Sim, nós podemos 8

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Homossexual
Contém 756 palavras
Data: 23/11/2013 02:36:12
Assuntos: Homossexual, Gay

...

Infelizmente, ou felizmente isso ocorreu. Felizmente porque todo sofrimente, dor e fracassos trazem algo de bom: o aprendizado, a experiência. Há coisas que só aprendemos na prática, quebrando a cara mesmo. Se você está na dúvida de arriscar ou não em algo ou alguém, é simples, arrisque! Se você não arriscar ficará na mesma, nada de evoluções, se arriscar pode dar certo, caso não dê certo, tudo bem, normal. Viva, não sobreviva.

Uma das piores coisas que existem é a desilusão. A fantasia, o sonho, se destroem e somem. A culpa de ter se entregado te consome, os pensamentos frenéticos dos sonhos e momentos vêem a tona, você só quer esquecer mas é impossível. Amadureça e aprenda que tudo que aconteceu deveria acontecer alguma hora.

Depois desse episódio de desilusão, sofrimento e "rompimento", eu passei a não procura-lo mais. Sou do tipo orgulhoso, só me entrego uma vez.

Precisava ocupar meu tempo, comecei a treinar vôlei e ter aulas de músicas. Sempre saía com o Edu, mas eu sempre tinha que acabar ficando com uma menina... Nada agradável. Até que eu fiz amizade com um rapaz das aulas de música, seu nome era Carlos, era loiro, alto, olhos pretos vibrantes, magro normal e tinha 17 anos, assim como eu. Nós passávamos muito tempo juntos e eu percebia algo de diferente nele, ele dava pinta que era gay, não achei educado pergunta-lhe se era de fato gay.

Já era novembro, estava tentando esquecer Marcus, mas aquela ferida ainda era muito recente pra mim e eu não tinha nem notícias dele. Certo dia, assim que saí da aula de música decidir chamar Carlos pra dar uma volta no shopping, saíamos muito juntos, ele era mais sensível que o Edu e mais educado, já confiava nele e tínhamos uma amizade legal, verdadeira. Estávamos no shopping e ele estava me encarando.

- O que foi? Tem alguma coisa no meu rosto? - perguntei.

- Tem, uns olhos lindos - falou ele que me fez corar imediatamente, fiquei sem jeito mesmo, e ele notou o que tinha falado - Não, é que... Desculpa. Olha, eu nunca te falei com todas as palavras, mas você deve desconfiar que eu seja gay, e bom... Eu sou. Espero que não interfira na nossa amizade.

- É, eu já tinha percebido algo de diferente, na verdade tinha certeza, só tava esperando tu me falar. E gays têm algo incrível, um reconhece o outro hahaha - disse o deixando de boca aberta, com uma cara muito engraçada.

- Nossa! Sério mesmo, patri? - só ele me chamava assim, apelido bem gay kkk - Não dá pra perceber, tens jeito de macho.

- Mas eu sou macho ué. Sou gay, não bicha haha.

Após as nossas revelações no meio de um shopping, nossa amizade ficou bem mais forte, agora tinha um amigo gay que poderia compartilhar pensamentos e saídas à baladas gays. Sempre tive curiosidade mas não tinha coragem de ir só. E Carlos apareceu pra me mostrar esses lados, ele era assumido pra família, que o aceitava bem. Comecei a frequentar essas baladas, ficava com alguns carinhas. Porém, sempre que ficava com algum rapaz o Carlos me tratava mal, dizendo que eu era fácil, que eles não me mereciam.

Um dia estávamos em uma dessas baladas e fiquei com um homem bastante bonito até, quando ia continuar olhei para trás e vi Carlos saindo do local. Fui atrás dele.

- Hey, o que houve? Alguém mexeu contigo? - perguntei preocupado, alcançando seu braço.

- É! Alguém mexeu comigo sim! - Ele já gritava, estávamos na rua deserta, deveriam ser 3h da manhã e ele estava meio bêbado. - E esse mesmo estava ficando agora pouco com um qualquer na minha frente! - fiquei em silêncio, sabia que ele gostava de mim, mas não o daria esperança, não queria relacionamento, estava abalado - Você tá se dando pra boy que nem conhece, só por causa de uma paixão mal resolvida, acorda Patri, já passou! Supera!

- Carlos, tu tá bêbado, vou esquecer essas palavras e te levar pra tua casa e depois a gente conversa sobre isso, tá bom? - falei e vi ele vindo na minha direção, pensei que ele não faria nada mas ele se jogou no meu pescoço e me beijou. E que beijo! O cara beijava muito bem, tanto que eu esqueci tudo e me entreguei ao beijo. Comecei a agarra-lo lá mesmo.

...

Mais uma parte pessoal, agradeço aos que lêem, desculpem os erros, ainda estou pelo celular, não sei como está ficando o tamanho.

Obrigado de verdade, é bom ter esse espaço e saber que pessoas, mesmo que sejam poucas gostam.

Abraços!

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Comentários

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Já sou fã do Carlos. Espero que ele tenha te ajudado a superar o Marcus.

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