Enquanto escrevia o Cap.17 de Amor de Felipe e Gabriel, acabei tendo uma ideia, que não consegui tirar mais da cabeça, então vou escrever a partir de agora.
Cap.1
- Anda Eduardo, você está atrasado. Nós temos que ir logo pra o aeroporto.
- Calma mãe, estou terminando de arrumar as minhas malas- falei terminando de arrumar as minhas bagunças.
O porquê de eu estar fazendo isso. Estou saindo da minha cidade natal, Porto Alegre, pra ir morar em uma cidade totalmente diferente, o Rio de Janeiro. Não estava com a mínima vontade ir pra cidade “maravilhosa”. Iria ter que deixar todos os meus amigos aqui. Quase fiz um escândalo quando soube que iria me mudar pra lá. Mas não teve jeito, minha mãe arranjou um ótimo emprego lá, em que teríamos muito mais dinheiro, então o melhor é eu ir mesmo. Terminei tudo. Dei uma olhada na casa aonde passei a maior parte da minha infância, da minha história, dos meus momentos. Aonde pela primeira vez, senti meu coração bater mais forte por alguém, um homem. Aonde senti tristezas, alegrias. Aonde fiz besteiras. Mas agora era hora de desapegar, uma nova cidade, uma nova vida me esperava. Nem me descrevi né. Como sabem, me chamo Eduardo Figueiredo, tenho 16 anos, pele branca, mas não sou transparente não. Olhos verdes, e loiro, mas a maioria dos gaúchos são. Devo ter uns 1,80, peso uns 66 quilos, e o meu maior sonho, é ser ator. Tanto que estava fazendo diversos cursos em Porto Alegre, pra isso. Até que ir pro Rio de Janeiro não seria tão ruim assim. Poderia me abrir mais portas. Mas agora voltando. Logo estava indo para o aeroporto, e assim que chego, tenho uma surpresa. Os meus melhores amigos estavam todos lá.
- Você acha mesmo que a gente ia faltar a essa despedida, fera- era o meu melhor amigo, Júnior. Com ele compartilhava todos os meus pensamentos, razões, emoções, tudo. E vice-versa. Eu não sei porquê ele colocou esse apelido em mim. O que vocês acham , ficou legal kkkkkk. SQN.
- Nem acredito que vocês vieram- estava lá também a Cláudia, o Jaime e o Leonardo. Meus melhores amigos, assim como Júnior.
- Nem acredito que você vai embora- falou Cláudia, vindo me abraçar.
- Eu também não, mas é necessário né pessoal- falei entrando dentro do aeroporto Salgado Filho, e indo em direção ao balcão da GOL. Fiz o meu check-in, e logo estavam chamando a gente pra embarcar- poxa pessoal. Vou sentir muitas saudades
- Nós também- falaram os quatro, fazendo um abraço coletivo.
- É, eu tenho que ir. Cláudia, pega a blusa que você queria, eu comprei.
- Ai, que bom. Obrigada- falou ela me abraçando
- É. Jaime. Toma o jogo que você gostava. Você vai poder usar mais.
- Valeu cara.
- Leo, tá aqui o CD com as musicas do Coldplay que você pediu.
- Já tava na hora ein.
- E Júnior, Ferinha, tá aqui, a sua camisa do AC/DC. Muito obrigado por tudo pessoal.
- Tchau Eduardo- diziam em coro, enquanto eu entrava na sala de embarque. Olhei pra trás, e via os três subindo as escadas, em direção ao terraço.
Lá na sala de embarque, olhava pra todos os cantos, e via famílias felizes, idosos, casais de namorados lindos. Quem dera eu ter um namorado.
- Ai meu filho, eu tô tão ansiosa- falava minha mãe Jussara. Ela é meu porto seguro, a única mulher que amarei na vida.
- Eu fiquei meio triste. Mas fazer o que né. É necessário irmos pro Rio.
- Ah querido, você vai ver, nós vamos nos dar muito bem lá- parecia premonição.
Logo estávamos naquele avião, que mudaria minha vida pra sempre. Olhava meus amigos lá de cima, tentando ver se me enxergavam. Pouco tempo depois, corríamos na pista do Salgado Filho, em direção a cidade do Pão de Açúcar. Conseguia ver a cidade que eu tanto amava, minha Porto Alegre, sendo deixada pra traz. Agora era hora de olhar pra frente. Pouco tempo depois, conseguia ver o Pão de Açúcar, e o Cristo Redentor.
- Passageiros, nosso pouso no Aeroporto Santos Dumont foi autorizado- falou o piloto lá de dentro da cabine.
Olhava pra fora, olhava pra minha mãe, olhava pra tudo quanto é lado, e o que eu mais queria era estar junto dos meus amigos, lá em Porto Alegre. Naquele frio maravilhoso que devia estar fazendo( gosto de temperaturas baixas). Logo tocávamos o solo da cidade maravilhosa. Descemos do avião, pegamos nossas malas. E logo pegamos um táxi, em direção a nossa nova moradia. Um apartamento na Barra. Mamãe já tinha vindo bem antes, então já conhecia um pouco do Rio. Eu, boiava, olhava pra um lado, pro outro, e tentava me achar. Saber aonde tinha me enfiado. Logo, chegamos no bendito apartamento. Lá vai, nós carregando milhões de malas(exageradoooo), com trilhões de coisas. Chegamos a porta, e que apartamento. Bem diferente da nossa casa. Era muito bem decorado, e bem elegante. Tinha ficado rico de uma hora pra outra e não sabia kkkkkkkkkk.
- Filho, seu quarto é o ultimo- falou ela apontando pra última porta. Quando abro a porta, caralho.
Era um baita quarto, com uma janela enorme, que quase dava toda a parede do quarto, uma cama king super enorme, um banheiro igualmente enorme, uma TV, um vídeo game, uma mesa, com um note book instalado, um armário enorme, um espelho enorme. Só faltei pirar. Literalmente, tinha ficado rico e não sabia. Me joguei na cama, e fiz uma bagunça enorme. Pouco tempo depois, já tinha tomado um banho, e estava arrumado, pra ir ajudar a minha mãe a arrumar nossa bagunça. Mas ela veio me perturbar.
- Eduardo, compra essas coisas aqui pra mim lá no mercadinho- falou ela, me dando uma lista.
- Mas mãe, eu não sei nem como sair desse prédio.
- Ora, o supermercado fica no final da rua, pro lado esquerdo, é só seguir.
- Mas mãe.
- Anda logo Eduardo, toma logo o dinheiro. Você não está fazendo nada, anda logo.
- Tá- falei pegando o dinheiro, e me calçando pra ir lá- se eu me perder, depois não reclame.
Fechei a porta, e entrei no elevador. Acabei achando a saída e fui seguindo como ela falou, descendo a rua, pro lado esquerdo. Acabei tendo um distração, e quando vejo, baamm, uma pessoa bate em mim, e eu tropeço e caiu.
- Ai me desculpa pelo amor de deus, eu sou tão desastrado, eu, eu- falava uma voz bem gostosa.
- Você não olha por onde anda, olha só, me deixou todo sujo, e além do...- não continuei, quando olhei pra o rosto do deus grego que eu estava gritando. O que você está fazendo Eduardo, cala a boca.
- Deixe-me ajudar, por favor- falou ele me dando o braço, pra me levantar
- Suas desculpas estão aceitas- falava, enquanto fitava aquele garoto lindo, da minha altura, igualmente branco, e igualmente magro, mas que tinha um ar mais nerd, e mais fofinho. Naquela ocasião ele estava vestido de branco, num moletom branco, uma calça jeans, meia coladinha, um cabelo bem bagunçadinho, um óculos vermelho super chamativo, e usava um aparelho, com as ligas amarelas. Ele estava lindo. Além disso tem olhos azuis, que contrastavam com tudo isso
- Eu sou muito desastrado mesmo, foi só eu olhar pra arvore, que acabo tropeçando em alguém.
- Você sabe aonde fica o supermercado aqui perto.
- Claro, é só continuar descendo a rua. Quer que eu te acompanhe
- Seria bom. Mas como é que você se chama mesmo.
- Flávio, ou Flavinho com preferir- falou ele, me dando um aperto de mão
- Sou Eduardo- fazendo o mesmo gesto
- Muito Prazer Eduardo
- Igualmente.
Continua
Gostaram. Espero seus comentários e seus votos. Valeu
