Cap. 11
- Porquê você está me perguntando isso- falei.
- Eu gostaria de adotar uma nova criança, mais já mais velha, pra fazer companhia ao Leo. Você não.
- Ah Alberto, depois a gente pensa nisso.
- Poxa
- Você tem certeza que quer adotar uma nova criança. Dá trabalho sabia. Eu que o diga. Crio esse garoto desde quando ele tinha 6 meses. E você ainda tem 17 anos. E já quer criar um garoto. Eu acho melhor não Alberto.
- Tá, eu vou pensar melhor.
Curtimos bastante nossas férias em Buenos Aires. Fomos a La Bombonera, diversos pontos de Buenos, além de lógico, dançamos tango. Mas como tudo que é bom dura pouco, logo tivemos que voltar. Voltamos tristes, mas logo estávamos normais de novo.
- Leo, você está mal na escola ein, tem que melhorar essas notas no próximo bimestre filho.
- Mas eu não estou entendendo nada. É por isso que eu fui mal nas provas.
- Peça ajuda a sua professora ora, ela está lá pra isso. Eu vou amanhã lá com ela- falei
- Tá bom.
Alberto me olhou com uma cara.
- Que foi
- É por isso que eu quero ter mais outra criança. Pra ter de quem cuidar. De quem zelar entendeu.
- Eu já disse que é pra você pensar melhor. Depois eu não quero ninguém dizendo que não aguenta mais.
- Eu não vou falar isso- falou ele, vindo me abraçar- eu vou adorar ver outra criança correndo pra lá e pra cá aqui em casa. Você vai lá ver- eu pensei.
- Tá bom Alberto, o que eu não faço pra você ficar feliz. Eu vou lá ver outra criança, mas eu já vou avisando. Eu não quero reclamação depois por parte de você- falei o beijando, quando de repente, escutei um barulho de tiros.
- O quê foi isso- falou ele, quando de repente apareceu um funcionário.
- Senhor, sequestraram seu filho
- O quê – falei, em tom de desespero- mais como:
- Aquele mesmo senhor que veio aqui naquele dia, apareceu aqui na frente, e num momento de descuido nosso, ele acabou sequestrando o garoto. Ainda tentamos impedir, mas não conseguimos. Me desculpe, os rapazes saíram as pressas, atrás do carro.
- Liga pra polícia agora- falei
- Sim senhor- falou ele, ligando.
- Como isso pode acontecer- falei, saindo de casa as pressas.
- Aonde você vai- Alberto gritou
- Eu vou atrás deles- falei
- Então eu vou também- falou ele.
- Me dá a chave- gritei pro motorista, que se assustou e me deu, e eu arranquei com o carro.
Ainda consegui ver o carro deles, e sai em disparada. Parecia corrida de carros. Buzinava pra todo mundo sair da minha frente, e logo a polícia apareceu. Logo, consegui ver o carro do pai do Alberto. Parecia perseguição de novela. Até que de longe eu vi o carro do pai do Alberto bater e capotar.
- NAOOOOOOOOOOO, MEU FILHO- gritei, fazendo eu acelerar ainda mais.
- Cuidado Felipe- gritou Alberto.
- Ai meu deus, Leonardo- falei, já aos choros. Logo chegamos os local, e eu sai correndo pra ver se estava tudo bem com ele.
Ele estava consciente, mas estava com a perna presa.
- Pai, me tira daqui- falava ele aos gritos, me desesperando ainda mais.
- Calma filho, o pessoal já vai tirar você daí- falei, tentando acalmar ele.
Logo, chegaram umas pessoas, e começaram a cortar o carro afim de tirá-lo de lá.
- O outro aqui, está morto- falou um policial, se referindo ao pai de Alberto, deixando o triste. Eu o entendo, ninguém, por mais de ruim que a pessoa seja, gostaria de perder o pai. Logo fui reconforta-lo, mas estava muito preocupado com meu filho. Por fim, conseguiram tirar ele do carro, mas ele tinha quebrado a perna, e estava com algumas escoriações, e um corte profundo no braço. Vê-lo ali naquele estado era horrível.
- Você vai ficar aqui- falei pro Alberto, que só balançou a cabeça em sinal de afirmação- chama a sua mãe tá. Você me entende né, eu não posso deixar meu filho sozinho- ele novamente fez o gesto- então tchau. Te amo- falei dando um beijo no rosto dele, e um abraço.
Novamente meu nome estava nas capas dos jornais. Mas nem me importava. Logo estávamos dando entrada no hospital, e levaram ele pra tirar raio x.
- Papai, tá doendo muito- falou ele chorando
- Calma, amor, vai ficar tudo bem- falei, passando a mão nos seus cabelos.
Logo se formou uma roda de gente, querendo me ver. Mas eu não iria ver ninguém, eu só queria ver meu filho bom de novo. Logo, eles fizeram uma sutura nele, e engessaram a perna dele. Agora ele ficaria com aquele gesso, por quase dois meses. Mas pelo menos estávamos de volta em casa.
- Ai, pai eu não quero ficar com esse gesso.
- Vai ter que ficar Leo, até melhorar- falei, enquanto o arrumava, para o funeral do pai do Alberto.
Logo eu estava me arrumando. E enquanto isso, via a cara de tristeza do Alberto.
- Não fica assim amor, tudo vai ficar bem- falei enquanto abraçava ele, e terminava de me arrumar- vamos-falei, pegando na mão dele.
Logo estávamos acompanhando o funeral dele. Ele não tinha muitos queridos. Foi bem pouca gente no funeral dele. Logo depois, comemos, e voltamos pra casa. E assim que eu entrei no banheiro, me bateu uma saudade tão grande do Leozinho. Que eu passei quase 1 hora, deitado no chão do banheiro, chorando.
- Tá tudo bem ai Felipe- falou Alberto lá de fora
- Tá- falei, enxugando as lágrimas- é que me bateu uma saudade da minha mãe, e do meu irmão. Que eu estou chorando aqui até agora.
- Posso entrar- falou ele
- Pode.
Então ele entrou. E me abraçou. E de repente começou a chorar comigo. E enquanto fazia isso, eu vi o Leozinho novamente.
- Leoooo- gritei
Continua
E agora, o Leo vai voltar a aparecer no conto. Votem e Comentem. Valeu