Bom pessoal, obrigado pelo carinho de vocês até aqui, já são 33 capítulos, ufa.
Essa semana algumas coisas irão acontecer e até lá, a história irá correr, digamos que ficara mais com suspense e mistérios, pretendo postar com freqüência,
fabi26, obrigado pelos elogios, mas que negócio é esse de agonia. Não faz assim com o anjinho peludo não, rsrs. Quando você for abraçado por um você mudara de idéia, rsrs. Então vamos fazer assim, eu falo que ele é peludo, mas você lê pelado, embora que eu ache que ele ficara desinteressante lisinho. Beijos.
Thiago Silva, sim irão sofrer sim, o Daniel já começa nesse capítulo, eu também não gosto de gente triste mas não posso só contar histórias dos dois felizes, se não não teria graça, mas aguarde, eles terão algumas surpresas. Bom, quanto a musica, achei meio lenta, tem que ser algo bem dançante, confesso que nem eu cheguei a uma conclusão ainda.
E pode ficar elogiando, não ligo, hahahaha. Os problemas só irão começar, no capítulo do próximo sábado o negócio vai feder de vez.
Geo Mateus fudeu mesmo, e sem direito a vaselina, como dizem por ai, kkkkkk.
Otilia Sabrina, Mas o comportamento da Ângela será essencial para o crescimento deles, até nos momentos ruins, da pra se tirar algo bom, parece frase de auto ajuda né, rsrsrs. Bom, na minha época uam criança era bobinha, hoje elas são muito espertas e o legal é deixar elas verem cosias como essa como algo natural, só assim serão adultos livres de preconceitos. Pois trate de arranjar um namorado então, faça uma seleção com os 10 mais e depois escolhe o mais bonito e também trate de ler todos os capítulos, ai ai ai hein.
alhambrafb, se não tiver mais elogios, pode repetir os que já foi dito, rsrs. Mas falando sério, será que a Ângela mudara de opinião, ou esse clima ficara assim pra sempre? Mas você esta certo, se quem deveria proteger não faz isso, então o que esperar de estranhos?
Amygah22, Bom, ela é apenas uma mulher retrograda, intolerante, não consegue aceitar a condição do filho. Mas sobre os dois morarem juntos, eles são uns lerdos mesmo, a solução é essa mesmo.
sonhadora19, A mãe do Daniel vai botar o terror, armar o maior barraco.A Taís não é direta, é criança, e criança é um perigo, fala a verdade doa a quem doer, rsrs. Eu também adoro ela. Só te corrigindo, não é Beatriz, é Gabriela, ele no fundo já sabe que o irmão é gay, apenas não quer aceitar.Bom, o André até onde eu sei é hetero, mas porque você quer ele gay? Beijos.
Bruno Del Vecchio, A Ângela é uam pessoa difícil mesmo, mas o Daniel já esta na casa dos 35, mas esse assunto é delicado demais, envolve aceitação, muitas coisas. Obrigado pelo carinho, adoro seus comentários.
Oliveira Dan, Sua cabeça borbulha, rsrs alias não sei porque você ainda não escreveu um conto. Você fica me dando essas idéias, minha história não vai acabar nunca, assim me deixa doido. O Willian foi criado e poderá servir para várias situações, dependendo do andamento da história, é bom ter esses personagens stand bys, Mas só a Gabriela se interessa pelo Ale, a Lucia é apenas fogo de palha e o Daniel é o mais desejado da história, teve o Thiago e agora o Alexandre, mas vou pensar na sua idéia. Você só pensa em morte hein, rsrs mas não leve meu título muito a sério até porque ele é brega demais mas prometo que semana que vem explico o motivo do título. Sobre sua teoria da fila do supermercado, continuo boiando, explique ai vai, mas no fundo acho que você tem um probleminha, hahahah.
A&M foi só uma comparação, no fundo os dois são apenas normalzinhos, nada de endeusar eles hein. Que bom que saiu dessa fase e que seu marido entende esse seu gosto por esse tipo de leitura, mas você fez muito bem em criar uma conta, acho legal interagir com o leitor e com o autor. Sobre a Carmem, você acha que ela é a mesma enfermeira? Hahahah, nossa, mas já dei tantas dicas, só falta eu colocar um néon confirmando que é ela, rsrs. Mas me fale, quem é você na história? E nem reclame, estou postando com freqüência, e com textos gigantescos, rsrs. Tenho 33, sem namorado, solteiro, totalmente abandonado, excluído, rejeitado, ignorado, jogado as traças.
Eck, ela é fofa mesmo, e a cara do Daniel foi a exatamente a que você pensou, acho que ele envelheceu um s10 anos só de escutar a pergunta dela. Você esta certíssimo, esse flagra tem que ser visto como algo positivo e você anda lendo meus pensamentos? É exatamente o que vai acontecer com os dois, rs. Não sou médico não, quem me dera, não tenho talento e nem vocação pra isso e nem estado emocional, nem equilíbrio, hahaha.
Tay Cris, Obrigado meu querido, sobre a Carmem, você ainda tem alguma duvida??? Rsrs. A Ângela é controladora, prepotente, antiquada e o Daniel já saiu de casa uma vez mas com a morte do Thiago, as forças dele foram embora, por isso ele voltou. Bom sobre o Willian, ainda não sei se ele será um impasse, tenho tantas idéias mas algumas nem vou poder usar, pois se não essa história não acaba nunca, e vai facinho pra mais de 50 capítulos. Grande abraço.
diiegoh', obrigado meu querido.
stahn, anda sumido hein garoto, mas o Rômulo anda muito folgado, bote ele pra ralar, rsrs. A Ângela deixara o Daniel abalado sim, mas será que o doutor fofura vai deixar ele ficar assim? Bom, no próximo post a Gabriela volta com força total. A partir do próximo post o André também entrara na história com força total. Mas de um desconto para o Dani, depois de tudo que ele passou, ele é um pouco inseguro mas o Xande vai dar toda segurança que ele precisa.
lipe31, ela é inocente mesmo e falou tão naturalmente e sobre a mãe do Dani, ela será um problema, mas um problema que servira para proporcionar coisas boas.Bom, acho que tudo que escrevo sobre essa questão de sexualidade, acontece aos montes por ai, ainda bem que nem todas famílias são assim, mas algumas acho que deve ser até pior. Bom, pode comparar com o conto anterior sim, nos contos não costumamos ver personagens com essas características e se eu um dia escrever outra história, terá outro ursinho, mas por enquanto vamos curtir o anjinho peludo.
kingwithnocrown, estava sumido mesmo hein, obrigado pelo carinho, tem hora que da vontade de largar mão da história e encerrar de vez, não é fácil escrever não. A Ângela vai reduzir Daniel a pó, vai deixá-lo abalado mesmo. A Tais é uma delicinha. Bom infelizmente não vou poder atender um pedido seu, muita gente irá se intrometer no amor deles, mas cada um com seu motivo particular, nem sempre o que parece, é o que realmente é. Bom estou postando todo dia, porque tenho que adiantar a história, no post do próximo sábado começa a segunda fase, tudo irá mudar. Adorei a musica que você sugeriu. Obrigado pelo carinho, fico feliz em ser um dos autores preferidos de sua lista.
Plutão, Obrigado, esta curtindo? Vou mandar o capítulo 26 pra você por e-mail, não sei porque não esta abrindo. Grande abraço.
ametista, Acho bom mesmo se atualizar, se não mato o Alexandre e faço o Daniel se casar com a Gabriela. Tenho certeza que irá tirar 10. Beijos.
Daniel – Deixa que eu vou atender.
Alexandre foi para a cozinha separar alguns pratos para comerem, enquanto Daniel foi atender a porta. Vendo que Daniel demorava, foi atrás do seu amor.
Alexandre – Amor, quem era?
Alexandre apareceu na sala, sem camisa, só de samba canção, levando um susto ao olhar para a porta.
Ângela – Estou atrapalhando alguma coisa?
Capítulo 33
Daniel segurava a maçaneta da porta, branco como uma folha de papel, totalmente estático, enquanto sua mãe olhava para Alexandre, com o olhar de raiva.
Alexandre – Dona Ângela!!!
Daniel - Mãe, o que você esta fazendo aqui?
Ângela – Então é aqui que você tem passado suas noites? É aqui que rola a pouca vergonha. Ângela foi entrando sem cerimônia, enquanto insultava os dois.
Alexandre – Dona Ângela, acho melhor conversarmos com calma, não é nada...
Ângela – Cala a boca que não estou falando com você.
Alexandre tentou ser cordial, mas levou um passa fora da sogra, que o olhava da cabeça aos pés. Só então se deu conta que seus trajes deixavam aquela situação ainda pior. No mesmo instante foi para o quarto vestir uma roupa, enquanto Daniel conversava com a mãe.
Daniel – Mãe, por favor, não vai fazer escândalo, eu...
Ângela – Escândalo? Você acha que vou fazer escândalo? Você acha que eu quero que alguém veja o que estou vendo aqui? Você acha que vou querer que essa pouca vergonha sua saia daqui?
Daniel – Não é nada disso mãe, eu e o Alexandre não estamos fazendo nada demais.
Ângela – Eu achei que você tinha mudado de vida Daniel, achei que tinha se curado, mas pelo visto nada do que você passou serviu pra você criar vergonha na cara.
Daniel – Uma coisa não tem nada a ver com a outra mãe.
Ângela – Será que não basta tudo que aconteceu com você, aquele castigo não serviu pra você criar vergonha na cara?
Daniel – Como você tem coragem de falar assim comigo?
Ângela – Achei que depois que aquele outro tivesse morrido, você tomaria jeito. Daniel encheu os olhos de lágrimas, sua mãe estava pegando pesado demais com ele e diferente de 10 anos atrás, agora suas forças não eram tão fortes como antes.
Daniel – Você acha que tudo aqui foi um castigo? Você acha que o Thiago morreu só pra que eu fosse castigado?
Daniel – Eu sofro com isso até hoje, porque você faz isso comigo?
Ângela – Realmente faltou pra você um pai, se você tivesse levado uma coça, não estaríamos aqui agora.
Ângela – Onde seu pai estiver agora, ele deve estar com muita vergonha de você.
Daniel – Pare de falar do meu pai, pare de me torturar, pare de ser tão cruel comigo.
Daniel – Meu pai deve ter preferido morrer do que ter que viver ao seu lado, com sua amargura, seu mau humor.
Ângela – Mas é essa mulher amarga que te deu a mão quando você estava no fundo do poço.
Ângela – E pensar que gastei uma fortuna com você com médicos, psicólogos, tudo isso pra nada.
Alexandre apareceu na sala, já vestido, enquanto Daniel chorava em silêncio, debaixo das porradas que Ângela soltava pela boca.
Ângela – Pelo visto tudo que você sofreu foi pouco, você não aprendeu nada com seus erros.
Alexandre – Não fale assim com ele.
Ângela – Cale a boca você.
Alexandre – A senhora não tem o direito de falar dessa maneira.
Alexandre – Não vou permitir que o trate dessa maneira na minha frente.
Daniel se levantou, encarando a mãe, entrando na frente de Alexandre.
Daniel – Você preferia que eu tivesse morrido com ele naquele acidente né?
Daniel – Você tem vergonha de mim?
Daniel – Eu nunca fui o filho que você quis né?
Ângela nada respondeu, no fundo ficou desconcertada com as palavras de Daniel.
Daniel – Saiba que você também nunca foi a mãe que eu esperava.
Alexandre – Chega Daniel, essa discussão não vai levar a nada.
Ângela – Só vou te dar um aviso. Quando as coisas ficarem feias para o seu lado, não corra atrás de mim.
Alexandre tomou a frente de Daniel, o defendendo.
Alexandre – Pode ficar tranqüila, ele tem a mim pra protegê-lo, eu o amo demais.
Ângela – Tem mais uma coisa, se você quer ficar com essa sua pouca vergonha, isso é problema seu, mas não coloque minha neta nisso.
Ângela – Não vou deixar ela participar disso.
Daniel – Eu não fiz nada com a Taís mãe, isso não tem nada a ver.
Ângela – A partir de agora você não sai mais com ela nem portão de casa, muito menos sair com esse outro viado que arranjou.
Alexandre abraçou Daniel, que já nem tinha mais forças pra enfrentar a mãe. Vendo aquela cena, Ângela se descontrolou de vez, partindo para cima deles.
Ângela – Largue ele, se dêem o respeito.
Alexandre – A senhora não merece o filho que tem e já fui educado demais.
Alexandre – Poderíamos sentar e conversar, mas pelo visto isso não vai acontecer nunca então suma da minha casa, some daqui antes que eu te coloque pra fora a força.
Ângela – Vai me bater também Daniel, porque só falta isso.
Alexandre – E tem mais uma coisa, cuidado como trata ele, se souber que fez alguma coisa com o Daniel, vamos ter problemas.
Ângela deu as costas, batendo a porta, enquanto Daniel ficou no sofá sentando, processando as coisas que ouvira da mãe.
Alexandre – Não fique assim meu amor.
Daniel – Eu tenho que ir atrás dela. Disse já se levantando todo desorientado.
Alexandre – Você não vai a lugar algum.
Daniel – Você não entende Alexandre, eu tenho que me explicar, eu tenho que...
Alexandre – Você não vai sair daqui Daniel, vocês dois estão de cabeça quentes, vocês não irão resolver nada assim.
Daniel – mas você não entende, eu vou...
Alexandre segurou em seus braços, o forçando a se acalmar.
Alexandre – Você não vai sair daqui, nem que eu tenha que te segurar a força, então trate de se acalmar, porque não vou deixa-lo sair.
Daniel – Mas Alexandre....
Daniel foi se rendendo, chorando demais, recebendo um abraço do seu amor.
Alexandre – Não fique assim, eu estou aqui com você.
Daniel – Porque tudo tem que ser difícil assim?
Alexandre – Eu não sei, mas temos um ao outro.
Apesar de Daniel já ser um homem adulto, ter seu trabalho, sua vida, seus medos vinham do passado. Quando era apenas um garoto era cheio de coragem, enfrentou a família e o mundo em nome do amor que sentia por Thiago até tudo lhe ser tirado e agora o que martelava em sua cabeça eram as palavras da mãe, o medo que tudo se repetisse, agora com Alexandre. O medo de ter que enfrentar aquela dor dilacerante novamente o deixava sem chão.
Alexandre – Ei, não fique triste não, eu estou aqui viu.
Daniel – Eu achei que não fosse mais chorar por isso.
Daniel _ Eu não queria brigar com ninguém Alexandre, eu não queria brigar com minha família, eu não fiz nada de errado.
Alexandre – Eu sei, mas tente se acalmar.
Alexandre levou Daniel para a cama, fazendo com que ele deitasse, encoxando seu corpo ao dele, fazendo carinho em seu cabelo.
Alexandre – Pode chorar meu amor, não guarde nada dentro do seu peito.
Daniel – Não quero chorar, só sinto medo.
Daniel – Eu já perdi o Thi, eu me sentia tão forte naquela época, tenho medo que se repita, medo de te perder também.
Alexandre – Isso não vai acontecer, eu nunca vou te abandonar, eu lhe prometo. Alexandre beijou as mãos do seu príncipe, dando todo conforto a ele.
Daniel – Obrigado.
Alexandre – Não tem o que agradecer, eu te amo meu amor, sou capaz de dar minha por você. Alexandre mudou de posição, ficando de frente para Daniel, que estava deitado de lado.
Ficaram em silêncio, Alexandre ficou passando seus dedos no rosto de Daniel, limpando suas lágrimas, mostrando que ele não estava sozinho.
Alexandre – Nossa pizza chegou, vamos comer.
Daniel – Não quero, pode ir você.
Alexandre – Vai comer sim, eu vou cuidar de você meu amor.
Com muito custo, Alexandre conseguiu fazer Daniel comer alguma coisa e depois foram dormir. Dormiram de conchinha, com Alexandre segurando o corpo de Daniel junto ao seu, entrelaçando suas mãos.
Alexandre acordou várias vezes durante a noite, mas Daniel aparentemente parecia estar dormindo tranqüilo.
Alexandre estava sentado, escrevendo algumas coisas na escrivaninha, quando viu Daniel acordar um pouco afoito.
Alexandre – Bom dia meu amor, o que foi.
Daniel – Bom dia, só tive um sonho ruim.
Daniel – Sonhei que você não existia, que nunca nos conhecemos e eu te procurava.
Alexandre – Você só teve uma noite ruim, agitada, foi apenas um sonho.
Alexandre – Eu existo sim e sou seu namorado. Alexandre o abraçou dando um beijo em seu rosto.
Daniel – Obrigado por cuidar de mim.
Alexandre – Daniel, eu te amo, não vou deixar nada de ruim acontecer com você.
Daniel – Obrigado, me sinto mais seguro quando estou com você.
Daniel decidiu ir direto para o trabalho e só a noite voltar para sua casa. No fundo aquela conversa não tinha acabado na casa de Alexandre, mas devido aos ânimos, o confronto final só tinha sido adiado.
Daniel trabalhou o dia todo em silêncio, só abria a boca quando Henrique chegava até ele, notando seu olhar triste.
Henrique – Porque esta assim?
Daniel – Só tive um desentendimento em casa.
Henrique – Posso te ajudar em algo?
Daniel – Nada não, vai passar.
Henrique – Olha la hein, nada de me enganar.
No fim do expediente, Daniel foi direto para a casa, seu coração já estava apertado e novamente teria que enfrentar sua mãe.
Chegou em casa e estava tudo um silêncio, não viu Taís, nem Lucia. Foi em direção a cozinha e deu de cara com Ângela, que nem olhou em seu rosto.
Daniel – Mãe, vamos conversar.
Daniel – Mãe, não precisávamos de nada daquilo ontem.
Daniel – Vamos esquecer tudo aquilo, deixar pra lá. Ângela olhou no rosto do filho, parando o que fazia.
Ângela – Como é que é? Você tem certeza disso?
Daniel – Claro, não quero brigar mais.
Ângela – Bom Daniel, se for assim...
Daniel – Você conhecendo melhor o Alexandre, vai ver que ele é um cara legal.
Ângela – O que? Perai, eu estou pensando que você esta querendo mudar de vida.
Daniel – Não estou entendendo.
Ângela – Você quer que eu aceite isso? Você não largou dele, é isso?
Daniel – Mãe, eu não acredito que ainda estamos discutindo isso.
Daniel – Qual parte você ainda não entendeu, eu sou gay, sou homossexual, gosto de homem.
Daniel – Você quer que eu viva uma vida que não é minha só pra te agradar, só para as pessoas não comentarem?
Daniel – Eu sou homem, mas eu amo outro homem.
Ângela – Cale a boca Daniel.
Os dois votaram a se exaltar, agora discutindo aos berros.
Daniel – Você querendo ou não eu sou gay, isso você nunca poderá mudar, ou melhor, sou viado, é assim que você prefere falar não é.
Ângela levantou a mão para bater em Daniel, mas recuou com o grito da filha.
Lucia – Parem com isso, não agüento mais essas brigas.
Ângela estava com o braço erguido enquanto Daniel olhava para a sobrinha que estava assustada, segurando a perna da mãe.
Ângela – Você já é adulto Daniel, va cuidar da sua vida.
Daniel foi para seu quarto e teve uma surpresa ao entrar em seu quarto. Suas malas estavam no meio do quarto. No mesmo instante voltou para a sala.
Daniel – Você esta me expulsando?
Ângela – Toma seu rumo, já te criei, já fiz tudo que eu tinha que fazer. Agora você é adulto e se quiser que quebre a cara sozinho.
Ângela – Mas só tem uma coisa, quando tiver algum problema, vai atrás dessas pessoas que você deu valor, esses seus amigos.
Daniel – Pode deixar, nunca mais vou lhe trazer problemas, mãe.
Daniel subiu as escadas, sua cabeça doía demais enquanto as lágrimas caiam, em meio a raiva que sentia.
Na mesma hora pegou suas roupas e foi colocando nas malas, pegando todos seus pertences, colocando tudo que conseguia na mala, até ser interrompido por Tais.
Taís – Tio, você vai embora.
Daniel limpou suas lágrimas, olhando para o rosto da sua princesinha que estava com o olhas triste.
Daniel – Vem aqui com o tio.
Taís – Você vai embora tio?
Daniel – OI meu amor, vou sim, o tio vai se mudar.
Taís – Eu não quero. Taís abraçou Daniel com toda sua força.
Daniel – Eu sei, mas quando a gente cresce, uma hora a gente tem que ir embora, morar em outro lugar.
Taís – Eu vou pedir pra vovó deixar você ficar.
Daniel – Ei, não fique assim, eu vou embora mas vou vir aqui sempre pra gente matar nossa saudade, sair juntos.
Taís – Não é a mesma coisa, quem vai contar história pra mim?
Taís – Quem vai brincar comigo.
Daniel já estava péssimo e ao ouvir aquilo, sentiu como se uma faca atravessasse seu coração. Taís saiu correndo do quarto, o deixando sozinho.
Lucia – Você vai mesmo?
Daniel – Tem outro jeito?
Daniel – Mas eu venho pegar a Taís, leva-la na escola, levar pra passear.
Lucia – Acho melhor não Daniel, acho que a mãe tem razão.
Daniel – Como é que é?
Lucia – Ela é muito pequena ainda, não entende algumas coisas.
Daniel – Perai Lucia, até você vai ficar contra mim?
Daniel – Eu nunca faria nada que pudesse ser prejudicial a ela.
Lucia – E como você vai explicar pra uam criança de 5 anos que você e o doutorzinho são namorados?
Daniel – Já entendi tudo, então é isso? Ciúmes.
Lucia – Não seja ridículo.
Daniel – Isso é despeito Lucia, você esta sendo cruel demais.
Lucia – Daniel, não torne as coisas mais difíceis. Lucia saiu, deixando o irmão sozinho. Daniel colocou tudo que conseguiu na mala mas antes de sair pegou sua pasta, onde tinha todas suas lembrança de Thiago.
Estava indo embora quando Taís apareceu, segurando sua mão, o acompanhando até a sala.
Daniel viu a mãe sentada na cozinha, de costas, pensou ir até la, mas achou melhor ficar em silencio. Taís apertou suas mãozinhas na de Daniel, como se não quisesse solta-lo, até chegarem a varanda.
Daniel – Tenho que ir meu amor.
Taís – Não vai tio.
Daniel se ajoelhou na frente dela e segurando o choro, beijou seu rosto.
Taís – Fica tio.
Daniel – Eu vou voltar, mas seja boazinha, obedeça a mamãe, a vovó, faça suas tarefas.
Taís – Eu te amo tio.
Daniel – Eu também te amo muito.
Daniel se levantou e foi para o carro, enquanto a sobrinha correu até o portão, segurando a grade, com o olhar triste, o vendo partir.
Daniel ficou olhando pelo retrovisor, sua anjinha ali grudada na grade, o vendo ir embora. Circulou sem rumo pela cidade, até parar num hotel bem simples, onde passou a noite, chorando sozinho.
Pensou em ligar para Alexandre, mas estava com muita vergonha, estava se sentindo o mais fracassado dos homens. Pensou em ligar para os amigos, mas também mudou de idéia.
Henrique – Bom dia, que cara é essa?
Daniel – Sai de casa.
Henrique – Poxa cara, brigou com sua mãe né?
Daniel – Estava difícil demais.
Henrique – Onde esta morando?
Daniel – Num hotelzinho ai, mas depois vejo o que vou fazer.
Henrique – Vai pra minha casa cara.
Henrique insistiu para Daniel ir morar com ele, mas se recusou, no fundo queria é ficar sozinho, colocar as idéias no lugar.
Alexandre também ligou para Daniel, mas esse se limitou a dizer que esta tudo bem, não contando que tinha ido embora de casa.
No fim do dia, Daniel já estava indo embora quando Henrique o abordou na rua e novamente reforçou seu convite.
Daniel – Valeu mesmo cara, mas eu me viro.
Henrique – Promete que me liga se mudar de idéia?
Daniel – Prometo sim.
Os dois se abraçaram mas se soltaram ao escutar uma buzina. No mesmo instante Daniel reconheceu o carro de Alexandre, indo até ele.
Daniel – Que surpresa meu amor, estou de carro.
Daniel deu um beijo em Alexandre, que agiu de maneira seca.
Alexandre – Eu te levo até sua casa. Alexandre ligou o carro e Daniel ficou meio sem jeito de falar.
Daniel – Alexandre, eu sai de casa.
Alexandre – Onde esta morando Daniel?
Daniel – Meu amor, eu ia te falar, mas...
Alexandre – Onde esta morando Daniel?
Alexandre estava com o rosto fechado, sério, falando firme, deixando Daniel preocupado.
Daniel foi explicando o caminho e pouco tempo depois estavam no hotel onde estava hospedado.
Alexandre – Então é aqui que você esta morando?
Daniel – É, mas depois procuro um lugar melhor, é que nem tive tempo, e...
Alexandre – Cadê suas coisas?
Alexandre – Junte suas coisas Daniel.
Daniel – Ale, eu acho que...
Alexandre – Daniel, não me faz perder a cabeça e faça logo o que estou mandando.
Alexandre era um doce de pessoa mas quando ficava nervoso se transformava e vendo sua feição, Daniel preferiu não discutir com o namorado.
Daniel juntou suas coisas, pegando tudo que lhe pertencia, sem entender o que o namorado pretendia.
Daniel – Esta tudo aqui. Alexandre se você for...
Alexandre respirou fundo, fuzilando o namorado com os olhos.
Daniel – Você esta nervoso?
Alexandre – Junte suas malas e vamos embora, não me faz perder a paciência.
Daniel obedeceu o namorado e foram em silencio no carro. Daniel olhava para Alexandre, que permanecia sério, olhando para o trânsito.
Daniel – Leve la pra cima.
Os dois levaram as malas até o apartamento de Alexandre.
Daniel – Porque me trouxe pra ca Alexandre?
Alexandre – Porque não me contou que saiu de casa?
Daniel – Eu não queria te preocupar, queria me ajeitar primeiro.
Alexandre – Para de Daniel, pare de se explicar.
Alexandre – Já te falei, qual você ainda não entendeu? Problema seu é problema meu também.
Daniel – Você esta nervoso comigo?
Alexandre – Eu sou seu namorado, sou responsável por você, mas acho que você ainda não entendeu. Alexandre se abaixou, desfazendo as malas do namorado.
Daniel – Alexandre, me da um abraço.
Alexandre olhou para seu amor, que esta em pé a sua frente com o olha triste e no mesmo instante desfez sua cara amarrada, abraçando seu príncipe.
Daniel apertou seu corpo junto ao dele, se desculpando por não ter contado a ele.
Daniel – Me desculpa, mas não sabia o que fazer, não fique nervoso comigo.
Alexandre – Tudo bem, me desculpe também, mas você faz coisas que me irrita muito. Essa sua mania de querer resolver tudo sozinho, você não esta mais sozinho, entende isso de uma vez.
Alexandre – Eu vou cuidar de você meu amor, não vou deixar você por ai.
Alexandre – A partir de agora você vai morar aqui comigo.
Alexandre – Essa casa agora é sua também, é a nossa casa.
Continua...