Oii! bom gente, desculpa a demora de taaantos dias sem postar nada. só tem um note aqui em casa, e tenho que ficar dividindo com a família inteira. mas logo vou comprar o meu e passar a postar mais vezes. Essa é mais uma parte real da minha vida, que eu lembro com carinho e tristeza. com mais carinho do que tristeza. é um relato real, e eu tentei passar o maximo de informações possíveis. e logicamente, vai ser dividido em muitas partes. não tem muitas partes com sexo, mas sim com amor e a paixão entre mim e a pessoa título do texto. então, vamos ao que nos interessa.
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EXPLICAÇÕES PRELIMINARES: o nome Matheus, significa, do grego, JUNTO A DEUS. E praticamente todo Matheus é apelidado quase que instantaneamente de THEUS, que significa, em grego também e na tradução fiel, DEUS. E o Matheus que passou na minha vida foi exatamente isso. Um deus de beleza, compaixão, ternura, amor, carinho e um deus pra mim.
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Quem leu os contos anteriores, sabe da minha história com a Daiane e o Diego. E foi num desses dias, em que eu ainda sofria por causa da Daiane e chorava por ter usado o Diego pra me vingar dela, que eu conheci o Matheus.
05 de abril de 2007. Nesse dia, durante uma aula de matemática, onde eu não conseguia entender nada da matéria, comecei a chorar, pensando na Daiane. As lágrimas corriam sem controle. Apesar de muitos acharem impossível, eu amava de verdade ela. A mágoa, a raiva e a dor tomavam conta de mim, cada vez mais conforme se passavam os dias. Para que ninguém percebesse que eu estava chorando, saí correndo da sala, rumo ao banheiro, sem ao menos avisar o professor. Corri sem ver quase nada. As lágrimas embaçavam meus olhos e a raiva de mim mesmo por agir daquele jeito ajudava a me cegar. Entrei no banheiro e corri pro ultimo Box. Me tranquei lá e chorei convulsivamente por muitos minutos. Acendi um baseado (eu sempre tinha maconha e papel no bolso ou na cueca) e comecei a fumar, até que ouço alguém entrar no banheiro.
— Toc-toc. Você está bem aí dentro? —perguntou uma voz preocupada.
—Vai embora! Eu não quero conversar! — respondi, gritando.
—Me deixa te ajudar, por favor. — pediu a voz suave e mansa.
—ninguém pode me ajudar. Vai embora, porra!
—me deixa tentar te ajudar. Se eu não conseguir, vou embora. Mas abre a porta, por favor.
Muito a contragosto, abri. Estava ali um garoto do segundo ano (Ensino Médio), que eu já tinha visto milhares de vezes na escola, mas nunca tinha perguntado o nome. Ele era meio alto, cabelos pretos e ondulados, pele morena, chocolate ao leite, olhos castanho-esverdeados (como os meus, a propósito), forte, que fazia academia, taekwondo e trabalhava como estoquista, numa loja de sapatos. Apesar de ele me atrair, eu não queria que ele soubesse disso. Então, comecei a olhar pra ele com cara de “como pretende me ajudar?”.
—oi?
—Oi. —respondi. — e como que tu vai me ajudar?
—nem eu sei. Mas deixa eu tentar. Qual o teu nome mesmo, garoto?
—Luis. E o teu?
—Matheus. Você estuda na sala 37, né?
—é. Olha, vai me ajudar ou não? Eu to sofrendo aqui, caramba!
—é... Eu sei. E na verdade, não acho que ela mereça esse tanto de lágrimas que você tá derramando não. E se continuar assim, vai acabar desidratando. Rsrsrs
Eu ri, mas odiei. Na verdade, odeio quando eu to triste ou com raiva e a pessoa me faz rir.
—besta...kkkk — respondi.
—uuuhhhmmmm... já tá sorrindo. Isso é bom sinal. Vem. Vamos sair desse banheiro. E por favor, me dá isso aqui. Você nem devia saber o que é isso. Tá uma fumaça horrível aqui. Esse cheiro de mato queimado e merda... se alguém te pegar com isso, tu tá expulso, sabia?
¬—e daí? A vida é minha. Eu fumo o que eu quiser, quando eu quiser, falou?
Ele me pegou pelo braço e foi me levando. Fomos pra arquibancada da quadra, que estava vazia e continuamos conversando.
—Para de chorar por vagabunda, pow. Ela não te merecia. E você sabe disso. —disse.
—devolve meu beck, por favor. E eu amo ela. Não consigo ficar sem ela. Dói o meu coração... —o choro voltou a sair, convulsivamente.
¬—eu vou é jogar essa porcaria fora.
E por mais que eu tentasse me conter, as lágrimas insistiam em correr, fazendo meus olhos arderem em contato com o ar e por causa do beck que eu tinha acabado de fumar. Matheus, ternamente, levantou minha cabeça, olhou nos meus olhos e limpou meu rosto com os polegares, e continuou a acariciar minhas bochechas. Seu toque, macio e suave, me faziam acalmar lentamente. Ele me fez deitar na arquibancada, com a cabeça na sua perna, olhos nos olhos. Passava sua mão esquerda na minha bochecha, e com a esquerda, acariciava meu cabelo. Pra mim, o tempo não passava naquele momento. Tudo fazia parte de um mundo congelado, onde só existia eu e ele, sem ninguém que atrapalhasse. A cena era extremamente romântica, e gay, e se alguém por acaso visse, seríamos motivo de piada o resto do ano. Mas nada disso passava na minha mente naquele momento.
Seus olhos claros me davam uma sensação de calor e conforto que nem nos abraços da minha mãe eu sentia. Suas mãos, me acariciando sem malícia alguma, me faziam sentir seguro. Como se ele pudesse me proteger de tudo no mundo. E era daquilo que eu precisava naqueles dias. Carinho, conforto e proteção. Ele deu um beijo no meu rosto e me pediu pra voltar pra sala.
—Lu, volta pra sala. Teu professor deve estar te procurando.
—uhum. Brigado, Matheus. Você é muito gentil, cara. De verdade. Brigado por me ajudar. ¬— e também beijei seu rosto, quase beijando o canto da sua boca, sem querer.
—de nada. Precisando de mim, eu to aqui. Agora vai.
—tá. Então... tchau. Brigado de novo.
Eu não queria voltar pra sala. Aquele garoto era tudo o que eu queria e precisava naquele momento. Eu não sabia se ele era gay, hetero, bi, ou se só tinha sido gentil com alguém que precisava de atenção.
Voltei pra sala, levei um sermão do professor, e tentei ignorar tudo aquilo.
—preste bem atenção, Luis Carlos Sid Costa, se você sair correndo de novo daquele jeito da sala, eu vou ser obrigado a te dar uma suspensão, ouviu?
¬—suspensão... QUE SE FODA, SUSPENSÃO! EU NEM QUERIA ESTAR AQUI MESMO!
—escuta aqui, seu viadinho drogado de merda, eu to pouco me importando contigo. Quer foder tua vida? Vai em frente! Mas se morrer, nem me chama pro enterro, falou? Agora, SAI DA MINHA SALA, PORRA!
—eu vou mesmo embora desse caralho. E vai te fuder, professorzinho de merda!
Eu não ouvi o que ele respondeu. Saí da sala, e voltei pra arquibancada. Ele não estava mais lá. Também já tinha voltado pra sala. Me deitei lá, acendi outro beck (pra vocês verem o grau do vício. Não fazia nem meia hora que eu tinha acendido um. Não tinha terminado, mas já tinha acendido um.) e fiquei pensando na vida. Não cheguei a conclusão nenhuma, então pulei o muro, e fui pra praça do Ralf (quem mora em porto velho sabe onde é). Fiquei lá até umas sete da noite, escondido no escuro, com meus colegas de bagulho. Ali rolava de tudo (cocaína, crack, ecstasy, maconha, etc). Eles me ofereciam, mas eu preferia ficar só no meu matinho mesmo.
Voltei pra casa, comi, tomei banho, levei sermão por chegar tarde, etc.
—onde você tava até essa hora, Luis?
—ah, mãe. Eu fui andar um pouco. Tava com a cabeça cheia.
—e esse olho vermelho? Tava chorando de novo por causa da vagabunda?
—eu amo ela, tá? E não fala assim! Ela não é vagabunda! Eu é que não presto pra ela mesmo! (Mulher acaba com a vida do cara se ele não tiver preparado pra ter uma. Aprendi essa lição sozinho. Doeu, mas aprendi.)
—olha a merda que tu tá falando! Filho meu nenhum é imprestável! Eu sei a quem eu pari. E eu não pari idiota, para vagabunda chegar e acabar com ele. Agora, arruma essa cara, que tu tem culpa também!
—não enche!
Levei três dias de suspensão por ter “agredido” o professor. Todo dia eu saía de casa, fingindo ir pra escola, e ia pra praça ou pra casa de algum “amigo” e ficava lá, jogando Playstation e fumando até a hora de voltar. Minha mãe só descobriu sobre a suspensão, a maconha e que a Daiane tinha me apresentado meses depois. Ela quis me internar, mas eu não queria. E não fui mesmo.
Na quarta-feira em que acabava a suspensão, eu fui pra escola e consegui entrar sem ser visto. Tive aulas normais, até o fim do dia. Na quinta-feira, encontrei o Matheus na entrada da escola e o convenci a cabular aula comigo. Passamos o dia conversando besteiras. A vontade de fumar, perto dele, sumia. E dava lugar um calorzinho gostoso no coração, que eu adorava sentir. Os dias se passaram, fomos nos conhecendo, conversando, trocando ideias, fazendo as brincadeiras bestas de todo adolescente, como passar a mão na bunda do outro antes dele sentar, etc.
—Lu, eu sei que você não é mais virgem. Alias, todo mundo sabe que você comeu a vagabunda da Daiane, e o Diego, que era namorado dela. Mas você prefere o que? Homem ou mulher?
—eu sou bissexual. Você sabe. Não tenho preferência. Pesando 50kg, e tendo mais de 10 anos, eu encaro. Hahahahaha
—tu é muito tarado, bicho. Hahahaha
—mas, e tu? Tá de olho em alguma gatinha?
—cara, eu não curto muito isso não.
—desculpa. Não sabia que você não gostava de falar da sua vida.
—não. Eu quis dizer que eu não curto muito mulher. Eu sou gay, pow. Achei que tu soubesse.
—serio? Sabia não. Quer dizer que eu tenho um amigo gay?
—amigo por enquanto.
CONTINUA...
bom, gente. eu planejo continuar, mas vocês tem que me mostrar se gostaram ou não. se eu conseguir em uma semana nota maior que oito, continuo.
bjos do Luuh pra voces. até mais!