O título é bem sujestivo, sempre quando se pensa em amor as pessoas logo pensan no amor carnal, entre homens e mulheres ou homossexuais. Há outras formas de amor, o fraternal por exemplo.
Naqua todos os dias retrata o descaso humano em suas reportagens, como este do mercado negro de órgão. Amigos virtuais, cuidado com quem conversam na internet, as vítimas do sítio onde Naqua descobriu o esquema ilícito, fazia amizades com pessoas na internet depois a chamavam para passar um fim de semana com eles no sítio. Quem hoje em dia não quer largar o agito da cidade e descansar em um lugar tranquilo junto à natureza?
Muito cuidado em quem você confia, pois pode estar arriscando sua vida.
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Uma semana depois da manchete ter se tornado famosa na mídia, haveria uma festa para Naqua receber um prêmio de jornalismo. Recém formada e ganhando seu primeiro prêmio por mérito nessa matéria, porém ela estava indignada, apenas duas pessoas foram presas pela debuncia. Com certeza pessoas inocentes, o casal de caseiros que moravam no sítio. Seu ex-namorado ainda estava desaparecido, supostamente morto, Naqua pensava.
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Esta noite ela era a estrela, não deixaria ninguém ofuscar seu brilho. Trajando um vestido preto curto, salto alto, uma tiara na cabeça, Naqua entrou no salão, tirando suspiros e assovios de alguns convidados.
Marieta e Antônia estavam sentadas em um lugar afastado, uma mesa de canto. Não queriam chamar atenção, mas Naqua sim.
Beijou a amiga abraçando-a animada, Antônia saiu da mesa. Marieta pediu licença, foi atrás de sua amiga no balcão do bar.
- Poxa, Antônia! Que desfeita para a pessoa mais importantr da festa, além do mais é uma amiga minha.
- Vi como sua amiga a abraça. E mais, essa maluca psicopata é a mesma que entrou no seu sítio e roubou meu carro.
- Hahaha, você é tão alienada. Naqua não é nada disso que citou, ela estava fugindo de criminos quando te encontrou no meu sítio. Ela descobriu um esquema de mercado negro de órgãos.
- Ela apontou uma arma para mim!
- Calma, não grita.
- Eu vou embora.
- Ei, pára com isso hein.
Naqua percebeu o clima estranho, as pessoas estavam olhando para elas no balcão do bar.
- Ei, tudo bem por aqui? - Perguntou Naqua.
- Ah não... - Bufou Antônia.
- Naqua esta daqui é Antônia. Ela estava me contando do incidente entre vocês no meu sítio.
- Antônia... Você! Sim. Muito obrigada, creio eu que estou viva hoje porque você me ajudou.
- Não que eu tivesse escolha com aquela arma apontada para mim.
- Hahaha, você é engraçada. Jamais iria atirar, seria um desperdício de beleza. Olha como você é linda, Antônia.
- Acho que sua amiga bebei demais. Com licença, vou alo fora respirar um pouco, aqui está abafado.
Antônia saiu.
Marieta e Naqua sentaram, pedindo duas bebidas.
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A noite estava apenas começando.