Sim, nós podemos 3

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Homossexual
Contém 825 palavras
Data: 18/11/2013 14:52:28
Assuntos: Gay, Homossexual

Passaram mais ou menos duas semanas e nada dele, as aulas já haviam voltado, mas não prestava muita atenção, queria saber o que se passava com ele. Como eu estava confuso só tinha uma saída: Eduardo! Fui a casa dele, a tia “mãe do Eduardo” me recebeu e disse que ele tava no quarto, cheguei lá e disse que precisa de seus conhecimentos (poucos). Desabafei, contei toda a história.

- Nossa trick, finalmente o fogo está se acendendo, vai desencalhar, viado hahaha – sim, muito engraçado.

- Porra, não brinca Edu, tô desesperado, ele não dá noticias. Sou muito burro.

- Calma, ele tá confuso. Se por puro “acaso do destino” tu encontrar com ele por aí, cê acha que ele vai te escutar? – perguntou.

- Não sei, não sei mesmo, acho que é melhor eu desencanar dele. Mas eu não consigo, estou louco por ele...

- Faz o seguinte, marca com ele, se ele aceitar vocês conversam e se você está muito afim dele, convença-o, use suas melhores palavras. Caso ele diga que não desencane mesmo.

- Valeu Edu, vou tentar. Vou indo – falei me levantando e tocando na mão dele. Quando ia saindo ele solta um:

- Arraaaaasa, bi! Hahahaha – olhei pra ele, mandei o dedo do meio e voltei pra casa rindo.

Morávamos próximos, não demorou para chegar em casa. Assim que cheguei vi meu irmão com a maior cara de felicidade e meus pais o abraçando e parabenizando.

- O que eu perdi? – perguntei.

- Ah, nada não, só que o seu mano aqui tá dando entrada em um AP só meu – disse ele com um sorrisão.

- Pô mano, que legal. Pelo visto ser homem da lei dá dinheiro mesmo – Ele é advogado -. E pra quando é a mudança?

- Já quer que eu vá embora? Assim cê me magoa haha. Para fevereiro ou março.

Comemoramos e logo fui para o meu quarto, pensei mais um pouco e resolvi mandar uma sms para o gurizinho.

“Desculpa, não queria te afastar de mim, se você puder me escutar direto eu agradeceria. Vou te esperar no sábado, na orla, ás 18h. Apareça, por favor. Abraço!”

Queria muito que ele fosse, mas não forçaria nada. É o famoso “deixa acontecer naturalmente...”.

Naquela noite quase não dormi, estava com a cabeça estourando, só quem já ficou apaixonado entende. É incrível a quantidade de pensamentos que surgem, alguns tristes, uma sensação de “nunca vou tê-lo”, mas de repente você já está pensando no sorriso do elemento que acelera o coração e como por um passo de mágica um sorriso brota no seu rosto também. Coisas de apaixonados há quem diga que é uma maldição, mas quando se ama, quando se sofre por amor só quer dizer que você está vivo. Qual seria a graça da vida se tudo fosse fácil?

Acordei e já pulei no celular para ver se havia uma sms, uma ligação, qualquer coisa. Porém, nada! Era uma sexta-feira, como sobreviveria até sábado com a duvida se veria ou não o rapaz de sorriso encantador.

Na escola vi o Vini na hora do intervalo, ele era do 2° ano A, logo puxei assunto com ele, perguntei dos meninos.

- Ah, eles viajaram, foram passar essa semana na fazenda do pai deles, vão voltar hoje de tarde. O Marcus não te avisou? – respondi em negativo com a cabeça, e ele continuou – É, ele tá meio esquisito, vive desligado, com cara de bobo, deve estar apaixonado... Até depois trick! – falou se afastando.

Quando escutei aquilo fiquei com um sorriso e com esperança. Será mesmo que o novinho estaria pensando em mim? Que se afastou para pensar melhor? Não sei, mas queria muito descobrir e talvez sábado fosse o dia.

Voltei pra casa e passei o dia fazendo umas atividades, não queria reprovar mais uma vez, não foi nada divertido refazer o 2°ano. Tentava me concentrar ao máximo e serviu para que o dia passasse mais rápido. Olhei o celular e nada de sms do rapaz. Fui dormi mais ansioso do que nunca mais uma vez, sabendo que o dia seguinte seria tudo ou nada.

E mais uma vez levantei checando o celular, já estava aflito com tanta falta de noticias, saber que teria que esperar até tarde era o pior. Fui mais uma vez procurar o que fazer, fazia as tarefas, até ajudei minha irmã nas tarefas dela. E finalmente o relógio estava ao meu favor, comecei a me arrumar umas duas horas antes, estava nervoso. Cheguei na orla e sentei-me no mesmo banco onde eu tinha o visto da ultima vez semanas atrás. A cada minuto que se passava meu coração acelerava mais. Passaram-se meia hora, uma hora, uma hora e meia, já estava desistindo com uma cara de derrotado e perguntando para a lua o porquê disso tudo. Até que sinto um calor nos meus ombros, antes de virar sinto sua respiração e escuto sua voz rouca e suave falando “demorei?”.

...

Aqui está mais uma parte, obrigado aos que leem, desculpem-me pelos erros.

Abraços!

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Comentários

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Nossa muito bom. Ansioso pela próxima parte.

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