A Luz da manhã começava a invadir o quarto e criando sombras nas pontas, uma luz luminosa que parecia fazer você se levantar, ou continuar deitado para sempre. Era um simples recado: Ou Você Mata, Ou morre.
A Ponta de Aço/Capitulo 1:
“O começo”
Eu estava nos fundos da casa, treinando, era uma manhã de segunda, o sol passava pelas copas das arvores, criando sombras de vários metros no chão. A luz iluminava a área dos alvos, que estavam organizados a uma distancia de 50 a 80 metros distancia de acordo com minha posição. Um poderoso Arco Longo estava na minha mão esquerda, eu puxava a corda e uma flecha com uma ponta negra na mão direita, o alvo estava a uma media de 60 metros e refletia a luz do sol. De repente, soltei a corda, a flecha disparou como um raio, a ponta negra perfurou o alvo e atingiu a segunda camada de isopor: uma proteção para não estragar as pontas. Calmamente, retirei outra flecha da aljava em minhas costas, mirei em direção as arvores e soltei.
- Você tenta me acertar todo dia né? – Uma voz atrás de uma arvore gritou.
- Você faz mais barulho que um gordo na academia, como não vou saber que está ai.
- Tem Razão.
Ele apareceu, Max, estava vestido com uma calça jeans rasgada e com uma camisa branca larga, seu pano estava preso no bolso e seu cabelo pendia sobre seus olhos que eram azuis, sua pela branca e ele tinha uma estatura “mediana”. Do lado esquerdo do corpo, uma espada e uma bainha pendia na cintura. Ele começou a vir em minha direção, fiquei tenso, resisti à vontade de largar o arco e correr pra abraça-lo. Ele era o único que sabia que eu era Bissexual, já havia contado isso a algum tempo, e ele havia vindo com a surpresa que tinha duvida de sua Sexualidade e se achava bissexual também. Queria contar mais coisas, de como eu gosta dele e muito mais, acho que isso seria uma coisa muito pesada para o momento.
Despertei dos meus pensamentos quando ele me abraçou, após um momento eu o empurrei para longe.
- O que foi Nando?
- Nada, só acho que ouviu alguma coisa.
Olhei para os lados disfarçando meu rosto vermelho, observei meu arco caído ao meu lado: - Melhor entrarmos, não?
- Sim, mas antes quero fazer uma coisa – seu rosto se iluminou.
Em um movimento rápido, ele empunhou a espada e a direcionou até mim. Do meu cinto tirei duas facas; a faca de caça e a faca de atirar. A espada parecia dançar no ar, parou a alguns centímetros do meu corpo, a faca de caça a barrou, com toda força no braço direito, forcei a faca de atirar em direção ao seu punho, a faca ricocheteou e caiu na grama. Ele ficou distraído com esse ato, nesse momento eu girei, e fiquei de costas, encostado nele, isso deixou meu corpo mais tenso ainda. No próximo ato, ele apertou a espada contra meu peito, me forçando para trás, quando a espada pareceu relaxar, sai do espaço confinado me abaixando, peguei a faca de atirar e a impulsionei na lamina da espada e logo após, a pesada faca de caça atingiu sua empunhadura e a espada caiu no chão.
- Muito bom
- Da próxima eu atiro a flecha enquanto você estiver nas arvores ainda, vai me poupar tempo e sujeira.
Ele olhou seu corpo e o meu, ambos estavam sujos de terra e lama. Ele me olhou fixamente, seus olhos me deixaram tonto. Nisso ele correu em direção a casa:
- Eu tomo banho primeiro
- Ah não – a faca de atirar o atingiu no pé. Corri em sua direção, e com ele deitado, sentei em cima dele.
- Sai, me solta.
- Hoje não. Pode se limpar primeiro, depois você entra.
- Tenho que me limpar primeiro, certo?
Temi essa frase, minha tensão chegou a níveis críticos, então ele me puxou para baixo, e começamos a rolar na terra.
A vontade de abraçar e beija-lo naquele momento era muito grande, enquanto estávamos rolando, o sol brilhou por cima dele e seus cabelos começarão e pender sobre meu rosto. Eu estava nervoso, quando ele levantou e foi se limpar, ele entrou em casa, e foi tomar um banho. Eu continuei deitado ali, mergulhado nos meus pensamentos