Paula não sabia o quê fazer, mas continuar com Mariana ali era muito arriscado. Puxou ela pela mão até a rua de trás da sorveteria, foram à um moto-táxi aonde o primo de Paula trabalha. Ele não estava lá, mas ela tem crédito para poder andar de moto e pagar depois.
- Vou te levar à um lugar lindo, Mariana!
- Qualquer lugar estando com você, será perfeito!
Se beijaram, um selinho rápido, montaram na moto, foram. Em dez minuto estavam descendo no calçadão da praia. Praia dos namorados, praia de água doce.
Anoiteceu, não tinha iluminação suficiente onde se localiza as pedras. Paula abraçou Mariana, cheirou o pescoço, deu um beijinho.
- Preciso te dizer uma coisa antea de nós... Sabe?
- Calma, Paula. Esquece, tá tudo bem. - Selinho. - Vai ser natural pra nós duas, vem.
Mariana achou que Paula estava falando sobre elas serem virgens e etc, Paula ia falar de Denise.
Deitadas na areia, quase nuas, entregues uma à outra, ouviram barulhos... De repente, Denise parou em frente elas, segurava uma pistola:
- Solta a minha mulher, sua vadia!
Mariana se afastou, continuando deitada. Paula levantou, tentou chegar perto de Denise, levou uma coronhada na cabeça, caiu inconsciente.
- Paula? Paula você tá bem?
Mariana se preocupou. Quis lutar com Denise, esta atirou, não para acertar só para assustar e a manter longe.
- Pega ela no colo e vamos.
Marina viu a arma apontada para ela, sabia que a mulher não erraria o próximo tiro.
Mariana colocou Paula no banco da frente do passageiro, na caminhote de Denise, entrou no banco se trás.
- Faça alguma estupidez, e a cabeça de Paula estourada será a última coisa que verá nessa vida, entendeu?!
Mariana apenas balançou a cabeça confirmando, Denise ligou o carro, pegou a estrada rumo à área rural.
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No hospital Emanuel passou muito mal, o médico teve que entubá-lo, ele não consegui respirar sozinho. Teve um princípio de infarto, foi medicado, se encontrava entubado, inconsciente no horário de visitas, quando Elaine chegou para visitá-lo. Ela tinha ido em casa para tomar banho, ver como estava sua filha na casa da vizinha, a levou para a casa de um dos irmãos casados.
Voltou no hospital, encontrou seu pai praticamente morto. A decepção que passou com Mariana foi demais para um coração cansado de longo uso.