O dia depois de Amanhã 10

Um conto erótico de Liahbook
Categoria: Homossexual
Contém 556 palavras
Data: 10/11/2013 11:46:14

- O quê houve, Sil?

A intimidade entre nós, intimidade de amizade, possibilitava chamar assim com abreveamento de nome.

- Um acidente....

Foi tudo o que ele conseguiu dizer antes de me abraçar forte, chorando muito. Ela não podia dirigir naquele estado. Ainda não tinha passado no exame de carro, estava esperando as festas passarem para marcar o exame, mas sabia dirigir sim.

Dirigi até à casa dela. Sentada na cama, no quarto dela, Silvana me contou o tema da ligação:

- Bateram no carro do Alfredo. Um maldito bêbado dirigindo uma carreta! Eles estão mortos.

Dessa vez foi eu quem a abracei forte, queria confortar toda a dor dela. Ela chorava muito, um dia para ser de festa, termina em tragédia.

Silvana ligou para alguns amigos que já estavam na chácara, para alguns parentes e contou a lamentável notícia. Em pouco tempo a casa estava cheia de gente, muitos parentes, amigos, me senti excluída, fui para a calçada respirar um pouco. De todos ali eu era a única que nao podia exigir alguma atenção de Silvana.

- Silvana está te chamando. - Me avisaram.

Voltei ao quarto, Silvana não chorava mais, os olhos vermelhos, inchados.

- Vamos ao IML.

Ela me chamou, não quis ir com nenhum parente, isso para mim foi marcante. Acho que ela me considerava realmente alguém importante em sua vida.

- Claro.

Silvana quis dirigir, eu não deixei, abalada como ela estava era capaz de nós duas também ficarmos pelo caminho.

.

Reconhecido os corpos, Silvana contatou sua agência funeraria.

Sentamos em um banco de praça perto do IML, Silvana comprou um litro de vinho no bar.

Beber não alivia em nada, mas nós sempre achamos que faz esquecer. Não que ela seja do tipo que bebe para esquecer os problemas, ela só estava muito abalada.

- Silvana, você tem que ser forte agora. Beber, não vai te ajudar, meu anjo.

- Nada vai, ninguém pode trazer a Sofhia de volta.

- Eu sinto muito.

- Não mais do que eu, eu te garanto.

Desviei o meu olhar do dela, olhei para o chão.

- Desculpa, Raquel. Sofhia era meu motivo para viver e agora eu não tenho mais nada!

- Tem sim, você tem a mim. Tem todos do Albergue, sua família.

- Minha família... Um bando de interesseiros, só vieram porque sabem que Alfredo tem várias posses. Ele era policial, mas é filho de juíz.

- Pára de beber, vai, me da essa garrafa aqui.

- Não!!! Será que nem afogar às magoas eu posso?

Complicado ajudar alguém nesse estado, com muito custo ajudei ela a entrar no carro, voltamos para casa dela.

Dia 26 os corpos chegaram, Silvana não conseguia levantar da cama, triste e bêbada. Eu usei meu horário de almoço do trabalho na loja, para ir ao velório.

Quando eu a vi naquele estado, surtei e xinguei uns parentes dela. Tirei ela da cama, dei banho, um remédio, a levando para à sala. O caixão do marido estava lacrado, o da menina não.

Sofhia vestia um vestido branco, parecia um anjinho dormindo. Silvana chorou muito, alisando o rosto da menina.

Não saí de perto dela o resto da tarde, até virem buscar os caixões para enterrarem.

Fiz o papel de irmã, não de amiga. Foi a mim que ela se abraçou e chorou durante o velório e no cemitério. Triste admitir, mas uma parte de Silvana também morreu e foi enterrada naquela noite.

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Comentários

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Poxa o momento e triste, mas ela tem alguem que a apoie nao pode resolver mas ajuda muito, bj. Posta logo a continuaçao por favor

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Tadinha da Sulvana..q barra :( bjos bjos continua

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Triste :( ,tadinha da silvana :( !"

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Que triste nem tem o que comentar, só pedir para continuar!!!

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