Acordo com o barulho do celular do Ian tocando. Ele pega o celular e o desliga.
Eu - Quem era essa hora?
Ian - Ninguém. Ontem eu botei ele pra despertar. E não "é essa hora", já estar tarde e se você ainda quiser ir até sua vó temos que sair logo. Hoje é feriado, o transito vai tá um inferno.
Eu - Tá certo, bem pensado.
Ian - Agora rapazinho, vai tomar banho, enquanto eu vou preparar o nosso café da manhã. Quando você acabar, eu tomo banho.
Eu - Por que você não vem tomar banho comigo?
Falo o abraçando e beijando seu pescoço.
Ian - Você que se eu for com você, nos não vamos só tomar banho... Vamos acabar saindo daqui bem tarde.
Ele diz me dando um selinho.
Eu vou pro banheiro e ele vai pra cozinha.
Mais ou menos meia hora depois estávamos em frente a sua casa, já tínhamos tomado café, Ian já tinha preparado tudo que iria levar.
Ian - Acho melhor você ir dirigindo. Eu não sei o caminho, posso acabar me perdendo.
Eu - O caminho é fácil, mas eu posso ir dirigindo, de boa.
A casa da minha vó não é tão distante, acho que são 2:00hs de viagem, quase isso. Durante a viagem pedi que Ian me falasse sobre seus amigos, incluindo o tal de Sonny, que ficaram na cidade onde ele morava antes.
Eu - Esses seus amigos parecem ser bem legais.
Ian - Nos bem que poderíamos ir visita-los qualquer dia desses.
Eu - Pode ser...
Falei sem ânimo algum.
Ian - Que foi amor?
Eu - Você quer ver seus amigos ou quer ver o Sonny?
Ian - Ele também é meu amigo.
Eu - Um amigo por quem você foi apaixonado.
Ian - Exatamente. Por que eu FUI apaixonado. Não sou mais.
Eu - Ian, me manda a real. Já rolou algo entre vocês?
Ian - Que?
Eu - Vocês já ficaram, transaram, namoraram? Me conta, eu quero saber.
Ian - Por que isso agora?
Eu - Você me disse que gostava desse cara, mas não me deu detalhes da relação de vocês.
Ian - Nunca aconteceu nada entre nós, quer dizer, teve um beijo... Que causou muita confusão por sinal.
Eu - Como assim?
Ian - Teve um período que ele e o Bernardo, namorado dele, não estavam muito bem. Nesse período ele e eu ficamos muito próximos, eu acabei gostando dele, mas depois que eles se acertaram, eu fiquei sobrando.
Eu - Ele te excluiu.
Ian - Não. Ele sempre me ligava ou ia lá em casa. Eu que preferi me afastar, eles estavam felizes. Eu não queria atrapalhar a felicidade do cara que eu gostava. Mas um dia eu tava bem triste, ele foi lá em casa, eu acabei me declarando e beijei ele de surpresa. O Bernardo viu, terminou com ele, depois eu tive que ir falar com o Bernardo, explicar o que tinha acontecido e blá blá blá. No final eles voltaram. Acho que ainda estão juntos. Então eu recebi essa proposta de vim trabalhar aqui e aceitei.
Eu - Se ele tivesse dito que te amava quando você beijou ele, você ainda teria aceitado vir trabalhar aqui?
Ian - Não sei...
Eu - Você ainda sente algo por ele?
Ian - Nos já falamos sobre isso quando você achou aquela foto.
Eu - Isso mesmo. Nos só falamos por que eu achei a foto.
Ian - Você só esta procurando um motivo pra brigar...
Eu - Responde! Você ainda sente algo por ele?
Ian - Nada além de amizade.
Eu - Sei...
Ian - Serio mesmo Danilo, que depois de todo esse tempo que nos estamos juntos você ainda duvida do que eu sinto por você?
Eu - Que garantia você pode me dar que tudo isso que você me falou é verdade?
Ian - Garantia? Eu não minto pra você Danilo, contei o que você queria saber mesmo sabendo que você faria esse showzinho, por que nós prometemos nunca esconder nada um do outro. E você me pedir garantia? Eu te dei meu coração Danilo. Essa é a garantia que eu posso te dar. Mas se isso não for o suficiente pra você, é porque eu não sou o suficiente pra você.
Depois que ele acabou de falar eu me senti minúsculo. A pior das pessoas. Não era justo ter dito aquelas coisas pra ele. Ele sempre fez eu me senti amado, sempre esteve ali por mim, não importasse a situação. Eu sou um otário, mimado, egoísta...
Eu - Amor, me descul...
Ian - Isso é bem feito pra mim. Eu deveria ter ficado calado. Dizer a verdade as vezes deixa as coisas piores.
Eu - Me perdoa...
Antes que eu termine de falar, ele põe o fones de ouvido, encosta a cabeça na janela do carro e fica lá com um expressão triste no rosto.
O silencio dentro daquele carro estava me fazendo enlouquecer. Eu até tentava puxar algum assunto com ele, mas ele não respondia. Acho que por causa dos fones... Ou simplesmente ele não queria falar comigo. Estava me matando vê-lo arrasado daquele jeito, mas eu não sabia o que dizer.
Meu celular toca, dou uma olhada rã lida na tela e vejo que é uma menagem da Camila.
C - Preciso falar com você urgente. É muito importante. Me liga!
Que será que ela quer? Não importa o que seja, vai ficar pra depois.
Continua.
Sr. Obito, Lena78@, A&M, Thiago Silva, chbds1, Otília Sabrina, agatha1986, fabi26, ofpm... Também estava morrendo de saudade de todos vocês. Espero que continuem gostando. Abraços.
Comentem! Adoro saber o que vocês estão achando sobre o conto.
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