Nosso Amor 37

Um conto erótico de Marcelo
Categoria: Homossexual
Contém 950 palavras
Data: 26/11/2013 01:15:33
Assuntos: Homossexual, Gay

- Celo, você ta bem? Pergunta o Wanderson assustado.

- Não! Acho que torci meu pé.

- Deixa eu ver.

- Me leva pro quarto e chama o meu pai.

- Pra que chamar seu pai? Vamos pro hospital.

- Você sabe qual é meu sorvete favorito, mas não sabe que meu pai é ortopedista.

- É verdade.

- Agora você pode me tirar daqui?

- Claro! Se apóia em mim.

Eu enrolo uma toalha na cintura e com muito sacrifício subo as escadas apoiado no Wanderson.

- Sua madrasta falou que vai avisar a ele.

- Ta vendo, né?! Nós dois mais banheiro igual a desastre. Disse vestindo uma camisa.

- Desculpa! Eu não resisti.

Fiquei deitado com meu pé doendo esperando meu pai chegar. Depois de alguns minutos ele chegou.

- Marcelo, o que aconteceu?

- Eu escorreguei no banheiro e acho que torci o pé.

- Eu tenho certeza. Olha só como ta inchado. Cadê sua mãe? Ele diz pegando meu pé e apertando.

- Ai! Acho que ela foi jantar na casa do namorado ou alguma coisa assim.

- Vai ter que engessar.

- Serio isso?

- Seriíssimo! Você vai ter que ir pro hospital.

- Wanderson, pega meu celular lá embaixo.

- Já volto!

- Vocês se reconciliaram?

- Sim!

- Que bom! Pensei que teria que agüentar outro genro.

- E o bebê da Mel?

- Semana que vem vamos descobrir o sexo.

- Me liga pra avisar.

- Com certeza! E você precisa ir visitar seus irmãos. A Clarinha ta com saudades.

- Eu também to, mas esses dias têm sido muito complicados.

- Sua mãe me falou que você nem saí mais de casa.

- E por que minha mãe fica falando da minha vida pra você?

- Será que é porque eu sou seu pai?

- Bem provável.

- Toma. Diz o Wanderson me entregando o celular.

- Obrigado!

- O que você vai fazer?

- Ligar pra minha mãe. Eu não vou sair de casa, ainda mais ir pro hospital, sem avisar pra ela.

- Vamos no meu carro.

- Eu vou junto. Disse o Wanderson.

- Não precisa.

- Claro que precisa. Logo no dia em que a gente volta, eu faço isso com você.

- Como assim você fez isso com ele? Não tinha sido no banheiro?

- Foi!

- E o Wanderson tava com você no banheiro?

- Tava.

- Agora eu entendi tudo.

- Tudo o que pai?

- Prefiro não comentar. Vamos?

- Espera! Mãe?!

- Fala Marcelo.

- Onde você ta?

- Na casa do Cássio. Por que?

- É que eu to indo pro hospital.

- O que aconteceu, Marcelo? Fala.

- Eu quebrei meu pé e vai ter que engessar. Meu pai vai comigo. Só quis te avisar.

- Que susto! Pensei que tinha acontecido alguma coisa grave.

- Mas isso é grave.

- Ta Marcelo! Já que seu pai vai com você eu vou daqui a pouco pra lá.

- Ta bom!

- Podemos ir agora?

- Podemos. É... Acho que vou precisar de ajuda.

- Eu te ajudo, amor.

Eu vou até o carro apoiado no Wanderson.

- Tem certeza que não quer que eu vá?

- Tenho. Pode ir pra casa.

- Amanhã eu venho. De manhã. Bem cedo.

- Bem cedo não.

- Bem cedo sim. Pra gente terminar... Aquele assunto do banheiro.

- Vocês não vão terminar nada. Pelo estado do seu pé você vai ficar um tempo sem poder se movimentar de mais.

- Tem certeza que é necessário tudo isso?

- É sim.

Meu pai e eu nos despedimos do Wanderson e fomos para o hospital onde ele trabalha.

Cheguei lá, coloquei o gesso e fui pra casa.

Comi e na hora que eu estava me preparando pra dormir o Wanderson me liga.

- E aí? Ta bem?

- To bem, só não posso andar muito.

- Desculpa!

- Você eu desculpo, eu não desculpo aquele sabonete.

- Queria ta aí com você. Depois desse tempo todo eu queria dormir com você.

- Acho que dormir comigo e com meu gesso vai ser difícil.

- E quanto tempo você vai ficar com ele?

- 20 dias.

- Tudo isso?

- É.

- 20 dias sem transar com você.

- Comigo e com ninguém espero.

- Não sei se consigo.

- Não brinca comigo, Wanderson.

- Senti saudades do seu ciúme.

- Eu não. Eu morria de ódio vendo você com a Gaby.

- De todas as pessoas a única que você não deveria ter ciúmes é a Gaby.

- E por que? Ela é linda e...

- Lésbica... Ele me interrompe.

- Serio? Como eu não sabia disso?

- Ela é muito discreta.

- Demais. Ela estuda comigo desde a primeira serie e eu não percebi.

- Eu nem podia ter te contado isso. Vamos mudar de assunto?

- Falar de que? De como eu to lindo com esse gesso?

- Pode ser de como você fica linda de qualquer jeito.

- Isso eu já sei. Acho melhor a gente ir dormir.

- Vamos conversar só mais um pouco.

- Eu to com sono.

- Então ta. Mas amanhã eu vou ir te ver.

- Vem a tarde que eu pretendo dormir muito.

- Não. Eu vou de manhã e cedo. Antes do treino.

- Seu treino é às oito horas da manhã.

- E eu vou passar aí às sete.

- Por favor, não.

- Eu vou e ta acabado. Tchau e beijo!

Ele desligou o celular.

Dormi e às sete horas, como foi dito, o Wanderson me acordou com beijos.

- Acorda, lindo!

- Eu te falei pra não aparecer aqui cedo.

- Não fala nada, só me abraça. Ele diz com a voz um pouco triste.

- O que houve?

- Minha... Minha avó morreu.

- Serio?

- Claro! Ele tava internada desde a semana passada e morreu nessa madrugada. Ele diz deitando do meu lado.

- Eu... Eu não sei o que dizer.

- Não precisa dizer nada. Só fica comigo.

Eu não sabia mesmo o que falar. Eu só me coloquei no lugar dele. Se eu perdesse a minha avó acho que não suportaria. Eu nunca senti isso, porque quando a minha avó por parte de pai morreu, eu era um bebê.

Então eu só fiquei ali, abraçado com ele e acariciando seus cabelos.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive M M a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Que bom que vocês se acertaram, o Wanderson estava sendo bem burro nessa.

0 0
Foto de perfil genérica

Acho lindo o amor dos dois. Fora que o Wanderson é um fofo.

0 0
Foto de perfil genérica

Acho lindo o amor dos dois. Fora que o Wanderson é um fofo.

0 0