Eu não quero amor! - I

Um conto erótico de Yago
Categoria: Homossexual
Contém 3688 palavras
Data: 24/11/2013 14:47:39

Nova conta aqui, esqueci a senha da outra mas, esse e mais um dos relatos, espero que gostem, postando no nyah também...boa leitura.

Os dias quentes de verão, poderia ser melhor se houvesse um ar condicionado na sala , o ventilador não adiantava pois jogava um ar quente na direção de dois corpos esparramados em um sofá-cama na cor de vinho claro, o tecido era tão macio que dormir ali era algo maravilhoso.

A frente , a tevê exibia o jornal local, avisava sobre a tempestade que se aproximava , provinda do oceano. Um deles não podia voltar, as ruas estavam fechadas e não era aconselhado viajar nas estradas com a possível queda de granizo. O céu ja começava a ficar nublado e exibia uma fina camada azulada que lembrava algo gelatinoso.

A chuva começou em uma fina garoa, mas com o passar dos minutos tornou-se mesmo uma tempestade, pela janela se via o clarão dos relampagos, reluzentes como uma chuva de luzes cortando os céus.

Um dos corpos se movimentou e fechou a cortina, a barulho da chuva contra o vidro da janela era um calmante natural e deixava o ambiente propício para dormir.

Yago era o nome do que se levantou, seus cabelos levemente bagunçados escondiam seu rosto sonolento - pelo menos o calor terminara - desligou a tevê que agora passava uma serie repetitiva que ao longo dos anos mudava apenos o elenco.

Yago seguiu para a cozinha, era espaçosa para uma pessoa que vivia sozinha, mas Yago tinha bom gosto e adorava inventar um novo sabor, mesmo que lhe apontassem o dedo, ele não ligava, era a casa dele, apenas ele ia comer suas 'gororobas' assim como chamavam certas comidas a que ele fazia.

Apesar da aparência, a comida era deliciosa, claro que quem olhava aquela massa grudenta nunca imaginaria que era um cozido de arroz com queijo. Ele adorava. Abriu as portas da geladeira, era dupla, procurou uma garrafa de água e fechou a parte superior, na inferior recorreu as cestas com verduras e legumes.

Yago tinha 19 anos, e se emancipara aos 16, por que odiava sua familia? - não - era o contrário , sua familia odiava ele, tanto que aceitaram de primeira a proposta de que não seriam mais responsaveis por ele. Seus cabelos negros e ondulados chegavam até os ombros, o queixo fino e quadrado lhe deixava mais velho, e ele também sempre usava a barba um pouco rala para parecer mais velho. Seus olhos eram um negro brilhante, e apesar dos olhos um pouco caídos, ele era belo, e isso gerava desejo em muitos homens e mulheres. Tomara ciencia de sua sexualidade aos 12 anos de idade, quando em um jogo de verdade ou desafio, fora desafiado e beijar seu amigo, ele jurou ter sido o melhor beijo de sua vida, mas depois daquele dia nunca mais vira aquele amigo. Sua altura era mediana, e seu corpo era torneado por musculos, ele malhava três vezes na semana, era obrigado pois comia muito, principalmente as 'iguarias' que inventava.

Braços rodearam seu corpo, um beijo gélido em sua nuca lhe deixou arrepiado, desvencilhou daquele agarramento, a qual pensou ser inadequado naquele momento, e ofereceu a comida ao outro, o outro preferiu comer a salada por enquanto.

Ele se chamava Juliano, ou Jun, como era chamado por Yago, nos momentos calorosos, no sexo, por assim dizer.

Juliano tinha 22 anos, e sempre parecia rústico e temido, era apreciado por muitos por sua beleza italiana, e claro, ele gostava de exibir seu sotaque, mas ali era diferente, estava com Yago, e preferencialmente, Jun era apenas Jun. Seus cabelos era castanhos claros, e usava-os sempre curtos, no número 4, ele não gostava de efeminados, mas além do cabelo, Yago não era nada efeminado, lógico que ele gostava de imitar uma vez ou outra, mas Yago nunca passou disso. Seu corpo era definido e com poucos músculos, não era bombado, mas tinha tudo em cima. Seus olhos eram de um verde azulado, mas ele os escondia sobre as lentes castanhas. Em seu peito havia uma tatoagem tribal, mas não lhe causava problemas, ele era dono de seu próprio negócio, uma loja de jóias, assim ele falara a Yago. Detinha um queixo quadrado e com um furinho, a qual Yago sempre mordia nas horas, calientes, Jun gostava de Yago, mas o outro era indiferente. Yago gostava de Juliano, e claro o sexo era ótimo, mas não imaginava Jun como seu companheiro, aliás , não imaginava Jun com ninguém.

Eles se encararam, mas Yago sempre desviava os olhares do outro, achava desafiador, mas desafiador para quê? Se conheciam há um ano, e claro, fazia exatamente seis meses que estavam naquela 'amizade colorida' , e lógico, Jun sempre pensara, "E melhor uma amizade colorida do que um amor em preto e branco!" , mas Jun sentia algo mais por Yago, o outro percebia, mas negava aquilo.

-Está mais estranho que o normal Yago! Te machuquei?

Jun perguntou um pouco sério, retirando um pouco da massa de arroz com queijo, ele era um dos únicos que comia aquilo, claro, também era um dos únicos que sabiam o quão bom a comida de Yago era.

-Não, estou apenas pensando! Nas coisas, no que fiz nos últimos anos! - Yago respondeu sombrio, estava distante, e claro, tambem pensava naquela possível relaçao com Juliano.

-Isso me inclui Yago! - Jun perguntou parando de comer, olhou nos olhos do outro, encarando as orbes negras e brilhosas.

-Talvez! - Yago respondeu pensativo, não era hora para falar daquelas coisas, a chiva caia la fora, forte, deixando uma paz difícil de encontrar.

Jun levantou da mesa, irritado? Não, estava ilegível, suspirou forte e pôs a comer em pé, parecia irritado. Yago balançou a cabeça em negação, achou tão idiota a ação do outro que riria se não estivesse perdido na sua mente.

Jun estava de cueca, e tratou de vestir a bermuda de tectel, junto com a camisa de algodão, vestia-se simples. Yago observou quando o outro deixou o prato sujo na pia, com um visual convincente de mármore.

O clima era estranho, Yago nunca expulsaria Jun, mas...o outro fechara a 'cara' e apenas focou-se em um canto qualquer, enquanto parecia meditar. Yago lavou os pratos e talheres, se fosse outra pessoa ele ficaria irritado, mas era Jun, e bem, Jun era seu amigo.

-Por que faz isso consigo Jun? Age como se fôssemos casados! Não fique sofrendo Juliano! - Yago disse sentando ao lado do outro, massageando as têmporas.

-Nem tudo e por sua causa sabia! Eu ajo assim porque...Me diga Yago, como se sentiria se depois que fizessemos sexo e eu fosse embora? - Jun ficou a olhar para o outro esperando a respostas que demorou alguns segundos para ser dita.

-Me sentiria usado! - Yago não olhou para Jun, preferiu olhar para qualquer canto, desde que não visse o olhar comemorativo do outro.

-Exato! Não quero que se sinta usado, pois nem eu mesmo estou te usando! É uma coisa que nos dois gostamos de fazer! Eu não consigo agir como se nada estivesse acontecido! E frieza demais! - Jun ficou em choque com o que acabara de dizer no final, era exatamente isso que Yago fazia, agia como se estivesse tudo normal, repelindo as carícias do outro, era como Jun acabara de dizer, Yago era frio.

-Entendo! - Yago apenas disse, sem mover um dedo ele levantou e caminhou para a cozinha, precisava de água. Precisava digerir aquilo, mas ele sabia que era frio demais. Mas não ligava, assim não se machucava. Mas ele não era tão frio ao ponto de não se preocupar com Jun, a frieza de Yago, machucava Jun.

...

Não caíra granizo, como foi previsto no telejornal, o sol se instalava la fora, ofuscando a visão de quem acabara de acordar, era cedo, e normalmente Jun já teria ido embora, mas ele estava lá, olhando para o outro que estava abraçado firmemente em seu corpo, eles dormiam juntos apesar da indiferença.

-Yago! - Chamou pelo outro que emitiu um som nada audível, apenas apertou seus braços pelo corpo do outro.

-Só mais cinco minutos! - Yago respondeu por fim, aninhando sua cabeça no.peito morno do outro, dando um beijo sem maldade naquela região, mas Jun preferiu não sentir o 'tesão' que culminou em seu corpo.

Jun suspirou e sorriu, ele ficaria quanto tempo fosse, mas ao olhar em seu relógio de pulso, teve que avisar o outro, estava proximo das 7:00 horas, e o percuso até sua cidade levava 1 hora inteira, ele precisava estar exatamente as 8:30 para abrir a joalheria. Teve que se desfazer daquele abraço que lhe pareceu amável.

-Eu tenho que ir! Se não vou ficar prejudicado! - Yago beijou a testa do outro, Yago era indiferente as vezes, mas em outras demonstrava seu 'afeto' pelo outro, era gestos simples, mas que deixavam Jun feliz.

-Tchau então! - A voz de Yago saiu um tanto com desdém, como se não se importasse, mas ele se importava, mesmo que escondesse.

-Não fiz bico, eu volto! Talvez ainda hoje! - Jun não pode deixar de notar o sorriso que o outro disfarçou com uma tosse. Fora engraçado, Jun sorriu e fechou a porta atrás de si.

Yago cantarolou uma musica a qual ele inventara, ser cantor era uma de suas grandes imaginações, mas ele odiava estar em um palco, com luzes e olhares voltados para ele, preferia estar invisível, e até mesmo como o carinha das comidas esquisitas.

"Beija-flor, vem tirar essa minha dor,

O meu amor, é passageiro.

E ja parei de fazer o dia inteiro,

Com frescor, o sabor de um mundo inteiro..."

Ele cantarolava a musica, enquanto puxava uma raridade de poeira com o aspirador, passando pelo sofá-cama a qual usara muitas vezes com Jun.

Removeu o suor da testa e colocou o aspirador a uma distancia de trinta centímetros de sua cabeça, sim, ele inventara um jeito estranho de nunca, NUNCA MAIS, ter caspa, logico que ele usava shampoos e condicionadores anti-caspa, mas caspas, odiava pensar em ter aquilo.

Yago abriu a porta do quarto de hospedes, havia transformado em uma sala de jogos e uma biblioteca particular, na parede esquerda sete fileiras de livros estavam alinhadas em uma estante que ele mesmo. Continha todos os livros que ele ja lera, a maioria era romance, os Livros de Stephen King estava na primeira fileira, ele adorava, e o resto continha os outros, alguns poucos conhecidos, e outros famosos, ele dispensara Harry Potter, havia assistido o filme, e se lesse o livro, certamente odiaria.

Na parede direita, havia apenas uma fileira com centenas de discos, eram piratas, ele não gastaria duzentos reais em um jogo da Nintendo, preferia comprar livros, era bem mais rentavel. No centro uma tevê que ele se orgulhava de ter comprado, era a melhor para se jogar video-game, pois era panoramica. Sentou no sofá de dois lugares e puxou um livro acima de sua cabeça, As Crônicas Marcianas era o nome do livro , ele ja havia lido algumas vezes, mas ainda continuava impressionado com a escrita de futuristica de um livro lançado há 50 anos ou mais.

O celular vibrou e ele olhou para a tela, o nome era 'MÃE' , mas ignorou e continuou sua leitura, cerca de um minuto depois o celular vibrava novamente, respirou desconpassadamente, como se tivesse corrido para atender, por fim ele atendeu, ainda encarava o letreiro.

-Alô! - Falou cansado, ele estava, mas prévia uma discursão, ele odiava discutir, e sempre desligava.

-Meu filho! Quanto tempo! - Sua mãe respondeu alegre e cheia de saudade. A sombracelha de Yago se curvou "Lembrou que tem outro filho!", pensou mais fingiu estar feliz, reprimido a vontade de dizer algo extremamente irônico.

-Oi mamãe! O que ouve! - Sua voz saiu tão feliz que até ele acreditaria se fizessem uma gravaçao.

-Muitas coisas meu filho! Mas liguei por que preciso de um favor seu! - Sua mãe ficou pensativa no telefone. Lá vem bomba.

-Diga mamãe! - Falou cerrando os dentes, ele não esperava que seus pais viessem lhe pertubar, aliás, ele pensava que seus pais nunca falariam com ele novamente.

-Seu pai, pediu para que viesse aqui em casa, em um jantar, sábado a noite, as 19:00 horas! Você poderia comparecer! Por mim meu filho.

-Não sei, tenho três dias para pensar! Tenha uma boa noite! Passar bem mamãe! - Ele admitiu que fora grosseiro, mas, seu pai, estava fora de questão, o que havia acontecido, mas queria ver a 'cara' do velho Flanning, seu pai. Relevou que não tinha mais aquele sobrenome, tinha apenas o sobrenome de sua avó, logo o mesmo de sua mãe, Yago Larson, seu pai havia dado um jeito de retirar o Flanning, o que era fácil visto que ele era um empresário. O que ninguém sabia pois Yago era um tratado como bastardo, e ninguém além dele sabia quem era seu pai. Era bom por um lado, ele não era alvo de fotos e materias chatas sobre ricos, mas por outro, ele não tinha sobrenome do pai, e isso causava problemas no trabalho.

Deitou e pôs o livro em sua testa , precisava pensar, e talvez ajudar Jun na joalheira, sabia que o amigo era humilde.

Recorreu ao se desligar desse mundo e ir dormir mais um pouco. Era relaxante. Era bom, era o que tirava dos problemas familiares que em um dia acabaram , essa era a influência do nome Flanning. Retire isso e fique invisível, mas Yago gostava de ser invisível. Se sentia normal.

Quando acordou era cerca de 11 horas. Recebera uma mensagem de Jun, havia chegado bem e ja estava trabalhando. Que bom! Ele pensou. Resolveu levantar e percebeu o a marca em seu rosto, o livro marcava sua bochecha. Mandou um 'ok' para Jun e caminhou para o banheiro, necessitava de um banho frio para retirar o sono, e eliminar o cheiro de Jun, que ficara em seu corpo, ele não podia negar que gostava daquele cheiro cítrico, mas...Se negava a pensar no cheiro do outro impregnado em seu corpo.

"Qnd vms nos ver d novo? Stou com Sddz!" Yago encarou seu celular por alguns segundos, não bastava estar sendo perseguido, o indivíduo tinha que ser analfabeto. Mandou uma resposta bem irônica, pelo menos para ele.

"Quando você aprender a mandar uma mensagem decente querido! Bye"

Sorriu e mordeu a parte superior do celular, ele não ligava, entrou no box, e apertou o botão para girar a válvula que ligava o chuveiro. Soltou um gritinho que tratou de corrigir -fora gay demais- quando a água gélida caiu em seu corpo, bateu a cabeça no batente, e suspirou, a água começou a esquentar e ja se via o vapor subir, pôs os cabelos para trás e passou o shampoo, a espuma escorreu por seu corpo deixando um cheiro de uva. Lavou novamente e sorriu, gostava daquela sensaçao de limpeza, e se sentia como se estivesse imerso na água.

Encontrou, o sabonete, era de alguma fruta, removendo o cheiro cítrico do outro e deixando um cheiro acentuado de cupuaçu e morango, deixou os de lado e removeu a espuma, a jato de agua morna arrepiou sua pele, usou a tolha que estava ali, e passou em seu corpo, enxugando o excesso de água, passou em seus cabelos e por ultimo enxugou seu rosto, o cheiro de Jun estava na toalha, fora burro, era lógico que estaria com o cheiro de Jun, aquela era a tolha verde que o outro sempre usava. A de Yago estava ao lado, um verde musgo, que não era de uma cor tão artificial.

Não se importou, deixou de lado e foi vestir sua roupa, ele não era um vagabundo, e estudava medicina numa universidade local, ao qual comparava com uma prisão, a mesma era situada em uma area florestal. Vestiu a calça azulada jeans, e a camisa habitual vermelha, era importante se vestir bem, não que Yago ligasse muito para aparência, mas Yago gostava de vestir algo combinado.

Conferiu todas as janelas e travas, estava tudo trancado, desceu em direção á porta e pegou a mochila preta a qual estava sob o sofá. Prendeu seu cabelo para trás com uma liga transparente e saiu, não queria chegar no trabalho como um avoado, principalmente seu cabelo que era volumoso e lhe deixava com uma juba de leão.

Yago odiava ônibus, como era torturante para ele, preferia ir em pé a sentar naquelas cadeiras onde qualquer sentava, pensava no tanto de sujeira que levaria grudado em sua roupa. Parte que odiava era os homens, sim pois algum 'engraçadinho' sempre o encoxava, Yago não reclamava mas tratava de se afastar. Achava falta de educação - e era!

Deu graças ao sair do ônibus e respirar um ar - não tão - fresco . Caminhou devagar para o prédio a sua frente, a maldita HeShe, o que ele fazia afinal, a HeShe era apenas a revista mais fofoqueira e também a mais vendida semanalmente, exibindo todo o glamour da alta sociedade, deixando os menos favorecidos com inveja...

Odiava elevadores, se sentia preso, pequeno, mas ele não tinha tanto fôlego para subir doze andares pelas escadas. Olhou seu reflexo no espelho logo atrás, havia um homem ao seu lado, mas Yago não ligou, retirou a camisa vermelha e pôs uma cinza, julgou que a vermelha ja estava infectada, colocou aquela em um saco plástico e enfiou na mochila. Ajeitou seu cabelo e respirou, era apenas mais um dia na HeShe, ele faria seu trabalho e iria para faculdade, simples e prático.

-Bonito corpo!

O homem de terno ao seu lado quebrou o silêncio, era moreno, e seus cabelos era curtos e usados em gel, Yago olhou para o outro com o canto de olho, era bonito, mas nada em especial, apenas agradeceu , consentindo com a cabeça. Mas o homem ainda o encarava, seu nome Hector Mason, quem ele era? Nada mais nada menos, que o CEO da HeShe. Tinha porte forte, deveria estar no auge dos 40 anos, mesmo assim ainda tinha um charme e aos olhos de Yago ele parecia, tarado.

-Você não e de falar muito! Seu namorado tem sorte!

Há dois anos Yago entraria em uma espécie de pânico quando fizessem aquela pergunta, mas ele apenas sorriu - Namorado - aquela palavra era um tabu para Yago. Olhou a pequena marca vermelha em seu pescoço, era evidente demais. Apenas focou nas atividades diarias a qual ele iria fazer. E tampouco percebeu quando o homem coçou levemente a parte entre as pernas, um tanto demorado.

-Até outra hora, branquinho! - Hector acabara de falar sussurrando proximo ao ouvido de Yago, a porta do elevador se abriu em um vasto corredor com pessoas andando de um lado ao outro. Hector saiu com um sorriso no rosto enquanto Yago permanecia ali, com cara de interrogação, as portas fecharam novamente, Yago iria se lembrar do décimo andar, e do homem estranho que acabara de 'dar em cima dele' na cara de pau.

...

Yago observava o logotipo da HeShe, um H e um S, sobrepondo o outro, o S lembrava-lhe um cifrão de dolar unindo a segunda barra do 'H', mas o que lhe chamou foi a foto de um garoto loiro sorrindo, mostrando um sinal da paz com os dedos e abraçado com o Sr.Flannig, bem, era Yago, naquela época ele devia ter entre 14 e 15 anos, lembraria Justin Bieber, mas com o tempo seu cabelo escureceu e com a emancipaçao nao fazia mais parte da 'Familia Perfeita' , a matéria principal daquele tabloide era "Onde está Santiago Larson Flanning? E como estária atualmente!"

Yago se chamava Santiago, bem era o nome de batismo, e removeu na emancipaço tornando-se apenas Yago. Era mais fácil. Lhe chamavam de Santi e isso era irritante. Na foto abaixo a possivel imagem de como estaria atualmente, era tão cômico que ele se permitiu sorrir, era uma mistura do rosto de Zac Efron, com os cabelos do Bieber, e o queixo de Enrique Iglesias, ele quase morreu de rir, eram tão babacas, aquilo chegava a ser bizarro! E onde estava Santiago, bem, ali dizia qie estava em um internato de Londres, uma mentira fácil usado por seu pai. Era patético.

Removeu o print e ajeitou a posição das letras, era trabalhava apenas no visual de cada página, editando as cores e as planilhas e o design, ele não tinha direito de reclamar, ele não era mais Santiago Flanning, so de pensar chegava a ser ruim. A propósito ele nem devia ser preocupar ja que a imagem ali presente, seria supostamente seu rosto atual. Era bizarro. E ele era bem mais que aquilo.

- Alô? - Respondeu ao telefone que acabara de vibrar em sua mão, era Jun, mas ele tentava falar como Jun dizia, era um sotaque italiano então Juliano soava, Giulliano, então dizer Jun, era como dizer Giun! Era diferente mas ele não ligava, ainda tinha um sotaque latino, foram anos aprendendo aquela língua onde o I tem som de 'ai' e o A tem som de 'ei'.

-Boas notícias , estou indo te ver! - Jun falou animado, era cerca de 16:00 horas, Jun provavelmente chegaria pelas 18:00, e aquele era o horário da faculdade de Yago.

-Faculdade! - Yago falou sem a menos parar de corrigir os erros na 'sua' matéria. Desejava que seu pai visse aquilo, ele iria rir tanto.

-Ta bom! Mesmo assim não vai se livrar de mim, até mais tarde! - Jun desligou, Yago não conseguiu prestar atenção se a voz de Jun estava alegre ou preocupada, ele apenas não ligou. Gostava de Jun, mas não para levar aquela possível relação adiante, apenas não queria se envolver com Jun, o achava puro demais, não que gostasse de tarados, mas Jun era diferente, e por Deus, tinha um belo pênis dotado. Irrelevante. So que ele não servia para Jun, se achava 'escroto' demais, Jun precisava de alguém carinhoso e atencioso, e Yago, não se achava nada daquilo...Não podia gostar de Jun, havia mentido para ele, tantas vezes, que talvez Jun a menos quisesse olhar para sua 'cara' novamente. Juliano era bom demais, até gentil, e Yago, era tão frio depois do sexo, que parecia se importar apenas com o prazer, era irrelevante gostar de alguém, e Yago não podia se dar o luxo de se apaixonar por seu amigo-colorido.

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Comentários

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Cara adorei teu conto. Bom demais.

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Aguardando o próximo hehe, porque amo minha escrita :p

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Muito obrigado , pri'h*-*, e ótimo quando vemos que alguem gostou do que escrevemos...Obrigado por ler. Aqui o link caso queira ver no Nyah - < http://fanfiction.com.br/historia/439938/Yo_no_quiero_amor/ > beijos.

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Muito boom:) lindoh demais seu conto:-*:)

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