Oi meninas, tudo bom? Desculpem a demora. Eu tinha prometido para algumas leitoras que estaria postando na segunda-feira, mas aconteceram tantas coisas, fiquei doente e bateu o desanimo, dai nem rolou. Não to muito bem essa semana sabe? Mas já me cobraram tanto que resolvi postar hoje, mas antes quero dedicar esse capitulo para minhas mulheres (são todas minhas) do whatsapp. Não sei como está alguns nomes aqui na cdc, então vou por como tá lá, são elas: Carol *-*, Cris, a linda e engraçada da Tefh, a Jake1971, a minha mozin que é a Karen ou Amarela\o/, a Mari ou Marula, a NandaMG, a Mandequinha, a LiahBook e a Natalia Chaby... Aprendi a amar vocês lindas, obrigada pela felicidade que vocês tem me proporcionado. Por tabela dedico também a Edy e a Cathy, a Maia e a Manu, os casais mais perfeito que eu já conheci, amo demais *-*
P.S: pra quem não sabe, a Marula criou um grupo fechado no facebook da cdc e eu criei um no whatsapp, então quem quiser participar é só entrar em contato comigo ok?
Facebook: Daniele Domingues (Daniê)
Skype: Danoniz
Email: danii.dgomes@hotmail.com.
Pronto, chega de enrolação, vamos ao que interessa né?
Já fazia um mês que eu tentava a todo custo conseguir informações do paradeiro de Fernanda, ia todo santo dia em sua casa, mas ela nunca estava em lá, ligava e ela não atendia, mandava sms e ela não respondia, procurava me informar com o porteiro, mas ele nunca sabia de nada. Foi batendo uma aflição sabe? Uma angustia, um desespero. Sabe quando sua ficha cai e você se dá conta de que depende de alguém pra viver feliz? Ai passa um filme na sua cabeça e você percebe que poderia ter feito diferente. Era exatamente assim que eu estava me sentindo, estava sem saber o que fazer, pois foi exatamente ali, de frente ao seu prédio sem conseguir acha-la que eu me dei conta do quanto a amava e do quanto eu a queria como minha mulher, mas de que adiantava agora se eu havia permitido que ela partisse e não tinha a minima noção de como encontra-la e traze-la de volta pra mim? Eu já não me alimentava, já não ia na escola, já quase não falava com meus amigos, sexo então? Nem sabia mais o que era isso. A unica pessoa que eu aceitava se aproximar era a Amanda que estava sendo uma pessoa maravilhosa comigo e segurando a barra pra mim. Algumas vezes eu me surpreendia quando ela chegava de repente ao quiosque e sentava ao me lado, me acompanhando no plantão diário a espera de Fernanda que nunca aparecia. Manu tinha viajado, Rebeca tentava a todo custo se aproximar, fazer sexo ou qualquer outro tipo de contato, mas sempre acabava que eu dava uma desculpa qualquer, o que foi criando um ódio mortal dentro daquele coração e ela não fazia questão de esconder isso, mas eu nem tava me importando sinceramente. Foi numa quinta-feira que as coisas começaram a mudar. Estava eu novamente no quiosque, quase que em depressão, tomando uma água de coco para manter a hidratação corporal e olhando fixamente para o prédio quando vejo o pai de Fernanda saindo do hall de entrada e indo em direção ao calçadão com o Bob (seu pastor alemão), não pensei duas vezes, fui correndo até ele.
- Seu Rodrigo, boa tarde. (Eu)
- Boa tarde, eu lhe conheço? (Rodrigo)
- Não pessoalmente, mas talvez saiba quem eu sou por nome e muito provavelmente não irá querer me escutar depois que eu me apresentar, mas preciso que se esforce um pouco para me escutar. (Eu)
- Você é a Daniele, não é? (Rodrigo)
- Sim, sou. (Eu)
- Faz algumas semanas que venho observando você sentada ai, nesse mesmo quiosque, mas não imaginei que seria você. O que quer? (Rodrigo)
- Engraçado o senhor me perguntar isso quando sabe da resposta. (Eu)
- Sinto muito, a Fernanda não mora mais aqui. (Rodrigo)
- Ela se mudou? Onde posso encontra-la? (Eu)
- Você acha mesmo que eu diria a você onde encontra-la? Logo a você? (Rodrigo)
- Eu esperava que sim. (Eu)
- Olha, sei que você pensa que sou preconceituoso, mas nunca fui contra a opção sexual da minha filha, sempre quis a felicidade dela independente de com quem fosse. Não me importaria que fosse contigo como não me importei quando ela começou a namorar com a garota do time de vôlei. Se tomei a atitude me mudar de São Paulo para cá foi com o consentimento dela. Mesmo correndo o risco de perder o emprego, eu seria capaz de fazer isso pela felicidade dela. Acontece que não vivíamos uma situação financeira muito boa lá, foi quando meu chefe me ofereceu a presidência da empresa daqui. Sim, ele fez isso para separa-las e eu sabendo disso não iria aceitar essa chantagem, mas ai a Fernanda veio conversar comigo e chegamos a conclusão de que seria o melhor para nós dois se eu aceitasse a proposta. Essa decisão partiu dela, ela sabia o quanto sofríamos em São Paulo, principalmente depois da morte de sua mãe, precisávamos dar essa guinada em nossas vidas. Não sei nem porque estou te dando explicações, você não tem nada a ver com isso. A unica culpa que você tem é de ter entrado na vida dela e ter a magoado, você acha que foi por culpa de quem que ela saiu daqui da noite pro dia me dizendo que não conseguiria mais viver aqui porque tinha se apaixonado por você, mas que vocês não poderiam viver esse amor porque, quando uma não quer duas não ficam juntas? Acha que tem sido fácil pra mim ter perdido a mulher da minha vida e dois anos depois ver minha filha aos 17 anos longe de mim, sofrendo por uma garota que não se importa com ela? Eu estou despedaçado. (Rodrigo)
- Senhor, com todo respeito, até onde o senhor sabe dessa história? Acha mesmo que não me importo? O senhor mesmo acabou de dizer que faz dias que me vê sentada aqui no mesmo local, todos os dias. Eu amo sua filha e preciso dela ao meu lado. (Eu)
- O que eu sei é que você é o tipo perfeito da garota que não se apega e não se importa com os sentimentos de ninguém. Indiretamente você conseguiu com que minha filha fosse pra longe de mim, mesmo querendo ela aqui, não vou permitir que você a magoe novamente. (Rodrigo)
- Eu sou o tipo de garota que não me importava antes da Fernanda entrar na minha vida senhor, eu amo sua filha e se estou aqui implorando para que me ajude a trazer minha mulher pra perto de mim é porque estou quase tendo um ataque de nervos aos 16 anos de idade. Estou desesperada seu Rodrigo, preciso encontrar a Fernanda e dizer a ela o quanto eu a amo. Mesmo que ela não me queira, ao menos sairei de cabeça erguida por ter tentado, mas não quero sair dessa batalha sem lutar e preciso da sua ajuda. Por favor, me ajude. Se o senhor ama sua filha, e está mais que claro pra mim que o senhor a ama demais, por favor, me ajude a traze-la pra perto de nós novamente, me dê a oportunidade de tentar faze-la feliz, pois sem ela os meus dias são totalmente sem cor, sem brilho, sem vida. Eu preciso dela pra viver, não faça com que eu sinta a mesma dor que o senhor sente com a perda da sua mulher, pois o senhor não teve escolha, mas eu to tendo e não posso desperdiça-la. (Eu)
Gente, é sério. Eu NUNCA pensei que fosse capaz de fazer alguém chorar com aquelas palavras, mas para minha surpresa seu Rodrigo entrou num prato convulsivo. A unica coisa que consegui fazer foi abraça-lo e chorar junto com ele, e tentar através daquelas lágrimas e abraço, convence-lo da minha sinceridade. Perdi a noção do tempo que ficamos ali quando ele se afastou pedindo desculpas e mandou eu esperar que ele já voltava. Uns 10min. depois seu Rodrigo sai da garagem de seu prédio e pede que eu entre em seu carro, não entendi muito bem, mas obedeci.
- Onde vamos senhor? (Eu)
- Onde mais iriamos? Vamos buscar sua mulher, minha filha. (Rodrigo)
- Jura? Obrigada seu Rodrigo, muito obrigada por me dar esse voto de confiança. (Eu)
- Estou fazendo isso porque acredito no seu sentimento e no amor de vocês duas, mas por favor, não me decepcione. (Rodrigo)
- Pode apostar que não cometerei esse erro seu Rodrigo, lhe prometo. (Eu)
- E por favor, pare de me chamar de seu Rodrigo. Esse seu não consta no meu registro de nascimento ok? (Rodrigo)
- Sim senhor, quer dizer, Rodrigo. (Eu)
- Muito melhor. (Rodrigo)
Passamos em minha casa rapidamente para pegar umas roupas e conversar com minha mãe sobre o que estava acontecendo, não demoramos nem 30min. tamanha era a minha ansiedade. No meio do caminho descobri que Fernanda estava morando em Carnaíba com sua avó paterna, loooooonge pra caralho da capital, cerca de 9 horas de carro. Durante a viagem eu dormi, acordei, dormi de novo, acordei novamente quando Rodrigo parou em Caruaru no Rei da Coxinha (quem conhece sabe que é uma delicia e é bem conhecida). Chegamos em Carnaíba por volta das 22h e quem nos recebeu foi dona Helena (vó de Fernanda) com o sorriso mais lindo e o abraço mais apertado, sincero e acolhedor que já recebi em toda minha vida, uma senhorinha de 79 anos, com os cabelinhos branquinhos devido a idade avançada, a simpatia em pessoa, coisa mais linda do mundo minha vozinha adotiva gente. Por incrível que pareça, ela sabia quem eu era e disse que já esperava minha presença, que inclusive eu tinha demorado demais para chegar, pois Fernanda estava num estado lastimável. Não comia a dias, não saia do quarto, não falava com ninguém.
- Será que posso vê-la? (Eu)
- Foi pra isso que você veio aqui, não? (Helena)
- Com certeza dona Helena. (Eu)
- Então corre garota, sobe as escadas e invade o quarto no fim do corredor e tira sua namorada daquele ninho, pelo amor de Deus que eu não aguento mais ver minha neta daquele jeito. (Helena)
- Farei isso agora mesmo dona Helena, obrigada por me receber em sua casa. (Eu)
- Minha casa estará sempre de portas abertas para você minha filha, mas se continuar me chamando de dona eu vou bate-la na sua cara. Vó ou vózinha esta de bom tamanho. (Helena)
- hahahaha, ok vózinha, vou lá agora. (Eu)
- Vai sim minha filha, vai logo. (Eu)
Subi correndo as escadas e ao chegar no primeiro andar me deparei com um longo corredor, de fato a casa era enorme. Dei alguns passos e parei em frente a porta do quarto em que Fernanda estava, coloquei minha mão na maçaneta, mas a bendita da insegurança bateu. E se la não me quisesse mais? E se ela não aceitasse o meu amor? O que eu iria fazer? Será que eu tinha dado viagem perdida?
Me vesti de coragem e coloquei a insegurança de lado, girei a maçaneta e ela estava lá, linda como sempre, sentada a janela olhando pro nada com aqueles olhos verdes que eu tanto amava. Nem se deu conta quando entrei não quarto, só percebeu minha presença quando escutou o barulho da porta sendo fechada atras de mim.
- Dani, o que você esta fazendo aqui? (Fernanda)
- Vim te levar pra casa amor. (Eu)