Não precisam ficar preocupados com a saúde do Rafael, pois ele vai continuar... Vivo... Enfim, acho difícil ele ter a sorte de encontrar a criatura... Vamos ver, ao conto.
Parte 76
Primeiramente me recompus, limpei minhas lagrimas e respirei fundo para que o sentimento do sonho passasse. Já pronto para outra pensei onde o Rafael poderia esta. No banheiro, não, a luz estava apagada... Talvez houvesse ido beber um copo de água... Passou o tempo e nada, logo conclui que ele não fora apenas tomar água. Esperei mais algum tempo, porém ele não apareceu.
Minha mente matutava, todavia algo não estava certo. Pensei que ele estivesse dando uma volta pela casa por ouvir algum barulho, mas essa possibilidade era absurda, uma vez que a casa é bem protegida e os quartos, em particular, são bem herméticos e não daria para ouvir um barulho a não ser que fosse forte, porém neste sentido ele teria me acordado.
Finalmente decidi procurar por ele. Peguei, por segurança, minha adaga envenenada que estava em uma mesinha e comecei a busca. A noite estava bem fia e eu me perguntei se era realmente uma boa ideia sair somente de cueca do quarto. Olhei de quarto em quarto e apenas vi a Carol dormindo agarradinha com o Alex. Desci, não queria acreditar que ele estivesse nos andares de cima, pois essa casa era medonha e, mesmo eu sabendo ser completamente segura, o medo é implacável.
Procurei na sala da lareira e depois no rol de entrada, porém nem viva alma (nem morta aliais). A preocupação rondava minha cabeça. Eu estava na sala de jantar quando ouvi um barulho esquisito vindo da cozinha, era provavelmente o Rafael, mas a essa altura eu estava morrendo de medo. Com cuidado fui vagarosamente para a porta e quando eu ia entrar o Rafael surgiu e dei um grito de susto.
Rafael – ei calma! O que ouve? O que você está fazendo aqui que não está na cama? – falou tentando não rir e fazendo carinho para que eu me acalmasse.
Eu – tive um pesadelo e acordei assustado, ai vi que você não estava lá e eu esperei um tempão, mas não consegui voltar a dormir e resolvi ver onde e o que você estava fazendo essa hora da madrugada – falei entrando na cozinha e sentando em um banco do balcão.
Rafael – oh amor, volte a dormir. Com a chegada dos nossos amigos esqueci completamente da visita de seus pais amanhã, hoje, e acabei não fazendo nada. Com o Alex e a Carol, destaque para a Carol, tive que vir logo cuidar do almoço do café e adiantar algumas coisas para não perder tempo na hora de preparar os pratos que tem de ser feitos e servidos. Também tenho que limpar a casa, e tudo isso antes das nove, pois seu pai ligou e falou que era para eu estar lá para acompanhá-los até aqui as dez em ponto e eu não quero fazer feio – ele disse enquanto andava de um lado para o outro.
Eu – calma, a casa está bem e não precisa de tanta coisa para comermos. Aliais, eu e a Carol podemos te ajudar a fazer tudo antes deles chegarem – falei e ele veio e me deu um beijo bem gostoso.
Rafael – não! Você não vai gastar seu tempo arrumando casa e preparando comida, a não ser em ocasiões especiais, quero que você deixe comigo que eu dou conta. Preocupe-se com os outros assuntos, como estudar. – ele falou de um jeito fofo. Eu amo esse cara, ele faz tudo para me agradar e não exige nada em troca, é bom de mais para ser verdade. Um calafrio percorreu minha espinha.
Eu – não sou um bibelô que pode quebrar! Posso, muito bem, ajudar nas tarefas da casa, afinal moro aqui. Não é? – falei em um tom emburrado, ele apenas sorrio me levantou e colocou em cima do balão, em seguida olhou fundo nos meus olhos e me beijou profundamente, um beijo carregado de sentimento, um beijo do qual eu não gostaria de sair.
Rafael – você pode não ser tão frágil, eu sei, mas para mim você é o mais valioso dos bens, a fonte da minha felicidade. Sendo assim te protegerei do melhor jeito que eu puder, te mimarei, darei comida na boca se for preciso e muito amor, tudo o que estiver ao meu alcance farei para te ver feliz – nossa, que declaração.
Eu – para de falar essas coisas, vou acabar acreditando – falei e voltei a encostar meus lábios nos dele, algo que de se tornou uma das maravilhas da minha vida – acho que algo está queimando – completei ao sentir um cheirinho no ar.
Rafael – nossa, me esqueci que tem panelas no fogo – falou e me deu um ultimo beijo antes de voltar para correria.
Deveria ser umas seis da manhã, pois consegui distinguir alguns raios de sol atravessando uma janela. Fui novamente ao quarto para vestir uma roupa mais adequada, afinal não era educado ficar só de cueca com visitas na casa. Feito isso desci e fiquei admirando o Rafael indo de um lado ao outro colocando travessas no fizer e tirando outras do forno. Ele estava de cueca box branca e um avental branco que deixava a amostra a parte de trás de seu corpo perfeito. Senti o cheiro de pão acabado de sair do forno, ele havia feito um bolo de fubá simples e preparado suco de abacaxi, graviola e morango. Fez também o tradicional café e preparou leite, pois sabia que eu gostava de tomar algo quente no café.
Já era sete e meia quando ele concluiu tudo e arrumou a mesa de café. Não sentou logo, mas sim foi tomar um banho. Depois de pensar um pouco resolvi ir atrás para tirar uma casaquinha, o que posso fazer, sou tarado por aquele cara. Infelizmente meus planos foram frustrados pela Carol que desceu e puxou conversa, e como eu ainda tinha pudor, não ia dizer para ela esperar, pois eu ia dar uns "amassos" no meu namorado. Enfim, acabei sentando na sala da lareira e conversando com ela até que o Alex e o Rafael apareceram, fomos para a mesa do café e começamos a comer e conversar. Decidi guardar somente para mim meu pesadelo, não porque eu não confiava em ninguém, mas pelo fato de ser algo que eu estava considerando como trivial.
Todos ajudaram e rapidamente limpamos a casa, não encontramos nem um pingo de poeira, mas o Rafael estava seriamente preocupado, afinal eram os pais do namorado dele e ele sabia que eu considerava a opinião de meus progenitores, enfim. Por ele eu esquecia todos e tudo e ficava com ele morando naquela casa. Como o Rafael sempre diz: “somente tem importância o que você pensa, o resto é resto”.
As nove e trinta o Rafael saio no carro mais... Convencional dele para ir buscar meus pais. No fundo eu sabia que o dia iria ser, no mínimo, cômico. O Rafael tentando impressionar meus pais que até outro dia não aceitavam minha opção sexual, ao mesmo tempo em que tentava esconder os “detalhes” incomuns de sua vida. Lembrei do arsenal... Eles disseram que queriam conhecer a casa toda... Isso vai dar bolota... Que seja o que deus quiser.
Continua...
Gostaram? bem, pode não parecer, as o Rafael tem os mesmos defeitos das pessoas comuns... Quer dizer... Alguns, logo, ele pode ficar nervoso, preocupado, ansioso, entre outros. Parece que o dia promete, mas só no próximo capítulo saberemos a visitas dos sogrinhos do Rafael... Comentem, critiquem e evidenciem suas opiniões acerca do enredo e de suas visões do futuro desta história. Lembrem-se que são vocês (os leitores) e os comentários que produzem a vontade para um "escritor" "escrever", de acordo com eles (os comentários), então, os textos são postados. Ao final não deixem de atribuir uma nota. Beijos e abraços e até a próxima!
