Olá pessoas. Bem, essa é a primeira vez que escrevo aqui no site, então se eu cometer algum erro, me falem que o corrijo!! Essa é a minha história. Como li várias outras histórias aqui, eu pensei “porque não escrever a minha?” E com essa coragem decidir escreve-la, é um pouco longa, então vocês devem me aturar por aqui. Espero que curtam assim como eu e as pessoas que estão na minha vida/história. Abraços e uma boa leituraBem, meu nome é Fabrício tenho 17 anos. Não sei me caracterizar mas enfim. Sou alto (1,78) tenho um porte atlético (pois jogo futebol e faço natação, além de malhar frequentemente) tenho olhos verde-castanho (deixe explicar melhor: Eu nasci com uma mutação gênica chamada “heterocromia”, no qual a cor dos olhos podem ser diferentes uma da outra. Procure no google imagens pra você ver). Meus cabelos são curtos e pretos, e sou um pouco branquinho. Ahh!!Tenho um alargador na orelha esquerda, mas não é grande, é um bem legal até! Chega de apresentações. Eis a minha vida.
Acordei exausto, pois a festa de ontem me deixou todo quebrado!! Fiz minha higiene e fui pra cozinha tomar algum copo de leite, pois não sou chegado à café. Enquanto estou comendo minha mãe e minha irmã chegam na cozinha e me cumprimentam:
-Oi, maninho! -Diz Beatriz (irmã) enquanto dá um beijo na minha testa.
-Não me chama assim, não gosto! – Digo comendo um pedaço de pão.
-Bom dia, filho! E não trate sua irmã desse jeito! – Mamãe fala olhando pro pão que eu devorava. Ahh sim, minha irmã tem 17 anos também, somos gêmeos, mas não tão parecidos e ela não tem heterocromia. Minha mãe tem 38 anos e se chama Ana, é bem bonita, uma morena de deixar qualquer um com o queixo no chão, e tem os olhos verdes (acho que tenho essa doença por causa do papai também já que ele tem olhos castanhos, e na hora da gravidez tudo se misturou, sei lá!):
-Filho, depois do almoço vamos ao shopping, você devia ir com a gente pra poder você compra suas roupas para a viagem. – Disse Dona Ana se sentando à mesa.
- Eu sei, mas não tô querendo ir, não! Queria ficar aqui com vocês duas.
Meu pai e minha mãe são separados desde que Beatriz e eu completamos 6 anos. Então minha mãe continuou morando aqui em Belém (Pará) e meu pai voltou pra sua cidade de origem, que é Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Agora o juiz determinou que eu passe a morar com ele, mas no fundo, não tô afim disso.
- Fabrício, acho que as coisas são melhores lá em “Porto” - diz Beatriz comendo alguma coisa lá.
- Não importa se é melhor ou pior, pra mim, o melhor lugar do mundo é aquele em que estamos juntos, como uma família, e não um longe do outro! – Falo de boca cheia!
- Mas é o que o juiz mandou.
- Ok, de tarde vou ao Shopping com vocês!
Sei que pareço um pouco brega nas coisas que falo (rsrsrsrs) mais enfim... Sei lá o que dizer, eu não sei escrever o que eu sinto ou acho de mim mesmo, é estranho isso.
Já estava sem muita dor de cabeça então resolvi ligar pro meu melhor amigo/irmão, se eu ia viajar, devo me despedir de quem amo, certo??
-Fala muleke, como tá a dor de cabeça? - diz Heitor rindo de mim, ele sabe que quando eu tô de ressaca fico com a maior dor de cabeça do mundo.
- Fala Heitor, tá um pouco melhor! Mas cara, to afim de sair agora, pra qualquer lugar, tá superchato aqui em casa!
- Beleza! Vem aqui em casa, espera eu tomar um banho que saímos pra curti. – Diz rindo mais uma vez da minha cara.
-Falou, to chegando aí. - digo e logo vou pro meu quarto e pego minha mochila e encho de roupas.
Como eram 9 horas da manhã, vários barzinhos estão fechados ainda. Mas se você procurar, você acha qualquer lugar maneiro aqui em Belém! Tudo dentro da mochila, desço e digo pra mamãe que vou na casa do Heitor. Feito isso, vou de busão mesmo. A casa dele fica em um bairro distante do meu, demora acho que uns 25 minutos de ônibus. Na verdade não é bem uma casa, ele mora em um edifício, o que eu não gosto, porque nossas farras sempre acordam os vizinhos do lado, de cima, e os de baixo!
Chego na portaria e mando uma mensagem pra ele dizendo que estou na entrada, e que é pra ele ligar pro porteiro pra autorizar minha entrada. Feito isso, espero mais alguns instantes e vou logo pro elevador! Ele mora com o pai no sexto andar, é meio chato quando o pai dele (Seu Luiz) ta lá, porque a gente não pode fazer muita coisa.
-Cheguei manoo! – Chego falando alto no corredor, kkkk! Eu faço isso porque os vizinhos odeiam. :D
- Ta aberta a porta! - Grita ele lá de dentro.
Entro e fecho a porta, e não o vi na sala me esperando, vou no seu quarto e escuto um barulho de chuveiro ligado. “Tomando banho ainda? . Coitado do meio ambiente” penso e dou um sorriso. Depois de alguns minutos ele sai do quarto, eu já estava deitado na sua cama quase dormindo.
- Ei viado, sai daí! Ela é só minha. - Diz Heitor fazendo uma dancinha totalmente infantil e “sexy”. E ele sabe que eu sou bissexual, por isso as vezes ele me chama de viado. Mas eu não ligo, já que ele não fala com um tom de preconceito, mas sim de zuação.
- Ei mané, o planeta quer saber porque você demora tanto no banho.
- Ah, eu tava só tirando o atraso do meu companheiro daqui de baixo- Diz apontando pro pau.
- Nossa velho! Cadê a Paula? - Pergunto sobre a ex/atual dele (é um namora e termina que eu vou ti falar, viu!!)
- Ta na casa do caralho! Ela não quer mais saber de putaria! - Ele fala que as vezes me assusta.
-Calma velho! Troca de roupa e vamos dar uma “rapidinha”! - Essa rapidinha não é o que vocês estão pensando, é o jeito que a gente fala de Sair pra curtição por algumas horinhas. Ele se arruma com uma bermuda branca e uma camisa com gola V verde. Esqueci de dizer como o Heitor é de corpo: Ele cresceu comigo, então tudo que eu faço, ele faz também, por isso tem um corpo bem sarado com uma tatuagem de um dragão no braço direito. Ele tem 18 anos, com cabelos loiros e olhos cor de mel!
Enfim, acho que estou alongando muito o meu relato. Vamos pra os fatos mais depressa! Depois de curti por Belém com ele, fui almoçar no Shopping onde mamãe e a Beatriz já me esperavam. Almoçamos e fomos às compras (não gosto, mas fui pra agrada-las), depois de tudo comprado, tomamos um sorvete e voltamos pra casa.
Passados alguns dias, chega o momento da minha viagem! Fui ao aeroporto acompanhado pelas minha mulheres e pelo Heitor. Quando aquela voz diz que meu voo sai em alguns instantes meu coração bateu mais forte. Não queria ir, e deixar eles na cidade que amo e ir de encontro à meu pai, numa outra até então, desconhecida. Com abraços e beijos me despeço de todos e começo a andar para o avião. Um dos momentos tristes da minha vida. Não queria ir acordado nessa viagem, tomei um remédio que ajuda a dormir, e fechei os olhos. Esperando abri-los e olhar outra cidade lá fora.
Passado algumas horas de viagem, e o avião aterrissa. Como eu tenho a plena certeza de que minha cara fica uma merda depois que acordo, ponho meus óculos escuros, pego minhas malas e desço do avião. “Nossa velho, cadê meu pai?” penso olhando em volta pra conseguir encontra-lo. Mas não o vejo. Então eu sento naquelas cadeiras do pátio de desembarque e espero por ele.... Passa acho que uns 30 minutos e nada dele! “Porra, se atrasou, só pode” penso já irritado.
- Mãe, cheguei já. – Digo pelo celular pra Dona Ana.
- Chegou bem filho? – pergunta
-Sim, mãe. Olhe, ligue pro papai e pergunta cadê ele, porque eu não sei o número do telefone dele.
-Ok. Espere ele por ai, não sai daí.- Diz preocupada.
-Ok, beijo. – Desligo.
E pra variar, ele demora mais um pouco. E eu fico com vontade de mijar e saio a procura de um banheiro. Procuro e procuro, e pelas bênçãos do senhor Odin acho ele. Começo a fazer minhas necessidades fisiológicas :D e quando termino vou lavar as mãos, enquanto lavava, um garoto aparentando uns 17/18 anos sai de uma das cabines e vai para a pia também. Como eu tava sem meus óculos, acho que ele viu meus olhos e perguntou:
-Nossa, seus olhos são diferentes, é bem irado. São lentes?
-Não, são naturais. Valeu por dizer que são “irados” - Falo fazendo aspas com os dedos – A maioria das pessoas dizem que são, estranhos.
-Humm, você não é gaúcho, é? - pergunta ele
-Não, eu sou paraense. Nasci em Belém, mas vim morar com meu pai aqui. Qual é o seu nome?
- A desculpa não me apresentei, sou Bernardo tenho 18 anos. E você?
-Tenho 17 anos, meu nome é Fabrício.
- Prazer. Olha, acho que você... não sei... Chegou hoje, então não tem amigos ainda né? Então, qualquer dia desses vamos sair, você, eu e meus amigos. Ai você conhece a cidade. – Diz ele com um sorriso nos lábios.
-Sim pode ser. Meu número é 84!$%&*3
- O meu é 8#@%!$#9
Ae eu saio do banheiro porque meu pai devia tá me esperando em algum lugar. Ahh sim, esqueci de falar como o Bernardo é: Ele é do meu tamanho, cabelos um tanto louros, ou castanhos, olhos claros e um pouco definido, tinha também um alargador só que era menor que o meu. Bem, vou pro pátio de desembarque e avisto meu pai de longe. Um senhor com seus 45 anos, e muito bem vestido.
- Ei velho, aqui atrás. – Digo à meu pai nas suas costas. Ele se vira e me vê.
-Ei, velho é o seu pau. Eu to com menos pentelhos brancos que você. Diz papai (é gente, é esse pai que eu tenho, fala só merda)
- E como o senhor tá aqui em Porto? - pergunto andando para o estacionamento.
- A ta tudo bem, fora os problemas do trabalho, mas tamo ae- Meu pai trabalha em uma empresa da cidade. Ahh, nem falei o nome dele né.kkk! Ele se chama Ricardo! Bem, no caminho fomos pondo os papos em dia, e fofocando. Ele já havia me matriculado em uma das melhores escolas da cidade, e outras coisas que ele disse lá. Cheguei em casa que fica no bairro de Santa Tereza, e desfiz as malas, e fui pro banho. Enquanto a água escorria pelo meu corpo fiquei pensando naquele garoto que me convidou pra conhecer a cidade. “Tenho uma leve impressão que vou voltar a vê-lo” penso e desligo o chuveiroComentem o que vocês acham. E se eu devo mudar a forma de escrever, sei lá. E votem. Valeu e até o próximo.
