Sim, foi um momento muito complicado para Silvana. Tentei o máximo que pude ajudá-la, mas tive o exame na auto-escola, na faculdade, isso levou todo meu tempo livre fora do trabalho. Passei em nos dois testes graças à Deus, em janeiro voltaria a estudar medicina, agora sim por vontade, antes fui por ser vontade do meu pai.
Três dias sem ver Silvana, na virada do ano a encontro em uma danceteria, muito bêbada se esfregando com um rapaz oportunista.
- Tudo bem, Silvana? - A abracei. - Feliz ano novo.
- Me leva pra casa, não tô bem... - Falou em meu ouvido.
- Vamos.
Segurei ela pelo ombro, ajudando ela a andar. O rapaz não disse nada.
Ela estava ali da carro, imaginei o que poderia acontecer se eu não a encontrasse, se ela fosse dirigir no estado em que estava.
Dormiu no carro, parada no sinaleiro a observei, estava de vestido preto colado, curto, cabelos soltos, linda.
- Se controla, Raquel.
Pode parecer incrível, mas desde a última vez que fiquei com Renata no cinema do shopping, não fiquei com outra mulher. Sexo, nem mesmo eu me masturbando. Então, uma mulher linda, com pouca roupa perto de mim era um perigo.
Silvana acordou na hora que chegamos na casa dela, seu olhar para mim foi estranho. Entramos, ela queria beber mais, eu a impedi. Estavamos na cozinha, servi um suco para nós, ofereci um copo para ela com o suco, ela veio com tudo e me beijou.
Por mais que eu quisesse aquele beijo Silvana estava bêbada, podia não estar raciocinando direito, me afastei.
- Desculpa, Raquel. Eu não devia ter feito isso, acho que eu não estou bem mesmo. Vou tomar banho.
Falou rápido, saiu da cozinha. Ainda no mesmo lugar eu fiquei, sem falar uma palavra, controlando minha vontade de entrar naquele banheiro e a fazer minha.
Admiti para mim, eu estava a desejando como mulher e isso há muito tempo, mas agora não era a hora. Deixei um bilhete e fui para casa, não aguentaria ficar perto dela sem a tocar.
Chegando em casa levei um susto, a luz acesa dentro de casa, a porta aberta, meu primeiro pensamento foi; fui roibada.
Antes eu tivesse sido roubado, pois a pessoa que eu vi dentro da minha casa era mais decepcionante do que um roubo.
- Renata, o quê faz da minha casa?
Ela chorava, não conseguia falar nada. Seu olho estava roxo.
Não sei vocês, mas eu sou do tipo que não pode ver alguém chorar, já quero cuidar, fazer a pessoa ficar bem de novo. Deixei o capacete da moto no sofá fui na cozinha e trouxe um copo de água com açucar para Renata.
- Calma, respira, depois você me conta.
Ela bebeu a água em só gole. Ela estava em um sofá, eu em outro, depois de beber água veio se sentar do meu lado, um pouco mais calma me abraçou e contou o que houve.
O rapaz que vi com ela na loja bateu nela, após droga em bar. Bateu nela na rua, com testemunhas, Renata ainda não tinha o denunciado.
- Foi por causo da droga, normal ele não é assim, Rake. Deixa eu fica aqui com você, hoje?
Ela estava pedindo para ficar na minha casa, ou eu escutei demais?
- Você quer o quê, Renata?
- Ficar aqui. Preciso relaxar, sabe?...
Renata beijou meu pescoço, apertando minha coxa, subindo a mão entre minhas pernas.