OBRIGADO A TODOS.
***
Acordei cedo, tomei banho, me arrumei e desci. Ao chegar à cozinha minha mãe já tinha saído para o trabalho e tinha deixado um bilhete que dizia:
FILHO, TIVE QUE SAIR CEDO PARA O TRABALHO E SÓ VOLTA A NOITE. O CAFÉ ESTA PRONTO. TOME ANTES DE IR PARA O COLEGIO.
BEIJOS.
BOMDIA.
Eu acabara de completar dezoito anos mais aminha mãe me tratava como uma criança tinha vez.
Tomei café e fui para a sala esperar pela carona do Jeremy.
Não demorou muito escutei a buzina do carro dele.
Peguei a mochila, sai e tranquei a porta. Abril a porta do carona e entrei no carro.
- Iaí, Edw. – Falou o Jeremy.
- Iaí, Jeremy. – Falei colocando o sinto de segurança.
O Jeremy engatou a primeira e acelerou.
Da minha casa para o colégio eram trinta minutos de carro. De ônibus era mais tempo.
Ao chegar ao colégio o Jery estacionou o carro no estacionamento reservado para os alunos. E fomos direto para a sala. As duas primeiras aulas eram de geografia a terceira de informática e as duas últimas de português, do imbecil.
As três primeiras aulas passaram rápidas e logo o sinal tocou anunciando o inicio do intervalo. Eu e Jery fomos lanchar na lanchonete depois voltamos para a sala quando o sinal tocou.
Um minuto depois que entramos o professor entrou.
- Bom dia. – Ele falou.
- Bom dia. - Todos os alunos responderam exceto eu que nem para a cara dele olhei.
- Bom, abram os livros na pagina 10 e façam a leitura do texto e respondam o exercício da pagina seguinte. – Falou o professor.
Eu li o texto e logo respondi o exercício. Como sempre eu era um dos melhores alunos da sala. E era muito popular no colégio.
- Os que já responderam o exercício. Destaque a folha e me entreguem. – O professor falou.
Eu coloquei meu nome na folha e como de costume os meus dados. Quando fui colocar o nome do professor; dei-me conta que não sabia o nome dele. Virei para a Samantha uma das meninas mais gata do colégio – que claro eu já peguei -, e falei:
- Qual é o nome? – Sussurrei.
- Nathanael. – Ela falou sussurrando também.
Eu escrevi o nome dele, levantei e fui em direção a mesa dele entregar o trabalho. Ele pegou o trabalho e falo:
- Não se esqueça de vim hoje à tarde. – E deu um sorriso sínico.
- Não vou esquecer. – Eu falei sem um pingo de emoção na voz.
Depois que todos o entregaram, ele explicou sobre o barroco e ao fim o sinal tocou.
Eu me despedi do pessoal e fui para casa com o Jeremy que sempre me dava carona, pois ele tinha carro e eu não. E a minha casa ficava no caminho do colégio.
Cheguei em casa almocei e depois tomei um banho e me arrumei novamente pois teria que voltar para o colégio. E de ônibus, pois o Jeremy não ia me levar e buscar no colégio à tarde.
O relógio marcava 13h15min. quando eu cheguei no ponto do ônibus. O ônibus veio logo em seguida. Entrei e sentei em uma cadeira perto da janela. Eu estava furioso por ter que ir para o colégio à tarde.
Eu cheguei ao colégio faltando dez minutos para duas horas. Entrei e fui para a sala dos professores procurar pelo Nathanael. Ele estava sentado lendo um livro - literatura eu acho -, MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, MACHADO DE ASSIS. Ao me ver, ele fechou o livro e fez um festo para que eu entrasse. E disse licença e entrei.
- Sabe que eu pensei que você não ia vim. – Ele falou.
- Eu disse que viria. – Rebati.
Ele se levantou do sofá onde estava sentado e falou:
- Ok. Então vamos ao que interessa.
- O que eu vou fazer?
- Você vai começar recuperando o assunto perdido de ontem.
Eu ia sentar quando ele falou:
- Não. Aqui não. Nós vamos para uma das salas dos terceiro anos que esta desocupada. – Ele falou saindo pela porta. – Me acompanhe.
Eu o acompanhei. Ele entrou na sala onde funciona o 3° ano D matutino. A última sala do corredor dos terceiros.
- Aqui está. – Ele falou me entregando um livro. – Abra na pagina 5 que eu vou lhe explicar o assunto.
Eu fiz o que ele disse. Nós passamos as tarde todas estudando. Ele me explicou sobre o assunto e passo um exercício. Que eu respondi sem nenhum problema depois dele me explicar o assunto.
Enquanto eu respondia, ele saiu e logo voltou com duas latas de coca-cola e dois cachorros quente.
- Aqui. Coma deve estar com fome. – Ele falou me entregando um cachorro quente e uma lata de coca-cola.
Eu não hesitei e peguei, pois eu estava com fome já.
- Olha Edwardo. – Ele começou. – Não estou fazendo isso para lhe prejudicar. E sim para lhe ajudar. Os professores me falaram que você é um ótimo aluno. Que não é difícil de ver. Você sai da sala ontem não sei por que, mas espero que isso não se repita. Como você não sabe, ou já sabe, meu nome é Nathanael Smith, sou professor de Português e Literatura. Recém formado. Tenho 20 anos. Mudei-me há pouco tempo aqui para a cidade. E faço de tudo para ajudar os meus alunos. Então espero que você e eu possamos nos tornar amigo.
- Eu também. – Menti. O que eu mais queria era quebrar a cara daquele professor imbecil.
Eu terminei o meu lanche assim como ele. O sinal do fim da ultima aula tocou.
- Pode ir agora. E amanhã lhe espero no mesmo horário. – Ele falou estendendo a mão em um cumprimento.
Eu peguei na mão dele e apertei para não dá um de mal educado.
“você não sabe o que lhe espera” e pensei. Pequei minha mochila e sai em direção à porta.
- Até amanhã, Edwardo. – Ele falou subitamente.
Eu franzi o cenho. Então responde me virando pra ele.
- Até amanhã, professor.
Ou eu imaginei ou ouvi mal, mas acho que ouvi ele dizer baixinho quando e ia saindo.
- Até amanhã, meu querido Edwardo.
Mais acho que ouvi mal.
Eu sai do colégio e fui direto pegar o ônibus para ir pra casa.
Cheguei em casa era mais de seis horas da tarde. Tomei um banho, jantei, assisti um pouco depois ajudei minha mãe a lavar a louça, pois só morávamos eu e ela. Meu pai havia falecido a dois anos e eu era filho único. E depois fui dormir.