Acordei quando uma enfermeira estava trocando minha medicação. Perguntei onde estava a Amanda e ela disse que ela tinha ido na lanchonete comer alguma coisa e que logo voltava, mas que minha mãe estava na sala de espera e que ela a chamaria. Minutos depois entrou no quarto minha mãe, meu irmão, Rebeka, Manu, Amanda "meu periquito, papagaio, cachorro, gato..."
Perguntei se aquilo era um bloco de carnaval, estava sem paciência e com dores, mas logo pedi desculpa. Eles não tinham culpa do que tinha acontecido, estavam apenas preocupados. Uns 10 minutos depois Manu se despediu dizendo que precisava ir pra casa. Em seguida meu irmão bagunçou meu cabelo e perguntou o que tinha acontecido, mas eu não tava afim de falar, então mainha mandou ele ir na lanchonete e pediu que levasse as meninas, pois ela queria ficar um pouco comigo.
- O que houve meu bebê? (Mainha)
- Mãe... (Eu)
- Desculpe minha filha, força do hábito. Me diga, o que aconteceu? (Mainha)
- Eu não sei bem mãe, tive uma crise de asma do nada. (Eu) - "omiti"
- Dani, você nunca teve uma crise de asma tão forte assim, nunca precisou de uma medicação tão forte. Algo deixou você extremamente nervosa, me diga o que por favor... (Mainha)
- Eu realmente não sei mãe, desculpa. (Eu)
Fomos interrompidas pelo Dr. Floriano que bateu na porta pedindo licença e entrou. (ainda bem, não queria ter aquela conversa)
- Como está se sentindo moçinha? (Dr. Floriano)
- Um pouco melhor doutor, mas ainda sinto muitas dores no peito. (Eu)
- Já era de se esperar, por isso vim lhe dizer que você precisará passar o resto da semana em observação. Vamos precisar que alguém fique como acompanhante, pode ser a senhora dona Célia? (Dr. Floriano)
- Claro que sim, é minha filha. (Mainha)
- Claro que pode, mas não vai. Nós duas sabemos como a senhora tem dificuldades de dormir durante a noite por conta da sua insônia, pode deixar de show que a Amanda vai ficar comigo, a senhora volta pela manhã. (Eu)
- Mas minha filha... (Mainha)
- Nada de mas minha velha, de doente aqui já basta eu né? (Eu)
- Sua filha tem razão dona Célia, se a senhora tem problemas de insônia o melhor é que fique em casa mesmo e a Amanda já havia me perguntado se poderia ficar como acompanhante. (Dr. Floriano)
- Sendo assim eu vou pra casa e volto amanhã então, tudo bem assim bebê? (Mainha)
- Porra mãe, tá me zuando? (Eu)
- Desculpa, eu esqueci. Mas querendo ou não você sempre será minha bebê (Mainha) - "nem deixou eu responder, saiu rindo da minha cara".
- Ela me mata de vergonha, puta merda. (Eu)
- Eu tenho 45 anos e a minha até hoje faz isso comigo, haha. Bom, tenho outros pacientes para ver. Se precisar de qualquer coisa é só tocar a campainha certo? (Dr. Floriano)
- Certo doutor, muito obrigada e boa noite. (Eu)
- Boa noite Daniele, durma bem e tente descansar. (Dr. Florino
O restante da semana passou bem rápido, no dia em que eu recebi alta Manu foi com Rebeka buscar a mim e a Amanda. Fomos direto para minha casa e ficamos as quatro conversando besteiras até minha mãe aparecer no quarto chamando todo mundo para jatar. Descemos, jantamos e ficamos na sala. Percebi que Rebeka me dava uns olhares nada discretos de onde estava sentada, confesso que aquilo tava me dando um tesão do caralho. Conversa vai, conversa vem eu fiz sinal pra Amanda que logo entendeu o recado.
- Dani, tu ainda tá com aquele livro que a Rebeka te emprestou? Eu quero ler ele. (Amanda)
- To sim, tá lá no quarto, mas não sei onde tá. (Eu)
- Quer que eu te ajude a procurar? (Rebeka)
- Claro, vem comigo. (Eu)
Fomos pro meu quarto e assim que entramos eu tranquei a porta e joguei Rebeka na parede. Sem cerimônia nenhuma apoiei meu pé direito na lateral do meu joelho esquerdo, suspendi a perna esquerda dela colocando-a apoiada na minha coxa direita que estava dobrada e puxei a calcinha de ladinho penetrando de uma vez só dois dedos. Entrou muito fácil devido a excitação da mesma. Nossa, como eu precisava de sexo, naquele momento eu estava de fato movida pela raiva que sentia da Fernanda e pelo tesão, mas não existia sentimentos, eu não estava sendo carinhosa. Sempre soube que se apaixonar não valia a pena, mas resolvi arriscar, deu no que deu. Sentia muito pelo sentimento que Rebeka tinha por mim, mas nunca lhe daria o que ela queria. Minutos depois senti meus dedos serem sugados e espremidos, chupei sua língua com força evitando que ela gemesse durante o orgasmo, afinal tinha bastante gente em casa. Esperei a respiração dela desacelerar um pouco para podermos voltar pra sala. Me afastei em silêncio, mexi na estante e peguei o primeiro livro que vi e coloquei em sua mão. Fui ao banheiro e lavei o rosto para amenizar um pouco do calor, quando voltei pro quarto Rebeka já estava composta.
- Vamos descer? (Eu)
- Porque tu é assim? (Rebeka)
- Assim como? (Eu)
- Porque tu me trata como puta? (Rebeka)
- Hey, eu não te trato como puta. (Eu) - "será que trato?"
- Dani, eu sou completamente apaixonada por você desde quando fizemos amor pela primeira vez, sempre quis te namorar. (Rebeka)
- Rebeka, eu não sou namorável, eu não presto e eu não faço amor, você já devia ter percebido isso. Eu e Amanda somos melhores amigas justamente por isso. Ela um dia também se apaixonou por mim e essas palavras que eu estou te dizendo ela também já ouviu e entendeu que não sou uma boa pessoa pra se relacionar, ao contrário de vocês duas. Não posso te oferecer o que você quer, o sexo com você é muito bom, é perfeito. Mas não posso te dar mais que isso, eu sinto muito mesmo. (Eu)
- Será que não sou suficiente pra você? (Rebeka)
- Me dá sua mão... - "Peguei sua mão e coloquei na minha menina". - Sente como você me deixa? (Eu)
- Eu queria mais que isso Dani. (Rebeka)
- Mais que isso eu não posso te dar, sinto muito, vamos descer. (Eu)
Destranquei a porta e dei passagem pra ela e voltamos pra sala. Conversamos mais umas duas horas até que todas foram pra casa, já estava ficando tarde e eu estava cansada e com um pouco de dores ainda, nada para se preocupar segundo Dr. Floriano, mas precisava descansar bastante. Fui pro meu quarto tomar um banho, ainda tinha um pouco de resquícios do ultimo orgasmo que tive com a Rebeka. Sai do banheiro, me vesti para dormir, mas antes entrei no Orkut. Me assustei com o tanto de scraps dos meus amigos me perguntando se eu estava bem, se eu precisava de alguma coisa, confesso que fiquei emocionada. Respondi todos e desci a página, tinha dois depoimentos da Fernanda. Um perguntando se eu estava bem e dizendo que sentia muito pelo que tinha acontecido e o outro dizendo que precisávamos conversar. Me subiu uma raiva que vocês não imaginam, deletei os depoimentos e exclui ela do Orkut, bloqueando-a em seguida. Foi inevitável não lembrar das ultimas palavras do Pedro, que filho da puta. Só de imaginar a cena meu estomago deu um triplo twistter carpado (se é que isso existe), corri para o banheiro e vomitei tudo que havia ingerido mais cedo. Junto com o vômito deixei ir todos os sentimentos que tinha por Fernanda. Nojento, eu sei, mas necessário naquele momento.
