Sobreviva na guerra, enfrente seus aliados, não morra. Você só tem uma chance de ficar vivo, e agora é a chance.
A ponta de Aço/Capitulo II:
O chamado
Acordei dentro de casa, deitado no sofá da sala. O sol estava sendo refletido pelo vidro e direcionado a mim, incomodando meus olhos. A tevê estava ligada no noticiário que apresentava a previsão do tempo: “Durante hoje e toda a semana, teremos pancadas de chuva na região, atenção aos raios.”. Olhei novamente para fora e sol incomodou meus olhos.
- Max,– gritei – que merda está acontecendo aqui.
Sem resposta, levantei e subi as escadas. Perto do banheiro, ouvi a agua caindo: “Deve estar tomando banho.” . Desci as escadas e fui a cozinha, fiz um lanche simples e voltei para a sala, o jornal havia acabado e começou um filme. Ali sentei e fiquei esperando Max, notei meu arco atrás da porta junto com a espada e as facas. “Ok, está tudo aqui, mas como eu vim parar aqui dentro”
- Finalmente acordou heim – ele disse.
Olhei para trás e ali estava ele, com uma bermuda azul e sem camisa, estava secando o cabelo e a agua escorria pelo seu corpo me deixando tenso. Meu rosto começou a arder de novo.
- Que horas são? Como eu vim parar aqui? Quem me limpou? E por que está esse sol lá for? – falei quase gritando.
- São 14:00 horas, você dormiu 3 horas, eu te carreguei até aqui, passei um pano em você, e onde você esta vendo sol?
Olhei pela janela novamente, e caia uma chuva forte em todo o gramado, o céu estava escuro e os raios iluminavam o lugar. Sentei no sofá, confirmando tudo. Enquanto isso, ele sentou do jeito que estava e pegou meu lanche, devorando-o em 30s.
- Ótimo, você comeu meu lanche.
- E eu te carreguei aqui pra dentro, é um preço justo.
- Pode ir fazer outro lanche – falei – melhor, faça dois.
- Ok, vai tomar um banho.
Subi as escadas vagarosamente, passei perto do meu quarto, meu notebook estava ligado, o abri e constava um novo e-mail. Resolvi que depois eu olhava, peguei minha toalha e voltei ao banheiro.
Tomei um banho lento e quente, sai do banheiro e fui para a sala de bermuda e regata, Max havia dormido no sofá, sobre a mesa estava um prato com um misto quente/frio e um bilhete escrito: “Para você amor!”. Amor? Li novamente. “Para você senhor!”.
Olhei para ele, dormia tão bem, respiração calma e constante. Eu tinha a vontade de abraçar e beija-lo, deitar ali e fica o resto da vida abraçando ele. Ele começou a ficar ofegante, eu percebi que estava sentado sobre sua virilha, olhando para ele. Sua respiração aumentava, sai de cima dele, me afastei e sentei num poltrona ao seu lado. Assisti algumas series e peguei no sono novamente.
Acordei, olhei para o relógio: 19:00. Max ainda dormia, mais tranquilamente, fui até ele, o levantei, houve um gemido de protesto, passei seus braços por cima dos meus ombros e o carreguei subindo as escadas e o levei até o quarto dele. O deitei na cama e lá o deixei, peguei um cobertor e o estendi por cima dele. Fechei a porta e sussurrei uma boa noite.
Desci as escadas e fiquei na sala, limpando a bagunça que fizemos, quando alguém bateu na porta. A abri e vi ele:
- Demorou heim, quase me deixou na chuva.
- Como eu iria saber que vocês iria vir hoje Vincent?
Vincent entrou, tirou as botas e colocou os chinelos, lhe dei uma toalha para se secar e o mandei para o banheiro, precisava de um banho morno pois havia o risco de um choque térmico.
- Vincent – bati na porta do banheiro.
- O que?
- Max já esta deitado, fiz um lanche para você que está na cozinha. Vou dormir já.
- Ok.
Fui para meu quarto, quando estava pegando no sono, me lembrei do notebook. Logo fui verificar o e-mail. O mesmo dizia:
“Saudações Casa 24.
O seu grupo foi convocado para um confronto agendado para daqui 1 mês, logo vocês terão mais informações. Essa mensagem não pode ser respondia, e o confronto não poder ser recusado.
Conselho Geral”
Não sabia oque era aquilo, um truque, talvez, mas naquele momento , o sono já estava me derrubando. Deitei e dormi.