e não me envolveria mesmo. A tarde se passou, fiz um lanche, peguei o ônibus e fui para a Faculdade. Tentei prestar atenção, tentei mas não consegui. Pedi licença para o professor e decidi sair um pouco para tomar um ar. Fiquei alguns minutos sentado nas escadarias olhando a lua cheia no céu. Senti um toque em meu ombro, era o Diogo.
- O que esta fazendo aqui fora? – Disse sentando ao meu lado.
- Só quis tomar um ar.
- Faz tempo que você esta estranho. No começo você era super animado, vivia sorrindo, hoje seu olhar é vago e triste. Foi alguma coisa com sua namorada?
Fiquei em silencio um pouco, e ele respeitou meu silencio.
- To enfrentando uns problemas, mas não tem nada a ver com minha namorada. Alias meu namorado. Eu sou gay Diogo.
- Gay? – Perguntou surpreso.
- Espero que não atrapalhe nossa amizade.
- Não. De jeito nenhum. – Falou ele. – Não tenho preconceito
- Você não tem cara de gay.
- E gay tem uma cara especifica por acaso?
- Não, não foi isso que eu quis falar.
Ficamos mais um pouco ali calados, e voltamos para aula. Consegui prestar um pouco mais de atenção, mas não via a hora que acaba-se e pude-se voltar pra casa, precisava de um abraço da única pessoa que consegue me acalmar nessa vida.
As horas que pareciam não passar, finalmente passaram e a aula acabou, como sempre o Diogo fez questão de me levar e me deixou em casa. Me despedi dele, e entrei pra dentro de casa. O Arthur já me esperava com o jantar. Abracei ele forte, sentia sempre aquela segurança de estar perto dele.
- O que foi meu amor? – Perguntou Arthur.
- Nada! Só me abraça.
Ele fez isso, não disse nada e apenas me abraçou. Tomei um banho pra ver se eu melhorava, fiquei longos minutos em meus pensamentos debaixo do chuveiro, o que eu mais queria é que a água que escorria por meu corpo, leva-se juntos minhas preocupações, meus medos tudo ralo a baixo. Terminei meu banho, vesti uma roupa e fui jantar com o Arthur, ele apenas ficava me olhando comer, seu prato mal havia mexido.
- Estou preocupado com você.
Eu tentei esconder do Arthur, eu tentava, mas ele me conhecia melhor do que ninguém, seu olhar fixo ao meu, nem terminei de comer, levantei da cadeira, puxei-o pela mão até a cama.
- É alguma coisa com a faculdade, com o trabalho...
- Deixa eu falo. – Interrompi ele. – Minha cabeça está fervendo. Eu não vou te esconder, envolve tudo, trabalho, o Gabriel.
- O que aconteceu?
- Estou com medo de sobrar pra mim as cagadas do Gabriel.
- Eu sabia. – Falou Arthur. – Você não pode mais continuar trabalhando com ele.
- Mas eu...
- Mas nada Bruno. Se te acontecer algo eu não me perdoo por não ter evitado de acontecer. Você é a única razão de eu querer continuar a viver. – Arthur já chorava.
- Calmar amor. – Abracei ele forte, enxugando umas lágrimas que escorriam por seu rosto.
Ele se acalmou um pouco, segurou meu rosto e disse:
- Você não vai mais voltar a trabalhar com aquele bandido.
- Arthur eu tenho a minha faculdade.
- Eu pago! – Falou. – Mas você não volta mais pra aquele lugar, nem que eu precise te trancar aqui dentro de casa.
- Isso é cárcere privado. Você que vai se complicar. – Eu ri. – Meu amor, eu não vou me envolver nos podres dele, mas preciso daquele emprego, é a garantia do meu futuro, é a garantia da minha faculdade, nunca que eu aceitaria, você ralar o dia inteiro pra chegar no começo do mês e a maioria do que você ganhou ir pra pagar algo meu, que eu deveria pagar. Eu prefiro trancar a faculdade e arranjar outro emprego.
- Tudo bem, mas amanhã mesmo vai sair desse emprego. Não te quero mais com aquele bandido.
- Ei! – Esbravejei. – Olha aqui Arthur, você é meu namorado, eu te amo. Mas isso não te da permissão de mandar o que eu devo fazer. Você não manda em mim.
- Eu mando sim. – Falou com um sorriso de canto de boca. – Quer ver eu mandar você fazer uma coisa e você vai me obedecer. – Ele me olhou com aquela cara de safado que só ele sabia fazer. Aproximou sua boca do meu ouvido e sussurrou: - Me come do jeito que só você faz meu amor. – Suas palavras sussurradas em meu ouvido me deram arrepios, completado por uma mordida na orelha e um beijo no pescoço.
Segurei seu rosto com as duas mãos, dei um sorriso e lhe beijei a boca, com a marca registrada de nossos beijos. Com muita velocidade e excitação. Ele foi desabotoando a minha camisa. Paramos o beijo, e nos despimos, deitei o Arthur e voltei a beijar sua boca, desci por seu queixo, seu pescoço, seus mamilos e sua barriga. Segurei a base do seu pau com uma mão e comecei a lamber a cabeça, coloquei quase toda na boca e chupei a rola do Arthur. Comecei a chupar suas bolas ele se contorcia na cama. Fui descendo mais com minha língua até o encontro com seu cu. Dei várias linguadas, deixando bem molhado e preparado. Subi e voltei a beijá-lo enquanto direcionava minha rola na entradinha de seu cu. Fiquei atentando apenas pincelando com minha rola.
- Ah mor! Enfia logo. – Disse Arthur abafado entre nossos beijos.
Enfiei minha rola, devagar, deslizando adentrando seu cu. Era bom estar dentro do Arthur, ficamos meia hora, nas mais variadas posições. Gozamos praticamente juntos, estava tão cansado que nem me importei, deitei entre os braços do Arthur, todo lambuzado de porra e adormeci.
ContinuaMuito obrigado a todos vocês, agora só restam mais 3 capítulos para o fim da história, e posso garantir que tem muita coisa pra acontecer. Envolvendo esse desfecho Bruno-Gabriel-Adriana. E Bruno Del Vecchio você é ma influencia kkkkkkkkk brincadeira, te adoro viu. beijão. Muito obrigado também a agatha1986, Edu19>Edu15, HPD, Docinho21 , Kelvin!, Ru/Ruanito, chicao02, Santis, FabioStatz e beel fernandes que sempre me acompanham um beijão pra todos vcs. Ate amanhã.