Olá meus amores! voltei para mias uma postagem e, embora eu tenha tido uma semana para escreve-la, não tive quase tempo. Essa situação mudara daqui a algumas semanas e voltarei a postar diariamente, que dizer, de acordo com o numero de leituras e comentários, pois são eles que dão força para os "escritores" continuem "escrevendo". Ademais, espero que apreciem mais esse pedacinho de minha história.
Parte 70
Chegamos à casa do Rafael mortos de cansaço. O dia não tinha sido dos piores, mas foi suficientemente pesado para me deixar exausto. Nada que um bom banho e um soninho não resolvessem. Desembarcamos as compras do carro e guardamos na despensa, que ficava numa porta que eu ainda não havia reparado (na cozinha). Depois nos dirigimos para o quarto, tiramos nossa roupa e entramos no banho.
A água estava na temperatura ideal, meu corpo vibrava ao sentir que o Rafael estava lá e perceber as águas correndo por minha pele. Meu amor me passou o sabonete com muito carinho, hora ou outra roubando beijos, porém apenas isso, carinho, já que o cansaço era grande. Depois do banho vestimos apenas cuecas e fomos para a cama, ele me abraçou e eu dormi profundamente.
“O lugar era bem escuro e era difícil ver qualquer coisa, uma porta estava entreaberta e emanava claridade de seu interior, de modo que quando adentrei no recinto descobri onde estava: A escola.
A diretora estava em sua mesa arrumando as coisas, quando as luzes se apagaram, deixando a sala iluminada apenas pela claridade do luar provenientes da janela aberta. Ouvia-se um leve som que atravessava meu corpo e cotava minha alma. Eu não queria continuar ali, tentei sair, porém percebi que eu não possuía mãos ou pés, eu era apenas o observador.
Diretora – afaste-se – ela disse empunhando a adaga que tirou de sua gaveta, a mesma confiscada de mim.
Seja o que for que estava lá não pareceu recuar, apenas vi a silueta movendo-se ao encalço da diretora. Ele desferiu um golpe que arranhou a criatura, a qual recuou e sibilou, porém avançou novamente, mais violenta.”
Rafael – acorda Lucas, acorda! – ele falava balançando-me.
Eu – o que foi que aconteceu?
Rafael – você estava tendo um pesadelo, gritava e mexia os braços e pés, inquieto.
Eu – desculpe, foi mais um daqueles sonhos doidos – eu disse acalmando meus ânimos. Percebi que meu coração estava disparado e eu suava frio.
Rafael – o importante é que passou – falou abraçando-me e beijando o topo de minha cabeça – agora quero que me conte o que você sonhou – disse ele olhando fundo em meus olhos, narrei o ocorrido do melhor jeito que eu pude.
Depois ele me disse algumas palavras de conforto e decidimos levantar, afinal era início da noite e dormir novamente seria impossível. Tomamos um banho rápido e fomos comer alguma coisa. O Rafael pegou uma torta que estava na geladeira. Quando acabamos fomos ao arsenal pegar mais duas adagas, preparamos a porção no laboratório e as guardamos, afinal a coisa não poderia entrar, porém era bom que as armas estivessem prontas caso tivéssemos que sair às pressas. Finalmente voltamos para a sala da lareira para conversar um pouco.
Rafael – você está meio pensativo amor. O que passa por essa sua cabecinha – falou olhando para mim e dando um leve selinho. Estávamos em um sofá em frente à lareira, eu estava deitado sobre o peito de meu amado, sentido seu cheiro inebriante.
Eu – nada em especial... – eu disse pensando se o assunto tinha alguma relevância para debatê-lo, ou se era melhor jogar tudo para o alto e namorar. A escolha parece óbvia.
Rafael – nós temos tempo, conte-me.
Eu – é que eu ainda penso em faculdade e ter um emprego bacana, meu sonho e ser um médico, mas agora ele parece tão pequeno perante tudo que está acontecendo... – desabafei dando um grande suspiro no final.
Rafael – por que pequeno? Caso você não lembre, toda essa história de monstro é passageira, vamos sim entrar em uma faculdade e seguir com carreiras normais.
Eu – o problema é que não estou estudando como deveria, quer dizer, eu sei que posso fazer uma universidade particular, porém não é isso que quero. Preciso provar para mim mesmo que fiz por merecer – eu disse com convicção em minha voz.
Rafael – não seja por isso! Eu também tenho que estudar, pois compartilho seu desejo. Vamos fazer assim, como temos o mesmo nível, podemos nos encontrar alguns dias, como amanham, para estudar. Temos uma biblioteca imensa e um ao outro, além disso, podemos convidar a Carol, o Alex ou mesmo a Madalena para deixar a coisa mais animada – ele falou me dando à força que eu precisava – claro, se convidarmos a Carol teremos que visitar novamente o supermercado – rimos um pouco.
Sabe aqueles momentos em que você se pergunta o que um cara desses faz com um cara como você? Eu estava me fazendo esse questionamento, pois o Rafael é dono de uma beleza ímpar, uma capacidade de fazer sorrir espontânea, um senso de certo e errado perfeito, bom de cama, ótimo cozinheiro, ótimo dançarina, rico. Tantas qualidades em uma pessoa era algo intrigante e às vezes me questionava se não era apenas um sonho. Afastei a ideia, mas algo me incomodou no pensamento.
Rafael – você é lindo quando pensa... Sabia? – ele disse e eu o olhei nos olhos novamente, aqueles globos perfeitos que pareciam adentrar meu ser e tocar minha alma. Era lindo...
Eu – já se olhou no espelho – falei dando um sorriso e ele deu-me um beijo – quantas mais qualidades você tem?
Rafael – qualidades?
Eu – é... Sei que sabe cozinhar divinamente, e já provou que é ótimo com as plantas, mostrou que sabe me fazer feliz na cama. O que mais sabe fazer... Já sei! Você sabe tocar algum instrumento?
Rafael – Aprendi a tocar piano uma vez – ele disse coçando o queixo em sinal de que estava vasculhando suas memórias.
Eu – acho que vi um em uma sala que tem vários espelhos... Vamos – eu disse levantando-me e o puxando.
Rafael – mas faz muito tempo, provavelmente já até esqueci – ele disse enquanto era arrastado por mim escada acima.
Eu – não tem problema, deve ser como andar de bicicleta, você nunca esquece.
Fomos para a sala dos espelhos, eu sentei em um banquinho perto do piano onde o Rafael logo começou a tocar. Não faço idéia do que era, porém tenho certeza que era a coisa mais bonita que havia ouvido, não sei se era o clima ou meu amor que deixava tudo mais gostoso, sei apenas que era uma melodia que me fazia delirar. Era Bom demais para ser verdade... O telefone do Rafael tocou e tivemos que interromper nosso momento, pois poucas pessoas ligariam uma hora dessas para o Rafael.
Rafael ao telefone – oi Carol. Como você está?
Carol ao telefone – (...)
Rafael ao telefone – Como, onde, por quê? – ele falou preocupado, provavelmente a noticia não era boa.
Carol ao telefone – (...)
Rafael ao telefone – tudo bem, obrigado por avisar, boa noite.
Olhei para o relógio e incrivelmente eram dez horas. O Rafael acabou a ligação e me olhou com o semblante sério... Ai vem bomba.
Continua... será?
Sinceramente eu queria concluir (ao menos essa primeira parte de minha história) no capitulo de numero 100, mas vamos ver o que o destino reserva, pois não faço ideia do que vão falar, nem do que minha mente processará. Enfim... Comentem, critiquem e deixem suas opiniões acerca do conto. Não deixem de deixar dicas ou questionamentos e, ao final, atribuir uma nota. Beijos e até a próxima.