Mariana esperou um momento de descuido de seu pai, pegou o cartão do banco da carteira dele. Ela foi várias vezes com ele ao banco para ajudá-lo a fazer saques de sua conta poupança , sabia de cor a senha, só precisava do cartão.
Combinou com sua namorada virtual que iria encontrá-la no natal de 2012, mas não tinha dinheiro suficiente para ir. O amor ou loucura que Mariana sentia por Paula era imenso, não mediu consequências, tirou 360,00 reais da conta de seu pai, onde havia 550,00 reais.
Agiu tranquilamente em casa com seus familiares, pois fora seu pai também morava com uma irmã, sobrinha pequena e um irmão que raramente parava em casa, a não ser para dormir. De madrugada, como Mariana tem insônia, arrumou poucas roupas em uma mochila de por nas costas, contou o dinheiro em seu bolso, 600,00 iria dar apenas para ida para o Estado do Pará.
Deixou um bilhete pendurado na geladeira com os ímãs, saiu sorrateiramente.
- Liberdade!!!!! - Gritou quando estava sentada no fundo do ônibus, indo para à rodoviária ás 03:15 madrugada.
O ônibus sairia às 05:25.
Chegou à rodoviária às 04:00, foi ao banheiro, passou água no rosto, ligou para sua namorada:
- Paula, amor, eu consegui.
- Conseguiu o quê? Mariana são 04:15 da manhã, vai dormir, vai. - Desligou.
Mariana sentiu raiva, passou rapidamente ao imaginar estando nos braços de sua amada em poucas horas. Olhando a foto de Paula no visor de seu celular, beijou a tela:
- Durma bem meu amor, logo estarei ai. - Sorriu.
Sem atrasos embarcou no horário para Belém do Pará, capital, depois outro ônibus para a cidade de Santarém. Estava euforica, não conseguia dormir, ia vendo as paisagens cantando as músicas da rackeira Pitty.
O dia tinha amanhecido, Emanuel, pai de Mariana acordou e não a viu na cama. Sim, a pobreza deles os obrigavam a dormir no mesmo quarto. A cama estava bagunçada, sinal que a filha dormiu em casa, então devia estar no banheiro.
Na cozinha, separou seus remédios da manhã na mesa, se dirigiu para a geladeira pegar a água quando viu um papel na geladeira.
Era o bilhete, que diziaContinua?