Bilhete:
- Pai, eu sinto muito ter lhe roubado, eu não queria ter que fazer isso, mas eu não aguentava mais viver nessa família maluca e super chata. Quando eu puder te mando o dinheiro, no mais acho que você deve estar rindo por ter se livrado de mim, né?! Fui em busca da minha felicidade, a Paula! Apesar de tudo, eu gosto de ti. Mando notícias, beijos.
Emanuel passou mal, o papel caiu no chão primeiro, depois o homem. O barulho acordou sua outra filha, assustando-a ao ver seu pai inconsciente no chão da cozinha.
- Pai?
Tentou o animar com álcool, não fez efeito. Chamou o socorro, a ambulância do Siate não demorou muito a chegar.
Viu o papel no chão quando estavam imobilizando seu pai na maca, pegou, colocou no bolso, indo na ambulância com Emanuel.
Leu o papel enquanto seu pai era internado, ainda deamaiado.Os problemas de pressão, a idade, e vários outros fatores atrapalhavam o estado de saúde do paciente.
- Mariana, sua...- Discou o número do celular da irmã. - Irresponsával. Aff, desligado. Nosso pai pode morrer por sua culpa... Se alguma coisa acontecer com ele, eu juro que te mato!
.
Mariana cochilou um pouco, acordou estava chegando em SP. São Paulo-SP, na capital iria trocar de ônibus, pegar um para Belém-PA.
Desceu do ônibus, escovou os dentes no banheiro, fez um xixi básico, ligou o celular nesse momento, tinha 10 ligações de Elaine, duas sms. Desligou o celular de novo, saiu e foi para uma lanchonete. Pediu dois pães de queijo, uma coca-cola, esperou olhando o noticiário. Não gostou nada de uma notícia de última hora, o ônibus que ela pegaria estava preso no trânsito porque um caminhão de farinha tombou na pista após perder o controle da direção.
- Isso demora muito? - Perguntou à moça garçonete.
- Você não é daqui, tenho certeza. Sim, vai demorar horas.
- Droga!
Não tinha o que fazer a não ser esperar. Ou tinha? Tinha, claro. Afinal, não foi só com Paula que manteve contato na internet.
Não podia usar seu chip, comprou outro. No terceiro toque ela atendeu, com uma voz sonolenta:
- Bom dia, adivinha quem está na sua city?
- Bb! Não brinca?!
- Sério! Daí, topa fazer alguma coisa comigo?
- Claro que topo! Huuum, sei de algo que podemos fazer....
Aquela voz de quem estava querendo um sexo-fone, eu apenas ri.
- Adoro sua timidez. Vou me trocar, chego na rodoviária em uma hora, ok?!
- Te espero.
Seria a primeira pessoa do virtual a conhecer pessoalmente, Mariana estava nervosa.
Viu Mika entrar na lanchonete, nossa parecia cena de filme em câmera lenta, morena, alta, os cabelos voando ao vento, vestido curto, olhar indecente. Mariana mexeu na cadeira, pensando: UAU!!!
- Alguém precisa de um babador? - Mika perguntou brincalhona, abaixando para beijar a bochecha de Mariana.
- Acho que preciso de dois, rsrs. Sem querer ofender, pessoalmente você é mais linda.
- Hahaha, meu trabalho exige.
(prostituta)
- Não venha me falar disso, por favor. Ficamos mêses brigadas quando eu descobri que você é...
- Ok. O quê você quer fazer então?
Sem pudor algum colocou sua mão sobre minha coxa me alisando até próximo à minha buceta, depois refazia o caminho. Na terceira vez ela tocou de leve nela, com as pontas do dedo.
- Estamos em local público, se controla.
- Eu sei que você quer. Não quer?
Alisando, falando sussurrando no meu ouvido e mordendo minha orelha, realmente estava difícil resistir ao tesão.
- Esse sorrizinho tímido já falou por você, vem!
Me puxou para o banheiro, entramos em um reservado...
